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TCC Pedagogia

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40
 Universidade Paulista
Educação a distância 
ANA PAULA DA SILVA RODRIGUES RA:1637503
CRISTINA GONÇALVES PEREIRA LEAL RA:1637227
PRISCILA LUIZA PINTO RA:1640201
RAYANDA HEVEN DE FARIA RA:1640231
VANILDA SILVEIRA ARANTES RA:1639773
O PROFESSOR FRENTE AO TRABALHO EDUCATIVO COM ALUNOS PORTADORES DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
ARCOS – MG
2018
ANA PAULA DA SILVA RODRIGUES RA:1637503
CRISTINA GONÇALVES PEREIRA LEAL RA:1637227
PRISCILA LUIZA PINTO RA:1640201
RAYANDA HEVEN DE FARIA RA:1640231
VANILDA SILVEIRA ARANTES RA:1639773
O PROFESSOR FRENTE AO TRABALHO EDUCATIVO COM ALUNOS PORTADORES DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Pedagoga.
Universidade Paulista – Polo Arcos- MG
ARCOS – MG
2018
ANA PAULA DA SILVA RODRIGUES RA:1637503
CRISTINA GONÇALVES PEREIRA LEAL RA:1637227
PRISCILA LUIZA PINTO RA:1640201
RAYANDA HEVEN DE FARIA RA:1640231
VANILDA SILVEIRA ARANTES RA:1639773
O PROFESSOR FRENTE AO TRABALHO EDUCATIVO COM ALUNOS PORTADORES DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pedagogia da UNIP - Universidade Paulista como requisito parcial para obtenção do título de Pedagoga. 
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
ARCOS-MG
 2018
RESUMO
Este estudo surgiu da necessidade de contribuir para resolver ou amenizar um dos graves problemas educacionais que afligem muitos professores e alunos. Trata-se do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Nas escolas, na maioria das vezes, os alunos que apresentam este transtorno são taxados de indisciplinados, desatentos e sem limites. O TDAH não pode ser considerado como uma dificuldade de aprendizagem, pois trata-se de um transtorno de atenção e comportamento que muitas vezes, pode ocasionar uma dificuldade de aprendizagem. Assim, este estudo teve o objetivo de investigar como o professor deve conduzir seu trabalho educativo de maneira que possa resolver ou amenizar este problema educacional. Ele foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e teve embasamento teórico em diversos teóricos que tratam com propriedade a questão do TDAH como: Barkley, Condermarín, Diniz Neto et al., Rohde et al., Rotta, dentre outros. Com este estudo pode-se concluir que Como se trata de um transtorno, o tratamento do TDAH deve ser realizado por meio de intervenções multidisciplinares, que devem envolver abordagens psicossociais ou até mesmo psicofarmacológicas, conforme o grau do transtorno. O professor deve estar comprometido com seus alunos e buscando sempre novos conhecimentos e atualizações. O cuidado, a atenção e a busca de novos recursos e estratégias educativas devem ser a tônica do trabalho de professores que tem alunos com este transtorno na sala de aula e desejam ter um trabalho proveitoso.
Palavras-chave: Alunos. TDAH. Professores. Escola.
ABSTRACT
This study arose from the need to contribute to solving or mitigating one of the serious educational problems that afflict many teachers and students. It is attention deficit hyperactivity disorder. In schools, most of the time, students who experience this disorder are labeled undisciplined, inattentive, and without limits. ADHD can not be considered as a learning disability because it is a disorder of attention and behavior that can often cause learning difficulties. Thus, this study aimed to investigate how the teacher should conduct his educational work in a way that can solve or mitigate this educational problem. It was carried out through a bibliographical research and had theoretical background in several theorists that properly treat the issue of ADHD as: Barkley, Condermarín, Diniz Neto et al., Rohde et al., Rotta, among others. With this study, it can be concluded that as it is a disorder, the treatment of ADHD should be performed through multidisciplinary interventions, which should involve psychosocial or even psychopharmacological approaches, depending on the degree of the disorder. The teacher must be committed to his students and always seeking new knowledge and updates. The care, attention and search for new educational resources and strategies should be the focus of the work of teachers who have students with this disorder in the classroom and wish to have a useful job.
