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PROVA INTEGRADA PR2 II

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CURSO DE MEDICINA
ALUNO: X - 2° PERÍODO
DISCIPLINA: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS I
TEMA: PROVAS TRANSCRITAS
PROVA 2 – SISTEMA CARDIOVASCULAR
CASO A: Paciente do sexo masculino, 53 anos, fumante, obeso e diabético, procurou a emergência de um hospital queixando-se de dor torácica intensa irradiando-se para o braço esquerdo e vômitos. Ao exame físico observou-se taquicardia taquipnéia, sudorese fria intensa e palidez cutâneo-mucosa. A pressão arterial era de 180 x 110mmHg. Realizou-se um ECG de admissão que revelou um supradesnivelamento do segmento ST. Concomitante, verificou-se a presença de enzimas/proteínas cardíacas em níveis bastante elevados (CK2, Troponina T e mioglobina). Iniciou-se tratamento com nitratos e oxigenioterapia. Após confirmação do diagnóstico, realizou-se cateterismo que identificou presença de placas de ateroma em coronárias. Em relação ao caso, responda:
1) Explique o caso clínico acima, diagnosticando-o. (FISIOLOGIA) 
O paciente deu entrada no hospital sofrendo infarto agudo do miocárdio. Este quadro desenvolve-se a partir de uma história de hipercolesterolemia – a qual favoreceu o aparecimento das placas de ateroma. A pressão arterial elevada foi um fator que levou a ruptura da placa de ateroma, uma vez que o aumento da resistência vascular pode degradar a placa e causar a lise da mesma. Após a lise da placa, seu conteúdo necrosante favoreceu a agregação plaquetária, formando um trombo que ocluiu por completo a luz das artéria. Após a oclusão arterial o paciente sofreu dor intensa torácica irradiando-se para o braço esquerdo devido a inervação pericárdica através dos nervos frênicos ser referida na literatura como a fonte primária de fibras sensoriais, logo, as sensações álgicas são conduzidas por esses nervos até o dermátomos C3-C5 da região supraclavicular ipsilateral, o que explica a irradiação para todo o membro superior esquerdo. A taquicardia, a taquipnéia, sudorese fria e intensa além da palidez cutâneo mucosa se devem ao fato de a perfusão dos outros orgãos estar comprometida a partir do infarto que oclui a luz de uma artéria, o que gera aumento da força de contração cardíaca, aumento da frequência cardíaca, respiração ofegante e também a palidez pela não chegada do sangue, a sudorese fria ocorreu de modo a equilibrar a temperatura corporal do paciente. O supradesnivelamento do ST ocorreu por distúrbio elétrico entre a despolarização ventricular e repolarização do mesmo, além dos níveis elevados das enzimas citadas, que são enzimas que avaliam a capacidade de trabalho mecânico do miocárdio. 
2) Explique o resultado encontrado no ECG. (FISIOLOGIA)
O ECG com supradesnivelamento do ST pode ser indicativo do IAM. O supradesnivelamento ocorre no segmento ST por ser justamente o segmento que corresponde ao final do estímulo despolarizante dos ventrículos (complexo QRS) e o início da repolarização ventricular (onda T). Como estímulo elétrico estará perpassando uma área de necrose devido a completa interrupção de irrigação sanguínea decorrente do infarto, no início da onda S será criado um ponto isoelétrico em decorrência do vetor resultante estar apontado em uma direção perpendicular ao polo positivo e negativo, gerando um “platô’’ entre o segmento S e o T – que compreende a repolarização ventricular. 
3) Explique a associação de proteínas/enzimas cardíacas como o diagnóstico, baseando-se no conceito de isoenzimas e/ou proteínas homólogas. (BIOQUÍMICA)
Sabe-se que isoenzimas são variantes genéticas de uma mesma enzima, enquanto proteínas homólogas são proteínas com mesma função porém sendo expressas em diferentes tecidos. Tendo em base isto, pode-se usar tais marcadores bioquímicas para se avaliar o nível de atividade de um determinado tecido, o qual será específico para um tipo de proteína. No caso do infarto, usa-se a CK-MB para avaliar o índice de fosforilação da creatina – o que nos indica o quanto de esforço foi imposta aquele tecido miocárdico; além disso, usa-se mioglobina (proteína homóloga a hemoglobina, sendo porém expressa no tecido muscular) para avaliar o nível de oxigenação do tecido, a relação LDL/HDL que nos indica uma possível desenvolvimento de placa ateromatosa, além do uso da troponina T ou I – envolvida no processo de contração muscular. 
4) Quais são as alterações teciduais que se espera encontrar no coração do paciente acima. (HISTOLOGIA)
Grande área de necrose devido a oclusão de uma artéria que perfundia esta região, acarretando na completa escassez de nutrientes e trocas metabólicas e ainda, uma formação de uma cicatriz fibrosa de tecido conjuntivo secretada por fibroblastos a fim de regenerar esta área, no entanto, a área cicatrizada perde a sua funcionalidade uma vez que o tecido conjuntivo não possui a função contrátil muscular do miocárdio. 
