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Índice
Capítulos
I- O Livro das Sombras
II- Batalha das Sombras
III- Segredo das Sombras
IV- Árvore da Vida
V- Deusa Mãe
VI- Noite Negra
VII- Mensageiro
VIII- Caduceu de Hermes
IX- Bastão de Asclépius
X- Eremita
XI- Esfinge
XII- Teurgia
XIII- Aliados
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Prefácio
É muito estranho que um índio velho como eu esteja escrevendo
um livro para crianças brancas, mas quando vocês souberem o meu nome vão
entender que este é o meu destino, sim alguns índios acreditam em destino,
principalmente os pajés que tem uma visão especial para as coisas do espírito.
Durante muito tempo me chamou a atenção o fato das mães
brancas assustarem, de várias maneiras as crianças muito arteiras e ativas, para
terem o devido respeito e o controle em casa, porém o medo, a desolação e a
escuridão, imprimem na mente juvenil, um procedimento negativo, dando origem
às formas de pensamento escuras e sombrias.
Em um conceito científico, sombra é uma região escura formada
pela ausência parcial da luz, proporcionada pela existência de um obstáculo.
Uma sombra ocupa todo o espaço que está atrás de um objeto com uma fonte
de luz em sua frente. A imagem projetada pela sombra é uma silhueta
bidimensional e uma projeção invertida do objeto que bloqueia a luz.
Neste momento uma sombra está a ditar o que aqui escrevo, me
limito a escrever apenas, e peço desculpas por erros de concordância de
português, jamais fui à escola e não entendo nada sobre este tipo de lógica
psicológica de gente branca, pessoalmente eu não sei quem foi Peter Pan, e
qual o problema que ele teve com a sua sombra, e quais as implicações
psicológicas e simbólicas das sombras na mente humana.
As sombras dizem que as crianças do futuro são muito
inteligentes, este pequeno livro é para elas, pois as crianças do passado já
sabem a verdade: “Todos somos sombras errantes permeadas de luz refletida
pelo céu”.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Introdução
O pensamento pode percorrer o espaço, irradia-se de nós e pode ser
transmitido, o pensamento se manifesta como um fluxo de energia que parte da
mente do ser humano, os pensamentos geram energia mental e podem ser
positivos ou negativos. Somos o resultado dos nossos pensamentos.
Os pensamentos negativos afetam a aura humana, alterando a sua cor
e a sua densidade, podemos sentir os pensamentos negativos da mente de uma
outra pessoa, ao penetrarmos no campo de sua aura, conforme se pode ver os
pensamentos negativos: com um aspecto inicial de bolhas oleosas, que se
manifestam da mente de uma pessoa não se expandem para além de sua aura,
permanecendo gravitando na periferia do seu corpo astral. “Somos as pessoas
mais próximas dos nossos próprios pensamentos negativos”.
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Existem muitos tipos de pensamentos, mas o pensamento místico é o
mais ativo de todos e pode influenciar um circulo vasto e produzir um maior
efeito e isso ocorre inteiramente fora da consciência. São poucas as crianças
que aproveitam de forma inteligente o poder dos pensamentos.
A imaginação é uma força espiritual com poder criativo, a força do
pensamento combinada com a fé pode fazer qualquer coisa. Lamentavelmente
aquelas crianças que foram assustadas ou traumatizadas na infância, jamais
terão controle total do poder bem dirigido do pensamento positivo.
Se escondendo atrás de uma possível falta de fé em si mesmos, e sem
controle dos seus próprios pensamentos negativos, sucumbem em direção a
terra com os joelhos vergados pelo peso das incontáveis formas de
pensamento-negativo que abrigam e alimentam como parasitas de sua força
vital, desta forma estes pensamentos negativos se alimentam e se reproduzem,
influenciando e envolvendo o ser humano até formar uma concha
hermeticamente fechada, neste caso é difícil o tratamento e a cura, os índios da
minha tribo simplesmente dizem que seu espírito foi embora.
Segundo o livro dos mortos egípcio (2000 a.C.) o indivíduo era constituído
de várias partes: físicas, mentais e espirituais. E durante os rituais de
embalsamar os mortos, oferendas de manjares e bebidas eram destinadas ao
Ka do morto. Este Ka deve ser traduzido como duplo (corpo de desejos ou Peri
espírito). Era uma personalidade abstrata, desfrutava de todos os atributos
humanos e movia-se a vontade, se bem que o seu lugar lógico era a tumba, ao
lado do cadáver. O jaibit ou sombra nutria-se também com os alimentos do Ka e
como ele, sua existência era independente do corpo e movimentava-se a
vontade.
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Sombra, em psicologia analítica, refere-se ao arquétipo que é o nosso ego
mais sombrio. É a parte mais primitiva da personalidade humana. Para Jung,
esse arquétipo foi herdado das formas inferiores de vida através da longa
evolução que levou ao ser humano.
A sombra contém todas aquelas atividades e desejos que podem ser
considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos,
não podemos aceitar.
Ela nos leva a nos comportarmos de uma forma que normalmente não nos
permitiríamos. E, quando isso ocorre, geralmente insistimos em afirmar que
fomos acometidos por algo que estava além do nosso controle. Esse "algo" é a
sombra, a parte primitiva da natureza do homem. Mas a sombra exerce também
um outro papel, possui um aspecto positivo, uma vez que é responsável pela
espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda,
características necessárias ao pleno desenvolvimento humano.
A sombra é freqüentemente projetada em outra pessoa, que aparece ao
indivíduo como negativa. Devemos tornar a nossa sombra mais clara possível.
Procurando um trabalho partindo do interior para o exterior, este é o objetivo
deste pequeno livro, aliando ciência, psicologia, misticismo, xamanismo e
teosofia nós pretendemos estabelecer um método seguro de clareamento das
sombras, mas deixo claro a princípio que esta idéia partiu das próprias sombras.
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Inferno é a eterna repetição (Stephen King)
A repetição (ad infinitum) de um pensamento negativo é extremamente
mais fácil, pois este vibra a taxas que facilitam o hábito e influenciam todo o
corpo mental, é um tipo de reprodução alimentada pelo medo que se origina
inicialmente pela imposição materna e posteriormente alimentado pelo lixo
cultural ocidental (músicas, filmes, livros...) que provocam emoções fortes.
Certos tipos de pensamento provocam a emoção e deste modo o
pensamento constrói qualidades no ego (influi) de modo permanente sobre o
corpo e a aura e em volta (envolve) do próprio homem que originou o
pensamento.
Todo pensamento negativo dá origem a uma ondulação que se irradia,
podendo ser simples ou complexa, segundo a natureza de pensamento de onde
partirem as vibrações podem sob certas condições repercutirem nos mundos
que ficam acima e abaixo, se o pensamento for de natureza espiritual e estiver
impregnado de desejos pessoais, suas oscilações imediatamente tenderão a
descer e ao aumentar a densidade iniciando um processo de materialização.
Todo pensamento negativo produz uma forma, um objeto definido, distinto,
que é dotado de energia e vitalidade de determinada espécie, e que em muitos
casos mais ou menos semovimenta como uma criatura viva (Sombra). A
maioria dos pensamentos negativos gravita em torno do ser humano, somos as
pessoas mais próximas dos nossos próprios pensamentos.
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O chamado pensamento mau ou impuro (ódio ou inveja) com relação a
outro ser humano irradia uma onda de pensamento tendente a provocar paixões
similares nos demais e assim sucessivamente influenciando outros de forma
aleatória e sem direção.
A forma flutuante aguarda a oportunidade para a entrada no receptor e
ficará pairando sobre ele e logo principiará a repetir-se a fim de nele (receptor)
reproduzir o pensamento negativo.
Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa,
viaja em direção a essa. Se é um pensamento pessoal, permanece na
vizinhança do pensador. Se não pertence nem a uma, nem a outra categoria,
anda errante por um certo tempo e pouco a pouco se descarrega, desfazendo -
se no éter. Cada um de nós deixa atrás de si por toda parte onde caminha, uma
série de formas-pensamentos. Nas ruas flutuam quantidades inúmeráveis.
Caminhamos no meio deles.
Quando o homem momentâneamente fica com a mente vazia, os
pensamentos que lhe não pertencem o assaltam; em geral, porém, o
impressionam fracamente. Algumas vezes, todavia, um pensamento surge e
atrai a sua atenção de um modo particular. O homem comum apodera-se dele e
o considera como coisa própria, fortifica-o pela ação de sua própria força, e, por
fim, o expele em estado de ir afetar outra pessoa. O homem não é responsável
pelo pensamento que lhe atravessa a mente, porquanto pode não lhe pertencer.
