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TCC unip (nota 10)

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UNIP – Universidade Paulista 
Educação a Distância 
Curso: Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
Graziele Hanzen 
 Mariéli Hanzen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IVOTI - RS 
2020 
Graziele Hanzen 1757611 
Marieli Hanzen 1761106 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso Graduação 
– Licenciatura em Pedagogia, apresentado à 
comissão julgadora da UNIP EaD sob 
orientação da professora Mestre Mireili Lúcia 
de Sant´Anna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IVOTI – RS 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso de Graduação – 
Licenciatura em Pedagogia, apresentado à 
comissão julgadora da UNIP Interativa sob a 
orientação da professora Mestre Mireili Lúcia 
de Sant’Anna 
 
 
 
Data de aprovação __/__/____ 
 
 
 
___________________________________ 
Prof. (a) Orientador (a) 
UNIP – Universidade Paulista 
 
__________________________________ 
Prof. (a) Orientador (a) 
UNIP – Universidade Paulista 
 
___________________________________ 
Prof. (a) Orientador (a) 
UNIP – Universidade Paulista 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho primeiramente 
а Deus, por ser essencial em nossas vidas, autor 
do nosso destino, nosso guia, аоs nosso pais 
Ivoni e Alfonso Hanzen e aos nossos 
companheiros. 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradecemos primeiramente a Deus, que nos fortaleceu nessa batalha desde quando 
iniciamos esta caminhada, sabemos que não foi nada fácil, porém obtivemos conhecimento e 
oportunidades imensuráveis. 
 Agradecemos a nossa família e amigos que estiveram durante esse percurso de 
graduação, onde tiveram toda a paciência e carinho durante os dias mais difíceis e nos deram 
apoio em cada decisão do curso. 
 Agradecemos a Universidade Paulista, principalmente nosso polo de apoio aonde todos 
não mediram esforços para que possamos ter chegado até aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao brincar, a criança assume papéis e 
aceita as regras próprias da brincadeira, 
executando, imaginariamente, tarefas para as 
quais ainda não está apta ou não sente como 
agradáveis na realidade. 
 (Vygotsky) 
https://www.pensador.com/autor/lev_vygotsky/
RESUMO 
 
 O presente trabalho tem por objetivo mostrar como a utilização do lúdico tem ganhado 
força entre os professores no desenvolvimento de ensino-aprendizagem e abordar também sobre 
a importância do brincar na educação infantil. Durante esse trabalho aborda-se a evolução das 
escolas de educação infantil, quando as escolas deixam de ser casas de cuidados e passam a ser 
lugar de ensino, mostra-se também a evolução da criança que deixa de ser um mini adulto e 
começa a ser visto como um ser de direitos e deveres. Acreditava-se por muito tempo que o 
lúdico não “ensinava” era só um momento de brincar e descontrair, mas alguns autores como 
Vygotsky e Piaget com suas biografias conseguem provar a importância do lúdico na educação 
infantil. Brincando a criança aprende olhar o próximo, estimula seu físico, afetivo, cognitivo e 
psicomotor, dessa forma, influencia a formação de adultos mais saudáveis, seguros e éticos. 
 
Palavras-chave: Educação Infantil. Lúdico. Aprendizagem. Brincar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 The present work aims to show how using play has gained strength among teachers in 
the development of teaching-learning and addressing the importance of playing in early 
childhood education. During this work, the evolution of early childhood schools is approaches, 
when schools leave care homes and become a place of teaching, it also shows the evolution of 
the child who leaves a mini adult and starts being seen as a right rights and duties. It was 
believed for a long time that music teaching was not “taught” until a moment of playing and 
relaxing, but some authors such as Vygotsky and Piaget with their biographies showed the 
importance of teaching in early childhood education. Playing with a child learns to look at 
others, stimulates their physical, affective, cognitive, and psychomotor skills, thus influencing 
the formation of healthier, safer, and more ethical adults. 
 
Keywords: Child education. Ludic. Learning. Play. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11 
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 14 
1.1 A infância ................................................................................................................................... 14 
1.2 Fases do desenvolvimento infantil ........................................................................................... 14 
1.3 A trajetória da educação infantil no Brasil ............................................................................. 17 
1.4 Brincadeiras e brinquedos ........................................................................................................ 19 
1.5 Classificação das Brincadeiras ................................................................................................. 21 
1.6 A Importância da Família no Processo do Brincar da Criança ............................................ 24 
1.7 O papel dos jogos e brincadeiras na educação infantil .......................................................... 25 
1.8 O professor na educação infantil ............................................................................................. 26 
CAPÍTULO II – MÉTODO ............................................................................................................... 29 
CAPÍTULO III: O LÚDICO .............................................................................................................. 30 
2.1 Como aplicar o lúdico na Educação Infantil........................................................................... 31 
2.2 O lúdico no processo de avaliação ........................................................................................... 35 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 38 
Referências ........................................................................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem a finalidade de apresentar a importância do brincar no 
desenvolvimento e na aprendizagem da criança na Educação Infantil. O tema desse trabalho 
foi escolhido pois é comum ouvir falar que escola é lugar de aprender e não de brincar, através 
deste pensamento engessado que muitas pessoas ainda tem escolhemos o tema e assim 
queremos mostrar o quanto o ato de brincar é importante na evolução da aprendizagem da 
criança, pois não é apenas um momento de diversão mas de desenvolvimento da percepção de 
saberes da criança, que será levada para sua vida futura. 
O objetivo geral é mostrar como a utilização de jogos, brinquedos e brincadeiras tem 
ganhado força entre professores e mostrar sua importância na educação infantil. Mais 
especificadamente falar-se que durante muito tempo o brincar era permitido e proposto apenas 
no horário de intervalo ou emmomentos livres da aula, mas ao logo da história isso foi mudado 
e por isso queremos mostrar como o lúdico hoje pode ser presente em sala de aula e também 
detalhar quais jogos, brinquedos e brincadeiras podem chegar a sala de aula e ter uma 
contribuição positiva para o ensino. 
A questão problema é que sabendo da evolução do lúdico como e até aonde ele pode 
ajudar a desenvolver os alunos? 
Acredita-se que a criança fazendo aquilo que ela gosta aprende mais fácil, logo a 
brincadeira, os jogos e os brinquedos em sala de aula são facilitadores de aprendizagem e 
auxiliam os professores a alcançar seus objetivos. 
Sendo assim, para que possam complementar este estudo, iremos usar análise 
documental e revisão bibliográfica dos autores Kishimoto (2002), Mello (2007), Souza (2009), 
Vygotsky (1991), Wallon (1986), entre outros. 
O primeiro capítulo será a fundamentação teórica. Neste momento inicial explica-se o 
que é ser criança a evolução dela, aonde ao longo da história ela era vista como um adulto em 
miniatura e depois passou a ser tratada como uma pessoa de direitos, alguém capaz de provocar 
mudanças na sociedade. Aborda-se também com ocorreu a evolução da educação infantil, uma 
vez que durante muito tempo ela foi vista apenas como um cuidar e não como ensinar e 
aprender, aonde sempre que tinha o dever de cuidar dessas crianças eram as mulheres e isso só 
começou a mudar quando a industrialização criou força no Brasil e a mão de obra feminina 
passou a ser necessária e só então foi criado um lugar para deixar as crianças mas ainda não era 
12 
 
escolar, só depois em 1988 na constituição federal foi citado pela primeira vez o nome Educação 
Infantil. 
Abordou-se ainda neste primeiro capítulo a diferença do brinquedo e da brincadeira, aonde 
o brinquedo não precisa necessariamente fazer parte de uma brincadeira já que ela pode ser 
criada através da imaginação ou como por exemplo a brincadeira esconde-esconde que não faz 
uso de nem um objeto dito brinquedo, apenas a imaginação para saber aonde se esconder do 
amigo. O brinquedo também pode ser criado com a imaginação, como brinquedos não 
estruturados aonde a criança imagina o seu brinquedo, um exemplo é uma caixa de papelão que 
pode virar uma infinidade de coisas, aviões, casas, barcos, o que a imaginação quiser criar. 
Seguindo a linha do brinquedo e brincar abordamos também qual o papel destes em sala de 
aula, e observou – se que quando a criança brinca, usa a imaginação e faz o que gosta o 
rendimento dela aumenta significativamente, através das brincadeiras a criança aprende a 
respeitar o próximo e conviver harmoniosamente em sociedade. 
 
“A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção 
de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de 
a criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite às 
crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de 
um mundo que pouco conhecem” (SEBASTIANI, 2003, p. 107). 
 
