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Projeto Sementes_Aveia_2020

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OSTE – 
UNICENTRO SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E 
AMBIENTAIS DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA – 
DEAGRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPLANTAÇÃO DE LAVOURA PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES DE 
AVEIA PRETA (Avena strigosa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarapuava, PR 
 
2020 
Alã Vito Moleta 
Eduardo Dias Dallastra 
Geovane Muzzolon 
João Rafael Marczal 
Lucas Biggi de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPLANTAÇÃO DE LAVOURA PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES DE 
AVEIA PRETA (Avena strigosa) 
 
 
Trabalho realizado sob orientação da 
 
professora Drª. Deonisia Martinichen, para 
 
obtenção de nota parcial na disciplina de 
 
Tecnologia e Produção de Sementes, pelo 
 
curso de Agronomia da Universidade Estadual 
 
do Centro-Oeste, Unicentro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarapuava, PR 
 
2020 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução 
2. Processos de planejamento 
a. Escolha da cultivar 
b. Descrição da Cultivar 
c. Cálculo de perspectiva da demanda de sementes 
d. Sementes Genéticas 
3. Inscrições de campos 
a. Formulários 
4. Procedimentos e critérios adotados 
a. Escolha do campo 
b. Época de semeadura 
c. Tratos culturais 
d. Inspeções de campo 
i. Estádios fenológicos da cultura 
ii. Descontaminação 
iii. O que se inspeciona? 
5. Colheita 
6. Limpeza e pré-limpeza 
7. Secagem 
8. Armazenagem 
a. Cuidados na armazenagem 
b. Identificação de lotes 
c. Rotulagem 
9. Qualidade da semente 
a. Pré e pós controle 
b. Amostragem 
c. Tamanho de lotes 
d. Testes de germinação, vigor, heterogeneidade 
10. Marketing 
11. Referências 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A aveia preta (Avena strigosa Schreb.) constitui-se em uma das gramíneas de inverno mais 
cultivadas no Sul do Brasil, em função de características como crescimento rápido, rusticidade, 
elevada produção de forragem, fácil obtenção de sementes e versatilidade de uso. No Sul do 
país, tem uma área de produção de 345.600 ha-¹, com produtividade de grão de 2200 kg/ha-¹ e 
produção de grãos de aproximadamente 790.000 kg. O Paraná é o segundo maior produtor na 
região Sul de aveia preta, tem área de 80.000 ha-¹, com produção de 155.000 kg e produtividade 
de grão de 1950 kg/ha-¹ (CONAB, 2018). 
 
Em função da sua importância para região sul bem como tem áreas sendo cultivadas com a 
aveia preta se vê a necessidade de ter sementes no mercado em função desta demanda. Mas um 
ponto que vale ressaltar dessa cultura que a mesma é autógama, sendo assim tem como os 
produtores salvar essas semente para utilização na próxima safra agrícolas principalmente para 
pastejo ou cobertura de solo e também e os próprios produtores registar seus campos de sementes, 
assim dessa forma deve se estudar o histórico da região para entender essa demanda. 
 
Neste sentido esse trabalho tem como objetivo entender os processos necessários para a 
instalação de um campo de semente de aveia preta. 
 
 
 
2. PROCESSOS DE PLANEJAMENTOS 
 
 
 
 
 
No que tange o assunto de planejamento referente a implantação de um campo de semente é a 
escolha da cultivar é o principal, isso porque a mesma deve ter uma demanda no mercado. 
 
 
 
 
a. ESCOLHA DE CULTIVAR 
 
 
 
 
 
Neste caso a cultivar de aveia preta é a IAPAR 61 - IBIPORÃ foi a escolhida isso se deve ao 
fato que a mesma possui dupla aptidão sendo que está pode ser usada para pastejo de bovinos e 
pelo fato de ter um ciclo mais tardio (cerca de 134 dias desde a emergência até emissão das 
panículas) possibilita maior números de pastejos ou cortes para os animais sendo assim tendo 
 
maior disponibilidade de matéria seca para o animal e outra aptidão da mesma é a cobertura do 
solo e isso deve a sua elevada produção de matéria seca associada a baixa decomposição da 
palhada que reduz a população de plantas daninhas assim melhorando as propriedades 
químicas, físicas e biológicas do solo, sendo também uma excelente alternativa para rotação 
com culturas, dessa forma podemos perceber que a mesma pode ser incluída no sistema 
produtivo de varias propriedades e isso se deve ao fato de que várias propriedades tem produção 
de gado de leite ou gado de corte bem como realizam a rotação de cultura e utilizam uma planta 
de cobertura de solo, sendo que a planta que pode ser inserida nesse sistema é a aveia preta 
IAPAR 61. 
 
 
 
 
b. DESCRIÇÃO DA CULTIVAR 
 
 
 
 
 
Em relação a cultivar IAPAR 61 ela apresenta como características de grãos peso hectolítrico 
de 45g, peso de mil sementes de 15g, produtividade de grãos de 800 kg/ha e são de coloração 
predominantemente clara, e sua altura média das plantas é de 1,55m e apresenta suscetibilidade ao 
acamamento sendo assim exige cuidados na produção de sementes. Em relação as doenças a mesma 
é moderadamente suscetível às ferrugens da folha, do colmo e à helmintosporiose, entretanto, nas 
condições avaliadas, essas moléstias não comprometeram sua produção forrageira e capacidade de 
cobertura de solo, prejudicando, porém, sua produção de sementes e já em relação as pragas deve 
ter cuidado com infestações de pulgões e lagartas. 
 
