Buscar

Resumo Unidade l Ritmo e Dança

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade I
RITMO: Inicialmente, estudaremos assuntos relacionados ao ritmo, desde suas diversas definições e conceitos até as inúmeras propostas rítmicas, que, através de diversas formas, podem ser trabalhadas pelo professor de educação física.
Através dos sentidos, também será possível que você perceba a presença do ritmo. 
• Audição: os sons produzidos de vários ambientes e situações, por exemplo, na fala, na música, no barulho das ondas etc.
• Sentido cinestésico: verificamos o ritmo ao respirar, andar – a pé ou de bicicleta –, dançar, correr, saltar etc. 
• Tato: um método muito interessante de se trabalhar o ritmo através do tato é com pessoas surdas, nas quais a percepção se dá pelo toque. Quando se coloca as mãos do educando sobre um tambor, por exemplo, e este está produzindo som, as vibrações emitidas pelo batuque do instrumento serão as referências para a compreensão da proposta rítmica. 
• Visão: quando observamos algum movimento, observamos o ritmo em que ele ocorre. Podem ser ações executadas por pessoas em operações cotidianas, os movimentos dos animais, como o espreguiçar de um gato e um cachorro brincando com uma bola, e também provocados pela natureza, como o vento balançando uma arvore e as águas do mar batendo em rochas. 
• Senso de tempo: quanto à percepção do senso de tempo, imagine um jogador de vôlei se preparando para saltar e, na fase mais alta do movimento, em perfeita coordenação com o tempo de bola, ele executa um fundamento do vôlei chamado de “cortada”. Outro exemplo para que você entenda bem o conceito de senso de tempo é a relação do comprimento das notas musicais e a duração dos intervalos, que apresentam princípio, meio e fim.
1.3 Objetivos: Veja o conteúdo de cada uma dessas argumentações e reflita sobre como e por que o trabalho rítmico corporal deve ser apresentado: 
• Desenvolver a capacidade física do educando: as habilidades físicas – resistência, agilidade, velocidade, entre outras – são perfeitamente desenvolvidas através dos trabalhos de ritmos corporais. 
• Procurar a descoberta do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento: infelizmente, com o passar dos anos, vamos perdendo as noções sobre as perspectivas que nosso corpo pode alcançar em relação aos movimentos. Estes se apresentam de forma mecanizada, ao ponto de não notarmos mais a existência de partes de nosso corpo (ao fazer massagem na planta dos pés, percebemos as partes sensíveis). 
• Desenvolver o ritmo natural: durante as atividades rítmicas corporais, o trabalho das capacidades físicas proporcionam melhoras no condicionamento físico do educando, por exemplo, frequência cardíaca, tempo de reação dos movimentos, entre outros. 
• Possibilitar o trabalho em grupo: trabalhar em grupo não é fácil! As atividades rítmicas, de forma pedagógica, ajudam o educando ao despertar maior cooperação, disciplina, solidariedade, comunicação e sentido de liderança, além de melhorar o entrosamento. Além disso, trabalhar em grupo é supermotivante. 
• Estimular a atividade do executante: a sensação de prazer que o praticante tem ao se conseguir, com sucesso, alcançar um objetivo dentro de uma proposta dada é uma ferramenta muito importante para a formação da autoestima de quem o faz. 
• Incentivar a economia do trabalho retardando a fadiga e aumentando os resultados: com maior controle sobre os movimentos, economizar energia pode ser fator fundamental em determinadas situações (por exemplo, em jogos coletivos). 
• Aperfeiçoar a coordenação: as práticas rítmicas corporais ajudarão a aumentar o acervo motor do aluno, além de potencializar e refinar os movimentos já adquiridos.
1.3.1 Princípio básico do ritmo: O processo de relaxamento é apresentado como o princípio básico do ritmo. Podemos considerar o ritmo como um constante fluxo de movimentos corporais nos quais estão envolvidos contrações e relaxamentos musculares.
• Fases do movimento: — ascensão: correspondente ao estímulo ou pré-impulso de um movimento – precedendo seu ponto culminante (disposição para a tensão); — acento ou ponto culminante do movimento: máxima tensão ou descarga; — descensão ou escoamento: é a fase de relaxamento. 
• Salto em altura: — as passadas da corrida: refletem a etapa ascendente; — o salto propriamente dito (quando o atleta se desprega do chão): corresponde à fase ao acento; — o momento da queda: representa o escoamento.
1.3.2 Importância do ritmo: Como destacamos, o ritmo está em tudo, e nenhum ser vivo existiria sem sua presença. Com propostas de desenvolver ou aperfeiçoar o ritmo, os profissionais que trabalham com a educação corporal poderão atuar diretamente na formação básica e técnica do aluno, em sua criatividade e na educação do movimento. 