Como citado acima a criança precisa brincar para exercitar sua imaginação, para entender 
a realidade, uma vez que as brincadeiras das crianças sempre são ligas ao mundo real em que 
vivem. 
No segundo capítulo abordou-se sobre como podemos aplicar o lúdico na educação infantil. 
O lúdico é um método muito importante para o desenvolvimento do aluno na educação infantil. 
 O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que 
merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, 
com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um 
método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. Para poder garantir o 
sucesso do processo ensino-aprendizagem o professor deve utilizar-se dos 
mais variados mecanismos de ensino, entre elas as atividades lúdicas. Tais 
atividades devem estimular o interesse, a criatividade, a interação, a 
capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e 
conceitos. O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, 
sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo e 
compreendendo e não por simples imitação. O espaço para a realização das 
atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as crianças possam se 
sentirem descontraídas e confiantes (ALMEIDA, 2014 p. 3). 
13 
 
Através das atividades lúdicas o professor possibilita um crescimento permanente do 
conhecimento auxiliando o aluno a ter confiança e ter autonomia e não ser mais um repetidor 
de informações, mas sim um ser capaz de criar suas próprias possibilidades sobre aquilo que 
vê, ouve ou sente. 
Neste mesmo capítulo falou-se sobre a avaliação através do lúdico, aonde todas as 
brincadeira e atividades das crianças são observadas e avaliadas durante o todo o tempo e não 
apenas em um momento específico. Observar as crianças em seu momento de descontração é o 
ideal para entendermos mais sobre ela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
1.1 A infância 
 
A infância é o estágio do maior desenvolvimento do ser humano, em nem uma outra fase 
ocorre um desenvolvimento tão rápido quanto nessa. Contudo, nem sempre foi assim. Podemos 
perceber ao logo da história que nos séculos XIV, XV e XVI toda criança era avaliada como 
um adulto em miniatura, e o tratamento dado a ela era completamente igual ao de um adulto, já 
que conviviam com eles. A intenção era que a criança crescesse em passo acelerado, a fim de 
contribuir com trabalho nas atividades dos adultos. Deste modo, a criança aprendia os afazeres 
domésticos na prática, e esses eram avaliados como uma forma de educação, visto que as 
escolas eram reservadas a um pequeno grupo da sociedade (ARIÈS, 1981). 
Entre os séculos XVI e XVII foi instituída uma pequena mentalidade de que a educação 
tornaria a criança uma pessoa honrada, estando enfim percebida como seres diferentes dos 
adultos. No século XVIII as crianças passaram a serem vistas como alguma pessoa que 
necessitava de cuidados e de educação, e foram separados dos adultos, igualmente como os 
ricos ficaram separados dos pobres. Todavia somente no século XX que finalmente surgiu um 
novo pensamento em relação à infância, passando a existir um empenho em conhecer essa 
extraordinária fase da vida (TEIXEIRA; VOLPINI, 2014). 
Com o aparecimento da era moderna ela não trouxe apenas benefícios de trabalho e 
indústrias, mas também o surgimento e a iniciação de novos costumes, favorecendo assim a 
convivência das crianças, especialmente no ambiente escolar, pois nesta fase os pais 
necessitavam deixar suas residências para que pudessem ir ao trabalho. 
 De acordo com Chateau (1954, p. 14): “A infância é, portanto, a aprendizagem necessária 
à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento das funções, sem 
considerar o brinquedo, seria negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela 
sua própria estátua”. 
Ultimamente as crianças têm sido vistas como indivíduos que participam e interagem 
socialmente, e a infância como a idade das brincadeiras, assim como ela aprende a brincar e a 
socializar. Essa é a razão para que pais e educadores sejam instigados a pensar sobre as 
mudanças que estão acontecendo na sociedade, assim como a influência que ela tem sobre a 
educação dos alunos. 
 
1.2 Fases do desenvolvimento infantil 
15 
 
Piaget divide o desenvolvimento em 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana 
que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das 
diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento. São eles: 1º período: 
Sensório-motor (0 a 2 anos); 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos); 3º período: Operações 
concretas (7 a 11 ou 12 anos) e por fim o 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em 
diante) 
Cada uma dessas fasesé caracterizada por formas diferentes de organização mental que 
possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia 
(Coll e Gillièron, 1987). De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na 
mesma sequência, porém o início e o término de cada uma delas pode sofrer variações em 
função das características da estrutura biológica de cada indivíduo e da riqueza (ou não) dos 
estímulos proporcionados pelo meio ambiente em que ele estiver inserido. Por isso mesmo é 
que "a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida" (Furtado et. 
al.,1999). Aborda-se, a seguir, sem entrar em uma descrição detalhada, as principais 
características dos períodos Sensório- motor e Pré-operatório, que são os que envolvem a faixa 
etária envolvida neste trabalho. 
 Período Sensório-motor (0 a 2 anos): Este período é bastante complexo, pois é nele que o bebê 
começa a organização do seu desenvolvimento nos aspectos motor, intelectual, afetivo, 
perceptivo e social. Começará com poucos reflexos que logo irão se transformando em senso-
motor. 
 O principal canal de interação do bebê com o adulto é a emoção. É caracterizada pelo 
toque e expressões faciais e a mudança no tom de voz, que os adultos sempre fazem ao tentar 
comunicar-se com o bebê, as expressões vão criando sentido para ele e a partir daí a criança 
imita outras pessoas e cria suas próprias reações, por exemplo, balança o corpo e bate palmas. 
 Uma grande descoberta é o andar, fica entusiasmada com a capacidade de ir de um lado 
a outro, mas ainda anda sem uma finalidade definida. Com o tempo amadurece o sistema 
nervoso, melhora o andar, passando a sentir-se seguro para correr e pular. 
 Está é a fase em que a criança não gosta de ficar parada, gosta de explorar tudo ao seu 
redor. Já consegue segurar algo para comer e beber, mas ainda não consegue distinguir bem o 
uso desse objeto e pode usá-lo também para brincar. Próximo ao final do segundo ano de vida, 
desenvolve-se a fase do faz de conta, revive cenas recorrendo sempre a gestos. 
16 
 
 A imitação torna-se muito presente nesta fase, nela é que as crianças se encantam com 
as pequenas estrofes das músicas infantis e as bonecas viram filhas, gostam de tintas, barros, 
dos restos de papéis, da areia, da água e das massas de modelar. 
Nesta idade também começa a construção da sua identidade pois passam a reconhecer a 
imagem do seu corpo diante do espelho, passando a fazer brincadeiras enquanto observam seu 
reflexo e aprendem a reconhecer as características físicas. 
Período pré-operatório (2 a 7 anos): Um fato que sem dúvida é muito marcante na primeira 
infância é o surgimento da linguagem. As expressões verbais ficam mais eficaz em sua 
comunicação. A criança começa narrar fatos, representar situações já vividas ou futuras e 
interagir socialmente com instrumentos comunicativos, este é o estágio da inteligência 
simbólica. 
 Esse período possui, de acordo com Goulart (1987, p. 23), subdivisões: 
• De 2 a 4 anos: A criança cria conceitos a partir de experiencias visuais concretar. 
Aparecimento da função simbólica por meio da linguagem, do jogo e da imitação. 
• De 4 a 5 anos e meio: Esta é a fase dos “PORQUÊS”! Ela cria sua realidade por meio 
de perguntas sucintamente elaboradas: Onde? Como? Por quê? E suas respectivas respostas. 
Assim, ela entende o que passa ao seu redor, de situações e o que mais tiver que ser 
compreendido. É um período com muitas descobertas. 
• De 5 anos a 7 anos: a criança elabora e organiza seu mundo por intermédio de esquemas 
padrões de respostas para eventos que ainda não possui subsídios para compreender e explicar. 
 O pensamento pré-operatório indica inteligência capaz de ações interiorizadas, ações 
mentais, mas é chamado de pensamento egocêntrico (centrado no ego, no sujeito). O 
egocentrismo é visto também pelo aparecimento do “animismo”, “artificialismo” e “finalismo”. 
No animismo a criança “da vida” a tudo ao seu redor, por exemplo, se um objeto a 
machuca ela atribui a ele está culpa. 
O artificialismo, por sua vez, é a propensão da criança em atribuir a um personagem 
humano a origem de tudo, como a origem natural dos elementos da natureza, que os adultos 
direcionam para a imagem do “Papai do Céu”. 
 O finalismo é a fase caracterizada pela tendência que a criança possui de direcionar os 
eventos e explicá-los a partir de sua existência. Ou seja, os objetos e pessoas existentes em 
determinadas situações têm a finalidade de servi-la. 
17 
 