Relacionado e sua implantação quando visa a produção de sementes deve ter os 
seguintes padrões: 
 
 Espaçamento: 17 a 20 cm;

 Densidade: 250 sementes puras viáveis/m²;

 Gasto aproximado de semente comercial: 40 kg ha-1;
 Época: junho a meados de julho.



c. CÁLCULO DE PERSPECTIVA DA DEMANDA DE SEMENTES 
 
O cálculo referente a demanda que deverá ser produzida de determinada cultivar é 
relativo isso se deve ao fato que a cada ano está pode ser crescente ou decrescente, mas como 
essa pode ser aferida, lembrando ainda que cultivares de aveia normalmente são salvas pelos 
produtores. 
 
Dessa forma a maneira mais sensata de realizar este cálculo é pelo histórico de vendas 
dos anos anteriores saber se os produtores aprovam esse material qual a repercussão deste na 
safra anterior e quantos hectares foram plantado com essa cultivar sendo assim sabendo a 
quantidade que é usada por hectare e a quantidade de hectare implantados pode se ter uma 
noção de quanto é necessário se produzir, a caso que esse matéria tenha uma crescente no 
mercado, é necessário que esse acréscimo esteja contabilizado na produção de sementes, outros 
fatores que se devem ser levados em consideração são as perda de campos bem com as perdas 
por pragas e doenças sendo que essa perda também deve ser acrescida no momento de 
instalação. 
 
Sendo que esse cálculo é muito difícil de ser realizar com prefeita exatidão isso se deve 
ao fato de não sabermos a real necessidade do produtor bem como as condições climáticas e as 
moléstias que podem prejudicar o campo de semente desde material, desta maneira você pode 
perder de ganhar dinheiro se faltar semente, ter prejuízo por produzir mais do que o necessário 
dessa forma esse momento precisa de muito estudos e sorte também. 
 
 
3. INSCRIÇÕES DE CAMPOS 
 
 
 
 
a. FORMULÁRIOS 
 
 
 
 
Para dar início a produção de sementes, o produtor deverá inicialmente se cadastrar 
junto ao Registro Nacional de Sementes e Mudas - RENASEM como produtor de sementes. 
 
Lá ele deverá informar que vai produzir sementes de aveia preta (Avena strigosa), 
preencher alguns dados pessoais, informar quem é o responsável técnico, como será feito o 
beneficiamento (próprio ou terceiros), como será feito o armazenamento (próprio ou terceiro), 
onde será feita as análises (laboratório próprio ou terceirizado) e assim por diante. 
 
Para completar o cadastro, deverá anexar: 
 
- comprovante de pagamento da taxa de inscrição; 
 
- cópia do contrato social registrado na junta comercial ou equivalente, quando pessoa 
jurídica, constando produção de sementes; 
 
- cópia do CNPJ ou CPF; 
 
- cópia da inscrição estadual ou equivalente; 
 
- declaração do interessado de que está adimplente junto ao MAPA; 
 
- relação de equipamentos e memorialdescritivo da infra-estrutura, de que conste a 
capacidade operacional para as atividades de beneficiamento e armazenagem, quando própria; 
 
- contrato de prestação de serviços de beneficiamento e armazenagem, quando estes 
serviços forem realizados por terceiros; 
 
- termo de compromisso firmado pelo responsável técnico. 
 
Além disso, deverá se comprometer a comunicar o Ministério da Agricultura, Pecuária 
e Abastecimento sobre qualquer alteração nos dados fornecidos. 
 
Depois de cadastrado ao RENASEM, o produtor poderá cadastrar o campo de produção 
de sementes, através de um formulário especifico (Anexo 1). Esse documento deverá ser 
entregue no protocolo da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(SFA) do Estado ou do Distrito Federal para ser encaminhado ao Serviço de Fiscalização 
Agrícola da Superintendência. 
 
Esse documento permitirá que o produtor realize produção de sementes de aveia preta 
por um ano ou uma safra. 
 
 
 
ANEXO 1 – REQUERIMENTO PARA INSCRIÇÃO DE CAMPOS PARA 
PRODUÇÃO DE SEMENTES 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTOR DE SEMENTES 
 
NOME: 
CNPJ/CPF: INSCRIÇÃO NO RENASEM Nº: 
 
 
END: 
 
 
MUNICÍPIO/UF: CEP.: 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 
 
 
NOME: CREA Nº/Visto: 
 
 
 
CPF: CREDENCIAMENTO NO RENASEM Nº: 
 
END.: 
 
Tel: E-mail: 
MUNICÍPIO/UF: CEP.: 
 
Data do início do termo de compromisso: / / 
 
 
O Produtor acima identificado, em cumprimento ao que determina a legislação vigente, 
requer a inscrição de seu(s) campo(s) de produção de sementes, anexando para tal: 
 
I) Relação de Campos para Produção de Sementes, com as respectivas coordenadas 
geodésicas; 
 
II) roteiro detalhado de acesso à propriedade onde estão localizados os campos de 
produção; 
 
III) comprovante de recolhimento da taxa correspondente; 
 
IV) Anotação de Responsabilidade Técnica – ART relativa ao projeto técnico; 
 
V) comprovação da origem do material de propagação, mediante: 
 
a. nota fiscal em nome do produtor ou do cooperante, quando adquirido de terceiros; 
b. atestado de origem genética (para a categoria genética); certificado de semente 
(para as categorias básica e certificadas) ou termo de conformidade (para a categoria 
de semente S1); 
c. laudo técnico elaborado por grupo designado pela Comissão de Sementes e 
Mudas – CSM para material de propagação sem origem genética comprovada. 
 