• Formação básica do educando: o ser humano, através de atividades rítmicas corporais, aperfeiçoará as possibilidades de movimento que o corpo permite.
• Formação técnica do educando: as atividades rítmicas corporais podem agir de forma significativa nas ações motoras específicas de qualquer rítmico técnico. Qualquer que seja a prática, o executante terá maior controle, elevando as possibilidades de acerto em um chute ou um arremesso, por exemplo. Trabalhar gestos motores diferentes dos gestos específicos da modalidade escolhida também é uma proposta bastante significativa, pois potencializará as ações motoras do esporte em questão.
• Criatividade: em geral, os indivíduos não usam a imaginação para transformar o saber que têm em comportamentos criativos. Estimular o educando a desenvolver sua criatividade através das atividades rítmicas corporais promove a expansão de suas habilidades e sua autoconfiança. 
• Educação do movimento: seja em atividade recreativa, seja esportiva, os movimentos feitos com menor esforço adquirem maior qualidade e maior naturalidade.
1.4 Estruturação do ritmo: Estudaremos como o ritmo é estruturado e como pode ser observado dentro de toda uma possibilidade, que abrange pessoas, objetos, máquinas, natureza, enfim, tudo que existe e que, em sua maioria, tem vida.
 • Ritmo individual: é o ritmo que cada um de nós possui, de acordo com nossas características próprias. Exemplo: ritmo de amadurecimento, de crescimento, de aprendizagem e do funcionamento biológico. 
• Ritmo grupal: equivale à capacidade que o homem tem de adaptar e experenciar seu ritmo individual, igualando-se, portanto, ao movimento rítmico do grupo. Exemplo: pessoas de ritmos distintos (uma pessoa lenta, outra agitadíssima etc.) executando um mesmo tipo de movimento, como nado sincronizado, remo, dança, entre outros. 
• Ritmo mecânico: assinalado por movimentos que são sempre uniformes. É característico nas máquinas. Exemplo: relógio, ventilador etc. 
• Ritmo disciplinado: é o condicionamento de um ritmo predeterminado. Exemplo: a marcha de soldados da infantaria (120 passos por minuto). 
• Ritmo natural: é o ritmo do crescimento, dos fenômenos de natureza animal, vegetal e universal (atômico e astronômico). Exemplo: o crescimento de uma planta. 
• Ritmo espontâneo: representa uma interferência externa que muda seu ritmo individual momentaneamente. Realiza-se de modo espontâneo. Exemplo: gritar e pular ao ouvir uma boa notícia. 
• Ritmo refletido: é a reflexão sobre a métrica, que significa medida do ritmo. Exemplo: quando um músico, ao tocar um instrumento, fica concentrado no andamento da música. A métrica é a ordem e a medida do ritmo, sendo representada pelos compassos binário, ternário e quaternário
2 RITMO E ARRITMIA: Quando vemos pessoas sem ritmo para desenvolver tarefas específicas ou determinados exercícios, nunca paramos para pensar nos motivos que causam tamanhas dificuldades. Então, entenderemos alguns dos fatores que colaboram para que as pessoas apresentem, dentro de uma variância, dificuldades quanto às questões rítmicas. 
2.1 Arritmia: A arritmia resulta da falta de coordenação entre o sistema nervoso central e o sistema muscular. O primeiro permanece em constante e rápida comunicação com este último. As mensagens transitam entre esses dois sistemas, criando um equilibrado(ou nem tanto) conjunto de ações e movimentos. A causa da arritmia é a descoordenação desse processo
· 2.1.1 Indivíduo rítmico: O indivíduo rítmico é aquele que possui equilíbrio e permanente harmonia corporal. Para alcançarmos tal estágio, as experiências corporais são essenciais. É preciso vivenciar movimentos rítmicos de diversas formas, fazendo com que as vibrações transcorram por todo o corpo, isso ajuda a desenvolver a educação do sistema neuromuscular, obtendo-se maior consciência corporal e rítmica. 
· 2.1.2 Indivíduo arrítmico: O indivíduo arrítmico não apresenta ritmo. Por exemplo, cita-se a falta de ritmo e harmonia corporal na realização de um determinado movimento. As dificuldades encontradas pelo indivíduo arrítmico ao realizar um movimento estão ligadas à falta de capacidade do cérebro em emitir ordens rápidas ao músculo responsável por executá-lo ou à impossibilidade de fazê-lo.
· 2.1.3 Indivíduo não arrítmico: Diferentemente do indivíduo arrítmico, a coordenação do complexo neuromuscular do indivíduo não arrítmico é preservada. Suas disfunções provêm de outros fatores. Veja a seguir alguns desses fatores característicos do indivíduo não arrítmico: 
• Falta de concentração: seja qual for o motivo que leve o praticante a perder a concentração, patologia TDA (transtorno de déficit de atenção), cansaço, sono, entre outros, essa é uma situação que dificultará a interpretação, pelo corpo, em trabalhar e adquirir maior contexto rítmico. 