1.3 A trajetória da educação infantil no Brasil 
 
 As creches eram inexistentes até o século XIX, o cuidado e a educação das crianças 
pequenas eram de responsabilidade familiar, principalmente da mãe. O atendimento à criança 
pequena no Brasil foi marcado por quatro etapas. A primeira filantrópica, a segunda higiênico-
sanitária, a terceira assistencialista e a última que se estende até hoje é a educativa. 
No segundo atendimento era guiado por profissionais da saúde que buscavam diminuir os 
altos índices de mortalidade infantil. Observa-se então que, as instituições infantis se 
preocupavam com a saúde das crianças, e os profissionais que nelas atuavam eram da saúde, 
não tendo ainda nenhuma relação com o aspecto educativo e pedagógico. Esse atendimento 
expandiu do século XIX ao século XX. 
O contexto socioeconômico do Brasil, influenciado pela industrialização foi sofrendo 
algumas alterações devido a incorporação das mulheres ao mercado de trabalho. E as crianças 
já não podiam mais ficar em casa aos cuidados da mãe. Criando-se o terceiro tipo de 
atendimento, o assistencialista. Uma das primeiras intuições de assistencialismo infantil no 
Brasil foi à chamada Casa da Roda, lugar onde eram deixadas as crianças abandonadas. “Essas 
casas apresentavam características próximas às de asilos e sua função era encaminhar as 
crianças para a adoção ou instituições caritativas, como orfanatos e Santas Casas de 
Misericórdia”. (GOIÂNIA, 2004, p.13). Até a década de vinte, as instituições de ensino infantil 
eram concebidas por instituições assistencialistas. Somente na década de trinta, com a criação 
do Ministério da Educação e Saúde, é que o Estado assume oficialmente sua responsabilidade 
no atendimento à infância. 
Durante o governo de Vargas, na década de quarenta, foram criados dois órgãos de atuação 
na área da infância. O primeiro é o Departamento Nacional da Criança (DNCr) vinculado ao 
Ministério da Educação e Saúde Pública que tinha como objetivo: “atender a infância, a 
maternidade e a adolescência, passaria a fornecer orientação técnica, repassar recursos aos 
estados e às entidade privadas, além de atuar como órgão fiscalizador” (MERISSE, 1997, p.39). 
O segundo órgão criado, nesta época, foi o Serviço de Assistência a Menores (SAM). Este era 
vinculado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, “que se destinava ao atendimento de 
menores de 18 anos” (MERISSE, 1997, p.40). 
18 
 
Pouco depois da criação destes dois órgãos, exatamente no ano de 1943, o governo institui 
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esta lei contribui muito no aumento das creches 
no Brasil, pois: Tornava obrigatório, a todas as empresas que empregassem mais de 30 
mulheres, o oferecimento de um (...) local apropriado onde seja permitido às empregadas 
guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de amamentação. (MERISSE, 
1997, p.42). No que diz respeito às creches, a permanência, nessas iniciativas, de uma 
concepção assistencialista, pois o serviço oferecido era visto como um benefício ou uma 
concessão trabalhista para a mulher trabalhadora, não como um direito de trabalhador em geral, 
ou mesmo um direito da criança. (MERISSE, 1997, p.42). Assim, até então, a educação infantil 
se remetia ao assistencialismo, para o qual tinham a função de atender as mães trabalhadoras, 
que necessitavamdeixar seus filhos em algum lugar. “Saúde, higiene, nutrição, normatização 
de tarefas eram conteúdos quase que exclusivos desse assistencialismo” (COSTA, 2008, p.61). 
Mais adiante, em 1988, entra em vigor uma nova Constituição, foi nela que a expressão 
Educação Infantil foi utilizada pela primeira vez no texto da lei entra, com um caráter moderno 
e eleva a Educação a um direito social em seu artigo sexto, como se observa: 
“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição”. (BRASIL, CF, 1988). 
A Carta Magna do Brasil, em vigor até os dias atuais abordou a educação de maneira 
mais profunda, pois além de ratificar a educação como um direito, legislou também quanto à 
Educação Infantil como se nota no artigo 29, Inciso VI “manter, com a cooperação técnica e 
financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;” 
(BRASIL, CF, 1988). 
Apenas em 16 de julho de 1934, na “Constituição da República dos Estados Unidos do 
Brasil”, foi dado espaço para abordar a educação em um documento oficial do país, propondo 
diretrizes para a educação nacional, além de definir responsabilidades como se observa em seu 
artigo 149: 
A educação é direito de todos e deve ser ministrada, pela família e pelos 
Poderes Públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a 
estrangeiros domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores 
da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a 
consciência da solidariedade humana. (BRASIL, 1934) 
 Neste período, visando o desenvolvimento econômico bem como a soberania nacional 
a educação passa a ser vista como um instrumento de transformação dos brasileiros, ainda que 
19 
 
de maneira grotesca, já que, nossas instituições educacionais funcionavam pautadas, apenas, 
em princípios religiosos. Com a promulgação deste documento, oficializou-se e 
institucionalizou-se a educação como um direito e não mais um privilégio de uma minoria. Com 
a organização do Estado Brasileiro, e a ampla necessidade de valorizar a educação, criou-se em 
1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou seja, a Lei Nº 9.394 de 20 de 
dezembro de 1996, que traz em seu primeiro artigo a seguinte redação: 
 A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino 
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais. (BRASIL, 1996). 
 Observa-se que a evolução na legislação brasileira quanto à educação entre 1824 e 1988 
foi incomum, apesar do povo brasileiro aguardar cento e sessenta e quatro anos para que a 
educação infantil se tornasse um direito de todos, no entanto, é notório que ainda hoje muitas 
crianças ainda não têm acesso as escolas de educação infantil, pois aproximadamente 74% das 
crianças de até 4 anos estão fora de instituições de ensino, como informou o IBGE, em 2017. 
Cabe mencionar que a Educação Infantil compreende a faixa etária de zero a cinco anos 
de idade, e que a LDB/96, responsabilizou os municípios como se lê no artigo décimo primeiro, 
inciso quinto, para zelar pela formação de nossas crianças, desde a sua tenra idade. Acreditamos 
que foi outro avanço a criação e execução da LDB/96 principalmente por delinear as três etapas 
da Educação Básica no país, porém faz-se necessário que ela acompanhe a realidade dos alunos 
do século XXI. 
Vejamos o Artigo vigésimo nono da LDB/96, que trada dos currículos: 
 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família 
e da comunidade. (BRASIL, 1996). 
 É, portanto, papel da Educação Infantil desenvolver as crianças em seus diversos 
aspectos, e principalmente, cognitivamente. Como já é apontado em documentos oficiais 
existentes e reforçado pela Base Nacional Comum Curricular aprovada no ano de 2018. 
1.4 Brincadeiras e brinquedos 
 
Os brinquedos nem sempre precisam ser suporte para o passa tempo, pois muitos objetos 
foram criados com propósitos diferentes de uma brincadeira, como um exemplo o chocalho, ou 
como instrumentos de referência para alguma cultura, como por exemplo os bonecos. As 
20 
 
brincadeiras são caracterizadas pela imaginação e criação, tendo assim uma grande influência 
cultural de um povo, as brincadeiras das crianças são sempre baseadas ao seu mundo ao redor, 
sejam no que veem, sentem ou escutam. 
Brincar faz parte da infância de toda criança, indiferente de raça ou gênero, toda criança 
brinca ou um dia já brincou, e quando adultos dificilmente esquecerão este momento de 
criatividade e imaginação o que ficará para sempre guardado na memória e ainda estes 
momentos poderão ter influência nas suas atitudes e comportamentos ao longo da vida. “Brincar 
não significa perda de tempo como também não é uma forma de preenchimento de tempo, mas 
uma maneira de se colocar a criança de frente com o objeto, muito embora nem sempre a 
brincadeira envolva um objeto.” (Bueno, 2010, p. 21). 
A infância, o jogo, o brinquedo e as brincadeiras estão inteiramente ligados, sendo que 
desde muito cedo somos orientados a brincar com jogos e objetos, seja para aprendermos ou 
simplesmente para nos distrairmos, mas estas palavras fazem parte e sentido do universo 
infantil. 
Algumas brincadeiras evidenciam o pertencimento a um grupo social de crianças e jovens 
partilhando dos mesmos signos culturais, socializando-se, indicando seu lugar na sociedade e 
criando identidades. (Kishimoto, 2013). 
As brincadeiras e os brinquedos nasceram através de adaptações de práticas e interesses 
adultos. 
De acordo com Vygotsky (1989, p. 130): 
[...] A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal 
que não é a outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, 
determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o 
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de um 
problema, sob a orientação de um adulto ou um companheiro mais capaz. 
 