VI) autorização do detentor dos direitos da propriedade intelectual da cultivar, no caso 
de cultivar protegida no Brasil; e 
 
VII) contrato com certificador, quando for o caso. 
 
- Endereço (com roteiro de acesso) do local onde os demais documentos ficarão disponíveis ao 
órgão de fiscalização, quando estes forem mantidos fora da propriedade sede do processo de 
produção:............................................................................. 
Nestes Termos, 
 
Pede Deferimento. 
 
_______________________ - UF, _____de _________________ de__________ 
 
 
______________________________________ _____________________________ 
Produtor Resp. Técnico 
 
 
 
 
4. PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS ADOTADOS 
 
 
 
 
a. ESCOLHA DO CAMPO 
 
 
 
 
Para escolher a área que será implantado o campo de sementes, deve-se conhecer o 
histórico de culturas antecessoras, analisando se estas podem ser favoráveis ao aparecimento 
de futuros problemas para a produção de aveia preta. 
 
Também é importante análise quais espécies silvestres estão presentes na área, observando 
se não há plantas proibidas, que possam vir a contaminar a produção de aveia preta. 
 
O histórico de pragas e doenças da área também deve ser analisado, para evitar que a 
cultura seja implanta em um local com alta pressão de pragas e doenças. 
 
O solo deve apresentar boa qualidade física e química, assim como ter uma boa 
topografia e drenagem, para proporcionar a cultura boas condições de crescimento e 
desenvolvimento. 
 
 
b. ÉPOCA DE SEMEADURA 
 
 
 
 
Para a região de Guarapuava-PR, a aveia preta deve ser semeada em junho a meados de 
julho para produção de sementes. 
 
A semeadura deve ser feita na linha, com espaçamento de 20 cm e densidade de 250 
sementes puras viáveis por metro quadrado, com um gasto de aproximadamente 40 kg por 
hectare. 
 
A adubação deve seguir a recomendação técnica para o estado do Paraná, elevando-se 
a saturação do solo para, no mínimo, 50%. Um dos nutrientes mais importantes para a cultura 
 
é o magnésio, que precisa estar com teor mínimo de 5 mmolc dm-3. 
 
 
 
c. TRATOS CULTURAIS 
 
Quanto a plantas daninhas, deve-se dar maior atenção no período inicial de 
desenvolvimento, em que espécies como Polugomum convolvulus, Raphanus sativus,Sonchus 
oleraceus, Silene gálica, Spergula arvensis e Lolium multiflorum possuem ciclos semelhantes 
ao da aveia preta, podendo se tornar um problema. Uma boa alternativa de produto para 
controle de folhas largas na aveia preta é o 2,4 D (amina) durante o afilhamento. 
 
A respeito das pragas, o produtor de sementes deverá tomar cuidado com os pulgões, 
as lagartas e os corós. 
 
Os pulgões reduzem o peso de mil sementes, peso do hectolitro, poder germinativo das 
sementes e número de grãos por panícula, além de transmitir o vírus do nanismo amarelo da 
cevada. Deve ser realizado o controle quando encontra-se 20 pulgões por afilho, utilizando 
tiometon. 
 
As demais pragas também são importantes e devem ser monitoradas, realizando o 
controle sempre que necessário. 
 
As doenças mais comuns para a aveia preta são: Ferrugem da folha (Puccinia coronata), 
ferrugem do colmo (Puccinia gramis), Helmintosporiose (Pyrenophora avenae), halo 
bacteriano (Pseudomonas syringae), virose (vírus do nanismo amarelo da cevada), carvão 
(Ustilago avenae). 
 
O controle para a ferrugem deve ser realizado através da eliminação de plantas 
voluntárias durante o verão e outono, juntamente com a aplicação de fungicida tebuconazole, 
quando a incidência de ferrugem atingir 15% da área foliar na fase de perfilhamento. 
 
 
D. INSPEÇÕES DE CAMPO 
 
 
 
i. ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA CULTURA 
 
 
 
 
NA PÓS EMERGÊNCIA 
 
 
Nessa fase é necessário verificar a porcentagem de germinação, presença de possíveis 
contaminantes e a ocorrência de pragas. Se a área necessita de bordaduras, deve-se verificar 
nessa inspeção se a bordadura está sendo respeitada. 
 
 
NA FLORAÇÃO 
 
 
Nessa fase é essencial realizar a identificação de plantas atípicas que possam causar 
contaminação genética. Caso sejam encontradas, deve-se realizar o processo de catação manual 
com uma equipe treinada. 
 
Se necessário, contratar uma empresa que trabalhe com catação, pois as plantas de aveia 
preta podem ser facilmente confundidas com outras gramíneas, como azevém e aveia branca. 
 
 
NA PRÉ-COLHEITA 
 
 
Geralmente é a última inspeção realizada. É utilizada para verificar se as não 
conformidades que haviam sido encontradas nas inspeções anteriores foram corrigidas. Deve 
ser realizada imediatamente após a maturação da cultura, para não atrasar o início da colheita. 
 
 
ii. DESCONTAMINAÇÃO 
 
Para garantir a pureza da lavoura, é necessário realizar o processo de roguing. As 
plantas atípicas, plantas invasoras toleradas e proibidas, plantas doentes e plantas de outras 
cultivares devem ser removidas da lavoura de sementes. Esse processo de purificação deve ser 
realizado principalmente na fase de floração e pré-colheita da aveia preta. 
 
 
iii. O QUE SE INSPECIONA? 
 