• Falta de vontade: quando alguém não gosta do que está fazendo, consequentemente vai executar gestos propostos nas práticas de forma descontrolada e despretensiosa. Gostar da prática, efetuando com vontade todo o trabalho proposto, contribuirá na melhora rítmica do praticante. 
• Falta de atenção: ter atenção e entender a proposta é vital para se trabalhar o ritmo corporal pois facilita a conexão do sistema nervoso central para a realização do gesto.
• Falta de atenção: ter atenção e entender a proposta é de fundamental importância para se trabalhar o ritmo corporal. Facilita a conexão do sistema nervoso central para realização e consequente melhora do gesto. 
• Baixa autoestima: nessa condição, a pessoa sente-se incapaz de aprender, o que promove uma barreira para o trabalho rítmico corporal. 
• Falta de confiança em si: esse é um grande obstáculo na execução de qualquer tarefa. Especificamente no trabalho rítmico corporal, as pessoas com dificuldade em acreditar em si apresentam limitações quanto às possibilidades de seu corpo.
2.2 Eurritmia: O austríaco Emile Jaques-Dalcroze (1865-1950) foi um dos grandes estudiosos sobre o movimento e expressão através do corpo. Educador, compositor e professor de artes dramáticas e de música, influenciou o teatro e a dança com seus estudos sobre a sensibilidade musical. Ele percebia que seus alunos acompanhavam e executavam o que viam na partitura de modo muito mecânico. Acreditava em um sistema de ensino no qual a educação auditiva deveria começar pelo senso rítmico, este composto pelo sistema muscular. Assim, com esse novo modelo, o corpo seria o instrumento principal para assimilar a música. 
Para Dalcroze, os estudantes precisavam possuir maior coordenação entre olhar, escutar, a mente e o corpo. Concluiu que para tocar bem, o primeiro instrumento a ser treinado deveria ser o corpo. Ele criou a eurritmia (bom ritmo), que é um sistema de treinamento da sensibilidade musical baseado no movimento rítmico. Nele, os princípios que compõem a eurritmia vão se organizar na relação entre o corpo e o som.
3 ELEMENTOS DO RITMO: Os elementos do ritmo apresentados nesta obra são responsáveis pelo entendimento das propostas práticas rítmicas. O profissional que entende o conteúdo teórico quanto aos elementos do ritmo consegue transferir todo esse contexto para a prática de forma clara, correta e segura.
3.1 Pulso: Acredita-se que o pulso é o primeiro elemento do ritmo. Imagine a seguinte situação: você entra numa sala onde está tocando uma música de que você gosta muito. Qual seria a primeira ação, de forma espontânea, que seu corpo apresentaria? Você poderia responder que balançaria a cabeça, bateria o pé no chão, enfim, acompanharia aquela canção de alguma forma. Desse modo, estaria fazendo uma marcação do pulso da música.
3.2 Compasso: Você pode entender que o compasso musical é a pulsação rítmica da música que se repete regularmente, dividindo-a em partes iguais, em sequência de dois, três, quatro ou mais tempos (ARTAXO NETO; MONTEIRO, 2008). Os compassos representam a métrica, ou seja, a ordem e a medida do ritmo. Trata-se da união de tempo, fortes e fracos, sequencialmente em pequenos blocos. São representados como compasso binário, terciário e quaternário.
· 3.2.1 Compasso binário O compasso de forma binária, também representado como 2/4, vai agrupar os tempos de dois em dois. O primeiro tempo é mais forte, ficando assim: um tempo forte e um tempo fraco. Um exemplo prático é a marcha de um soldado militar (um, dois – um dois). Para aplicá-lo, bata o pé forte uma vez e em seguida faça um estalo de dedos. O primeiro som (bater os pés) é forte, já o estalo é fraco. 
· 3.2.2 Compasso ternário Esse tipo de compasso agrupa os tempos de três em três (3/4): um tempo forte e dois fracos. Temos como exemplo de estilo musical a valsa. Agora vamos fazer um exercício para entender o compasso ternário. Bata o pé forte no chão uma vez e em seguida faça dois estalos de dedos. O bater do pé foi um som forte e os dois estalos foram sons fracos. 
· 3.2.3 Compasso quaternário Nesse compasso, os tempos são agrupados de quatro em quatro. Sua forma é representada do seguinte modo: um tempo mais forte, um fraco, um meio forte e um fraco. Podemos exemplificar o compasso quaternário através da grande maioria das músicas. Essa é a forma de compasso mais comum em uma composição musical. Vejamos o seguinte exercício prático. Vamos intercalar uma batida forte de pé ao chão com um estalo da seguinte maneira: pé (som forte), estalo (som fraco), pé (som forte), estalo (som fraco).

Continue navegando

Outros materiais