Porém, torna-se responsável quando se apodera de um pensamento e o fixa em
si e depois o reenvia fortalecido.
A paisagem que pode ser vista por quem tem a capacidade de perceber é
tenebrosa, vou descrever pra vocês: muitos homens estão rodeados por uma
concha dessas formas pensamento negativas e com freqüência sentem a sua
pressão que aparentemente representa uma constante sugestão externa, mas
os pensamentos ruins são todos de sua própria criação.
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Quando o pensamento é mau, a própria pessoa que o gerou pode
considera-lo como obra de um demônio tentador, quando, de fato, essa pessoa
é o seu próprio tentador. Em geral pode-se dizer que cada pensamento produz
uma nova forma-pensamento. Porém, sob o império de certas circunstâncias e a
repetição constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova
forma, funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica.
De sorte que o assunto, através de continuada meditação gera, muitas
vezes, uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se
tornar mais maléfico e durar muitos anos. Formas-pensamento deste tipo
possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva. Podem ser
facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma forma e
um movimento que lembra um ser vivo.
Muitas religiões primitivas (xamanistas, umbandistas, espiritistas) falam a
respeito de tentações malignas ou maus espíritos ou ainda confundem com a
ação de espíritos desencarnados, muitas destas alegorias fazem parte da fé das
pessoas humildes, como sou um índio, vivo também limitado dentro do meu
mundo mágico, a sombra diz que o pensamento do homem é tão forte que o que
ele passar a acreditar assim será.
Caminhamos pelas ruas e vamos atravessando um oceano de
pensamentos negativos largados ao acaso por outras pessoas e os atraímos e
damos vitalidade e animação como se fossem parasitas, atraídos por nossas
vibrações mais baixas, pode-se ver melhor ao entardecer estes densos
aglomerados negativos seguindo para as cidades, a procura de energia vital.
O quadro mais tenebroso a meu ver são as crianças brancas tão novas e
já abrigam estes parasitas em suas auras. Inicialmente a partir de algo criado
pela mãe, controle através de sustos sucessivos dos mais variados tipos: “o
bicho - papão do escuro vem para pegar as crianças rebeldes”.
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Estes sustos aparentemente sem importância aliados aos filmes de terror
mais os problemas familiares comuns são os responsáveis pelo medo que se
fixa na mente humana, assim derivam os adultos neuróticos doentes e
depressivos.
As bolhas oleosas iniciais se juntam formando uma sombra de proporções
maiores e residente no corpo astral da pessoa, muitas crianças carregam a sua
sombra em seu corpo astral, ela sempre acompanha se movimentando um
pouco mais devagar que a criança, porém em certas ocasiões podem se
movimentar mais rapidamente ou imitar uma entidade furtiva se escondendo em
lugares escuros.
Quando a criança esta dormindo, algumas pessoas podem ver a sombra,
pairando, próximo a sua cabeceira como se estivesse velando seu hospedeiro
precioso, algumas crianças ao acordar de súbito podem vislumbrar a sombra
que se esconde rapidamente no escuro.
Algumas pessoas podem ver estas sombras em determinados momentos
e as confundem com espíritos desencarnados ou entidades mágicas,
frequentemente as batizam como: “monge” (por estar de hábito).
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Adolescentes drogaditos frequentemente em viagens induzidas pelo uso
das drogas descrevem terem visto ou conversado com suas sombras que se
escondem nos lugares mais escuros. A forma de pensamento negativa
(entidade) inicia a sua reprodução formando uma tríade por sobre a cabeça do
corpo astral do hospedeiro certas religiões dizem que a pessoa está com um
dragão ou serpente com três cabeças sobre a cabeça.
Apartir da tríade pode ocorrer duas situações: se forma um casúlo
hermético que prende a pessoa lá dentro, dificultando a comunicação e sem que
esta possa perceber estímulos vindos de fora, se reduz muito as capacidades
cognitivas da pessoa, deste ponto em diante a situação pode ficar bem difícil
com depressões constantes que levam ao suicídio. A própria pessoa tem que ter
força de vontade e reagir lá do interior.
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A sombra passa a ter um poder maior sobre a pessoa quando ela tem
filhos, pois o fio do espírito passa para o filho no momento do nascimento e a
pessoa fica vazia na altura do abdomen ficando um vazio mais escuro no corpo
astral, quando o buraco fica do lado esquerdo do estômago a criança é do
mesmo sexo se for do lado direito é de sexo diferente.
Se tiver dois filhos de sexos diferentes forma esta barra que separa o
corpo astral em duas partes ficando bem menos luminoso e mais sujeito a
influência da sombra. Existem vários meios da pessoa adquirir o fio do espírito
de volta ou remendar o buraco na luminosidade e voltar a ser uma pessoa astral
completa.
Diferente situação são aqueles que se adaptam e procuram benefícios
desta forma adquirido o carma negativo (Abrigando) dando guarida a estas
formas de pensamento, quando por vontade abrigamos e mantemos estas
formas para benefício próprio estamos iniciando o processo para a magia do
mal.
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Através de continuada repetição gera, muitas vezes, uma forma-
pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se tornar mais
maléfica e durar muitos anos.
Formas-pensamento deste tipo possuem a aparência e os poderes de uma
entidade realmente viva." Podem ser facilmente confundidas com outras
entidades astrais, pois possuemuma forma e um movimento que lembra uma
entidade viva.
Por parecer se tratar de uma mágica poderosa aos olhos de uma criança
pequena muitas pessoas inteligentes se tornam escravos das sombras por
vontade própria assim surgem os magos negros, que dizem ter feito um pacto
com as sombras, sim existe um exército das sombras se movimentando na
escuridão e dia após dia ele aumenta; o fim do universo é a morte térmica, é o
fim de toda a luz desta dimensão só restando a matéria escura. A luz é um
milagre único e momentâneo na imensidão cósmica.
A sombra pode ser controlada ou coagida a ajudar seu hospedeiro,
aprendendo alguns truques mágicos que parecem extremamente poderosos
para as crianças, mas, lhes asseguro que trata-se de uma ilusão momentânea,
pois o custo benefício desta situação não é calculado para o hospedeiro, toda
sua energia vital é perdida ou dissipada e a sombra assume uma forma mais
funcional. Apartir deste ponto não existe mais retorno e a simbiose não pode
mais ser desvinculada, para sempre a sombra seguirá atrelada ao seu mentor.
Um manto de escuridão e maldições paira sobre aquele que mecher com
as sombras. Pois desde a noite dos tempos o homem tem mergulhado na
sombra e intuído a luz para encontrar a verdade, e a verdade é que a vida é uma
sombra errante. As sombras se espreitam e reluzem no escuro por entre a fluída
noite, prontas para pegar mais um e transformar também em sombra. A
realidade é também uma sombra que com uma pequena porção de imaginação,
se vai para sempre nas asas da sombra da morte...
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Ainda existe tempo, quando estamos nas fases iniciais deste
sistema, os pensamentos negativos ainda podem ser transmutados ou
sofrer um processo de clareamento sempre em direção a luz. É um
processo parecido com a fotólise (influência da luz) a luz dissipa ou
quebra as sombras e transforma a obscuridade em luminosidade. A luz
violeta é a que mais se presta a este tipo de transformação.
As crianças que podem ver mais facilmente ao amanhecer a
forma pensamento positiva (em trasmutação) pairando próximo a cama
chamam de “ velho cinza”. Todos os tipos de sombras são formadas por
um pouco de luz difusa refletida pelo céu.
Após a fotólise com a chama violeta a sombra ainda pode sofrer
mais transformações sucessivas aumentando os índices de
luminosidade sempre em uma escala crescente.
A imaginação constitui o elemento de base da visualização,
faculdade impar que quando é utilizada para uma finalidade precisa e
com método, permite materializar a maior parte dos nossos desejos na
criação consciente de formas pensamento positivas.
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O primeiro passo é eliminar de nossos corpos e cérebros, toda
vibração desarmoniosa, precisamos afastá-las uma a uma, à medida
que ás descobrirmos. Todo ato, pensamento, emoção e medo
desnecessários precisam ser eliminados.
O caminho está dentro de nós, ninguém pode fazer-nos mal e
nem mesmo promover nosso progresso senão nós mesmos,
precisamos nos dar ao trabalho de prestar atenção aos mínimos
pensamentos, pois a forma – pensamento não só reage sobre o
pensador, mas tambem influência todos ao seu redor é preciso ter o
máximo cuidado com os pensamentos que nós nos permitimos
interiormente.