 
Durante a inspeção são analisados aspectos como: 
 
- Documentos referentes ao campo de sementes; 
 
- Origem e pureza da semente; 
 
- Cultivo em terreno que satisfaça aos requisitos quanto a cultura, evitando contaminações 
voluntárias; 
 
- Limpeza da lavoura, para impossibilitar a presença de plantas indesejáveis; 
 
- Uniformidade e qualidade de semeadura; 
 
- Cultivo de acordo com o padrão técnico para a cultura da aveiapreta; 
 
- Qualidade da colheita, para evitar mistura mecânica. 
 
 
 
5. COLHEITA 
 
 
 
 
 
O processo de colheita na produção de sementes é uma etapa importante, devendo ser 
realizado o mais breve possível, de acordo com que as sementes atinjam o nível mais alto de 
qualidade, no qual se a semente ficar tempo demais no campo, expõe a mesma em ambiente 
menos favorável contribuindo para a redução do potencial fisiológico, acelerando a 
deteriorização, sendo caracterizado por alterações citológicas, bioquímicas, fisiológicas e 
físicas que resulta com a morte da semente (MARCOS FILHO, 2005). 
 
Destas mudanças, o indicador mais seguro em estádio de maturação da semente é o peso 
de matéria seca (Carvalho e Nakagawa, 2000). As mudanças ocorrem desde a fertilização até a 
maturação, entre elas está o acumulo da matéria seca, capacidade de germinar, vigor, aumento do 
seu tamanho e teor de umidade da semente (MARCOS FILHO, 2005). 
 
Para a colheita da cultura da aveia, deve ser realizada na maturidade fisiológica, quando as 
plantas se encontram em pé e os grãos em condições de debulha. Entretanto tanto a antecipação 
quanto o retardamento geram algum efeito sobre as sementes, visto que o armazenamento das 
sementes se inicia no momento em que a maturidade é atingida no campo. 
 
O atraso da colheita favorece a exposição de fatores que ocasiona perdas quantitativas 
e qualitativas no rendimento, com a quebra do colmo, acamamento e debulha de grãos. Com 
maior tempo no campo, a semente fica suscetível a ação de microrganismos que ocasionam 
escurecimento da semente e redução do peso hectolitro, perdendo qualidade industrial. Quando 
a colheita é antecipada, é necessário que seja realizada a secagem para que esta seja mantida 
em armazenamento para a manutenção da qualidade (MARINI et al, 2007). 
 
Os principais fatores que agem na semente de aveia são segundo Marini et al. (2007), 
metabolismo da própria semente, ação de microrganismos associados, umidade de 
armazenamento, tempo e condições de armazenamento e secagem adequada. 
 
Em estudo sobre a qualidade das sementes de aveia sob secagem intermitente em altas 
temperaturas, Marini et al. (2007a), concluíram que a secagem com temperatura do ar até 65ºC, foi 
um método eficiente para a conservação dos parâmetros biológicos de grãos de aveia 
 
branca. Por outro lado, Simioni et al. (2007), encontrou resultados positivos com temperatura 
superior, mostrando que a temperatura de até 85+5ºC e umidade de armazenamento até 13% é 
um método eficaz na conservação de aveia. 
 
 
 
 
6. LIMPEZA E PRÉ- LIMPEZA 
 
 
 
 
 
Os processos de limpeza iniciam-se no processo de identificação e caracterização dos 
lotes de sementes recebidos nas unidades beneficiadoras de sementes, com um lote com uma 
quantidade limitada de sementes com atributos físicos e fisiológicos dentro de limites 
toleráveis. Sendo que a próxima etapa seja a pré-limpeza propriamente dita, em que realiza a 
remoção das impurezas maiores, bem menor e mais leve do que o lote de sementes. Para essa 
separação, realiza com uma máquina de ar e peneiras com alta produção, pois nessa etapa, é 
importante o rendimento do que a qualidade, sendo necessário de passar na pré- limpeza toda 
semente recebida. 
 
 
 
 
7. SECAGEM 
 
 
 
 
 
A secagem é um procedimento de transferência de calor e massa, em que o calor é 
ocasionado pelo ar de secagem e a água é eliminada da semente sob forma de vapor, em que 
tem por finalidade reduzir o grau de umidade inicial da semente após a colheita, preservando 
os atributos fisiológicos e físicos e sanitários no processamento e armazenamento (Brooker et 
al, 1992). 
 
A secagem conduzida de modo inadequado, principalmente empregando altas temperaturas 
e baixas umidades relativas do ar, pode comprometer a qualidade física e fisiológica durante o 
processo ou durante o armazenamento, decorrente de danos latentes de secagem ou da permanência 
das sementes com teores de água ainda elevados. Pode ser realizada de forma natural, com o 
emprego da energia solar e/ou eólica, ou de modo artificial, pelos métodos estacionário, contínuo 
ou intermitente, sempre procurando preservar a qualidade 
 
das sementes. O estacionário consiste em forçar o ar a passar por uma massa de sementes 
estática, que por essa razão, não sofre danos mecânicos, podendo empregar os secadores como 
depósito. A secagem contínua consiste na remoção de água das sementes em movimento, com 
apenas uma passagem pelo secador; passa a ser denominada de intermitente quando as 
sementes, em movimento, são submetidas à ação do ar aquecido na câmara de secagem, 
passando, a seguir, por uma câmara sem aquecimento e sem movimento do ar, onde ocorre a 
homogeneização da umidade e da temperatura. O método de secagem intermitente o pode ser 
lento ou rápido, dependendo da relação de intermitência (Aguirre & Peske, 1992). 
 
