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Desenho Técnico e Exp. Gráfica II Escola de Engenharia Núcleo de Expressão Gráfica Profa. Dra. Rita Gnutzmann ritaveiga@furg.br FUNDAMENTOS DE SISTEMA DE PROJEÇÃO DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Uma vista ortográfica é a representação de uma parte do objeto conforme um ponto de observação, de modo que esse objeto esteja ortogonal tanto ao plano de projeção quanto ao observador. Desse modo a representação trará uma grande quantidade de elementos em verdadeira grandeza, permitindo a determinação das reais dimensões e ângulos das faces do objeto. O conjunto de vistas ortográficas necessárias para perfeita compreensão desse objeto compõe um método de representação bidimensional dos objetos que estão no espaço, e pode seguir o conceito Americano (3º DIEDRO) ou o conceito Europeu (1º DIEDRO) , esse último utilizado no Brasil. Vistas Ortográficas Definições e Fundamentos DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Disposição Européia (+ Brasil) x Disposição Americana A NBR 10067 reconhece os dois modos de disposição das vistas ortográficas na organização do desenho (papel ou outra mídia) a partir do objeto tridimensional. O primeiro está intrinsicamente associado ao método clásico do sistema de projeção ortogonal de Monge. O segundo está apoiado no chamado “método direto” anglo- saxónico (EUA e Canadá). “A diferença esencial reside em que ao colocar o objeto dentro do cubo envolvente, suas faces se consideram opacas (disposição européia [+ Brasil] ou transparentes (americana). No primeiro caso, o objeto se projeta sobre a parte interior das faces e, no segundo sobre a exterior; isto é, como se visualizásemos a peça a partir de fora do cubo, através do vidro da face” . (IZQUIERDO ASENSI, 2010 grifo adicionado tradução livre e grífo adicionado). Vistas Ortográficas Definições e Fundamentos La diferencia esencial estriba en que, al colocar el cuerpo dentro del cubo, sus caras se consideran opacas (disposición europea) o transparentes (americana). En el primer caso, el cuerpo se proyecta sobre la parte interior de las caras y, en el segundo, sobre la exterior; es decir, como si mirásemos la pieza desde fuera del cubo, a través del cristal de la cara (IZQUIERDO ASENSI, 2010 grifo adicionado). http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_1t.php 1º Diedro DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1º Diedro 3º Diedro Símbolo indicativo de trabalho pelo 1º Diedro, conforme NBR 10067/95. Símbolo indicativo de trabalho pelo 3º Diedro, conforme NBR 10067/95. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1º Diedro 3º Diedro DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Símbolo indicativo de trabalho pelo 1º Diedro, conforme NBR 10067/95. Símbolo indicativo de trabalho pelo 3º Diedro, conforme NBR 10067/95. Frontal Frontal Esquerda Esquerda DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Leitura das Vistas Ortográficas Regras de Interpretação 1. Regra do alinhamento – as projeções de um mesmo elemento do objeto nas vistas adjacentes acham-se sobre o mesmo alinhamento (mesma linha de chamada). 2. Regra das figuras contíguas – as figuras contíguas de uma mesma vista correspondem a faces do objeto que não podem estar situadas no mesmo plano. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1º Diedro Símbolo indicativo de trabalho pelo 1º Diedro, conforme NBR 10067/95. PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas. 1991. Modificado. Método Europeu – utilizado no Brasil Aqui a identificação das vistas é didática. Na prática essa identificação não é recomendada. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1 – Vista Frontal ou Elevação 2 – Vista Superior ou Planta 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil 4 – Vista Lateral Direita 5 – Vista Inferior 6 – Vista Posterior 1º Diedro Método Europeu – utilizado no Brasil Lógica dos Planos Opacos Se origina na geometria descritiva clássica, com planos opacos de projeção onde se formam as resultantes das linhas de projeção que passam pelo objeto a partir de um centro posicionado em distância infinita. O objeto está entre o centro de projeção e o plano de projeção. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1 – Vista Frontal ou Elevação 2 – Vista Superior ou Planta 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil 4 – Vista Lateral Direita 5 – Vista Inferior 6 – Vista Posterior 1º Diedro Método Europeu – utilizado no Brasil Escolha das Vistas (NBR 10067) A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização, maior dimensão ou maior grau de complexidade. PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas.1991. Modificado. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 3º Diedro Método Americano Símbolo indicativo de trabalho pelo 3º Diedro, conforme NBR 10067/95. PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas. 1991. Modificado. Aqui a identificação das vistas é didática. Na prática essa identificação não é recomendada. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1 – Vista Frontal ou Elevação 2 – Vista Superior ou Planta 3 – Vista Lateral Direita 4 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil 5 – Vista Inferior 6 – Vista Posterior 3º Diedro Método Americano Conforme Miranda (2009), essa lógica de representação também é chamada de “método direto”. Utilizado nos países anglosaxônicos, sua inserção veio em contraponto à geometria descritiva clássica, apostando na visão intuitiva e menos matematizada de representação. Lógica da “Caixa de Vidro” PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas. 1991. Modificado. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga 1 – Vista Frontal ou Elevação 2 – Vista Superior ou Planta 3 – Vista Lateral Direita 4 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil 5 – Vista Inferior 6 – Vista Posterior 3º Diedro Método Americano PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas. 1991. Modificado. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Conforme Bornancini et. al. (1981), a representação em Desenho Técnico é linear plana, ou seja, utiliza linhas desenhadas no plano para representar aspectos lineares dos objetos tridimensionais. 1 – Arestas – intersecções de faces planas ou curvas; representa-se com linhas cheias. 2 – Contornos Aparentes – percebidos quando os raios projetantes tangenciam a superfície curva; no caso dos sólidos de revolução corresponde à geratriz-limite; representa-se com linhas cheias. 3 – Linhas Não-visíveis ou Ocultas – são as linhas que ficam escondidas por uma face que está na frente de uma dada aresta ou contorno. Representa-se, por convenção, com linhas tracejadas. Vistas Ortográficas Definições e Fundamentos DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra.Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Leitura das Vistas Ortográficas Regras de Interpretação Próxima Aula Trazer exercícios que estão no Moodle e no Xeróx, pasta 557. DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO Engenharia de Automação/Engenharia da Computação Profa. Dra. Rita de Cássia Gnutzmann Veiga Bibliografia Recomendada e Referências BORNANCINI, José Carlos; PETZOLD, Nelson; ORLANDI JÚNIOR, Henrique. Desenho Técnico Básico: fundamentos teóricos e exercícios a mão livre. Ed. Sulina. Porto Alegre, 1981. CAMPOS, Antônio. Geometria Descritiva A. 10.º Ano. Intersecções – Dois Planos I e II. Disponível em http://www.antoniodecampos.eu/gda1.htm . Acesso em 15 de agosto de 2017. IZQUIERDO ASENSI, Fernando. Geometria Descriptiva. Ed. Paraninfo. 24ª ed. Madrid, 2000. LACOURT, Helena. Noções e fundamentos de geometria descritiva. 1ª ed. [Reimpr.]. Ed. LTC. Rio de Janeiro, 2011. [impressão original/copyright 1995]. MACHADO, Adervan. Geometria Descritiva: livro básico para Escolas de Arquitetura, Belas-Artes, Engenharia e Filosofia. Ed. McGraw-Hil do Brasil Ltda. São Paulo, 1979. MIRANDA, Victor Grassa. Cognición Espacial em la Representacion Gráfico-geométrica. Arquiteturarevista - Vol. 5, n° 1:15-24. Janeiro/junho 2009. MUNCK, Lúcia Helena. Geometria Mongeanda: teoria e exercícios. Cadernos 1, 2, 3 e 4. Ed. FURG. Rio Grande, 1994. PEGAS, Hélida Helena Neves. Disciplina Geometria Mongeana (01105): Intersecção de Planos. Notas de aula feitas por Marceli Salvador de Biasi. Universidade Federal do Rio Grande – Furg, 2007. PEGAS, Hélida Helena Neves. Disciplina Expressão Gráfica I : Exercícios de Intersecção de Planos. Notas de aula, feitas pelo monitor Eduardo Gibbon Rosa. Universidade Federal do Rio Grande – Furg, 2015. PROVENZA, Francisco. Desenhista de Máquinas. Ed. Provenza. São Paulo, 1991.
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