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Ana Comin PROTEÇÃO COMPLEXO DENTINO-PULPAR: O desenho feito para delimitar a cavidade a ser preparada deve prezar por deixar a maior quantia de dentina sadia remanescente. *Tomar cuidado com dores desnecessárias: vai atuar em dentina? Anestesiar. Visar a integridade da polpa e os demais tecidos dentais. Sempre desviar da polpa e conservar a maior parte de dentina possível. Substituir, com a restauração e através de matérias adequados, os tecidos perdidos. Sistemas adesivos impermeabilizam esmalte e dentina e impedem uma nova deposição bacteriana, com infiltração marginal e evitam dores pós- operatório. TRAUMAS DENTAIS: 1. PREPARO CAVITÁRIO: Térmica/calor; Velocidade e traumatismo; Refrigeração; Profundidade do preparo. 2. CÁRIE DENTAL (AGRESSÃO BACTERIANA): Bactérias que podem produzir substâncias tóxicas, se difundindo pela dentina e também polpa. A progressão da cárie de alta velocidade causa a destruição dos prolongamentos odontoblásticos. 3. AGRESSÕES TÉRMICAS E MECÂNICAS (Após restauração): SEMPRE A POLPA INTERPRETA COMO DOR. 4. CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO: Tomar cuidado para não gerar trincas. Todas as agressões podem somar-se, levando desde a um processo inflamatório reversível até um processo irreversível, com necessidade de intervenção endodôntica, envolvendo a complexa degeneração do decido pulpar. ESMALTE: 96% mineral; 4% Água e traços proteicos; Há cristais formando prismas. POLPA: Tecido conjuntivo altamente especializado, vascularizado, responsável por toda vitalidade dental. FUNÇÕES: Sensitiva; Defensiva; Formadora Os odontoblastos produzem dentina até sua degeneração, sendo células estáticas e que localizam-se na periferia pulpar. Nutritiva; DENTINA: 70% sendo inorgânica; 18% inorgânica; 12% água; INFECTADA X CONTAMINADA: A contaminada não contém bactérias, mas é afetada pelas substâncias tóxicas que estas secretam. PERMEABILIDADE VARIÁVEL: REGIÃO PRÓXIMA DO ESMALTE-SUPERFICIAL: 19.000 túbulos; Menos túbulos e com mais dentina intertubular. Região de maior propensão a adesão de materiais, pois apresenta mais dentina e menor proximidade com a polpa dentária, evitando riscos biológicos, de biocompatibilidade. REGIÃO DO MÉDIA: Maior quantia de túbulos dentinários: 30.000 túbulos, mas com menor quantia de dentina intertubular. Possibilidade de adesão bem menor. O ionômero de vidro depende de uma maior quantia de dentina para fixar-se melhor. REGIÃO PROFUNDA: 45.000 túbulos, pouquíssima dentina. DENTINA PRIMÁRIA: Dentina original normal e regular. Formada em sua maioria antes do processo de erupção dentária. Tem interação extremamente boa com os materiais adesivos. DENTINA SECUNDÁRIA: É feita a partir de estímulos de baixa intensidade, exemplo: mastigação, algumas variações de temperatura. Apresenta túbulos estreitos e tortuosos; Teto e assoalho da câmara pulpar com deposição. DENTINA TERCIÁRIA: Gerada através de irritações pulpares mais severas, como cárie, abrasão, erosão, irritações mecânicas; térmicas; elétricas, químicas. Região pode apresentar-se como avermelhada, indicando agressão. ESCLEROSE DENTINÁRIA: Processo onde os túbulos dentinários são preenchidos com íons cálcio (apatita), diminuindo a permeabilidade dentinária. Túbulo dentinário é eliminado, com formação de dentina peritubuar. DENTINA INTERTUBULAR: Ana Comin DENTINA PERITUBULAR: Presente na borda dos túbulos dentinários, e nas paredes dos mesmos, sendo esta mais compacta em relação a intertubular. PROLONGAMENTOS ODONTOBLÁSTICOS: São vistos na dentina. FLUIDO TUBULAR: OBJETIVOS: RECUPERAÇÃO: da polpa inflamada Materiais a base de Ca(OH)2 e Otosporim. PROTEÇÃO: da polpa frente aos estímulos térmicos, elétricos, mecânicos e químicos Ionômero de vidro. IMPERMEABILIZAR: esmalte e dentina, para controlar a infiltração marginal, evitando a ocorrência de sensibilidades pós restauração e cáries secundárias Sistemas adesivos. Evitar ainda: a dor pelo processo de infiltração marginal, pela contração de polimerização das resinas compostas, durante a mastigação de alimentos com diferentes temperaturas. Evitar comprometimento pulpar pela invasão de bactérias e suas toxinas pela interface de restauração. FATORES IMPORTANTES: 1. IDADE DO PACIENTE; 2. CARACTERÍSTICAS DA POLPA; 3. PROFUNDIDADE DA CAVIDADE; 4. MATERIAL RESTAURADOR INDICADO; 5. CARACTERÍSTICAS DA DENTINA REMANESCENTE. EXEMPLOS: OTOSPORIN; HIDRÓXIDO DE CÁLCIO; (Hoje é pouco utilizado, por não se aderir, mesmo tendo boa biocompatibilidade); SISTEMAS ADESIVOS IONÔMERO DE VIDRO; (Geralmente usado em cavidades mais profundas, perto da polpa, sendo este biologicamente compatível); ASSOCIAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS; CAVIDADES: RASA/MÉDIA: Impermeabilizar esmalte e dentina Sistema adesivo. 1. Pedra Pomes e água; 2. Isolamento; 3. Condicionamento; 4. Lavagem e secagem: esmalte seco e dentina parcialmente úmida. 5. Sistema Adesivo: 10-15s; 6. Brisa de ar. (Para ficar com apenas o componente resinoso do sistema). Passar fio dental; 7. Polimerizar. 8. Resina aplicada. CAVIDADE PROFUNDA: Ionômero de vidro + Sistema adesivo. Depois: Resina composta. 1. Pedra Pomes e água; 2. Isolamento; 3. Condicionamento com ácido poli acrílico; 4. Ionômero de vidro aplicado, na região mais profunda; 5. Lavagem e secagem; 6. Ácido fosfórico; 7. Lavar e secar; 8. Sistema Adesivo; 9. Brisa de ar. (Para ficar com apenas o componente resinoso do sistema). Passar fio dental; 10. Polimerizar. 11. Resina aplicada. PROTETOR PULPAR IDEAL: Biocompatibilidade pulpar; Adesividade; Liberação de flúor; Controle de lesões secundárias; Radiopacidade compatível com os tecidos dentais; Péssimos condutores elétricos e térmicos; Fácil manipulação e inserção; Tempo de trabalho e endurecimento compatíveis com o procedimento operatório; Adequada resistência mecânica; Estética; Coeficiente de expansão linear e módulo de elasticidade semelhantes ao da estrutura dental. POR QUE FORRAR? Nenhuma preocupação com o ácido ir na dentina; Possibilidade de usar um material adesivo liberador de flúor e biocompatível Ionômero de vidro. Substituir dentina perdida com um material de cor, módulo de elasticidade e coeficiente de expansão semelhantes ao do dente Ionômero de vidro.
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