Dentre os métodos de secagem, o estacionário e o intermitente vêm sendo utilizados em 
sementes de arroz e trigo, entre outras espécies, mas são reduzidas as informações disponíveis sobre 
a utilização em sementes de aveia branca. Admite-se que as técnicas para secagens estacionária ou 
intermitente, estudadas em outras espécies agrícolas, podem ser empregadas na secagem de 
sementes de aveia branca em função destas serem frutos do tipo cariopse, protegidas por glumas 
bastante volumosas, quando de composição química semelhante. Por outro lado, ainda que o 
método seja eficiente os efeitos da utilização de temperaturas do ar de secagem e da massa de 
sementes mais elevadas precisam ser testados, quanto ao emprego de temperatura máxima de 32°C 
na massa de sementes, com teores de água superiores a 18%. Com temperaturas do ar mais 
elevadas, há possibilidade de elevação da velocidade de secagem, como já foi constatado (Villela 
& Silva, 199; Borsato, 1999), muito importante a fim de minimizar os problemas decorrentes da 
colheita em época ou local de clima desfavorável. 
 
Na secagem em alta temperatura, com a utilização de elevados fluxos de ar, sementes 
de aveia mais úmidas necessitam de aquecimento gradual, não obstante possam atingir 
temperaturas superiores a 43°C durante o processo. Além disso, deve ser considerada a 
influência exercida pela interação entre o teor de água e a temperatura da semente, período de 
exposição e fluxo de ar no processo de secagem, sobre a qualidade fisiológica da semente. Ao 
final da secagem a temperatura da semente tende a sofrer elevação, podendo ser afetada 
negativamente a sua qualidade, portanto sendo recomendável a redução gradativa da 
temperatura do ar de secagem (AHRENS,2000). 
 
 
 
 
8. ARMAZENAGEM 
a. CUIDADOS NA ARMAZENAGEM 
 
 
 
 
 
A localização deve respeitar o zoneamento de uso e ocupação do solo, essa área quem 
delimita é o município, segue algumas observações a serem respeitadas: Distância de cursos 
de água ou fontes de abastecimento; evitar área de preservação ambiental; considerar os riscos 
da vizinhança já estabelecida no local, tais como risco de roedores, demais pragas e risco de 
inundação. 
 
As sementes devem ser guardadas em armazéns secos, bem arejados. A cobertura deve 
ser, quando possível, de material isolante de calor, para evitar uma elevação acentuada de 
temperatura pela ação dos raios solares. Sementes devem ser guardadas em áreas construídos 
especialmente para essa finalidade. Recomenda-se não armazenar as sementes próximas a 
materiais como ração e ou produtos químicos; 
 
As paredes devem ser construídas em alvenaria e rebocadas e com o pé direito acima 
de 4m, facilitando as trocas de ar do ambiente. A altura interfere na modalidade de estocagem. 
Caso o prédio armazene outros tipos de insumos, a área de armazenamento de semente deve 
possuir parede divisória. 
 
O telhado deve ser de material que não propicie a propagação de fogo, livre de 
vazamentos e goteiras. Não deve possuir vãos quefacilite a entrada de animais. Normalmente 
as seguradoras não aceitam telhas do tipo sanduiche ou termoacústica. Recomenda-se que o 
beiral do armazém projeta-se no mínimo 60 cm. Se houver uso de telhas translúcidas estas não 
devem incidir sobre os produtos em estoque. Devem ficar sobre os corredores, assim como a 
iluminação. Existe o risco de afetar a qualidade dos produtos, por exposição à luz ou calor. 
Caso canos de decida de água pluvial seja instalado dentro do armazém, os canos devem estar 
protegidos para evitar ruptura por choque. Recomenda- se fazer vistoria e limpeza nas calhas 
periodicamente, para evitar entupimento em épocas de chuva. 
 
A umidade relativa e a temperatura de armazenamento são os principais fatores, que, se não 
controlados, aceleram o processo de deterioração das sementes, acarretando a perda de qualidade. 
Recomenda-se manter um controle de temperatura e umidade relativa nos armazéns registrando os 
dados diariamente e arquivando mensalmente isso poderá ser útil caso possua algum problema 
comercial. Pode-se promover aberturas longitudinais inferiores e superiores 
 
nas paredes, que facilitem a ventilação natural diluidora, a ventilação será muito maior 
melhorando a temperatura interna do armazém. As aberturas inferiores e superiores devem ser 
dimensionadas de tal forma quem fiquem em paralelo. As aberturas devem ser protegidas 
contra a entrada de animais e pessoas mal-intencionadas. 
 
Para o controle de acidentes com fogo no armazém os extintores devem ser instalados 
de tal forma que seja garantida a sua acessibilidade e estar localizado a menos de 5m da entrada 
principal da edificação. Os locais destinados aos extintores devem ser identificados. Deverá 
ser pintado de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser 
obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00mx 1,00m. Os extintores 
instalados na parede deverão ter a sua parte superior em 1,60m acima do piso. Já para Proteção 
de Descargas Atmosféricas (SPDA) deve se instalar com objetivo de evitar ou minimizar o 
impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios e danos 
materiais e a vida. As exigências legais do uso do SPDA para empresas com área de 
armazenagem acima de 1.500 m2, porem por conta do alto valor armazenado recomendamos 
a adoção mesmo para pequenos armazéns. 
 