O brincar torna-se muito influente para a evolução e para a comunicação da criança com o 
mundo ao seu redor, a partir da primeira etapa da vida somos estimulados a sorrir, falar, ouvir, 
gritar, imaginar coisas ou objetos ao nosso redor, ou seja, interagir com as pessoas. Desde os 
primeiros dias, os pais, tios, tias, avós, entre outros, interagem com a criança, estimulando assim 
a interação e a descoberta com o mundo exterior. 
Os brinquedos e brincadeiras incentivam e estimulam o ser humano desde pequeno a 
desenvolver aspectos cognitivos e social, pois apenas brincando a criança observa e descobre a 
diferença entre a realidade e a fantasia. 
21 
 
É através das brincadeiras que as crianças começam a ter contato e compreender a vida 
adulta, tendo frustrações, ganhos, perdas, e assim desde cedo entendendo que nada é do jeito 
que queremos horas ganhando e horas perdendo 
 De acordo com a autora Bueno (2010, p. 21), “[...] O brinquedo possibilita o 
desenvolvimento total da criança, já que ela se envolve afetivamente no seu convívio social. A 
brincadeira faz parte do mundo da criança.” Ou seja, a brincadeira é fundamental para o avanço 
intelectual da criança. 
Existem dois tipos de intervenção ao brincar como afirma Saracho (1991): o participativo 
e o dirigido. 
A interação participativa é quando a criança tem estímulos para usar a imaginação durante 
um jogo, o que pode levar a criança a ser menos repetitiva trabalhando sua capacidade de 
invenção e elaboração de temas. 
Já no processo dirigido a criança tem comofoco construir algo pré-existente, pois neste 
caso a criança terá que seguir uma ordem de fatores para montar o jogo e então trabalhar mais 
as situações não lúdicas, o que pode levar a criança a não trabalhar muito bem a criatividade. 
O jogo, o brinquedo e as brincadeiras ao longo do tempo estão sendo interpretados de forma 
diferente, passaram a ser compreendidos como “objetos” de grande aprendizado e importância 
para as crianças, deixando de serem apenas um passatempo e foram ganhando espaço nas 
escolas e nos processos pedagógicos, além de chamarem a atenção de estudiosos e de 
empresários. 
Os empresários passaram a investir na fabricação de brinquedos diferentes, sofisticados e 
que atendam às necessidades e interesses das crianças, além de propiciarem e cultivarem um 
comércio cada vez maior. Já os estudiosos aprofundaram os estudos em relação à importância 
e a relação do jogo, do brinquedo e das brincadeiras para as crianças de forma geral. 
Atualmente existe uma grande variedade de jogos, brinquedos, brincadeiras e materiais 
pedagógicos que podem ser usados pelos profissionais que atuam na educação infantil e na 
educação como um todo. Alguns desses materiais que vem ganhando força são os materiais não 
estruturados, ou seja, brinquedos que não são prontos, como carrinhos ou bonecas, mas objetos 
que já não são mais utilizados por nós adultos mas que a imaginação da criança transforma em 
algo novo, como caixas que viram casas, aviões e garrafas que viram chocalhos, tecidos que 
viram bonecas, tudo que a imaginação permitir pode ser criado por aquilo que para muitos seria 
algo descartado e sem utilidade alguma. 
1.5 Classificação das Brincadeiras 
22 
 
A arte do brincar, os jogos, brinquedos e brincadeiras podem ser classificadas de acordo 
com as competências que eles desenvolvem nos participantes. As crianças brincam dependendo 
do estágio de desenvolvimento em que se encontram, segundo observado por Piaget, que 
aparecem na seguinte ordem, podendo variar a idade de criança para criança: sensório-motor, 
de zero a dois anos de idade; pré-operatório, de dois a sete anos; operatório concreto, dos sete 
aos onze anos e operatório formal, a partir dos doze anos. 
Segundo os estudos de Piaget, que identifica as famílias de jogos por condutas 
cognitivas e afetivas, habilidades funcionais e de linguagem e atividades sociais, essas são 
algumas formas de classificação: 
• Faz de conta – Instrumento para desenvolver a imaginação e criatividade das crianças é nesse 
momento que a criança compreende a realidade pois é aqui que a criança imagina e brinca de 
profissões, comidas imaginarias etc. 
• Exploratórios - são explorados diferentes sons, formas, texturas, cores e outras sensações. 
Eles servem de base para o desenvolvimento de outras tantas habilidades, como as artísticas. 
Para isso, os brinquedos devem ser: chocalhos e outros instrumentos musicais, caixas de 
empilhar, jogos de encaixar, dentre outros. 
• Educativo - nesta brincadeira, normalmente, o tema não é livre. São estabelecidos conteúdos 
para aquisição de conceitos como formas, tamanhos e cores. Ex: quebra-cabeça. 
• Ativos – é quando são utilizadas habilidades corporais como saltar, correr, chutar, engatinhar, 
rolar, subir, dentre outras. Através desses, as habilidades motoras vão se desenvolvendo, dando 
maior destreza corporal ao sujeito. 
Há uma infinidade de jogos e brincadeiras que ultrapassam o tempo e permanecem vivos 
na memória de todos nós. 
Algumas brincadeiras populares: 
• Amarelinha – Brincadeira realizada em grupo, aonde desenha-se no chão com números de 1 
a 10 seguindo a ordem: dois quadrados, um quadrado e a sequência numérica. Logo após o 
último conjunto, de números, desenhamos o céu que seria o mesmo que a chegada. O jogo 
começa com um participante jogando uma pedra em algum número, aonde a pedra cair não 
pode pisar e na volta deve pegar a pedra sem cair e sem pisar na linha, ganha quem completar 
o circuito sem nem um erro e quem for o mais rápido. 
23 
 
• Peteca – Peteca é o nome dado tanto para a brincadeira como para o objeto utilizado na 
prática. A brincadeira de origem indígena é também considerada um esporte. A única regra do 
jogo é não deixar a peteca cair no chão, joga-se com as mãos. 
• Passa-anel – Quem for jogar forma um círculo, escolhe-se uma criança para passar o anel e 
as demais ficam com as mão fechadas formando uma espécie de concha com elas, mas que 
ninguém consiga ver, a criança passa o anel de mão em mão até deixar o anel em uma mão, 
escolhe uma criança para adivinhar aonde está o anel. Está brincadeira trabalha a observação, 
atenção e concentração. Ganha quem adivinhar aonde está o anel e quem errar vai saindo do 
jogo. 
• Pião - O jogo que passou de geração em geração é uma brincadeira para demonstrar 
habilidades ou para competição, aonde desenha-se um círculo e o peão que girar por mais tempo 
ser sair do círculo é o vencedor. 
• Cinco Maria – Brincadeira que também passou por muitas gerações consiste em cinco 
pedrinhas – podem ser também com saquinhos de pano feitos com grãos ou areia dentro. Esta 
brincadeira antiga é jogada com duas ou mais pessoas e o objetivo é passar por diversas fases, 
sempre com uma pedrinha sendo jogada para o alto. Estas fases são pegar uma pedrinha do 
chão enquanto a outra é jogada para o alto, ou empurrar a pedrinha do chão para 'túneis' 
formados pelos dedos de uma das mãos. Quem erra passa a vez para o próximo. 
• Pular Corda - Além de ser uma atividade de entretenimento para as crianças, esta brincadeira 
gasta bastante energia. O jogo consiste em uma dupla batendo a corda, enquanto outra criança 
a pula cada vez que a corda passar pelo chão. Para acompanhar, e até dar a cadência do ritmo, 
existem várias canções para estimular a brincadeira. Caso a criança tropece na corda ela perde 
a vez e passa a chance para o próximo. 
• Elefantinho Colorido - Será preciso uma bola, bastante espaço e uma quantidade de no 
mínimo três crianças para que esta brincadeira antiga se torne divertida. A brincadeira começa 
com as crianças vão falando 'e-le-fan-ti-nho co-lo-rido' sempre passando a bola a cada sílaba. 
A última criança a receber a bola fala o nome de uma cor. Todas as crianças correm para tocar 
um objeto com aquela cor e a última criança que tocar uma cor sai do jogo, até só restar um. 
Brincadeira para quem tem criatividade nunca será uma dificuldade, seja adulto ou 
criança usando a imaginação as brincadeiras podem ir muito longe, sejam brincadeiras reais ou 
aquelas que são inventas imediatamente na hora da diversão. 
24 
 