Incluindo as emoções, temos que nós esforçarmos muito para
dominar uma emoção, quando a sente surgir em si, a criança se deixa
subjugar por ela considerando - a coisa natural, é de seu interesse e
seu dever opor-se à sua invasão e antes de entregar-se a tal
sentimento, examinar se ele é ou não prejudicial a sua evolução e á do
próximo.
Em vez de deixar os seus pensamentos crescerem livremente,
como hervas daninhas deveria te-los sob domínio absoluto, exercite o
controle do seu pensamento, a mente não é o homem mas um
instrumento que o homem deve aprender a usar.
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Uma estratégia que sempre da certo é procurar jamais deixar a
mente vazia, não formar vácuo na mente, deste modo ocupar a mente
com vários projetos organizados em diferentes etapas de construção
testando diferentes hipóteses e chegando ao objetivo a longo prazo,
objetivos estes que visem o benefício de todos.
Existem, pensamentos elaborados intencionalmente com o fim de
auxiliar os outros. São peculiares aos benfeitores da humanidade.
Pensamentos vigorosos, dirigidos inteligentemente, podem constituir um
grande socorro para quem os recebe. São verdadeiros anjos da guarda;
protegem contra a impureza, a doença, a irritabilidade e o medo.
A sombra do início já não existe mais, se transformou em um
guardião de luz, saúde, vitalidade, vida e amor. Existe poder infinito
nestas palavras...
Índio sombra que surge
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Sombra
Na verdade, embora eu caminhe através do vale da Sombra…
Vós que me ledes por certo estais ainda entre os vivos; mas eu que
escrevo terei partido há muito para a região das sombras. Por que de
fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas,
e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas
humanas. E, ao serem lidas, alguém haverá que nelas não acredite,
alguém que delas duvide e, contudo, uns poucos encontrarão muitos
motivos de reflexão nos caracteres aqui gravados com estiletes de
ferro.
E mergulhando fundamente a vista nas profundezas do espelho
de ébano cantava em voz alta e sonorosa as canções do filho de Teios.
Mas, Pouco a pouco, minhas canções cessaram e seus ecos,
ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento,
tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se.
E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o
rumor das canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma
sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e se assemelha ao vulto
dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus,
nem a de qualquer outro ente conhecido.
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E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento,
mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta de ébano.
Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era sombra nem de
homem, nem de deus, de deus da Grécia, de deus da Caldéia, de deus
egípcio. E a sombra permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da
cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra alguma, mas ali
ficava parada e imutável.
Os pés do jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me
lembro, na porta sobre a qual a sombra repousava. Nós, porém, os sete
ali reunidos, tendo avistado a sombra no momento em que se
destacava dentre os reposteiros, não ousávamos olhá-la fixamente,
mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as profundezas do
espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas palavras
em voz baixa, indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento.
E a sombra respondeu: “Eu sou a SOMBRA e minha morada está
perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies
infernais que orlam o sujo canal de Caronte”. E então, todos sete,
erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos,
enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de
um só ser, mas de uma multidão de seres e, variando suas inflexões, de
sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se
fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos
milhares de amigos que a morteceifara.
(The Raven -1845) Edgar Allan Poe
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Eu sou... Não há outro. Para que se saiba desde o nascente do
sol, e desde o poente, não há outro. Eu formo a luz, e crio as sombras;
eu faço a paz, e crio o mal. Eu sou o Senhor, que faço todas estas
coisas (Isaías 45:7).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE II
“ABATALHA DAS SOMBRAS”
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O mundo mudou, todas as coisas mudam, mas o mundo do
homem branco muda muito rápido, o homem branco esquece rápido
demais, esquecer é como uma forma de proteção, a realidade pode ser
bem intolerante, mas com um pouco de coragem pode-se lembrar outra
vez; Neste momento eu (índio “sombra que surge”) estou sentado em
um penhasco, ao entardecer, com uma pequena fogueira crepitando,
aos poucos as sombras vão chegando ao meu lado, quando estamos
todos reunidos, lembramos em conjunto, lembrar é como sonhar, e
quando se sonha em conjunto , o sonho se reveste de realidade.
Neste momento eu visto a minha sombra, preciso me proteger,
para entrar no mundo da escuridão e ser aceito pelas sombras que
dominam esta região do escuro, o que pode ser mais uma iniciação
para um índio velho, apenas saltar do penhasco, despencando por
entre as rochas, percebo que meu corpo ainda esta sentado ao lado da
fogueira e é a minha sombra que carrega a minha conciência através do
sonho, para um outro tipo de realidade, além desta, iniciando uma
viagem mental rumo a registros esquecidos da “Batalha das sombras”.
Ao chegar ao fundo do penhasco encontrei um rio infinito, o
barqueiro já me esperava, as margens, Caronte é o barqueiro cego que
ruma para o inferno, ele ri , e diz: “-Jamais tinha visto alguem vestido
com a sua própria sombra. - Você deve ter muito medo, da escuridão. -
Deve estar sabendo sobre a “batalha das sombras” para vir camuflado
ao inferno...”
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Só quem morre uma segunda vez em vida, adquire a propriedade
de manipular sua sombra, e entrar em contato com as outras, deixar de
ser, é bem difícil para quem é ... muito apegado ao seu corpo material,
o guardião do portal do inferno Cérbero, não deve permitir a minha
entrada, mesmo vestido de sombra, pobre índio ignorante e burro, sem
pintura no rosto, quantas vezes foi lhe explicado que as palavras tem
poder, mesmo manejando bem as palavras, quando fala com uma
pessoa, você leva a luz ou trás a sombra, (sua voz tão calma e fria,
penetrou tão lentamente, congelou o meu orgulho, embaçou a , minha
mente).
No tribunal de justiça quando o sua cosciência for pesada e
medida, o que você pode dizer da sua alma? Tem certeza que quer
morrer índio velho? O que você fez da sua existência? Trouxe a luz ou
trouxe a sombra? Aos outros que estão ao seu lado, neste momento a
dúvida e o medo, assolam a existência, e uma retrospectiva completa e
assustadora da relidade tem início, eu sempre manejei bem as palavras
mas agora não sei o que dizer...
De repente acordo do lado da fogueira já apagada, as sombras já
se foram, apenas a minha permanece ela diz : “-Tem muitas coisas
ainda para eu te dizer, mas tu não pode suportar.” Por eu ter medo de
ouvir o que as sombras tem a dizer, sempre mudo a cada contato, elas
me causam aflição e medo, mas também trazem uma idéia de outras
realidades, sempre dizem que as sombras são sorrateiras e peritas na
arte de falsear e manipular o fracasso e o sucesso, seu poder aumenta
muito quando ocorre o entardecer, e elas se juntam formando uma
“Egrégora de sombras”.
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Mas é infinita a luz quando nasce o sol, carregamos a luz do sol
no brilho dos olhos, esta luz jamais se apaga, enquanto existir vida e
esperança na alquimia da transmutação, a noite mais escura (noite
negra) da existência pode ser transformada... Portanto sempre vai
existir esperança para a tua reintegração.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A eternidade do peregrino é como o piscar do olho da auto-
existência, as coisas do caminho são somente para quem caminha,
quando se esta despertando de seu sono, a luz encomoda, mas com o
tempo os olhos e o coração começam a se acostumar com a luz.; Como
escolher o caminho certo? -Se o caminho tiver um coração, é este o
caminho certo...
Os pensamentos são coisas e coisas muito poderosas é o que há
de mais poderoso na face da terra, todo o pensamento criado pela
mente humana é um poder mais ou menos considerável, conforme a
intensidade da força emitida, essas vibrações exercem a sua influência
sobre cada pessoa com quem nos relacionamos, ou que de nós se
aproxima. Por outro lado, os pensamentos de outras pessoas exercem
em nós, influência muito maior do que supomos.
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Quando alguem projeta intensamente um pensamento na direção
de um certo objeto, é sobretudo nesse ponto que a influência dessa
força mental se fará sentir. Todos os tipos de pensamentos emitidos, e
as suas consequentes vibrações, influênciam os outros com maior ou
menor intensidade, e de acordo com o esforço propulsivo que os move.
Assim podemos imaginar a intensidade de uma força gerada por um
grupo de pessoas, emitindo um mesmo pensamento com um
determinado propósito.