Em todo caso, deve estar bem sinalizado dentro e fora do armazém que tem por 
finalidade reduzir os infortúnios, alertando sobre os riscos existentes, orientando e 
direcionando as ações adequadas à situação de risco e facilitar a localização de equipamentos 
e rotas de saída. O armazém demanda vários tipos de sinalizações. Todos devem ser instalados 
de forma lógica, indelével e fixos. A sinalização básica de um armazém deve buscar as 
recomendações de salvar e orientar. 
 
 
 
 
b. IDENTIFICAÇÃO DE LOTES 
 
Os lotes de sementes de aveia devem estar cadastradas para que as informações que devem 
constar nos documentos de venda devem fazer parte deste o cadastramento dos produtos em 
sistema, antes de sua entrada efetiva, tais como: Nome; CNPJ ou CPF, endereço e número de 
inscrição do produtor do RENASEM; número do Lote; data de fabricação; data de validade. Na 
entrada dos produtos deve-se verificar, além da quantidade, o lote e as condições das embalagens, 
já no manuseio e movimentação interna recomenda-se definir um procedimento de manuseio e 
movimentação dos produtos, que contemple os cuidados para a preservação das embalagens, 
cuidados na movimentação com máquinas ou paleteiras, limite de velocidade 
 
interna para as máquinas elétricas, regras de movimentação para cargas de embalagens grandes, 
etc. Todo o pessoal envolvido em carga e descarga de veículos deve ser treinado no 
procedimento de manuseio e movimentação de produtos. 
 
As sementes de aveia ensacadas devem ser armazenadas sobre palets. Recomenda- se 
vistoriar todos os paletes antes de colocá-los em uso e que paletes impróprios para o uso sejam 
removidos da área de operação. Os paletes vazios devem ser armazenados fora da área de 
estocagem, em local coberto. Os sacos de sementes devem ser empilhados de tal forma que 
constitua uma pilha uniforme e consistentes. A base da pilha de sementes deve estar livre de 
irregularidades e ser capaz de sustentar o peso exercido pela pilha, os palets devem ser 
colocados a no mínimo 0,50 cm da parede e 1,0 m da tesoura do teto, ou do ponto mais baixo 
onde se inicia a estrutura do telhado, afim de evitar contato com o calor e prejudicar a qualidade 
da semente. A arrumação dos paletes no ambiente deve ser de tal forma que permita a 
circulação de ar, evitando a formação de áreas abafadas. Fazer fileira com materiais do mesmo 
lote na sequência dentro de uma quadra, para reduzir a necessidade de remoção dos lotes da 
frente no momento da retirada dos lotes do fundo, sempre que possível. 
 
Identificar os lotes de sementes, utilizando um registro/documento para o mesmo ou 
uma planilha para controle e alerta (antecipado) de vencimento de prazos de validade dos lotes 
é muito útil para assegurar não ter lotes vencidos em estoque. 
 
 
 
 
c. ROTULAGEM 
 
 
 
 
 
A legislação Estadual define quais são os documentos que certificam que o prédio possui 
as condições mínimas necessárias para a segurança contra incêndio. Podendo levar as seguintes 
nomenclaturas: AVCB ou Plano de Prevenção Contra Incêndio. O documento é emitido pelo Corpo 
de Bombeiros da Policia Militar certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as 
condições de segurança contra incêndio, previstas pela Legislações e constantes no processo, 
estabelecendo um período de revalidação. A validade deste documento de aprovação para 
funcionamento do estabelecimento está vinculada não apenas ao prazo de validade descrito no 
documento, mas também na manutenção das condições estabelecidas, sem 
 
fazer ampliações, modificações ou reformas que alterem a área construída ou características de 
funcionamento dos sistemas de proteção. 
 
O RENASEM é o serviço pelo qual o MAPA concede a inscrição e o credenciamento 
aos agentes do Sistema Nacional de Sementes e Mudas - RENASEM, habilitando-os para 
exercer as atividades de: armazenador de sementes, beneficiador de sementes, comerciante de 
sementes e mudas, produtor de sementes, produtor de mudas, reembalador, certificador de 
produção própria, análise de sementes, análise de mudas, amostrador, entidade certificadora, 
responsável técnico e de laboratórios. A inscrição e o credenciamento no RENASEM deverão 
atender o que diz a Lei n° 10.711, de 05 de agosto de 2003, o seu Regulamento, aprovado pelo 
Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004, a Instrução Normativa n° 9, de 2 de junho de 2005, 
a Instrução Normativa n° 24, de 16 de dezembro de 2005. O responsável técnico deve verificar 
quais atividade vai ser realizada pela empresa para que a habilitação coincida com a atividade 
desempenhada. 
 
Na comercialização, no transporte ou armazenamento, a semente deve estar identificada e 
acompanhada da respectiva nota fiscal de venda, do atestado de origem genética, e do certificado 
de semente ou do termo de conformidade, em função da categoria ou classe da semente. No trânsito 
de sementes, além das exigências estabelecidas, poderá ser obrigatório a permissão de trânsito de 
vegetais - PTV, quando exigido por legislação fitossanitária do Estado. 
 
A nota fiscal deverá apresentar, no mínimo, as seguintes informações: Nome, CNPJ ou 
CPF, endereço e número de inscrição do produtor no RENASEM; nome e endereço do 
comprador; quantidade de sementes por espécie e ou cultivar; identificação do lote; data de 
fabricação; data de vencimento. 
 