Keywords: Students. ADHD. Teachers. School.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE	10
1.1 Conceito e classificação	13
1.2 Características do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade	16
2.IMPLICAÇÕES DO TDAH NO AMBIENTE ESCOLAR NO AMBIENTE ESCOLAR	23
2.1 Orientações para o trabalho educativo com portadores de TDAH	23
3.ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA UM TRABALHO COM ALUNOS PORTADORES DE TDAH	28
3.1 Procedimentos didáticos para um trabalho com alunos portadores de TDAH	28
CONSIDERAÇÕES FINAIS	34
REFERÊNCIAS	36
INTRODUÇÃO
	O tema deste estudo ‘transtornos de déficit de atenção e hiperatividade’ foi escolhido visando contribuir para resolver ou eliminar um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento e a aprendizagem de alunos, além de ser motivo de muito estresse e desmotivação por parte de professores.
 	O trabalho com alunos portadores de déficit de atenção e hiperatividade constitui na atualidade um grande desafio para os professores exigindo novas posturas, novas metodologias e um maior cuidado na preparação das aulas e no trato com estes alunos.
 Diante desta realidade encontra-se um grande número de professores inseguros, sentindo-se despreparados e muitas vezes estressados sem saber como lidar com estes alunos.
Com este estudo busca-se uma resposta para a seguinte questão: como o professor deve se posicionar quando percebe que determinado aluno pode ser portador de TDAH? A busca por resposta para esta questão norteara todo este trabalho.
	A maioria dos professores conseguem identificar este transtorno nos alunos, porém não conseguem lidar com segurança e eficiência com esta questão. Muitas vezes, estes alunos são tratados como indisciplinados e sem limites, o que na realidade não é o caso. Outros são considerados como desligados e desinteressados. 
Muitos professores tentam resolver estes problemas motivando estes alunos e buscando variar a metodologia, porém ainda sem sucesso. Outros impõem castigos e punições a estes alunos, o que agrava o problema, deixando estes alunos revoltados, tristes e desmotivados com o ambiente escolar.
De acordo com Barkley (2002), o TDAH pode ser considerado como:
[...] um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e o nível de atividade. [...] Esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança ou em sua capacidade de controlar seu próprio comportamento relativo à passagem do tempo – em ter em mente futuros objetivos e consequências. Não se trata apenas [...] de uma questão de estar desatento ou hiperativo. Não se trata apenas de um estado temporário que será superado, de uma fase probatória, porém normal, da infância. Não é causado por falta de disciplina ou controle parental, assim como não é o sinal de algum tipo de “maldade” da criança. (BARKLEY, 2002, p. 35)
Os portadores de TDAH apresentam dificuldades em concentrar-se e com isso sua atenção ao realizar determinada atividade fica prejudicada. Outro problema apresentado está na dificuldade de controlar ou inibir seus impulsos. A atenção de um portador de TDAH é reduzida se comparada com a de crianças sem este problema da mesma faixa etária. 
Dessa forma, esta criança encontra dificuldades em manter a atenção em uma tarefa, principalmente se essa tarefa for longa. Muitos alunos são considerados preguiçosos ou desobedientes, quandona realidade é o transtorno que dificulta sua atenção.
O TDAH não pode ser considerado como uma dificuldade de aprendizagem, pois trata-se de um transtorno de atenção e comportamento que muitas vezes, pode ocasionar uma dificuldade de aprendizagem.
Barkley sobre este transtorno esclarece que:
 [...] “um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e o nível de atividade”. 
[...] “Esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança ou em sua capacidade de controlar seu próprio comportamento relativo à passagem do tempo – em ter em mente futuros objetivos e consequências. Não se trata apenas de uma questão de estar desatento ou hiperativo. Não se trata apenas de um estado temporário que será superado, de uma fase probatória, porém normal, da infância. Não é causado por falta de disciplina ou controle parental, assim como não é o sinal de algum tipo de “maldade” da criança”. (BARKLEY, 2002, p 35)
 As dificuldades enfrentadas pelos portadores do TDAH, são definidas por Barkley da seguinte forma:
Os indivíduos com TDAH costumam ser considerados portadores de dificuldades crônicas com a desatenção e/ou impulsividade-hiperatividade. Acredita-se que apresentam essas características desde cedo em suas vidas, em um grau excessivo e inadequado para a idade ou nível de desenvolvimento, e em uma variedade de situações que excedem a sua capacidade de prestar atenção, restringir movimentos, inibir impulsos e regular o próprio comportamento no que diz respeito às regras, ao tempo e ao futuro. (BARKLEY, 2002, p. 89)
	Como se trata de um transtorno, o tratamento do TDAH deve ser realizado por meio de intervenções multidisciplinares, que devem envolver abordagens psicossociais ou até mesmo psicofarmacológicas, conforme o grau do transtorno.
