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Resumo de Farmacognosia I • Cromatografia Líquida de Alta Eficiência: Consiste na análise de extratos vegetais por cromatografia líquida de alta eficiência e tem como objetivo preparar e analisar curva de calibração com emprego de padrões de trabalho, descritos como Cumarina e Anetol. Além disso, permite a identificação e determinação do teor de Cumarina nos extratos de Cumaru (Amburana cearensis) e Anetol (Foeniculum vulgare) no óleo essencial de Funcho por cromatografia líquida de alta eficiência. • Materiais: Acetonitrila (grau HPLC) Pinça Água destilada (grau de purificação miliq) Placa de Petri 90x15 mm Balão volumétrico 500 mL – pesquisa Proveta – pesquisa Béquer Seringa – pesquisa Bomba a vácuo – pesquisa Sistema de filtração fase móvel Clorofórmio PA Sonicador Etanol PA Filtro para seringa PTFE 0,45 um Kitassato – pesquisa Membrana solvente orgânico – pesquisa Metanol – pesquisa Vial N9 incolor Graduado 11,6x32 mm – 1,5 mL com tampa de rosca para - Amostra: Extratos de Amburana cearensis Óleo essencial de Foeniculum vulgare - Padrões: Cumarina e Anetol - Equipamento: Sistema de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) da indústria Walters, USA. Figura 1: Equipamento de cromatografia de alta eficiência – CLAE. Na imagem acima é possível visualizar na porção superior central os fracos onde são armazenados os constituintes da fase móvel, o próprio sistema permite compor a fase móvel em diferentes concentrações de cada componente de maneira a suprir as necessidades do método. Um pouco abaixo é possível identificar o monitor, que tem como função de permitir a visualização do processo realizado dentro do sistema, como por exemplo a pressão realizada pela bomba situada na porção inferior do aparelho. Além desses citados acima, tem-se a presença de uma coluna cromatográfica que será apresentada abaixo. A figura ao lado representa os “vials” que são os recipientes destinados para o depósito de soluções, sendo estas as amostras provenientes de extratos aquosos, os padrões utilizados para compor a curva de calibração. Como se trata de um sistema equipado e de avançada tecnologia, ambas as soluções podem ser colocadas nos “vials” em mesmo momento, e o próprio sistema se encarrega de diferenciá-las e operá-las. Acima tem-se a demonstração da bomba presente no sistema CLAE, que se caracteriza como essencial para fornecer uma ótima pressão visto que toda eluição se dá através do sistema de maneira isocrática, ou seja, sem alteração nos componentes da fase móvel durante todo o período de análise. Já na imagem ao lado, é possível visualizar a coluna cromatográfica utilizada para o sistema CLAE, que se encontra dentro de um forno e que este possui um alto controle de temperatura de maneira a mantê-la constante para que não haja interferências na análise ou no funcionamento do sistema em geral. Vale salientar que a coluna apresentada acima compõe um outro sistema de adsorção que se difere em relação à cromatografia em camada delgada, que se caracteriza por sua fase estacionária ser disposta em uma fina placa, já na CLAE, a fase estacionária é bastante compactada e condicionada em um suporte de metal, dentro da espessura dessas colunas existe uma sílica de fase reversa, ou seja, possui como fase estacionária a sílica definida como apolar constituída por 18 carbonos. O diâmetro da coluna é relativamente pequeno e possui dimensões pequenas por ser coluna própria para sistema analítico, quando se tem como intuito o sistema preparativo ou semi-preparativo, as dimensões da coluna cromatográfica são maiores, tendo em vista o aumento de volume utilizado nas soluções de amostra e padrão. • Método: Componentes Cumarina Anetol Coluna C 18 C 18 Detector 259 nm 259 nm Fluxo 0,85 mL/min 1 mL/min Volume de injeção 20 µL 20 µL Tempo de corrida 10 minutos 10 minutos Fase móvel Acetonitrila e água (35:65) Metanol e água (85:15) Temperatura 37 °C 37 °C Diluente Fase móvel Fase móvel Eluição Isocrática Isocrática É necessário antes de iniciar o processo envolvendo o sistema prático, desenvolver o método analítico de maneira a aprimorar o funcionamento do CLAE e gerar o aproveitamento de diversas partes do processo. O diluente se trata da solução que prepara as amostras obtidas a partir de extratos aquosos foi a própria fase móvel. Na figura ao lado tem-se a representação do preparo dos padrões que são utilizados para compor a curva de calibração tanto para a Cumarina como para o Anetol, sendo esta responsável pela caracterização do método analítico como de fundamento linear ou não, o classificando com base no princípio da proporcionalidade e o definindo como ideal para a identificação, quantificação e segregação das espécies de interesse ou não. À esquerda é possível visualizar a preparação