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Resenha - Luzes e Sombras

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
História do Mundo Contemporâneo 
Ricardo Castro 
Aluna: Milena Guerrão Lourenço 
 
 
 
Resenha do livro Luzes e Sombras 
 
 ​O fruto proibido, Adão e Eva, e a maçã, são simbolismos que atravessaram 
gerações medievais, mostrando à sociedade da época que sua condição era o que 
estava destinado. E que de alguma forma seria castigado por Deus, alguém se 
atrevesse a mudar o seu destino. Desta forma, a sociedade se condiciona e se 
molda à ordem de Deus. 
 Assim, o congelamento das classes, promovido pela ideia de destino onde o 
indivíduo se encontra em determinada situação por vontade divina, é colocado 
abaixo a partir da Revolução Francesa, quando todos se tornam iguais, todos têm 
sangue vermelho. Essa mudança de mentalidade se torna uma ameaça à 
configuração social vigente, visto que agora o sujeito tinha responsabilidade e poder 
de transformação sobre sua condição de vida. 
 O iluminismo veio à contraponto disto, onde os grandes filósofos e estudiosos 
viram que acima da vontade de Deus vem a vontade do homem. A razão acima do 
clero. A racionalidade que é inerente. Entretanto, como em todos os estudos ou 
ciência há quem use como algo vil, tanto que, à frente, é iniciada a constante 
 
tentativa de recongelar as classes, torná-las imóveis, surgindo, assim, as teorias 
raciais e sociais, como a eugenia. Tal ideologia resultou em opressão e genocídio de 
raças e classes sociais mais baixas, que reivindicaram a condição de vítimas se 
fazendo necessária a ideia de bem estar e cooperação entre as nações e, por 
conseguinte, entre as raças, instaurada após a Guerra Fria. porém, após tantos 
conflitos, principalmente a Segunda Guerra Mundial, a expectativa da utopia coletiva 
já estava em decadência. 
 Ao longo do texto, então, vemos que o individualismo do ser humano se permeia 
ao longo dos séculos de formas diferentes, fato é que, para o autor, a partir do 
momento em que o indivíduo se vê como um só, o que ocorre após a Guerra Fria, é 
que, sem o avanço social coletivo, o sujeito se vê obrigado a desenvolver-se 
individualmente, criando, assim, o individualismo moderno. 
 Este mesmo indivíduo contemporâneo é aquele que se torna vítima das novas 
condições sociais, como a necessidade excessiva de se expor nas redes sociais, a 
próxima selfie tendo que ser melhor que a anterior, a última postagem com mais 
“likes” que a anterior, os inúmeros fakes e fake news compartilhando discurso de 
ódio, onde se vê diversas pessoas apoiando, algoritmos programando suas ideias e 
concepções. 
 Por fim, no geral o egoísmo virtual em vez de conectar e interagir as pessoas, as 
aprisiona à uma falsa liberdade e autonomia, fazendo o indivíduo ser o que tem, não 
o que é.

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