De acordo com Conderamin et al. (2006) a avaliação psicopedagógica tem um papel importante no diagnóstico da criança com TDAH, já que é no ambiente escolar que o problema se torna mais evidente. O especialista no meio escolar deve elaborar uma intervenção educativa ampla no processo de desenvolvimento desta criança, em várias dimensões.
Assim, este estudo teve o objetivo de investigar como o professor deve conduzir seu trabalho educativo de maneira que possa resolver ou amenizar este problema educacional.
Por fim, a metodologia utilizada para a realização deste estudo foi a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2010): “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. 
Este estudo teve embasamento teórico em diversos autores que tratam com propriedade a questão do TDAH como: Abuchaim, Barkley, Belli, Benczik, Boarini, Bonadio, Caliman, Condermarín, Cóes, Diniz Neto et al., Eidt; Ferracioli, Ferreira, Fortunato, Freitas, García, Goldstein, Gómes, Téran, Legnani; Alemida, Leite, Tuleski, Mattos, Mouly, Phelan, Reis, Rohde, Rotta, Silva, Stroh, Tiba e Viaro.
Espera-se com este estudo contribuir com subsídios que possam eliminar ou minimizar este grave problema encontrado nas escolas. A escola e os professores ao proporcionar um tratamento adequado a uma criança com TDAH terão resolvidos alguns dos mais graves obstáculos para a aprendizagem e para o desenvolvimento saudável de uma criança.
Acredita-se que a valorização da criança com TDAH e sua educação devem ser priorizadas em todas as etapas de sua vida, pois a formação da criança é um processo onde a família, a escola e a sociedade são responsáveis e devem buscar todas as formas para favorecer o seu pleno desenvolvimento. 
1.TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Belli (2008) afirma que o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um tema estudado em vários países e vem recebendo inúmeras nomenclaturas desde 1860: Irrequieta Philllips, Doença de Still, Distúrbio de impulso, Lesão Mínima do Cérebro, Disfunção Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância. 
A nomenclatura (TDA) referente ao Transtorno de Déficit de Atenção surgiu pela primeira vez em 1980, quando o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais- Terceira edição (DSM-III) descreve que a dificuldade de se concentrar e manter a atenção eram o ponto central desse transtorno. 
Entretanto, em 1987, o Transtorno de Déficit de Atenção foi renomeado para TDAH, onde se buscou resgatar a ênfase na hiperatividade e na impulsividade, sintomas que tinham sido desvalorizados.
Tempos depois, com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais- Quarta edição (DSM-IV) corrige-se novamente o conceito de TDAH, mantendo-se a expressão TDAH. Nesse momento, reconhece-se a existência do TDAH do “tipo predominantemente desatento”, em que a hiperatividade não é o sintoma mais importante, ou seja, temos um “TDAH sem H” (BELLI, 2008. p. 19). 
Segundo Boarini (2009), o Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade ou TDAH, como é atualmente conhecido, caracteriza-se, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria/ APA (1994, p.118-119), como o estado de desatenção e/ ou hiperatividade “mais frequente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento.
O TDAH é uma disfunção na produção de neurotransmissores, Silva (2003), esclarece que:
 [...] é causado pela pouca produção de Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que é uma classe de neurotransmissores responsável pelo controle de diversos sistemas neurais no cérebro, incluindo aqueles que governam a atenção, o comportamento motor e a motivação. (SILVA, 2003, p. 57).
Esse transtorno é um fenômeno complexo causados por diversos fatores biológicos e psicossociais. Os sintomas muitas vezes se confundem com os de outros transtornos ou mesmo com falta de limites e atenção, o que dificulta o diagnóstico.