1.6 A Importância da Família no Processo do Brincar da Criança 
 
Ao analisar, a questão da participação familiar na escola, como fonte de aumento de 
aprendizagem do aluno, pode-se perguntar: Será possível planejar e executar o processo de 
educação escolar independente da questão familiar? Como trazer a família para fazer parte do 
processo ensino-aprendizagem na escola? O que fazer quando a família não coopera? E quando 
a escola não contribui? (SILVA et al, 2005). 
Todas estas questões merecem um tratamento cuidadoso, que leve em 
conta aspectos sociais, culturais e legais que ampliam e modificam esta 
relação. O estudo das relações entre família e escola denota que ao longo da 
história brasileira a família passou por diversas transformações importantes 
que se relacionam com o contexto sócio-econômico-político do país. No 
Brasil-Colônia, marcado pelo trabalho escravo e pela produção rural para a 
exportação, identifica-se um modelo de família tradicional, extensa e 
patriarcal; onde os casamentos baseavam-se em interesses econômicos, que à 
mulher, era destinada a castidade, a fidelidade e a subserviência. Aos filhos, 
considerados extensão do patrimônio do patriarca, ao nascer dificilmente 
experimentavam o sabor do aconchego e da proteção materna, pois eram 
amamentados e 36cuidados pelas amas de leite. (PEREIRA, 2000, p. 62 apud 
SILVA et al, 2005). 
Brendler (2013), a criança aprende a falar, a escolher o que gosta de comer, as regras, 
os valores e as crenças religiosas por meio da educação não formal que é passada pela família, 
e esta por sua vez advém a partir das vivencias e é firmada no bom senso familiar. 
Para Bispo (2015), sabe-se que o núcleo familiar é de grande importância para o 
desenvolvimento da criança, nesse sentido, esse ambiente tem de ser adequado para que este 
processo ocorra de maneira agradável, para as ambas as partes. É na família que a criança vai 
começar a se socializar e se desenvolver da melhor maneira plausível para ser aceito na 
sociedade. Os pais, por sua vez, carecem ajudar da melhor maneira possível. No ambiente 
familiar, a criança se habitua ao cotidiano de casa e, quando é introduzida na escola, os pais 
almejam que seja dado prosseguimento a rotina estabelecida. 
Para Chinoy: 
A família tem como função social transmitir a criança normas e 
condutas, valores e crenças, requisitos da reprodução humana para a 
manutenção e continuidade da vida humana na terra. (CHINOY, 2008, p.223). 
Acredita-se que família e escola precisam unir-se, com um único objetivo, que é o de 
educar e fortalecer a criança para encarar as barreiras que vão aparecendo no meio dessa longa 
caminhada, que é o desenvolvimento e a aprendizagem. Quando não existe a parceria entre 
25 
 
escola e família, ambas as partes ficam fracas. Dessa forma, a ausência da família na escola 
acaba ocasionando vários problemas no processo de ensino e aprendizagem dos filhos e, por 
outro lado, quando o convívio na escola não é bom, a convívio familiar também é afetado. 
(Bispo, 2015). 
Na união família e escola, a criança precisa de uma série de elementos 
para que esse processo aconteça, incluindo o ambiente, que precisa ser 
tranquilo, harmonioso, carinhoso, e cercado de afeto. É necessário também, 
uma série de cuidados pessoais, como, proteção e, o principal, muito diálogo. 
A família de igual modo, também é responsável por transmitir segurança e 
uma boa relação entre seus membros, para que o processo de desenvolvimento 
da criança ocorra da melhor maneira possível. (BISPO, 2015, p.162). 
É importante ressaltar, segundo Oliveira, Braga e Prado (2017), que família é a parte 
principal para o desenvolvimento da aprendizagem, pois aprimora a base estrutural necessária 
e sólida para edificação de valores, do desenvolvimento emocional, social e da expressão oral, 
e, para Witter (2011, p. 46), são “aspectos do desenvolvimento pessoal que podem ser maiores 
ou menores em decorrência de todo o contexto físico, social, psicológico e ético que o lar 
oferece à criança. ” 
 Portanto, a família e a escola necessitam construir e firmar um relacionamento, 
buscando juntas resgatar os valores, contribuindo assim, para a construção da identidade da 
criança, incitando sua autonomia, pois tanto uma quanto a outra, fazem parte do processo 
educativo da mesma (OLIVEIRA; BRAGA; PRADO, 2017). 
1.7 O papel dos jogos e brincadeiras na educação infantil 
 
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), a Educação 
Infantil, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos 
psicológico, intelectual e social. 
 Meyer destaca, (2008 p.44): “A Educação Infantil tem um papel social de valorizar os 
conhecimentos que as crianças possuem e garantir a aquisição de novos conhecimentos”. 
O trabalho educativo deve criar a autonomia para que as crianças conheçam a si assim como 
seus pares. Entretanto, educar significa respeitar a criança saber que ela é um ser singular, é 
estar junto, construir, vivenciar e estabelecer convívio com o grupo. 
Já o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil afirma que: 
 [...] Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, 
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam 
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação 
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude de aceitação, respeito 
26 
 
e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da 
realidade social e cultural (Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 23). 
 
Nesse sentido, é através do ato de brincar que os sinais, os gestos, os objetos, os espaços 
valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser, brincando a criança imagina e repete 
aquilo que está ao seu redor, inventam e criam, sonham e imaginam, muito viram médicos, 
professores, motoristas, tudo aquilo que estiver ao seu redor, tudo que estiver no seu convívio 
e normalmente aquilo que admiram viram suas inspirações. 
Para Kishimoto (2011), uma das tarefas fundamentais do desenvolvimento da criança é a 
construção dos sistemas de representação, tendo como papel-chave neste processo a capacidade 
de jogar com a realidade. E é nesse sentido que o jogo simbólico vai possibilitar a própria 
construção do pensamento e a aquisição do conhecimento. 
Assim, essa aprendizagem não acontece apenas na escola, mas em todos os ambientes que 
possam gerar mediações pedagógicas. Podemos perceber, assim, que, por meio da brincadeira, 
a criança se desenvolve, pois investiga, descobre e compreende o mundo que a cerca, agindo 
sobre ele. 
 [...] Por fim, o brincar deveria estar sendo posto constantemente em 
questão e prática em nossas instituições, principalmente aquelas que lidam 
com crianças, pois no brincar, não se aprendem somente conteúdos escolares, 
aprende-se algo sobre a vida e a constante peleja que nela travamos. (Pereira, 
2002, p.7). 
 Brincar permite à criança não somente demonstrar alegrias e coisas que a fazem bem; 
permite também que venham à tona os seus anseios, angústias, conflitos e tristezas, ou seja, as 
coisas que lhe incomodam, pois muitas vezes, durante essas situações lúdicas, ela expressa o 
que sente ou sofre e não consegue externar de forma oral com um adulto. 
 De acordo com Pereira: 
 
[...] As brincadeiras alimentam o espírito imaginativo, exploratório e 
inventivo do faz-de-conta e a isso chamamos de lúdico. Brincar tem o sabor 
de desconhecer o que se conhece, pois, cada brincadeira é um universo a ser 
sempre (re)descoberto, (re)vivido, (re)aprendido. (PEREIRA, 2002, p. 07) 
 
 Enquanto brincam, os educandos estruturam o seu próprio mundo, recordam os 
acontecimentos que vivenciaram ativamente e dão a eles uma resposta, um significado. 
Finalmente, por meio do jogo simbólico, eles aprendem a atuar, a possuir iniciativa, pois têm a 
curiosidade e as atividades autônomas estimuladas. 
1.8 O professor na educação infantil 
 
27 
 
Professores e profissionais da área da educação relatam que as crianças desenvolvem mais 
e de forma mais rápida quando jogos ou brincadeiras estão envolvidos no processo educativo, 
sendo este um fator bastante relevante para educação de forma geral. 
Mas é necessário que o professor esteja atento para as competições nos jogos ou nas 
brincadeiras observando o comportamento dos alunos para evitar o individualismo, neste 
momento é necessária uma intervenção por parte do educador, demonstrando que todos têm 
condições de vencer e que os jogos e as brincadeiras são coletivos e democráticos. 
 É fundamental que os pais, familiares, educadores e a sociedade de forma geral tenham 
o conhecimento de que as crianças aprendem baseadas em suas referências, ou seja, as pessoas 
que fazem parte do convívio da criança devem agir de acordo com os ensinamentos repassados 
e cobrados para com ela. 
 O professor deve, segundo Ribeiro (2011, p. 36) “possuir característica básica de 
observação, ter olhos e ouvidos bem atentos e sensibilidade para perceber as necessidades de 
seus alunos”. Desta forma, o professor deve procurar estar se atualizando constantemente e 
inovando a sua forma de ensinar, algo totalmente essencial paraos dias de hoje. 
Para Ribeiro (2011, p. 35) “o papel do educador é de propor regras, sem impô-las para 
que a criança tenha possibilidade de elaborá-las, proporcionando a ela o direito de tomar 
decisões para ser trabalhar o desenvolvimento social e político”. O professor deverá orientar, 
propor, estimular, trocar ideias, entre outros, mas jamais impor as regras do “jogo” ou as que 
ele considera como certas e adequadas a uma determinada realidade escolar. 
É através do respeito, da troca de ideias, sugestões, empatia, entre outros, que se cria 
uma relação professor-aluno prazerosa e de grande aprendizagem para ambas as partes, 
estimulando que cada sujeito acrescente e aprenda dentro no âmbito escolar. 
A socialização na escola é algo fundamental tanto para a escola como para os alunos, 
de acordo com Silva (2005, p. 25). “A socialização na escola poderá ser melhor exercitada nas 
aulas de recreação, pois as atividades são desenvolvidas em ambiente de cooperação, respeito 
mútuo, levando a criança a ter autoconfiança e autocontrole.” Em Santos (2008, p.17) através 
do jogo, “a criança organiza as informações, compreende situações, por isso se torna uma 
necessidade”, ainda o jogo também “[...] Dispõe ao professor a possibilidade de conhecer as 
28 
 
limitações, sentimentos, emoções, conhecimentos e necessidades de cada aluno. Assim, o 
educador poderá trabalhar cada um desses aspectos”. 
Mas a utilização dos jogos, brinquedos e brincadeiras também pode despertar um lado 
negativo, um ponto pode ser considerado quando o professor não possui o entendimento de que 
“[...] com o lúdico, a criança aprende tão bem ou até melhor do que qualquer atividade 
tradicional limitada a livros e cadernos. O fato de estar numa brincadeira não representa um 
momento de lazer, e sim uma forma alternativa de aprender”. (SANTOS, 2008, p. 18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
CAPÍTULO II – MÉTODO 
 