5) Classifique histologicamente a artéria coronárias e a caracterize quando normofuncionante. (HISTOLOGIA)
As artérias coronárias são artérias musculares de médio calibre. Possui uma túnica íntima composta de um endotélio (tecido epitelial pavimentoso simples) e tecido conjuntivo frouxo subendotelial que possui em sua intimidade uma lâmina fina de tecido conjuntivo fibroelástico – a limitante elástica interna. Na túnica média, que é a mais desenvolvida, estão presentes em sua maiorias, as grandes camadas (de 15 a 30) de células musculares lisas e uma pequena quantidade de material elástico. A túnica adventícia, é uma camada relativamente fina, constituída de tecido conjuntivo. O principal componente dessa camada são as fibras colágenas, as quais têm a função de evitar a expansão da parede arterial além de seus limites fisiológicos durante o período sistólico. Além das fibras colágenas, essa camada também apresenta uma rede frouxa de fibras elásticas, macrófagos e fibroblastos. A túnica adventícia contém vasos sangüíneos e nervos
6) Explique a vascularização arterial do coraçao. (ANATOMIA)
A artéria coronariana esquerda e seus ramos suprem a maior parte do átrio e do ventrículo esquerdo, septo interventricular e fascículos AV. Essa artéria emite dois ramos terminais: a artéria circunflexa e a artéria interventricular anterior (descendente anterior). A artéria circunflexa emite ainda outros dois ramos : a artéria marginal esquerda que supre a margem esquerda do coração, e a artéria posterior do ventrículo esquerdo que supre a face posterior do ventrículo esquerdo. A artéria interventricular anterior emite um ramo colateral – a artéria diagonal. 
A artéria coronariana direita e seus ramos suprem o átrio direito, nodos AS e AV e pparte posterior do septo interventricular. Esta artéria se anastomosa ainda com o ramo circunflexo e interventricular anterior do coronária esquerda. A ACD emite 5 ramos principais: a artéria sinoatrial – que supre o nodo sinoatrial; a artéria marginal direita que supre a margem direita do coração; a artéria do nodo AV que irriga o nodo AV; a artéria interventricular posterior que supre o sulco interventricular posterior e margens adjacentes a ele; além da artéria do cone arterioso que supre o cone arterioso. Além disso seu ramo interventricular posterior emite ramos perfurantes que irrigam o septo interventricular. 
CASO B: J.M.S, sexo masculino, ao nascer apresentava cianose sendo então diagnosticadas malformações cardíacas com misturas de sangue arterial (oxigenado). Após um mês de vida foi submetido a cirurgia cardíaca e atualmente com dois anos de idade, apresenta desenvolvimento normal. Responda:
7) O que entendemos por tubo endocárdico e quais seus primórdios embrionários? (EMBRIOLOGIA)
Tubo endocárdio é um primórdio embrionário do coração tubular, tendo como primórdios embrionários os cordões angioblástico provenientes do mesoderma cardiogênico que sofreu proliferação e agregação celular e depois fusionou-se formando o tubo. 
8) Considerando que durante a quarta semana observamos o tubo cardíaco fusionado e pulsando, quais os elementos tissulares embriológicos que o formam e quais são os seus derivados no coração fetal e adulto? (EMBRIOLOGIA)Mais internamente observa-se o endotélio, o qual é separado do miocárdio primitivo, pela geléia cardíaca. O endotélio irá se diferenciar no endocárdio (epitélio pavimentoso simples + tecido conjuntivo frouxo). A geléia cardíaca diferencia-se no esqueleto fibroso do coração – onde irão se apoiar as válvas cardíacas; e o miocárdio primitivo dará origem ao musculo estriado cardíaco – o miocárdio. O epicárdio é proveniente é de células mesoteliais que se originam da superfície externa do seio venoso e se espalham sobre o miocárdio.
CASO C: Uma menina de oito anos de idade foi examinada por uma pediatra devido a queixas de dores articulares. As dores começaram uma semana antes e primeiramente envolveram as articulações do cotovelo esquerdo e do ombro direito. Foi reatado que a menina teve febre reumática há 4 anos. Ao avaliar a função cardiovascular, identificou-se alteração das valvas mitral e aórtica indicando regurgitação.
9) Explique duas formas possíveis para identificação de alteração da função valvar cardíaca neste paciente? (FISIOLOGIA)
Hipofonese de B1 ao fonocardiograma, uma vez que com a regurgitação mitral, ocorre prolapso da valva, impedindo-a de se fechar no tempo correto (contração isovolumétrica) – o que gera um som mais fraco na ausculta e dispneia importante, pelo fato da “mistura” dos sangues arterial e venoso, que quando conduzidos ao pulmão favorecem uma troca gasosa ineficiência e prejudicam a função respiratória, levando ao quadro de dispneia. 
10) Descreva a morfologia da valva mitral e do esqueleto fibroso do coração. 
Esqueleto fibroso do coração é um arcabouço complexo de colágeno denso que forma quatro anéis fibrosos, que circundam os orificios das valvas, um trígono fibroso direito e outro esquerdo, formado pela conexão dos anéis, e as partes membranáceas dos septos interatrial e interventricular. As fibras musculares do coração se prendem a esse esqueleto fibroso. Valva atrioventricular esquerda (MITRAL) -possui duas válvulas ,uma anterior e outra posterior, que protegem o óstio atrioventricular esquerdo. Está localizada posterior ao esterno ao nível da 4° cartilagem costal. Cada uma de suas válvulas recebe cordas tendíneas provenientes de um músculo papilar. Estes músculos e suas cordas tendíneas suportam a valva atrioventricular esquerda, permitindo que as válvulas resistam a pressão desenvolvida durante as contrações. As cordas tendíneas tornam-se retesadas, impedindo as válvulas de serem forçadas para dentro do átrio esquerdo.

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