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RECOMENDAÇÕES AO MEDICO QUE PRATICA PSICANÁLISE

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Consiste apenas em não querer notar nada em especial: 
Quando estamos ouvindo não ficamos prestando atenção
em uma palavra, numa outra, a gente não seleciona, a
gente entrega nossa escuta de forma EQUIFLUTUANTE ou
ATENÇÃO FLUTUANTE. 
está embutido essa ideal de igualdade, então o ela
rejeita qualquer expediente mesmo de tomar notas e
consiste apenas em não querer notar nada em especial
e oferecer a tudo o que se ouve a mesma atenção
flutuante. Segundo a expressão que usei assim,
evitamos uma fadiga da atenção. 
Se a gente ficar com essa atenção muito focada e isso
certamente vai gerar uma tensão e essa tensão pode
promover na vida do analista se ele não proceder pode
produzir, exaustão, cansaço.Que certamentamente não
poderiamos e escapamos de um perigo que é inseparavel
do exercício da atenção proposital. 
 
Inúmeros nomes
Datas
Detalhes de lembranças
Pensamentos espontâneos
Produções patológicas que um paciente traz. 
Reter na memória todos os: 
INCREDULIDADE:
ADMIRAÇÃO: 
PENA: 
FREUD: no entanto se as pessoas esperarão que o
analista consiga reter em sua memória todos esses
nome, datas, lembranças, ele então precisaria
registrar de alguma. 
No entanto essa técnica é bem simples. Ela é
simples e a simplicidade dela participa da
rejeição, ela rejeita qualquer expediente como
veremos mesmo o de tomar notas. Nem mesmo escrever
quando o paciente está falando. 
Se por um lado ela rejeita qualquer expediente,
incluindo tomar nota, ela rejeita porque ela
consiste no seguinte, consiste apenas em não querer
notar nada em especial, e oferecer a tudo o que se
ouve do paciente. Tudo que o paciente fala devemos
ouvir de uma determinada maneira. 
consiste apenas em não querer notar nada em
especial 
As pessoas estarão curiosas em relação a
técnica que torna possível dominar tão grande
material e esperarão que ela recorra a meios
especiais.
eu tenho uma expectativa de ouvir algo que responda a minha expectativa. Faz com que
crie oscilações com aquilo que está sendo ouvido. Não visa ao outro. Ela visa a
expectativa do ouvinte. 
Não há expectativa pois o analista vai apenas ouvir tudo o que está sendo falado pelo
paciente. Ouvir a diferença, é ouvir o outro, é esperar que as coisas aconteçam, que o
paciente possa ir conduzindo sua fala e a gente vai acompanhando ouvindo. 
Pois ao intensificar deliberadamente a atenção começamos também a selecionar ao paciente a regra
fundamental de associar livremente tudo o que lhe ocorre no pensamento, na medida em que as coisas
surjam em seu pensamento e que ele possa fazer de forma associativa, sem crítica, juízos de valor,
apenas falar. Percebemos que ao intensificar deliberadamente a atenção começamos também a selecionar
em meio ao material que se apresenta, fixamos com particular agudeza um ponto, eliminando assim um
outro.
quando a gente valoriza uma coisa, a gente desvaloriza o outro. A gente esquece do outro. Nessa
escolha seguimos nossas expectativas ou inclinações. 
RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE
Clínica Psicanalítica
1º Tarefa: 
O analista que atende mais de um paciente por dia.
@Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante
A 
pr
oe
za
 m
ne
mô
ni
ca
 p
od
er
á 
de
sp
er
ta
r
 n
as
 d
em
ai
s 
pe
ss
oa
s:
Recomendações "Não acredito que você
consegue se lembrar de tudo".
"Nossa, você é fantástico, admiro
demais o seu trabalho".
"Coitado de você".
Uma maneira de registrar: Tomar nota. 
Explicação
Atenção flutuante:
Atenção proposital:
SIGMUND FREUD OBRAS COMPLETAS VOLUME 10 - PÁGINA 111
SUGESTÃO DE FILME: Divã 
Durante o tratamento no decurso dos meses e anos e
NÃO confundi-lo com material semelhante de outros
pacientes, analisados antes ou no mesmo período.
RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE
Clínica Psicanalítica
Freud era leitor das obras de Kant. Kant em seu texto da Crítica da razão pura> afirma que existem
duas categorias de conhecimento A PRIORI e A POSTERIORE. 
Atenção proposital:
Diante disso não podemos fazer a atenção proposital ou intencional.
pois seguindo nossas expectativas corremos o perigo de nunca achar
senão o que já sabemos, a gente só quer talvez a confirmação que o
paciente confirme a nossa tese. Tudo que ele falar fora da minha tese,
eu desqualifico, seguindo as nossas inclinações, com certeza
falsearemos o que é possível perceber
Freud e Kant
CONTRAPARTIDA que o Freud anuncia para o analista decorre com a sua ligação com a regra
fundamental da ordem da exigência. O paciente aprende que é associando palavras e palavras para
que o significado daquilo que está sendo falado pra ele tenha consistência. A primeira vista
parece com simetria entre o lugar do analista e o lugar do paciente. 
O paciente fala tudo que lhe vier ao pensamento sem seleção ou crítica. 
O analista vai ouvir sem seleção ou crítica. 
O laço social estabelecido pela psicanálise presume uma simetria com diferente no canal
preponderando, a boca do paciente que fala e o ouvido do analista que ouve, duas zonas erógenas. 
Pulsão
invocante
Que é a pulsão de ouvir sendo a voz, o objeto dela não uma boca qualquer ,
mas a voz perdida que se comparece sempre na frustração e por exemplo o seio
que cai fundando a pulsão oral. todo o blá blá blá do paciente é para dar
conta do seio perdido. 
Diferente de outras formas de conhecimento que dependem da experiência ele
chama a POSTERIORI, pois precisa da experiência da escuta, inclusive por
parte do próprio paciente; Tem que passar pelo sensível, passar pela PULSÃO
pelo corpóreo.
 