A metodologia aplicada neste trabalho foi baseada na pesquisa bibliografia através de 
pesquisas em livros, revistas pedagógicas, sites da internet entre outros, ou seja, está pesquisa 
se dá na forma qualitativa, nesse método não há preocupações em enumerar ou medir unidades, 
nem utilizar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema, no entanto 
facilita a análise de variáveis, a descrever a complexidade de hipóteses, compreender e 
classificar processos dinâmicos vivenciados por grupos sociais. (OLIVEIRA 1999 p.116 e 117) 
para que assim consiga-se de a melhor forma encontrar material necessário para o 
desenvolvimento do projeto. 
Segundo Gil (1991, p.48), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já 
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos relacionados com o estudo em questão. 
Seguindo no mesmo sentido vitelo, “complemente afirmando que não sendo 
necessariamente aquelas que reportam todas as pesquisas e revisões já publicadas sobre o tema, 
mas sim que conseguem sumariar e incluir as publicações realmente importantes.” E Medeiros 
conclui que a pesquisa bibliográfica ou levantamento bibliográfico caracteriza-se como um 
documento indireto, constituindo-se em coletar dadas fontes secundaria. 
Sendo assim, para a realização desta pesquisa bibliográfica foram utilizados os seguintes 
procedimentos: 
• Escolha bibliográfica e documentos referentes à temática e em meios físicos e na Internet, 
interdisciplinares, capazes e suficientes para que seja construído um referencial teórico 
coerente sobre o tema em estudo, responda ao problema proposto, comprove ou refute as 
hipóteses levantadas e atinja os objetivos propostos na pesquisa; 
• Leitura do material selecionado; 
• Análise do material selecionado; 
• Exposição dos resultados obtidos através de um texto escrito. 
 
 
30 
 
CAPÍTULO III: O LÚDICO 
O lúdico é um adjetivo masculino que se originou da etimologia da expressão latina 
"ludus" que significa "jogo”. Se fosse limitada a sua procedência, o termo lúdico se referiria 
exatamente ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. Entretanto, após diversos estudos 
e pesquisas, a palavra evoluiu e começou a dar mais atenção às pesquisas em psicomotricidade, 
passando a ser reconhecido como traço essencial da psicofisiologia da atuação humana, de 
modo que deixou de ser considerado apenas o sentido do jogo. Assim a definição passou “de 
ser o simples sinônimo de jogo”, a apresentar conceitos específicos que represente todas as 
fases da vida humana, extrapolando os limites da espontaneidade. Assim, na idade infantil e na 
adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica (FREITAS & SALVI, 2007; TRISTÃO, 
2010; ALMEIDA, 2009; DIAS, 2013; ARANTES E BARBOSA, 2017;). 
Assim, acredita-se que termo lúdico se refere à função de brincar, de forma livre, 
individual ou coletivamente. De modo que, “o jogo passa a ser parte inerente ao ser humano, 
sendo encontrado, na filosofia, na arte, na pedagogia, na poesia e em todos os atos de expressão” 
(NASCIMENTO, 2015. p. 12). 
A atividade lúdica se caracteriza por uma articulação muito frouxa entre 
o fim e os meios. Isso não quer dizer que as crianças não tendam a um objetivo 
quando jogam e que não executem certos meios para atingi-lo, mas é frequente 
que modifiquem seus objetivos durante o percurso para se adaptar a novos 
meios ou vice-versa [...], portanto, o jogo não é somente um meio de 
exploração, mas também de invenção (BRUNER, APUD BROUGÈRE, 1998, 
p.193 apud SANTOS & JESUS, 2010, p. 02). 
A palavra brincar tem origem latina, de vinculum, que significa laço, derivada do verbo 
vincire, Vinculum virou brinco e originou o verbo brincar, que significa encantar, que o ato de 
brincar, de encantar, de divertir-se. Algema, derivado do verbo vincire, tem sentido de prender, 
seduzir, encantar, sendo próprio à infância e bastante importante, não pela liberdade que 
assegura, mas pelas oportunidades de progresso que disponibiliza. O ato de brincar é um 
importante instrumento para proporcionar a aprendizagem dentro do universo infantil, pois 
desde muito cedo a criança tem o contato com o mundo da imaginação, ou de tal forma deveria 
ter (PEREIRA, 2013; MARTINS & WESTERMANN, 2013; BRITO, SIQUEIRA & 
SANTANA, 2016). 
Em grego, todos os vocábulos referentes às atividades lúdicas estão 
ligados à palavra criança (pais). O verbo païzeim, que se traduz por ‘brincar’, 
significa literalmente ‘fazer de criança’. [...] Só mais tarde paignia passa a 
designar indiscutivelmente os brinquedos das crianças, mas são raras as 
31 
 
ocorrências. [...] Em latim a palavra ludribrum, proveniente de ludus, jogo, 
também não está ligado à infância e é utilizado num sentido metafórico. [...] 
Quanto à palavra crepundia, frequentemente traduzida por ‘brinquedos 
infantis’ parece só ter adquirido sentido depois do século IV, e encontrá-lo-
emos frequentemente na pluma dos humanistas renascentista [...] (MANSON, 
2002, p. 30 apud LIMA, 2015, p. 2). 
Falando ainda agora sobre brincadeira Rymovicz (2013, p. 15) utiliza-se de Borba 
(2007, p.34) para colocar que, 
A brincadeira é uma palavra estritamente associada à infância e às 
crianças. Porém, ao menos nas sociedades ocidentais, ainda é considerada 
irrelevante ou de pouco valor do ponto de vista da educação formal, 
assumindo frequentemente a significação de oposição ao trabalho, tanto no 
contexto da escola quanto no cotidiano familiar. 
Diante de tudo isto pode-se dizer que ao utilizarmos o jogo ou o brincar, na sala de aula, 
podemos tornar aquela aula monótona em um momento prazeroso, onde o aprender se torna 
significativo, para o aluno. 
2.1 Como aplicar o lúdico na Educação Infantil 
 
As instituições infantis devem estimular a diversão livre da criança, deste modo se tornam 
mais livres e criadoras de possibilidades, não repetidoras de informação, como ocorreria se os 
professores dessem uma brincadeira prontas sem possibilidadede imaginação e criação. 
Para Costa & Schmitz, (2011), o educador deve procurar participar das brincadeiras 
estimulando a criança de maneira prazerosa. 
 É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, 
ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. 
Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta 
de determinados objetos, fantasias e brinquedos ou jogos, da delimitação e 
arranjo dos espaços e do tempo para brincar. (RCNEI, 1998. p.28). 
 Dessa forma, por meio das brincadeiras é possível o professor observar e ter uma visão 
dos processos do desenvolvimento das crianças em geral ou em particular, e avaliar suas 
capacidades sociais, seus recursos afetivos e emocionais, além do uso de suas linguagens. 
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é necessário que o 
professor tenha a consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo sobre 
as mais diversas esferas do conhecimento em uma atividade espontânea e imaginativa. Assim, 
não se devem confundir aquelas atividades que se tem o objetivo de determinada aprendizagem, 
32 
 