da cumarina e a na porção direita a que se refere ao anetol, essa preparação é precisa e necessária para que não haja o comprometimento de nenhuma parte do sistema. Desta forma, cada um dos padrões teve uma quantidade determinada pesada e depositada em balão volumétrico para atingir volume específico, em seguida, a solução foi filtrada e encaminhada para o vial, onde se é realizada a análise cromatográfica por CLAE. Durante a preparação das amostras referentes aos extratos obtidos por diversos métodos extrativos, cerca de 1 mL do extrato é condicionado em balão volumétrico de 10 mL e é completado com o diluente adequado, no caso do processo descrito acima, o diluente é constituído pela própria fase móvel. O volume obtido é filtrado e depositado no vial, onde a análise por CLAE é realizada e se estabelece um resultado. Excepcionalmente no tocante ao extrato aquoso obtido por Sohxlet, é necessário realizar um diferente preparado da amostra para que o sistema CLAE não sofra alterações que possam comprometer seu funcionamento, tal fato é explicado pois durante o desenvolvimento do método Sohxlet é utilizado um solvente orgânico que precisa ser retirado do extrato para que a amostra possa ser utilizada, desta forma segue o procedimento para retirada de solvente orgânico: - Evaporação do solvente extratos (clorofórmio) à temperatura ambiente em capela de exaustão. - Resuspender o resíduo com 1 mL de etanol PA, filtrar e completar com o diluente adequado para o balão volumétrico de 10 mL. - Adicionar alíquota do extrato no Vial identificado e proceder a análise do marcador por CLAE. Ao lado apresenta-se a amostra preparada referente ao extrato aquoso obtido a partir da aplicação do método extrativo definido como infusão, em seguida essa solução presente no balão volumétrico de 10 mL é destinada para o vial após ser submetida a filtro. Em seguida essa amostra é retirada com o auxílio de uma seringa, ela é filtrada para a retirada de impurezas e possível restos de partículas advindas da droga vegetal utilizada durante o método extrativo e em seguida, após a filtração, a solução é depositada no vial. Na imagem ao lado, estão os equipamentos sutilizados para a fase final de preparação das soluções destinadas à análise de marcadores ativos no CLAE. O filtro acima é descartável e possui dentro de sua estrutura uma membrana fina responsável pela segregação de partículas presentes na solução. As soluções preparadas e depositadas nos vials são encaminhadas para a análise em CLAR, salientando que todos permanecem em posição definida como 45° e contém tanto as amostras como o padrão. Após isso o sistema é ajustado, nessa parte são definidas a temperatura, composição da fase móvel, identificação da amostra e definição de todas as características pré- determinadas acima comoideais para a realização do método. Como resultado, tem-se o cromatograma que contém informações sobre a identificação de marcadores ativos procurados nas amostras, tempo de retenção que significa o tempo na corrida das soluções em que se identificou o marcador. Além disto, o cromatograma nos permite compreender a concentração de cumarina presente em cada um dos extratos aquosos analisados, isto por meio da área do pico gerado durante a identificação da presença das espécies. O tempo de retenção constitui o parâmetro qualitativo do sistema CLAE, ou seja, que demonstra a presença da substância pesquisada. Como o pico possui uma área, se faz possível a determinação de concentração da espécie, se caracterizando como parâmetro quantitativo. • Resultados: Esses dados foram utilizados para fazer uma análise de regressão linear, definindo-o como aceitável para determinação da presença e quantificação de espécies. O software após analisar, fornece uma equação da reta que demonstra como se dá a relação entre as duas variáveis estudadas, sendo a variável independente (eixo X) relativa à concentração de cumarina e a variável dependente (eixo Y) definida como área do pico. O método de fato cumpre o princípio de proporcionalidade e de maneira extremamente linear, tendo como base o coeficiente de correlação (R2). Análise do teor de Cumarina em extratos de Amburana cearensis A.C. SMITH por CLAE Método extrativo Área do pico Infusão 71713 Decocção 385397 Maceração e percolação 1316815 Turbólise 1027051 Soxhlet 885695 Cromatogramas referentes às amostras relativas aos métodos de infusão e decocção: 1) Cromatograma referente ao extrato aquoso obtido por Infusão: 2) Cromatograma referente ao extrato aquoso obtido por Decocção: - Curva de calibração do Anetol: Método Área do pico Hidrodestilação 956626 Cromatograma referente à amostra relativa ao método de Hidrodestilação: 1) Cromatograma referente ao extrato aquoso obtido por Hidrodestilação
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