Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mariana Alencastro Turma XVII Fisiologia pancreática Exócrino Secreta enzimas digestivas que vão para dentro do lúmen intestinal para ajudar na absorção e digestão de alguns nutrientes. É cerca de 80 a 85% do órgão. O pâncreas também secretam água e bicarbonato, que unidos com as enzimas formam o suco pancreático Células acinares: secretam as enzimas precursoras como tripsinogênio, quimiotripsinogênio e procarboxipeptidase que se ativam na mucosa do duodeno com enzima enterocinase e formam tripsina, quimiotripsina e carboxipolipeptidase ● Elas são liberadas em grânulos (grânulos de zimogênio) para não terem contato com as células do pâncreas. Como também existe inibidor da tripsina no pâncreas. ● Também libera amilase pancreática (digestão de carboidratos), lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase (digestão de lipídios) Regulação da secreção pancreática: ● Acetilcolina: por meio de terminações do nervo vago. Aumento da acetilcolina aumenta a secreção de enzimas digestivas. ● Colecistocinina: quando o alimento encontra o duodeno ou o jejuno superior a colecistocinina ganha circulação e estimula a secreção do pâncreas de enzimas digestivas. ● Secretina: na presença de acidez vindo do estômago para o duodeno ou jejuno superior ela estimula a liberação de água e bicarbonato pelas células epiteliais dos ductos pancreáticos. Fases da secreção pancreática: ● Cefálica: secreção gástrica, preparação através do nervo vago que aumenta a acetilcolina que libera enzimas para preparação do corpo. Pouca liberação de água ● Gástrica: alimento chega ao estômago, continua tendo liberação de acetilcolina pelo nervo vago mas ainda tem pouca secreção de água ● Intestinal: ativação da colecistocinina aumentando a secreção de enzimas e estímulo da secretina acontecendo secreção abundante de água e bicarbonato regulando o pH ○ O CO2 entra na célula que junta com H2O e por meio da anidrase carbônica forma H2CO3 que se dissocia em H+ e HCO3- Endócrino Secreta hormônios para circulação e tem efeitos sistêmicos. Secretam dois hormônios principais: insulina e glucagon que regulam o metabolismo da glicose, ácidos graxos e dos aminoácidos. Liberam também a somatostatina que é liberada em resposta a refeição e inibe a secreção de insulina, glucagon e polipeptídeo pancreático Liberam o polipeptídeo pancreático que está associado com a sensação de saciedade Mariana Alencastro Turma XVII As células responsáveis pela secreção desses hormônios são as ilhotas de langerhans que possui: ● Células alfa: estão na borda e secretam glucagon ● Células beta: estão no centro e secretam insulina ● Células delta: secretam somatostatina ● Células F ou PP: liberam o polipeptídeo pancreático ● Essas células se comunicam por junções comunicantes, capilares fenestrados e vênulas, e uma comunicação neural através das células delta que são semelhantes a dendritos. Insulina: Duas cadeias lineares que se ligam através de pontes dissulfeto sendo que uma fica apenas na cadeia A ● A tem 21 AA ● B tem 30 AA É um hormônio peptídeo proteico, ou seja, vem da pré-pró-insulina que tem um peptídeo de sinalização que quando perdido vira pró-insulina que tem o peptídeo-C armazenada em grânulos secretores e sofre ação de proteases até formar a insulina. Ações da insulina: aumenta a captação de glicose pelas células e a formação de glicogênio, reduzindo a glicogenólise, gliconeogênese. Também aumenta a síntese protéica, deposição de gordura. Reduz a lipólise. Também aumenta a captação de K+ pelas células. Efeitos da insulina: Reduz nível de glicose no sangue, aminoácidos no sangue, ácidos graxos sanguíneos, cetoácidos sanguíneos e o K+ sanguíneo. Secreção da insulina: vai ser secretada mediante ao estímulo da glicose que se liga ao GLUT2 entrando na célula virando glicose-6-fosfato através da glicocinase, essa glicose-6-fosfato sofre oxidação liberando um ATP que fecha canais de potássio despolarizando a célula abrindo canais de cálcio que mobilizam as vesículas cheias de insulina que as liberam por exocitose. Mecanismo de ação da insulina: ela se liga ao receptor que possui uma parte extra celular (subunidade alfa) e uma parte intracelular (subunidade beta). A insulina se liga à parte alfa, o receptor sofre uma alteração conformacional que ativa a subunidade beta que libera a tirosina quinase que fosforila o receptor, proteínas, enzimas, etc. promovendo inúmeras vias de sinalização. Depois da vias de transdução a insulina com o receptor sofre endocitose e será degradada. Down regulation: a insulina diminui a sensibilidade do seu próprio receptor quando ela acaba degradando-o e diminuindo a síntese Vias de sinalização intracelular: 1-substrato de receptor de insulina (IRSs) sofre fosforilação e recruta o PI3K assim, fosforila outros substratos até chegar no PKB (outra via ativada) para criar a inserção do GLUT4 (canal transportador de glicose no músculo) Mariana Alencastro Turma XVII 2- proteína SHC ativa a MAPK que é uma proteína quinase ativada por mitógeno que vai mediar ações de crescimento e mitose Glucagon: Aumenta e mantém a glicose no sangue. Tem uma cadeia simples e também segue a ordem do pré-pró-glucagon -> pró-glucagon -> glucagon. O pré-pró-glucagon também tem GLP1 que existem medicamentos análogos a ele que estimulam a insulina. Ações do glucagon: aumenta a glicogenólise, gliconeogênese, lipólise, formação dos cetoácidos Efeitos do glucagon: aumenta a glicemia, ácidos graxos sanguíneos e cetoácidos sanguíneos Mecanismo de ação: se liga ao receptor que é do tipo proteína G que está acoplado a um adenilciclase, resultando no aumento de AMP cíclico que ativa proteinocinases que fosforilam enzimas relacionadas às ações do glucagon. Regulação do glucagon: Estimulação: redução da concentração de glicose, aumento da concentração de aminoácidos, colecistocinina (CCK) Inibição: somatostatina, aumento da concentração de ácidos graxos e cetoácidos.
Compartilhar