Não precisamos ficar ali tentando entender tudo o que o paciente está falando e o inquerindo.
O preceito de notar, igualmente tudo, é a necessária contrapartida (não é sem, está vinculada a)
a exigência de que o analisando relate tudo que lhe ocorre sem crítica ou seleção. 
vamos ouvir com uma certa linearidade e não como oscilação. Cada palavra é como se fosse um, uma
proposital. 
Conhecimento que se apresenta em particular. Independe da experiência ou
seja não depende da experiência. 
Por exemplo: desenvolver a partir da estética transcendental (intuições
pura, espaço e tempo, lógica transcendental. Existe uma forma de
conhecimento que não depende da experiência.
@Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante
A priori
A Posteriori
Se o médico se comporta de outra maneira desperdiça em boa parte o ganho que resulta da obediência a
regra fundamental da psicanalise por parte do paciente. 
Regra fundamental da Psicanálise: É de que paciente fale tudo que lhe venha ao
pensamento sem crítica ou seleção. 
RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE
Clínica Psicanalítica
Para o médico a regra deve ser formulada assim, manter toda a influência consciente presente durante o
processo de escuta. A regra pode ser formulada assim, Manter toda a sua influência consciente longe da sua
capacidade de observação e entregar-se totalmente a sua "memória inconsciente". Escutar e não se preocupar
em notar alguma coisa. Apenas escutar. 
O Freud pede que o analista se entregue totalmente ou completamente
a sua memória inconsciente. 
É como se ali naquela momento que o analista que está escutando, há
a necessidade que os dois inconscientes entrem em contato. 
O que evidencia a nossa solidão por via da fala? Por que que a gente fala sozinho?
Se a gente fala através da transferência. Se a transferência é a utilização da realidade sexual do nosso
inconsciente se a gente ao for e transferir para os outros toda nossa historia a gente esta falando com
a gente mesmo sendo no corpo do outro mas não nos damos conta, temos esses momentos de esquecimento.
Diz que Não há relação sexual. Não há esse encaixe perfeito, sempre fica um resto, uma
falta ali. Há um encontro consigo mesmo. O que o analista faz é o tempo todo te remeter
a essa solidão da qual a gente muita das vezes não querem saber.
Quem está do outro lado, que é o analista ou qualquer outra pessoa que esteja
ali, ela está possibilitando através de um traço que ela tenha, de que toda a
minha historia se renova, passe porai, inclusive que por isso que a analise é
feita através da transferência e a partis da transferência elaborá-la liquidá-
la. Pois quando se esvazia essa solidão que é possível, você se relacionar de
fato com o outro na sua radicalidade. Por que enquanto esta vivendo essa
produção sonora narcísica a gente não alcança o outro, o outro é apenas
revestido pela minha historia e a medida em que eu falo disso, que eu me esvazio
disso tudo que me constituo a partir do outro, seus pais por exemplo, depois que
isso cai, e que eu começo a lidar mais com a solidão.
A gente não suporta a solidão e percebemos os fenômenos dela quando a pessoa
procura análise por exemplo. O mundo não está sob seu controle.
O que desse modo alcançamos satisfaz todas as exigências durante o tratamento.
Isso quer dizer que eu vou ouvir a partir do meu inconsciente no sentido do vivido, no sentido de
traumático, como se fosse a minha história?
Não, não é disso que se trata, pelo menos a partir dos seus textos. Não se trata de ouvir a história
do outro com a nossa própria história. 
O analista para se coloca de escuta a sua formação precisa passar pelo divã. O analista não se forma
num espaço acadêmico. Se torna analista, a partir da sua própria análise e a própria experiência de
análise, ensina essa pessoa que era paciente que se torna analista se desejar, que tudo é linguagem.
Tudo o que existe, só existe pela linguagem, fora da linguagem não existe. 
Temos uma ideia de que quando a gente fala, a gente fala com alguém, essa fala é
diálogo, interação. Esse diálogo ele nos fazem esquecer, que nós somos sozinhos,
que a gente fala sozinho. Temos a esperança que o que falamos se conecte com
alguém, mas em geral tudo que a gente produz de fala é pura solidão. 
@Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante
Memória inconsciente
Comunicação
Transferência
Lacan
O que desse modo alcançamos satisfaz a todas as as exigências durante o tratamento os elementos do
material que formam um nexo, ficarão a disposição consciente do médico, outros ainda não relacionados,
caoticamente desordenados, parecem primeiro submersos, mas emergem prontamente na consciência, tão logo
o paciente traz algo novo, ao qual aqueles podem se ligar e mediante o qual podem ter continuidade. 
Texto: Paramos na Página 150 2º parágrafo

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