Quando um grupo se reúne com um propósito comum,
desenvolve o que comumente denominamos de consciência grupal,
todos os pensamentos individuais se reúnem ao pensamento coletivo
do grupo, formando uma cadeia ou corrente, que, misticamente é
considerada como algo maior do que os pensamentos individuais dos
seus integrantes, de um certo modo, podemos comparar isso com a
idéia de que o todo é maior que as partes que o compõem .
Na esfera do pensamento os opostos se repelem e os
semelhantes se atraem. Bons pensamentos atraem bons pensamentos,
enquanto maus pensamentos atrairão seus iguais. Por isso somos
orientados para mantermos sempre em mente pensamentos positivos
de paz, amor, harmonia e saúde. Assim fazendo, atrairemos
pensamentos similares, bem como, pessoas que vibram nessa faixa
superior.
O pensamento é como energia eletromagnética ele se acumula,
se organiza e se condensa podendo converter-se em algo que parece
ter vitalidade e existência própria , pode ser considerado um campo
energético vivo formado pela idéia que condensa a força do
pensamento daqueles que a emitiram, esta energia mental viva,
pulsante, vibrante, com existência própria, é o que chamamos de
egrégora.
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Egrégora é uma assembléia de personalidades terrestres e
supraterresres que constituem uma unidade hierarquizada e ativada
pela energia do pensamento, cristalização ou condensação particular da
divina essência, para uma finalidade definida, qual seja, a evolução e a
proteção individual e coletiva do ser humano.
A egrégora se realimenta das mesmas emoções que a criaram,
como energia pulsante, viva não quer morrer e cobra alimento dos seus
integrantes, induzindo-os a produzir repetidamente, as mesmas
emoções assim, a egrégora gerada por sentimentos de revolta e ódio,
exigirá de seus integrantes mais revolta e ódio. Quando os
pensamentos são vulgares egoistas, desarmônicos, vão nutrir correntes
mentais semelhantes, prejudicando outros seres. Como no estágio
evolutivo atual da humanidade predominam mais sentimentos e idéias
más do que boas, entende-seo porquê de determinadas pessoas mais
sensíveis, não se sentirem bem em aglomerações, onde a tônica é
constituída de sensações fúteis, mesquinhas, maledicentes,
intolerantes, de recentimentos e exclusivistas.
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Em contrapartida, a egrégora criada com intensões nobres, tende
a induzir seus membros a continuarem agindo com nobreza e dignidade
em todas as suas atitudes, o sentimento de bem estar, leveza, calma e
paz interior, é o que predomina neste tipo superior de coletividade. Os
bons pensamentos dão origem a bons atos. Estes vão se tornando em
hábitos, fortalecendo o caráter e refinando os sentimentos de todos os
seus integrantes, a mente possui força criadora que deve ser educada e
dirigida, como instrumento útil sob o comando do eu superior.
O pensamento é uma espécie de vibração e, a vibração é energia,
e a energia, matéria. Por isso, é cientificamente correto afirmar que os
pensamentos são “coisas”, pois a vibração de pensamento é energia e
a energia realidade.
A ciência proporcionou comprovação sobre os ensinamentos dos
antigos místicos de que tudo, no Universo, encontra-se em constante
movimento e se manifesta por meio de graus variados e constantes e,
de freqüências vibratórias. Conseqüentemente, a vibração cósmica,
também, ela está sujeita a alterações nos índices de vibração, por força
dos pensamentos de muitos.
Precisamos que todos vibrem na mesma escala. As vibrações se
transformam em impulsos significativos, capazes de produzir imagens
mentais de fatos e o que desejamos vai nos proporcionar mais meios de
ajudarmos aos outros. Existem pensamentos elaborados
intensionalmente por egrégoras poderosas com a finalidade de auxiliar
os outros, são pensamentos vigorosos, dirigidos de forma inteligente,
são condensados na forma de guardiões, com o objetivo de proteger e
curar os peregrinos no caminho da luz maior...
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Livro das Sombras – Todo estudante sincero deverá ter, uma espécie
de “diário mágico” onde registrará todos os seus conhecimentos,
lembranças e descobertas no ramo do misticismo mágico. Quando o
estudante sofre a transição, seu livro ou é entregue aos familiares ou é
escondido ou queimado, para resguardar os segredos da arte mágica.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE III
“SEGREDO DAS SOMBRAS”
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A sombra me fala que o rei dos pássaros viria ter comigo, e que o
grande espírito me acompanharia através da grande batalha, e diz que
no mundo racional temos que raciocinar, e no mundo irraciocinal temos
que agir irracionalmente, a pena da águia já está no meu braço, agora
só falta coragem para pular no abismo, nos braços do grande espírito....
O homem branco encara seu mundo como um quebra – cabeças
totalmente fragmentado de sentido, estudando minuciosamente suas
diferentes partes separadas em diferentes unidades com suas
respectivas funções lógicas, perde a visão do todo e o drama da
iluminação, a beleza verdadeira está na soma de todas as partes e de
como elas se relacionam harmonicamente entre si, percebemos então,
que perceber (sentir) é o único objetivo para a existência do homem, o
homem é o coração desta dimensão, neste sentido os índios levam
vantagem...
Existem váriadas formas de um índio velho voltar a lembrar do
passado, pode-se sonhar alto e forte acometido de febres da floresta,
podemos encontrar alguns aliados para nos ajudar a sonhar, mas na
arte de lembrar através de sonhos nada melhor que conversar com a a
sua própria sombra em um entardecer onde somos levados até o portal
dos sonhos, descendo pouco a pouco a escadaria, degrau por degrau
da escala da consciencia e entrando em contato com um universo
interior infinito, a máquina do tempo da alma “os registros Akáshicos”.
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O caminho para chegar até o portal dos sonhos é guardado por
um exército de sombras eternas e perfiladas, é intransponível a
passagem, a única forma que encontrei foi me fazendo passar tambem
por sombra, este processo de ilusão, causou – me alterações de
percepção tão grandes, que, não sei mais se ainda sou um ser vivente
ou uma sombra errante, a ilusão foi por assim dizer perfeita e atingiu o
seu objetivo imediato, que era atravessar o portal dos sonhos e chegar
nos registros esquecidos.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A tempos, nas terras altas, a neblina densa assistia uma batalha
sombria, dois clâs lutavam pelo controle das terras, ao norte do
território, as espadas resplandeciam como relâmpagos em meio a
tempestade e o samgue encharcou a floresta de pinheiros.
Os homens do clâ Baddock, destruiram o clâ McMorn, porém um
grupo ainda resistia, seu lider, levou os sobreviventes que restaram
para as ruínas do velho castelo no alto da colina, cercado pelo lago
negro, onde encontrariam um breve refúgio, devido a certas lendas
antigas, contavam que o lugar era lar de um monstro enorme.
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Os homens do clâ Baddock eram supersticiosos e não seguiriam
no ataque ao castelo, Baddock pediu ajuda a um antigo druída, que
ensinou uma magia para despertar o monstro do lago, em troca de ouro
puro, a magia consistia em tocar um certo acorde de gaita-de-foles a
meia noite, na margem do lago, Baddock assim procedeu.
O monstro acordou e destruiu a muralha externa do castelo dos
McMorn, estes em sua defesa usaram catapultas, flechas e óleo
fervente, praticamente nada adiantou, quando não existia mais
esperança, o ancião do clâ McMorn falou: - O unico jeito de deter o
monstro é “cortando sua cabeça, com uma espada embebida em úrzes
silvestres”.
Então, um guerreiro do clâ McMorn, afiou sua espada nas pedras
passou sobre as úrzes e foi lutar, contra o dragão monstruoso, subindo
na torre mais alta do castelo, desferiu um golpe, que cortou a coluna
vertebral do monstro, a chuva fina se misturava com o sangue verde da
criatura morta aos pés da muralha do castelo.
O jovem McMorn foi aclamado como herói e logo partiu atrás de
Baddock, trazendo sua cabeça em um estandarte, os sobreviventes se
unificaram, sob suas ordens e este fato marcou o controle das terras
altas do norte pelo clâ McMorn, ainda hoje o brasão da família McMorn,
é um dragão atravessado por uma espada, muitas lendas ainda são
contadas, mas, hoje em dia, não se toca gaita-de-foles a meia noite, as
margens de lagos nas terras altas.
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Em contrapartida, toda alegoria sempre encontra simbolismos
dentro da consciência de uma pessoa, em um universo onde
praticamente tudo está em mudança, porém, o conceito de Deus, para
o homem, é algo de muito arraigado e tradicional, tanto quanto as
organizações que intermediam a relação do homem com Deus, de
forma reducionista ou de forma generalista o ser humano não tem saída
ao tentar entender as emanações da sua própria divindade.