com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de maneira espontânea, sem 
objetivos específicos. 
Pois, se tem objetivos didáticos, as crianças não estarão brincando livremente, conforme 
Costa e Schmitz (2011 p.55), qualquer jogo utilizado na escola deve servir como um recurso 
para a realização das finalidades educativas, pois, é indispensável ao desenvolvimento infantil, 
assim como deve atender a sua expressão lúdica. 
No entanto o educador deve estar atento como a criança utiliza o brinquedo, auxiliando-a 
em sua atividade, só então ela estará pronta para explorar livremente. 
Ainda segundo as autoras Costa e Schmitz, a autêntica atividade lúdica se dá quando a 
criança realiza uma ação subentendendo outra e manuseia um objeto subentendendo outro. 
Dessa forma, a atividade lúdica tem caráter simbólico, e nessa fase o jogo ajuda a criança 
descobrir as relações adultas, seus direitos e deveres. 
Assim a criança tem a oportunidade de interpretar o meio que vive, além disso, a atividade 
lúdica favorece a vivência cotidiana, promovendo experiências que promovam reflexão, 
interagindo e formando conceitos para a criança. 
Não há como negar a importância da ludicidade como recurso 
pedagógico. Por meio da teoria e pratica o professor e aluno devem aprender 
juntos, fazendo escolhas, testando limites, selecionando alternativas, 
questionando valores, métodos e tendências. (COSTA & SCHMITZ, 2011 p. 
61). 
Isso nos demonstra que as tarefas lúdicas conquistaram seu espaço, pois antes era reservada 
apenas a hora do intervalo, além de que nestas atividades é possível uma maior interação entre 
aluno e professor. 
Segundo Machado & Nunes (2001), “O educador deve interagir com a criança de modo 
que possa ser um facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas ideias, espaços 
e brincadeira”. 
 Dessa forma, é parte do professor resgatar a importância do brincar, de maneira alegre e 
prazerosa, para que a brincadeira vá além do seu fazer pedagógico diário, o brincar e a 
aprendizagem, principalmente na Educação Infantil, podem caminhar juntos, porque, de um 
lado, as brincadeiras configuram-se como instrumentos valiosos que desafiam a criança a 
descobrir e a compreender a realidade em que está inserida e por outro lado, a aprendizagem 
acontece de maneira mais agradável e significativa à medida que o lúdico se faz presente e lhe 
proporciona situações que instigam suas capacidades cognitivas. Por meio da brincadeira 
33 
 
sabemos que as crianças interagem, elaboram suas emoções, sentimentos e conhecimentos e 
desenvolvem também a criatividade. 
 Se o educador propicia, a partir de sua prática, esses momentos para os educandos, sua 
presença nas brincadeiras fará com que se sintam mais seguros e valorizados, a participação do 
professor na brincadeira infantil aumenta seu vínculo com a criança, além de permitir que 
ambos troquem experiências e aprendam um com o outro. 
As atividades lúdicas que colaboram para o desenvolvimento da linguagem são, 
principalmente, aquelas que envolvem memorização, criatividade e imaginação. A partir da 
linguagem, o educando aumenta suas possibilidades de interagir no meio social em que vive, 
pois, por meio dela, ele pode se comunicar e se expressar. Falando, lendo e escrevendo, o ser 
humano tem acesso aos conhecimentos historicamente construídos pela sociedade. 
Atividades lúdicas, como brincar ao ar livre, em contato com a natureza, com a terra, com 
a água e o banho de sol, devem ser proporcionadas não somente pelo professor, mas também 
pela instituição. O educador precisa levar as crianças ao encontro do lúdico de maneiras 
diversificadas, mas também a instituição escolar deve oferecer espaços adequados para que o 
trabalho aconteça, o que colabora para o desenvolvimento integral de seus educandos. 
A instituição que valoriza uma prática pedagógica a partir do lúdico organiza os espaços 
físicos de acordo com as necessidades das crianças, dispõe brinquedos que propiciam a 
expressão livre para que se façam presentes as brincadeiras de faz-de-conta que tanto 
contribuem para o desenvolvimento da linguagem, da personalidade e para a interação social. 
A educação infantil deve ser um ambiente propício para a construção de novos saberes a 
partir da exploração lúdica, dando oportunidade para que as crianças descubram coisas novas, 
vençam desafios, brinquem livremente, tomem decisões e desenvolvam os aspectos físicos, 
cognitivos, psicológicos e sociais. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil propõe que a organização do 
tempo seja agrupada em três modalidades: 
• Atividades permanentes: cujo tempo é direcionado às atividades lúdicas e de necessidades 
básicas de cuidados, tais como brincadeiras livres nos espaços internos e externos, rodas de 
conversas e ou histórias, oficinas de músicas e desenhos, cuidados com o corpo, entre outras. 
34 
 
• Sequências de atividades: cujo tempo é direcionado a atividades que têm como proposta 
promover uma aprendizagem específica, ou seja, trabalhando de acordo com os conteúdos 
sugeridos em cada eixo norteador proposto no Referencial. 
 • Projetos de trabalho: cujo tempo é direcionado à realização de um projeto pedagógico 
que deve ter suas etapas planejadas em conjunto com as crianças e um tema relacionado a um 
dos eixos de trabalho. 
Essa forma de organização do tempo sugerida pelo Referencial é uma maneira de 
administrá-lo dentro do ambiente escolar, e desta forma, o educador poderá garantir um tempo 
específico para a criança brincar. 
 Porém, não podemos esquecer de que é possível inserir o lúdico em todas as atividades na 
Educação Infantil, mesmo naquelas direcionadas a conteúdos de aprendizagens específicos, 
mas se faz necessário, tomar o cuidado para que a brincadeira não perca seu objetivo, tornando-
se mecânica e imposta, afinal, o jogo, o brinquedo e a brincadeira devem ser sempre estimulados 
na construção de novos conhecimentos de nossas crianças. 
 Assim, o pedagogo deve definir em função das necessidades e dos interesses do grupo e 
segundo seus objetivos, qual é o espaço de tempo que a atividade lúdica irá ocupar em suas 
atividades propostas no dia a dia, bem como, definir os espaços físicos onde essas atividades 
serão desenvolvidas. 
 Um educador comprometido com sua prática pedagógica, que utiliza a ludicidade como 
meio educacional através do brincar, fortalece para um grande avanço na educação, 
considerando, que é importante utilizar a ludicidade como instrumento curricular e assim, 
descobrindo uma nova perspectiva de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. 
Destaca-se também que o trabalho em grupo através da ludicidade permite que as crianças, 
desde a mais tenra idade, aprendama dividir tarefas, unindo-se por meio da ajuda e da 
organização para resolver os problemas, desenvolvendo, assim, atitudes cooperativas. 
Nesse sentido, é importante o brincar em grupos, utilizando jogos, brinquedos e 
brincadeiras, uma vez que tal procedimento permite que as crianças entendam as regras de 
convivência, respeitem o outro, colaborem umas com as outras, construindo, assim, novos 
saberes e experiências. 
Assim, as crianças desde pequenas já podem ser incentivadas a brincar em grupo pelo 
educador, principalmente se este disponibiliza a sala de aula em espaços lúdicos, como por 
35 
 
exemplo, cantinho do brinquedo, cantinho da história, entre outros. Desta forma, a criança tem 
oportunidade de escolha e começa a brincar em grupo de maneira natural, aprendendo a dividir 
brinquedos, a tomar decisões e a esperar a sua vez. 
Portanto, a instituição de ensino deve oportunizar experiencias nas quais as crianças possam 
manipular diferentes objetos, não apenas brinquedos estruturados, mas que possam fazer 
observações, criar hipóteses, investigar e explorar seu entorno e que sempre tenham aonde 
consultar as informações e buscar às respostas para suas curiosidades e perguntas. A escola cria 
oportunidades para que os educandos cresçam seus conhecimentos do mundo e que futuramente 
possam utilizá-lo em seu cotidiano. 
2.2 O lúdico no processo de avaliação 
 
O brincar é uma condição saudável de todo o processo evolutivo neuropsicológico, ele 
manifesta a forma como a criança está organizando a realidade e lidando com suas 
possibilidades, limitações e conflitos, já que muitas vezes, ela não sabe, ou não pode falar a 
respeito deles. Os jogos e brincadeiras introduzem a criança de forma gradativa, prazerosa e 
eficiente ao universo sócio-histórico-cultural; abre caminho e embasa o processo de 
ensino/aprendizagem favorecendo a construção da reflexão da autonomia e da criatividade 
(OLIVEIRA, 2000). 
O brincar é extremamente importante no desenvolvimento do ser humano. É uma 
atividade que persiste, praticamente, desde o tempo em que o homem vive sobre a face da terra. 
Só que existem formas e momentos diferentes de realizá-la, que dependem da cultura de cada 
país e região. A brincadeira é uma forma através da qual a criança constrói o próprio 
conhecimento, principalmente nas etapas iniciais da infância (FORTUNA, 2010). 
Em todo o contexto social, a atividade de brincar surge diante dos nossos olhos como 
um microcosmo da cultura, uma unidade de análise e interpretação histórica, que nos possibilita 
desvendar formas arcaicas de nossos modos de pensar e agir. De acordo com Vygotsky (1984), 
a natureza motivadora dos objetos para uma criança muito pequena é tanta que “os objetos 
ditam à criança o que ela tem que fazer” (p. 79). 
 No entanto a criança não tem formulado em sua mente de o porquê brinca ou por que 
está brincando, mas o educador tem de estar sempre atento no que o brincar vai proporcionar a 
criança, visto que são muitos fatores que devem ser levados em conta, como o físico, o motor, 
o cognitivo e o afetivo. 
36 
 