 
 
9. QUALIDADE DA SEMENTE 
A. PRÉ E PÓS CONTROLE 
 
O manejo das técnicas de produção é muito importante para aquisição de sementes de 
alta qualidade, e ocorre desde a semeadura atéa pós-colheita, que se estende desde o 
beneficiamento até a armazenagem. A semente é o principal meio de propagação das culturas 
de grãos no Brasil, e atualmente carrega um pacote tecnológico através do melhoramento 
genético das espécies cultivadas, e faz com que ela seja um dos principais pontos de obtenção 
 
no sucesso na germinação e estabelecimento da cultura no campo (CARVALHO; 
NAKAGAWA, 2000). 
 
A semente é um ser vivo e depende de condições adequadas para que inicie o processo 
de germinação e estabelecimento da plântula no campo. A qualidade das sementes é um 
conjunto de fatores físicos, sanitários, genéticos e fisiológicos, e estão diretamente dependentes 
da disponibilidade de nutrientes presentes em sua reserva, visto que a formação do embrião é 
dependente delas (Catão et al. 2010). 
 
Para Oliveira et al. 2001, o beneficiamento e armazenamento das sementes não tem função 
de melhorar a qualidade, e sim operar para preservar as suas qualidades. Dessa forma, o produtor 
de sementes deve realizar um planejamento desde a colheita até o armazenamento, com o objetivo 
de fornecer ótimas condições de manutenção da qualidade que vem do campo. 
 
 
 
B. AMOSTRAGEM 
 
 
 
Segundo as Regras para Análise de Sementes – RAS, a quantidade de sementes que 
serão analisadas é muito pequena em relação ao tamanho do lote que ela representa. Dessa 
forma, para obtenção de um resultado confiável e uniforme, é essencial que as amostras sejam 
retiradas com cuidado e por um profissional habilitado, pois dessa forma irá garantir uma 
amostra confiável que será enviada para análise. 
 
Todo o procedimento realizado na análise da qualidade das sementes pertencentes a um 
lote, é feito de forma a assegurar uma representatividade da composição do lote de aveia que 
será analisado. Assim, o tamanho da amostra que vai ser analisada pelo profissional deve ser 
representar o lote, dentro dos parâmetros da RAS. 
 
A amostras que serão coletadas para fins de fiscalização da produção e do comércio, 
devem gerar dados que serão utilizados para emissão do Boletim de Análise de Semente, e deve 
ser realizada somente por um profissional credenciado no MAPA e pelo órgão competente da 
fiscalização. 
 Amostra Média: É a própria amostra composta ou subamostra desta, com tamanho 
mínimo especificado nestas Regras para Análise de Sementes. É a recebida pelo laboratório 
para ser submetida a análise. 
 
Amostra Duplicata: É a amostra obtida da amostra composta e nas mesmas condições da 
amostra média e identificada como “Amostra Duplicata”. É obtida para fins de fiscalização da 
produção e do comércio de sementes, no caso da necessidade de uma reanálise. 
 
Amostra de Trabalho: É a amostra obtida no laboratório, por homogeneização e redução 
da amostra média até os pesos mínimos requeridos e nunca inferiores aos estabelecidos para 
os testes prescritos nestas RAS. 
 
Subamostra: É a porção de uma amostra obtida pela redução da amostra de trabalho, 
usando-se um dos equipamentos e métodos de divisão prescritos na RAS. 
 
 
 
C. TAMANHO DE LOTES 
 
 
 
QUADRO 1.2 ─ Indica, por espécie botânica, o tamanho máximo do lote, o uso da espécie, o 
peso mínimo da amostra média e das amostras de trabalhos para a Análise de Pureza e para a 
Determinação de Outras Sementes por Número, bem como o número de sementes por grama. 
 
As abreviaturas têm os seguintes significados: CO ─ condimento; FL ─ florestal; FO ─ 
forrageira; FR ─ frutífera; GC ─ grande cultura; HO ─ hortícola; IN ─ invasora; ME ─ 
medicinal e OR ─ ornamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando adaptado da RAS (2009), 2019. 
 
 
 
D. TESTES DE GERMINAÇÃO, VIGOR, HETEROGENEIDADE 
 
 
 
TESTE DE GERMINAÇÃO 
 
O objetivo do teste de germinação é expressar o potencial máximo da germinação de 
um lote de sementes, e que pode ser utilizado para comparar diferentes lotes e estimar valor de 
semeadura em campo. 
 
A metodologia de análise em laboratório é mais confiável, visto que em condições de 
campo são influenciadas pelas condições edafoclimáticas da região e que são difíceis de serem 
 
reproduzidas. As condições no laboratório, são consideradas ótimas e padronizadas pela RAS, 
dessa forma elas devem ser possíveis de serem reproduzidas. 
 
A germinação das sementes é dada através da emergência e desenvolvimento das 
estruturas essenciais do embrião. Para que uma plântula possa continuar seu desenvolvimento 
até tornar-se uma planta normal deve apresentar as seguintes estruturas essenciais: sistema 
radicular (raiz primária e em certos gêneros raízes seminais), parte aérea (hipocótilo, epicótilo, 
mesocótilo (Poaceae), gemas terminais, cotilédones (um ou mais) e coleóptilo em Poaceae). 
(RAS, 2009). 
 
As plântulas podem ser dividas em normais ou anormais. 
 
Plântulas normais: são aquelas que mostram seu potencial genético e dão origem a 
plantas normais, sob condições de desenvolvimento favorável. Para serem classificadas como 
normais, elas devem possuir sistema radicular bem desenvolvido, parte aérea bem 
desenvolvida, número específico de cotilédones conforme a espécie, folhas primárias verdes e 
em expansão, gema apical, coleóptilo bem desenvolvido. 
 