A busca do autoconhecimento é algo pessoal, particular e
intransferível, e ao mesmo tempo um objetivo de toda a matéria
cósmica do universo em todas as dimensões de existência, nas
palavras das próprias sombras: “Praticamente tudo neste mundo são
sombras, a luz é apenas uma sombra altamente clareada pela chama
da transmutação alquimica...
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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O Olho de Hórus era um amuleto muito usado, pois seu olhar era
considerado mágico, tendo o olho direito ou Olho de Rá (representa o
sol) o poder de curar, de neutralizar o mal, de ler os pensamentos, de
ver o futuro, de materializar os desejos; Pretendiam os que o usavam
que ele trouxesse as bênçãos: de força, vigor, proteção, segurança e
saúde. Essa convicção era tão forte que esse olho foi venerado e ainda
em nossos dias é conhecido como símbolo da onisciência (Livro Egípcio
dos Mortos - 2000 a.C.).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE IV
“A ÁRVORE DA VIDA”
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Um animal de poder é um importante aliado para a vitória em um
combate com as sombras, é o animal de poder que escolhe o xamã,
através de sonhos repetitivos e simbólicos, é um processo pessoal e
que leva tempo, o estudo e o conhecimento do animal de poder leva ao
controle de certos poderes únicos e pessoais que este tipo de relação
trás, tal como uma projeção de ilusões, só que com um impacto no
mundo real.
A projeção é a etapa final da transmutação, onde o metal vil é
transformado em ouro puro, ou em termos espirituais a alma se torna
una com o princípio divino e a essência imortal do homem volta para o
lugar de onde veio.
Todo índio velho sabe que no centro da floresta existe uma árvore
bem antiga, a árvore da vida, esta árvore é formada por dez emanações
a essência de todas é a mesma (ser supremo), mas cada uma possui
uma propriedade particular. A essência é universal, o que muda é a
emanação. Essas emanações se manifestam em quatro diferentes
planos interconectando em camadas cada vez mais densas,
expressando os degraus da escada das formas vivas.
O eterno círculo de transmutações geraria a natureza e o próprio
homem, que também seria constituído pela vida e pela luz
transformadas em alma e intelecto. “A mudança dos corpos em luz e da
luz em corpos, esta perfeitamente de acordo com as leis da natureza,
pois a natureza parece encantada com a transmutação”.
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A egrégora das sombras mostra a origem do conceito de
transmutação e a sua função básica na arquitetura do universo, sendo
apenas questão de conceitos que são sinônimos (transmutação,
mutação, evolução, reintegração).
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A origem da transmutação remonta o período pré-dinástico
egípcio (3.000 a.C.) marcado pela observação do mundo natural, do
crescimento de todas as coisas vivas, da maturação e decadências
graduais.
O fluxo constante de transformação e mudanças graduais é
relacionado com as enchentes periódicas do rio Nilo, que deixam as
margens do rio repleto de húmus negro, na língua egípcia “Khemi”
(negro), o que lembra o nigredo alquímico e o processo de renovação.
A base da alquimia egípcia era o culto aos deuses (Mítica -
Politeísta) e o culto aos mortos (Decomposição e Mumificação)
objetivando a imortalidade e a divinização dos mortos.
Na religião Atoniana, “culto ao deus Aton” (1348 a.C.) cuja
simbologia era o círculo do sol ou disco solar (1° hieróglifo) era regido
pela lei da serpente, a lei das metamorfoses incessantes.
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Na realidade Aton, não se exprime pelo disco solar, mas pelo
globo do olho do sol, é no olho sagrado que se encontra a medida de
todas as coisas e o segredo de todas as construções vivas, quando
Aton assume a forma do olho do sol, detém a chave da harmonia
universal, e o homem, para compreender a sua sabedoria, deve abrir
seu olho interior. Vários autores atribuem o “culto a Aton” como o início
do monoteísmo e do conceito de ser supremo e único.
Os egípcios acreditavam que o ouro era o sol trazido à terra e,
portanto sagrado, tendo nascido do deus sol (heliolatria – culto ao sol) e
o seu movimento gradual pelo céu e a relação dos outros astros com os
metais culminam na transmutação dos elementos alquímicos em um
momento astral favorável (Kairos), segredo revelado pela deusa Ísis
que obteve, de um anjo a técnica de transmutação dos metais.
Na mítica egípcia o amuleto do escaravelho era o símbolo do
deus Khepera (aquele que rola), o deus da ressurreição, o poder
invisível da criação, que impulsionava o sol através do céu. O fato de o
inseto voar durante a parte mais quente do dia fez com que este, fosse
identificado com o sol, o escaravelho era considerado o protetor do
coração das múmias e da força vital.
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O olho de Rá era o símbolo da casa da vida, onde se estudava
medicina, e o escaravelho era o símbolo da casa da morte, onde se
estudava a decomposição a taxidermia e a mumificação, ainda crianças
os neófitos eram escolhidos durante a iniciação, para ambas as casas,
através de aruspicia (leitura das vísceras de um animal de poder
sacrificado).
A casta dos sacerdotes egípcios, mais poderosa e privilegiada
eram os aruspíces, estes escolhiam os outros e eram escolhidos
somente por Rá, quando ainda bebês, tinham o olho esquerdo
totalmente cego, marcado, vazado e ferido ou horrivelmente deformado
pelos próprios pais, além de estimular a visão clara, a prática era um
ritual de proteção contra o poder maléfico do mau – olhado.
Os sacerdotes egípcios aruspíces, responsáveis pela ritualística
nos templos e pelas decisões mais importantes eram uma casta de
sacerdotes deficientes visuais, portadores de baixa visão ou visão
subnormal.
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Se o pensamento pode chegar até o céu, deixem-no lá morar,
pois se o pensamento receber medo, terror e poder de descer ao
inferno; a desolação e a escuridão de tua mente, desconcertam e
fustigam a moradia que tu deixaste para trás.
Observem a linguagem técnica: "Coloca o teu crisol sob a luz
polarizada, ó meu Filho! Lava as escórias com água tri destilada!"
(pensamento alquímico).
Algumas pessoas podem ver, o que já foi, outras o que é, e
algumas especiais podem ver o que será... E elas podem alterar o que
será? Com seus atos de bondade e piedade podem governar o destino
de muitos.
Quem tem o dom da profecia, sofre da síndrome de Cassandra, é
a maldição de não ser capaz de alterar suas predições negativas, não
sendo capaz de convencer as pessoas dos infortúnios prestes a
acontecer em suas vidas.
Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os
olhos a luz do corpo, se teu olhar é são, todo o teu corpo será
luminoso, se porém, os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo
será sombras, portanto, caso a luz que existe em ti sejam sombras,
como estas sombras podem ser profundas (Mt 6: 23).
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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A Bruxaria é uma religião de origem Xamânica e forte tradição
mágica, Xamanismo e Magia são técnicas espirituais antigas, obtidas a
partir de uma revelação cosmológica pessoal em linguagem simbólica,
se entendida, abriria as portas dos segredos da natureza e do universo.
Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos
povos primitivos, que observavam maravilhados uma mulher dando a
luz a uma criança, portanto todo o universo deveria ter sido criado por
uma grande mãe. Entre os egípcios, era chamada de Nuit, a noite
eterna. “Eu sou o que é, o que será e o quefoi.” Entretanto ela não era
apenas fonte de vida, como também senhora da morte, a noite negra.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE V
“ADeusa Mãe”
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De tempos em tempos todos os xamãs das tribos se encontram
para um combate espiritual, onde os competidores devem trazer seus
aliados, suas plantas de poder e seus objetos mágicos para um
combate único, “brujos” e “brujas” se encontram para uma convenção
(coven).
Os chamados “diableros” levam vantagem por possuírem as
sombras como aliados, estas formam escudos impenetráveis, mas
como toda competição mágica tem seu princípio na destruição espiritual
de seu adversário, é muito difícil sair de um combate sem cicatrizes
profundas, os escudos de sombras são tão impenetráveis que impedem
até mesmo a própria evolução do “brujo”.
É muito importante ser um guerreiro completo para poder competir
sem medo da destruição, ser completo é ter uma aura de energia
formando um escudo que envolve completamente o corpo do guerreiro
a busca por ser completo depende unicamente de si mesmo, pois o
“brujo” nunca sabe se é realmente um ser completo.
A bruma da manhã se dissipa, no local escolhido vários
competidores “brujos” já com o corpo pintado aguardam, muitos
aprendizes assistem o embate espiritual, o fogo já está aceso, o
mediador da competição avisa que maldições mortais são de
responsabilidade única dos competidores.