Cabe então ao educador relacionar a atividade visando o desenvolvimento da criança 
como no todo. Como por exemplo, quando a criança manipula qualquer objeto é necessário que 
o professor/ educador faça intervenções assim como observações de como a criança faz o 
manuseio ou a manipulação do objeto, afim de que possa lhe direcionar da melhor forma 
possível para que a mesma venha construir uma aprendizagem significativa a partir daquela 
ação. 
Para Piaget (1951) a brincadeira não é apenas um mero passa tempo, ela deve ser 
considerada pelos professores/ educadores como uma ferramenta avaliativa que auxilia no 
processo ensino aprendizagem. 
 Moyles (2006), afirma que faz mais sentido se o educador olhar para o brincar como 
um processo capaz de abranger uma infinidade de comportamentos, tais como, a motivação, as 
oportunidades, as práticas, as habilidades, e os entendimentos. 
Isso mostra que as metodologias não necessariamente precisam estar carregadas de 
atividades, que muitas vezes a criança não consegue se quer desenvolver, e o professor fica 
impossibilitado de fazer uma boa avaliação de como a criança desenvolve tais atividades, mas 
simplesmente permita que ela escolha uma brincadeira, de preferência que essa brincadeira 
possibilite ao professor olhar por vários ângulos, assim num simples ato de brincar a criança 
poderá ser avaliada de forma eficaz e rica. 
 Nós agora sabemos, no sentido de fazer alguma coisa, que seja com 
objetos materiais quer com outras crianças e de criar fantasias, é vital para a 
aprendizagem da criança e, portanto, vital para a escola. Os adultos que 
criticam o professor por permitir que as crianças brinquem não sabem que o 
brincar é o principal meio de aprendizagem na primeira infância. 
(MOYLES,2006,p.26) 
 Sendo assim o que vai permitir que o professor/ educador avalie o desenvolvimento da 
criança através do lúdico, não é somente a brincadeira que a criança está brincando que por sua 
vez tem um papel fundamental para realização desse requisito, mas também a forma como ele 
entende o que é o brincar e quais benefícios tal brincadeira proporcionou ou irá proporcionar 
na criança enquanto brinca. 
Ás práticas pedagógicas que determinam a avaliação na educação infantil, dissemina a 
avaliação formal da avaliação informal. Sendo a formal- objetiva, classificatória, medindo o 
conhecimento que o aluno atingiu através de provas e trabalhos que conduzem a uma nota. A 
avaliação informal, utilizada na educação infantil é a subjetiva comportamental, em que o 
professor se utilizou de juízos de valor construídos nas relações diárias entre professor e aluno, 
37 
 
na observação do desempenho das atividades, dos jogos, do convívio, da relação individual e 
no coletivo. 
 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil traz os eixos de trabalho 
que orientam a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que elas 
estabelecem com os objetos do conhecimento. 
 A avaliação desse documento aparece como formativa sistemática e contínua ao longo 
do processo de aprendizagem de cada criança. Sendo de fundamental importância a elaboração 
de seus planejamentos, propondo situações capazes de gerar novos avanços na aprendizagem 
das crianças. O professor ainda precisa ter um olhar para a criança como num todo, qual a 
concepção de aprendizagem que ele espera das crianças, o que deve observar para registrar e 
de que forma para não rotular a crianças, além de saber os instrumentos que serão utilizados 
podendo ser relatórios e fichas individuais. 
 Jussara Hoffmann (2000) diz que: 
 Os relatórios de avaliação alcançam o seu significado primeiro à 
medida que ultrapassam a função burocrática, para expressar com 
objetividade e riqueza o processo vivido por alunos e professores no processo 
educativo. O que lhe dá fundamento é o cotidiano da criança acompanhado 
pelo professor através de anotações de suas descobertas, de suas falas, de 
conquistas que venha fazendo nas diferentes áreas do desenvolvimento. (p.67) 
 Independentemente de quais instrumentos o professor utiliza, se é roteiro, caderno com 
anotações individuais, fichas ou até mesmo relatórios, devem ser documentos que sirva para o 
professor adotar uma postura de mediador na construção de sujeitos mais confiantes de seu 
saber e que aprendam a ter autonomia. 
Portanto o trabalho com jogos e brincadeira mostra como a criança reflete, organiza, 
desorganiza, constrói e reconstrói o próprio mundo. Mesmo sem entender devemos respeitar, 
porque o brincar da criança é a sua linguagem secreta. 
 
 
 
38 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao longo deste trabalho, buscou-se apresentar a importância do brincar na educação infantil 
e com base nas pesquisas feitas constatou-se que os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem 
parte dacultura do ser humano, vão além de um passa tempo infantil, são essenciais para o 
desenvolvimento da criança e essa prática deve ser incentivada para que possam ter estímulos 
que auxiliam sua construção física, psíquica e social, para que se tornem adultos melhores, mais 
saudáveis, seguros e éticos e que possam ser pessoas capazes de ter um pensamento crítico e 
participativo. 
De acordo com o estudo realizado, evoluiu-se muito quando nos referimos a educação 
infantil, as creches eram inexistentes até o século XIX, a responsabilidade de cuidar, ensinar e 
educar era exclusivamente da família, principalmente da mãe. Devido a industrialização as 
crianças não poderiam mais ficar aos cuidados de suas mães, já que estas passaram a trabalhar 
também nas fabricas, a partir deste momento, começaram a surgir as casas de cuidados, mas 
apenas em 1988 com a nova constituição fala-se a primeira vez a palavra educação infantil e 
junto há isso surgiu um novo pensamento em relação a infância, passando a existir um empenho 
em conhecer mais essa extraordinária fase da vida. Hoje as atividades de recreação são direitos 
da criança regulamentados pela lei. 
Outro dado apresentado, é o uso do lúdico na educação, pois crianças que brincam tornam-
se adultos melhores, tendo em vista que os jogos e brincadeiras estimulam a inteligência, atuam 
como facilitador nas relações afetivas, sensoriais e cognitivas, auxiliam também no 
desenvolvimento moral e da linguagem ensinando valores, pois colocam a criança em contato 
com suas habilidades, despertando a imaginação e a criatividade. 
O lúdico auxilia em descobrir o que de fato o aluno sabe, criando contribuições para seus 
trabalhos futuros, sabendo que através do lúdico desperta o interesse do aluno para o conteúdo 
trabalhado, cria condições de socialização entre os alunos, achar as soluções para os problemas, 
auxilia a compreender as regras e principalmente, principia o interesse no conteúdo abordado e 
faz com que as aulas não sejam temidas ou frustrantes. O jogo traz autonomia aos alunos de 
forma que, cada vez mais, vai utilizando seu aprendizado para progredir em seus 
conhecimentos. 
39 
 
Apresentar novas situações as crianças a partir de uma visão de mundo a que elas já estão 
habituadas, aproxima o conteúdo que se deseja trabalhar com realidade das crianças tornando a 
ação de aprender prazerosa por estar interligada com a brincadeira. As atividades lúdicas são 
importantes no processo de desenvolvimento e aprendizagem, sobretudo nos estágios sensório-
motor e pré-operatório, períodos em que se encontram as crianças no nível escolar da educação 
infantil. Contudo, o brincar é instrumento importante para o desenvolvimento da criança, é 
também instrumento para construção do conhecimento infantil, na qual deve ser vivenciada de 
maneira a desenvolver suas potencialidades. 
Essa pesquisa procura então incentivar a reflexão dos educadores junto à Educação Infantil, 
quanto os benefícios do brincar para as crianças, esperando contribuir, de forma positiva, com 
as práticas docentes, sabendo que o papel do professor é de grande relevância, pois, é ele quem 
cria os espaços, disponibilizando materiais, participando das brincadeiras, fazendo a mediação 
da construção do conhecimento e para que isso ocorra de forma produtiva, é importante que 
não se desvalorize o movimento natural e espontâneo da criança e levando em consideração as 
dimensões educativas da brincadeira e do jogo como formas indispensáveis na estimulação da 
atividade construtiva da criança. 
Para isso é preciso que o professor seja capacitado para desenvolver seu trabalho 
considerando e conhecendo características da infância, percebendo as especificidades e as 
necessidades presentes de cada criança de acordo com sua faixa etária, respeitando as 
singularidades delas, mediando e interagindo com as crianças para o efetivo desenvolvimento 
de seus pequenos. 
Diante desse estudo podemos entender então que as atividades lúdicas auxiliam a criança 
no processo de aprendizagem, proporcionando situações onde ocorrerá o desenvolvimento 
cognitivo e o convívio social. Essa interatividade entre alunos, socialização de ideias e troca de 
informações são elementos indispensáveis nas fases da criança. 
 
 
 
 
 
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