Plântulas anormais: são aquelas que não mostram seu potencial genético e não dão 
origem a plantas normais, mesmo sob condições favoráveis de crescimento. Para serem 
classificadas como anormais, elas são subdividas em 3 grupos, sendo: Plântula Danificada – 
quando uma de suas estruturas essenciais está ausente ou danificada e que não possa ocorrer 
desenvolvimento normal. Plântula Deformada – que possui um desenvolvimento fraco, ou com 
distúrbios fisiológicos, ou com uma de suas estruturas essências deformadas ou 
desproporcionais. Plântula Deteriorada: plântula com qualquer uma de suas estruturas 
essências deteriorada ou infectada, resultante de uma infecção primária e que comprometa seu 
desenvolvimento normal. 
 
 
 
TESTE DE VIGOR 
 
O vigor pode ser entendido como a soma das propriedades que determinam o nível 
potencial de atividade e desempenho de uma semente ou lote de sementes durante a germinação 
e emergência da plântula. Assim, o vigor mostra a manifestação de um conjunto de 
características que determinam o potencial de germinação e uniformidade de emergência das 
plântulas quando submetidas as mais variadas condições edafoclimáticas. 
 
O teste de vigor busca avaliar as sementes para as condições de envelhecimento 
acelerado, frio, velocidade e % de germinação, comprimento e classificação do vigor da 
plântula, peso da matéria seca e outros parâmetros estabelecidos pela RAS. 
 
TESTE DE HETEROGENEIDADE 
 
 Determinar a heterogeneidade de um lote de sementes, tem como base dois testes 
estatísticos, o teste do valor H e o teste do valor R. A heterogeneidade dentro de um lote d 
sementes pode ocorrer na distribuição das porcentagens da análise de pureza, nas porcentagens 
do teste de germinação, em outras sementes por número, e também pode ocorrer nos diferentes 
recipientes de cada lote, estes casos são referidos como heterogeneidade dentro da amplitude e 
é avaliada pelo teste do valor H. Já um lote de sementes que tenha recipientes diferentes e 
qualidade das sementes diferentes, ou pela combinação de dois ou mais lotes com diferentes 
na qualidade das sementes sem uma mistura realizada de forma correta, estes casos são 
referidos como heterogeneidade fora da amplitude e é avaliada pelo teste do valor R. 
Teste do valor H - A variância aceitável é calculada multiplicando-se a variância teórica 
esperada pela variação ao acaso com um “fator f” para variação adicional, levando em conta o 
nível de heterogeneidade esperado quando se utilizam boas práticas de produção de sementes. 
A variância teórica pode ser calculada pela função de distribuição de probabilidade 
correspondente, que é a distribuição binomial, no caso de Pureza e Germinação, ou a 
distribuição de Poisson,no caso de Outras Sementes por Número. (RAS, 2009). 
 Teste do valor R - O teste do valor R avalia a heterogeneidade fora da amplitude por 
meio da comparação da diferença máxima encontrada entre as amostras de tamanho similar, 
retiradas conforme descrito para o teste do valor H, com os valores de amplitude máxima 
tolerada. Essa amplitude máxima tolerada é baseada no desvio padrão teórico aceitável, 
levando em conta o nível de heterogeneidade esperado quando se utilizam boas práticas de 
produção de semente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. MARKETING 
 
 
 
11. REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
http://www.andav.com.br/wp-content/uploads/2018/08/MANUAL-DO-COMERCIANTE-DE-
SEMENTES-31-de-agosto-de-2018.pdf <Acesso em : 01 de Nov. de 2020>. 
 
 
Ahrens, D. C. Temperaturas limite para secagem de sementes de aveia branca. 2000. 
 
 
 
BORSATO, A V. Efeito da secagem intermitente lenta na qualidade se semente de milho 
(IAPAR 51). Ponta Grossa: Curso de Graduação em Agronomia - Universidade Estadual de 
Ponta Grossa, 1999. 27p. (Monografia). 
 
 
CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4. ed. 
Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588p. 
 
 
CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4.ed. 
Jaboticabal: FUNEP,2000. 588p. 
 
 
 
CATÃO, H. C. R. M. et al. Qualidade física, fisiológica e sanitária de sementes de milho crioulo 
produzidas no norte de Minas Gerais. Ciência Rural, Santa Maria, v. 40, n.10, out. 2010. 
 
 
 
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 
495p. 
 
 
 
MARINI, L. J.; GUTKOSKI, L. C.; ELIAS, M. C. Efeito da temperatura de secagem e relação de 
intermitência Na inativação enzimática e viscosidade de pasta de aveia. Revista Brasileira de 
Agrociência, Pelotas, v. 13, n. 1, p. 55-60, jan./mar. 2007ª. 
 
 
OLIVEIRA, A.P.; BRUNO, G.B.; ALVES, E.U.; PEREIRA, E.L. Produção e qualidade de 
sementes de feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp), em função de doses e formas de 
aplicação de nitrogênio. Revista Brasileira de Sementes, v. 23, n. 2, p.215-221, 2001. 
 
 
SIMIONI, D.; WEBBER, F. H.; GUTKOSKI, L. C.; ELIAS, M. C.; OLIVEIRA, L. C.; AOSANI, E. 
Caracterização química de cariopses de aveia branca. Alim. Nutr., Araraquara, v. 18, n. 2, p. 191-196, 
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VILLELA, F.A. & SILVA, W.R. Curvas de secagem de milho utilizando o método intermitente. 
Scientia Agrícola, Piracicaba, v.49, n.I, p. 145-153,1

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