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A competição inicia com a dança dos guerreiros no centro do local
escolhido, a dança tem objetivo de atrair para o local do embate o
(aliado) “o animal de poder” do “brujo”. Entre povos que dependem da
caça, o culto ao Deus dos animais é de grande importância para os
caçadores e suas famílias, ele promove a boa sorte nas caçadas e nas
guerras.
Quando chegou a hora do meu combate, algo estava errado pois,
não tive sucesso em minha dança de guerreiro, meu aliado não
apareceu para a batalha, fui ferido mortalmente em combate, meu
espírito me abandonou, meu corpo ficou em coma por meses seguidos,
concluí que eu não era um ser completo.
Os xamãs mais velhos cuidam do meu corpo inerte e empregam
uma cantoria ritual para meu espírito encontrá-lo novamente, existem
vários níveis de consciência, em estado de coma profundo a minha
consciência, ligada ao corpo por uma fita branca (corda) o acompanha
por um tempo, depois perde o interesse e é atraída pelas sombras.
Sempre tive dúvidas sobre de onde vêm as almas, chegou o
momento das sombras ensinarem a ver, percebi que as mulheres não
criam, mas procriam a vida, e o nascimento constitui na verdade de um
renascimento, pois corresponde a um retorno, de uma alma que já viveu
antes.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Nenhuma origem de vida espiritual sobrepuja a do homem, pois
não existe, nenhuma criatura mais antiga, na natureza, somos mais
antigos que as rochas e nossa vida corporal é, em muitos casos, uma
vida de privação e lutas.
A alma que habita o éter, depois de certo tempo, desce em
direção a uma região por ela escolhida, escolhendo a família, no final do
terceiro mês de gravidez, já acompanha a mãe, o nascimento é um
momento penoso para a alma, pois corresponde a uma forma de
aprisionamento, ela deixa seu estado espiritual para se introduzir num
corpo material que está sujeito às contingências terrestres.
A alma flutua ao redor da mãe, como uma luz difusa ou uma
forma enevoada praticamente invisível, na verdade é uma sombra em
transmutação na direção da luz maior, ela é guiada pelo modo como a
mãe havia se preparado para recebê-la (vibrações da mãe).
Os antigos mestres acreditavam que se a mãe tinha mantido
pensamentos puros, construtivos e positivos durante toda a preparação
do corpo que ia nascer atraía uma alma mais adequada, pura e
evoluída ao seu filho, assim a mãe participava da evolução.
Do contrário, pensamentos baixos principalmente medo,
asseguram um carma negativo e pesado chamado maldição do
nascimento esta é a origem do chamado maleficium, a maior parte das
pessoas atravessa a vida sem saber sobre sua origem ou sobre os
fatos a cerca de seu nascimento.
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Na verdade a alma tem grande curiosidade pela matéria e por
conhecimento, esta volta é na verdade mais uma chance para,
aperfeiçoar-se pela provação e purificar-se na dor, uma alma celestial
numa efígie terrena, uma imortalidade que vem se mortificar
No momento da primeira inalação ocorre o sopro da vida, a alma
perde a lembrança do que já vivenciou e esquece a trama de suas vidas
passadas. A visão das coisas se estreita consideravelmente, é com
tristeza que se volta para o corpo físico, pois no estado espiritual tem
um sentimento de paz e liberdade.
A mãe, portanto não é a única a sofrer, a alma quando penetra no
corpo por ela escolhido, sofre a primeira prova de sua vida terrena, é
um sentimento de defasagem entre o estado espiritual e a condição
limitada que vivencia ao penetrar no seu novo veículo material.
É difícil explicar este sentimento por meio de palavras, podemos
compará-lo à sensação que temos quando somos bruscamente
acordados no meio de um sonho, deixa uma sensação desagradável
durante alguns minutos, paralela a esta impressão, ocorre uma tristeza
por ter deixado o mundo espiritual.
Durante toda nossa existência terrena, essa tristeza permanece a
certo nível do nosso subconsciente e se transforma em uma saudade
que nos impele inconscientemente a buscar nossa identidade real ou,
quem sabe, a querer compreender de onde viemos e para onde iremos.
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Isso constitui o impulso básico das aspirações místicas que todo
indivíduo sente em determinado momento da sua evolução.
A maldição do nascimento, onde se está vinculado à mãe, na
altura do umbigo é a ligação é o ponto mais frágil da teia de energia que
envolve o corpo, é o buraco no escudo é a origem do maleficium, de
muitas formas de mal é onde devemos buscar a resposta para a
construção de um guerreiro completo.
As sombras dizem que já é hora de voltar, meu corpo me espera e
ele não vai esperar por mais tempo, a fita branca pode se partir, conclui
que todos somos guerreiros incompletos buscando a perfeição.
Não existe uma proteção perfeita, um escudo perpétuo, um casulo
hermético, estas coisas são alegorias em um mundo em perpétua
transmutação.
Portanto meu aliado obedeceu à dança do guerreiro e veio ter
comigo, meu aliado são as sombras, meu adversário na competição o
outro guerreio xamã, não fez nada, ficou perplexo olhando a minha
queda.
Cai nos braços de uma mulher, a mãe do mundo, a mãe das
sombras, a mãe das almas, de repente em um vislumbre entendi o
mecanismo do grande espírito: “Se o pensamento pode chegar ao
paraíso, deixem-no lá morar, se o pensamento receber medo, terror e
poder de descer ao inferno; a desolação e as sombras da tua mente
desconcertam e fustigam a moradia que tu deixaste para trás.”
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Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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A morte é feminina, mesmo tendo variadas formas sempre será a
senhora da morte, a noite negra, é uma fase na qual tudo entra em
desarmonia,parece que afundamos num abismo sem fim. Perdemos o
mais importante ou perdemos tudo ao mesmo tempo. É o momento em
que perdemos até a fé em tudo e em todos. Pois os caminhos parecem
fechar-se e nos sentimos acuados. Tomados por medos e terrores
imaginários ou reais.
É chamada de Noite por não se revelar completamente, por ser
um momento em que não conseguimos enxergar as coisas de forma
clara. Negra, pois adentramos nas trevas, as sombras não atingem
somente o ego, mas o mais profundo de nosso ser (a alma).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VI
“Noite Negra”
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Adentramos nas sombras e conhecemos as masmorras onde
permanecemos acorrentados por um tempo. Tempo suficiente para
acabar com nossas crenças e filosofias. Passamos a conhecer a parte
de nós que se escondia por traz de nossas faces generosas. Como se
deparássemos com nossos demônios internos em forma de grandes
dragões.
A Noite passa a ser iluminada pelo fogo de um inferno interior,
onde o mal ganha espaço na revolta que cresce dentro de nós.
Reagimos a tudo e a todos, passamos a não acreditar que um dia
voltaremos a ver o Sol.
O sol de nossas vidas, passando a habitar os reinos inferiores da
depressão, da falência, do desespero, da raiva passiva, que se instalam
como emoções sem nome. A Noite Negra é o mais duro teste de
nossas vidas, é o fogo lançado pelos dragões de nossa existência. É o
apego a matéria, o bloqueio da desintegração (transmutação).
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O xamã da tribo passa a ser considerado poderoso, quando
encontra seu verdadeiro nome índio, isso ocorre depois que ele morre
uma segunda vez, a segunda morte é algo terrível para um índio, pois
este fica preso ao seu corpo em decomposição e assiste sem nada
poder fazer os vermes corroerem seu corpo, inerte, até não restar mais
veículo algum.
O encontro de um índio com a noite negra é histórico e inédito
pois o beijo da morte é algo contado e recontado a muito tempo ao pé
das fogueiras: -“A sombra da morte sempre acompanha, vem se
aproximando pela esquerda e toca seu ombro, quando você se volta
ocorre o beijo gélido.”
Parece ser o fim, para um índio velho, mas na verdade é o início
de um pesadelo ainda pior, é uma aula completa de desintegração,
decomposição, tendo como experiência prática a observação em
primeiro plano da lenta destruição de seu próprio corpo.
O xamã, procedendo desta forma, pode ver, e saber quando a
morte se aproxima para o encontro final, portanto sabendo o momento
exato, não se preocupa com o medo, e usa a sombra da morte como
aliada, pois esta é sua única amiga nos momentos de solidão total, está
sombra nunca vai se afastar, seguindo sempre ao seu lado neste plano.
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A analogia é bem simples, estando uma vez em batalha, um
condutor avança em uma carroça atrelada ao seu melhor cavalo, o ser
inteiro se compõem do corpo físico, do envoltório plástico e da alma.
O condutor é a alma, a carroça é o corpo físico e o cavalo o
envoltório plástico. Se a carroça quebra, o condutor ainda pode montar
no cavalo e continuar sua jornada. É o que acontece na morte.
É óbvio que a carroça (corpo físico) tem sua função, mas trata-se
apenas de um veículo momentâneo para o condutor, é um erro quando
o cavaleiro pega o cavalo, que é colocado atrelado na carroça, e esta
dirige as ações do cavalo aí está uma concepção materialista, na
verdade é o condutor (alma) que deve conduzir e não a carroça.
Assim o cavaleiro cavalga até que seu cavalo fique velho e
fatigado. Depois disso o cavaleiro deve continuar a pé, com a sua
armadura e o escudo até encontrar sua espada e receber o velho
código de conduta:
- Um cavaleiro jura bravura.
- Seu coração só tem virtudes.
- Sua espada defende o oprimido.
- Seu poder apóia os fracos.
- Sua palavra só fala a verdade.
- Sua fúria destrói a maldade.
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Durante o renascimento o criacionismo era a idéia predominante
para explicar a origem e a biodiversidade da vida, com a revolução
francesa reduz-se a autoridade do rei e da igreja, nos países europeus
o que possibilitou o ressurgimento e a divulgação de teorias
consideradas hereges.
Ao longo dos séculos, XVIII e XIX, outras interpretações
ganhavam adeptos, uma delas chamada de Vitalogia ou Vitalismo,
caracterizada por postular a existência de uma força ou impulso vital
sem a qual a vida não poderia ser explicada. Trata-se de uma força
específica, distinta da energia estudada pela Física e outras ciências
naturais, que atuando sobre a matéria organizada daria como resultado
a vida.
Esta postura opõe-se às explicações mecanicistas que
apresentam a vida como fruto da auto-organização dos sistemas
materiais que lhe servem de base. Para os mecanicistas seres vivos
eram sistemas mecânicos bastante complexos, mas que em essência
não se distinguiam dos demais sistemas do universo, e a chave do
desenrolar da vida estava no desvendamento de como funcionam estes
sistemas reduzindo-os a unidades básicas.
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Uma das características principais dos organismos vivos é que
são distintos das entidades inertes por possuírem um ciclo vital dividido
em 4 partes básicas (nascimento: crescimento: reprodução: morte).
Os vitalistas estabelecem uma fronteira clara entre o mundo vivo e
o inerte. A morte, diferente da interpretação dada pela ciência, não seria
efeito da deterioração da organização do sistema (perda do equilíbrio –
Entropia), mas o resultado da perda do impulso ou força vital ou da sua
separação do corpo material.
Assim a desintegração ou decomposição da matéria resulta do fim
das atividades das forças coesivas. As formas da matéria só estão
sujeitas a decomposição porque a força vital ao se retirar abandona a
matéria ás suas condições caóticas.
Imagine que prótons possuem cargas elétricas de sinais iguais e,
portanto, se repelem como essas partículas se mantêm estáveis no
núcleo de um átomo? As forças de coesão nuclear foram propostas
primeiramente com base em vários modelos integrantes da chamada
"cola nuclear".
Os modelos atômicos mais recentes explicam que a força forte
mediada por partículas chamadas glúons (glue=cola) atua ao nível
atômico mantendo o núcleo coeso, mantendo a união pois, a força forte
é mais forte que a força eletromagnética de repulsão. Equilibrando por
sua vez, toda a estrutura da matéria, sem essas condições tudo de
divide e se destrói sob nossos olhos.
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Essa união enfraquece se o átomo for muito grande ou muito
velho (meia-vida) tornando-se instável perdendo partes, processo
chamado de desintegração radioativa. A estabilidade da matéria é uma
ilusão em nosso universo, devido a entropia (3° lei da termodinâmica).
No mundo da física a vida nos é apresentada como um diagrama
de sombra, a sombra do meu cotovelo se apóia na sombra da mesa,
assim como a sombra da tinta corre sobre a sombra se um papel. Nada
na terra é real. Há somente aparências.
A vida é uma sombra errante. E assim como a ilusória realidade
de tal visão de desvaneceu, hão do mesmo modo, de esvaírem-se as
torres que se elevam às nuvens, os palácios soberbos, os templos e até
o próprio globo com o quanto nele existe.Nós somos feitos do mesmo estofo dos sonhos, e a nossa vida
está envolta num sonho. Não devemos considerar unicamente a morte
temporal e a decomposição do corpo, mas também a morte eterna a
morte da alma.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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No papiro antigo chamado “A profetiza Ísis para seu filho”. Ísis
revela como obteve de um anjo o segredo da transmutação alquímica e
da obtenção do ouro alquímico através da união dos opostos, no
momento favorável.
O lema escrito no portal do Oráculo de Delfos (ãí ù èé óåáõôï í )
“Conhece-te a ti mesmo”. Esta incompleto e poucas pessoas sabem
que a frase inteira é uma pergunta e uma resposta: Conhece-te a ti
mesmo e conhecerás o universo e os deuses. Mas como vou conhecer
a mim mesmo? Entrando em contato com o mensageiro.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VII
“Mensageiro”
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Introdução
O grande xamã sabe que cedo ou tarde teria que empreender
uma grande jornada em busca do conhecimento, encontrando um
caminho de poder, atravessando, desertos e florestas imensas em
busca do grande espírito, o xamã sabe que sem a ajuda das forças
superiores (aliados) jamais retornaria com vida desta demanda.
Um dia cheio de coragem, munido de uma tocha e um bastão
afundou-se na parte mais densa da floresta. Passaram-se muitos dias e
noites e avistou uma clareira e achou um caminho, o caminho até a
morada dos deuses.
Para compreender a linguagem do caminho é necessário uma
viagem semelhante, uma tocha, um bastão, um homem de vontade e a
ajuda de forças superiores (aliados). Para chegar ao “outro lado” é
preciso caminhar dias e noites, afundar-se no bosque e conhecer seus
obstáculos.
O caminho é cheio de esfinges, anagramas e códigos, as árvores
tornam-se enigmas, a matéria é única e está por toda parte, conhecida
de todos e por todos desconhecida. Os pássaros transformaram-se em
estranhos alfabetos.
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Antigos construtores e outros que outrora cruzaram este caminho
de poder deixaram escritos nele suas contribuições pessoais. Escrita
falada desenhada ou moldada, na linguagem do bosque, linguagem
verde não mostra, ela revela, é alegórica e teatral, porque seus atores
personificam o inanimado, como o sonhador imita a realidade ou a
criança vive a fantasia.
Inscrições rupestres em pedras cravadas no solo estão presentes
por todo o caminho, círculos de pedra, obeliscos, estátuas, portais e
ruínas de castelos medievais.
Mestres de luz e sabedoria têm passagens através da terra em
todas as direções, compreendendo a estrutura da matéria, não sentiria
que isso é algo tão incrível, pois os mestres ao caminhar usam certos
raios e deixam à abertura atrás deles e o caminho permanece, são
grandes seres que fizeram brilhar os caminhos para a humanidade até
a luz.
Por isso a linguagem do caminho é chamada a linguagem do
coração, linguagem muda a linguagem dos anjos, ela pode ser
meticulosamente estudada, mas sua chave é recebida somente quando
procurada com vontade, as coisas do caminho são somente para quem
caminha.
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Existem quatro caminhos de grande importância para os homens
que buscam a fé: caminho de Jerusalém, caminho de Roma, e o
caminho de Santiago.
O caminho de Roma, é a via que leva ao túmulo de São Pedro,
são assim chamados romeiros, o caminho de Jerusalém, é a via que
leva ao túmulo de Jesus Cristo (Santo Sepulcro), são chamados
palmeiros, e o caminho de Santiago ou rota Jacobea, é a via que leva
ao túmulo do apóstolo Tiago, são chamados peregrinos.
Após a primeira cruzada, a Igreja percebeu a necessidade de
fundar ordens de monges militares, eram cavaleiros encarregados da
segurança dos peregrinos, contra saqueadores e assaltantes, com o
objetivo único de manter os caminhos da fé abertos a todos.
Para defender o caminho de Jerusalém, o Papa Honório II,
autorgou a condição de ordem em 1127, “A ordem dos pobres
cavaleiros de Cristo”, concedendo um hábito branco com uma cruz
templária vermelha no peito, os membros fizeram votos de pobreza
pessoal, obediência e castidade. A ordem desenvolveu uma estrutura
básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes,
soldados e burgueses, passaram a se chamar “Cavaleiros templários”
inicialmente o seu sustento provinha de doações dos nobres.
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Para a defesa da peregrinação no caminho de Santiago, o Papa
Honório III, juntamente com a ajuda de doações de nobres espanhóis,
autorgou em 1170, “A ordem de Santiago da espada” originada da
necessidade de proteger os peregrinos que se dirigiam ao túmulo de
Santiago, com o objetivo de auxiliar os pobres e fazer guerra aos
muçulmanos, concedeu um hábito branco e uma cruz espatária ou
espada crucífera como símbolo da ordem.
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Durante um período de quase dois séculos, as Ordens de
cavaleiros foram a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas
atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados
templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos
cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam
povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos,
alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e
intervinham na política européia.
Construíram uma rede de castelos e fortalezas pelas vias dos
quatro caminhos, todas elas eram interligadas por mensageiros
especializados, as mensagens eram enviadas em códigos postais com
selos e carimbos. Houve até mesmo a criação de um sistema
semelhante ao dos bancos monetários atuais.
Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu
dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em
qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação
de saqueadores.
Mantendo uma força de mais de cinco mil cavaleiros combatentes,
além dos 20 mil em funções não-militares e de 100 mil dependentes e
auxiliares. O ingresso nas Ordens era muito procurado, sobretudo pelos
nobres e pessoas que desejam dedicar suas vidas à ciência, além de
aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática.
Sua força armada é principalmente uma plataforma de testes para o
desenvolvimento de novas tecnologias militares.
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Mesmo cavaleiros combatentes tendem a ter sólidos
conhecimentos de física e química, além de engenharia militar. Entre os
não-combatentes há também astrônomos, historiadores e professores.
Com o passar do tempo desenvolveram uma ritualística particular
independente, o poder dos “Cavaleiros” tornou-se maior que a
Monarquia e a Igreja.
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Os combates eram sempre freqüentes e na juventude temos
muita coragem pra combater, mas ainda não sabemos lutar. Depois de
muito esforço aprendemos a lutar, mas já não temos mais coragem
para combater. Imensa alegria esta no coração de quem está lutando,
porque para os guerreiros não importa nem a vitória e nem a derrota,
importa apenas combater e por conta do medo, e da falta de
adversários à altura nos voltamos contra nóse combatemos a nós
mesmos, passamos a ser nosso pior inimigo.
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Existem duas forças espirituais bem próximas de um guerreiro
estas forças têm entre elas uma relação própria e pessoal (o anjo e o
mensageiro). O anjo é a sua armadura e o mensageiro é a sua espada,
uma armadura protege em qualquer circunstância, mas uma espada
pode cair em meio ao combate, matar um amigo ou voltar-se contra o
próprio dono. “Uma espada serve para quase tudo, menos para sentar-
se em cima dela.”
O anjo guardião protege e não existe necessidade de uma
invocação direta, o mensageiro também é um anjo e é responsável pela
ligação entre você e as esferas superiores e inferiores, é uma força livre
e rebelde, representado por Hermes (o mensageiro dos deuses).
Quando o deixamos solto sua tendência é dissipar-se, quando
mandamos embora perdemos ensinamentos importantes, quando
ficamos fascinados pelo seu poder, ele nos afasta do combate.
Quando ainda não reconhecemos o mensageiro ele costuma
manifestar-se na pessoa mais próxima, são sempre três as clássicas
tentações: ameaça (medo), promessa (interesse) e sensibilidade
(pena). A solidão do caminho é a principal arma, pois vai obrigar a
materialização do mensageiro.
A maneira certa de proceder é entrar em contato com o
mensageiro tentando fazer amizade, através de sonhos, visões, ou do
ritual do mensageiro. Pedindo sua ajuda quando necessário e ouvindo
seus conselhos, mas nunca deixando que ele dite as regras do jogo.
Portanto é necessário que você tenha um objetivo específico
(dúvida ou pergunta) e que você conheça seu rosto e seu nome, este
nome é secreto e não deve jamais ser conhecido por ninguém.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Somos transportados à noite para a terra dos sonhos com a ajuda
de Hipnos, Morfeu e Hermes, Segundo a mitologia grega, Zeus o pai
dos deuses, auxiliado por Hipnos, o deus do sono, e seu filho Morfeu, o
deus dos sonhos, enviava conselhos inspirações e profecias à
humanidade por meio de Hermes, seu mensageiro alado. Quando
Hipnos nos tranqüiliza para dormir e caímos nos braços de Morfeu,
quem sabe que revelações nossos sonhos nos farão e para que região
longínqua do universo viajaremos, com asas nos calcanhares,
acompanhados de nosso guia astral, Hermes?
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VIII
“Caduceu de Hermes”
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O grande Pagé da tribo presta grande atenção em seus sonhos,
pois são usados principalmente para invocar poderes especiais dos
deuses, cujo propósito é receber suas instruções. A promoção de
sonhos que invoquem poderes especiais é chamada de incubação.
Define-se como incubação de sonho o ato de dormir num
santuário ou em um local de poder, com a intensão de receber para
uma pergunta um sonho-resposta, tendo antes cumprido os rituais
recomendados, tais como: abster-se de sexo, comer carne e beber
bebidas alcoólicas, somente um copo de água pura.
O Pagé sabe interpretar sonhos e receber as mensagens divinas
reveladas por meio de uma série de sonhos, não somente os seus
próprios sonhos, mas os de toda tribo em conjunto. “Sonho que se
sonha só é só sonho, sonho que se sonha em conjunto é realidade”.
A maioria dos sonhos é compreendida como uma advertência ou
uma profecia, uma simples advertência significava que o aborrecimento
poderia ser evitado se agisse de acordo com a sua mensagem, mas
nada podia ser feito se o sonho fosse profético. Para saber em que
categoria o sonho se enquadrava usa-se o método conhecido como os
Portais dos Sonhos:
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Existe, portanto, dois Portais de sonhos, um de marfim e outro de
osso. Se um sonho atravessasse o Portal de Marfim era um sonho de
advertência, mas se atravessasse o Portal de Osso era profético. A
mente sonhadora criou estes portais simbólicos a partir de um jogo de
palavras. Essas palavras representam aquilo que pode ser evitado e o
que é inevitável.
Os índios reconhecem quando os sonhos os ajudavam a conviver
pacificamente, realizam festas regulares de sonhos que duram vários
dias ou até semanas. Ao partilharem seus sonhos, emergia um padrão
distinto, era comum toda tribo ter um sonho semelhante, que era usado
para elaborar uma futura política tribal.
Entre os índios existe a crença que durante o sono a alma deixa o
corpo e aventura-se num mundo especial de sonho. E acham muito
perigoso acordar alguém repentinamente, por que o espírito pode não
ter tempo de retornar ao corpo, e assim, ficar preso para sempre do
outro lado.
Os sonhos trazem sinais, símbolos e arquétipos do inconsciente
coletivo. O sinal é sempre inferior ao conceito que representa, ao passo
que o símbolo sempre representa algo mais do que o seu significado
óbvio e imediato. Aos remanescentes arcaicos, chamamos de
arquétipos ou imagens primordiais.
A fonte da qual tudo isso derivou é o inconsciente coletivo: “É a
base que os povos antigos chamam de harmonia de todas as coisas”.
Deste reservatório universal flui uma nascente de recordações
cósmicas intensas com as quais entramos em contato, ou, pelo
contrário, que talvez entrem em contato conosco por meio de nossos
sonhos. Algumas pessoas consideram como lembranças de Akasha.
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No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth
da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo,
resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos
(três vezes grande), dada ao deus Thoth, representado por um homem
com cabeça de íbis, na simbologia egípcia o íbis representa o pássaro
sagrado. Está relacionado à morte, ao julgamento e ao registro das
almas e à espiritualidade, está também associado à lua (tentava
dissipar as trevas com a sua luz). Considerado o inventor da escrita
(hieróglifos) e o deus da sabedoria (patrono da alquimia).
Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma
literatura esotérica chamada hermética, em alusão a Hermes
Trismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e
alquimia. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes
Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste
último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia, da alquimia o
caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.
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Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e
trapaceiro, astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões.
Seu primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do gado
de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto. Foi preciso a
intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se
reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia
inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas
com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de
presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu.
Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão
dos arautos, que servia de salvo-conduto, através das esferas
conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de paz.
O caduceu consiste em um cajado bem trabalhado, com duas
serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e
com duas

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