O diagnóstico do TDAH é difícil, pois não existe um teste específico. Ele deve ser baseado em observações e entrevistas com os responsáveis pela criança e pessoas que estão envolvidas em seu cotidiano, os sintomas devem estar se manifestando pelo menos há seis meses (GOLDSTEIN, GOLDSTEIN, 1996).
Bonadio e Mori esclarecem que:
Os critérios utilizados para a realização do diagnóstico podem ser encontrados no DSM, utilizado com frequência nos Estados Unidos ou no CID 10, ambos usados também no Brasil por médicos e psicólogos ao emitir diagnósticos. O DSM elenca uma série de características a ser identificada para emitir o diagnóstico de TDAH, cuja essência se configura na persistência de desatenção e/ou hiperatividade em graus desproporcionais comparados a pessoas com desenvolvimento equivalente, Sintomas hiperativo-impulsivos motivadores de prejuízo devem se manifestar antes dos sete anos. Os sintomas devem estar presentes em pelo menos dois contextos (na escola, no trabalho ou em casa) e devem interferir de maneira significativa no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional da pessoa, considerado apropriado ao nível de desenvolvimento. (BONADIO; MORI, 2013, p. 45-46)
Algumas crianças podem apresentar sintomas típicos do TDAH por um curto período de tempo, por exemplo, por alguns meses, sem contudo, ter o transtorno. As causas desses sintomas podem ser oriundas de algum trauma psicológico pelo qual ela passou ou esteja passando. 
Assim, para um diagnóstico preciso deve-se analisar minuciosamente o comportamento da criança por um período maior de tempo, não podendo se basear em poucos meses, mas sim desde a idade pré-escolar.
 	Outro ponto importante no diagnóstico do TDAH e que preciso ser considerado refere-se aos locais onde ocorrem os sintomas. Uma criança que se apresenta agitada somente no ambiente escolar e em casa se comporta normalmente, não pode ser diagnosticada como TDAH. O mesmo acontece ao contrário. Se ela se comporta bem na escola e em casa apresenta dificuldades para cumprir regras, ela também não apresenta os sintomas do TDAH. Para ser diagnosticada com TDAH, é preciso que os mesmos sintomas de agitação,desatenção, dificuldades em cumprir regras, estejam presentes em todos os ambientes onde essa criança convive. (ROHDE et al., 2000)
Feito o diagnóstico o médico estipula o tratamento mais adequado para a criança, geralmente é realizado por meio do uso de estimulantes, como Metilfenidato conhecido como Ritalina, também podem ser administrados remédios homeopáticos que visam amenizar os sintomas da hiperatividade. O tratamento com medicamentos deve ser feito juntamente com o acompanhamento psicológico, devido aos problemas sociais causados pela hiperatividade, a criança costuma apresentar uma baixa autoestima (ROHDE E BENCZIK,1999).
Rohde e Benczik afirmam que:
[...] “vários estudos cuidadosos demonstraram claramente que mais de 70% das crianças e adolescentes com TDAH apresentam melhoras significativas dos sintomas de desatenção, de hiperatividade e/ou impulsividade na escola e em casa com o uso correto dos remédios”. (ROHDE; BENCZIK, 1999, p.66)
Matos (2005, p. 31) afirma que: "em geral, estes indivíduos têm muitas outras habilidades e uma capacidade intelectual que permite "driblar" o TDAH na maioria das situações".
De acordo com Legnani e Almeida:
Atualmente, o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H) tem sido uma das descrições médicas mais utilizadas para dar vazão ao mecanismo de psicopatologização das dificuldades que comparecem na infância, em uma concepção biologizante do desenvolvimento e do psiquismo humanos. (LEGNANI e ALMEIDA, 2008, p.5)
Dessa forma, o diagnóstico do TDAH assumiu uma desculpa para justificar o aumento dos problemas de aprendizagem de nossas crianças. Tornou-se comum, ouvir de mães e professores ao se referir aos seus filhos e alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais, que eles são TDAH. Praticamente em todas as classes escolares são encontradas crianças com esse diagnóstico. Diante desse quadro, é muito importante estudar os conceitos e classificação deste transtorno.
1.1 Conceito e classificação
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma desordem neurológica, caracterizado pela desatenção ou falta de concentração, agitação (hiperatividade) e impulsividade. Estas características podem levar o portador a diversos problemas, como emocionais e de relacionamentos, baixos níveis de autoestima e um mau desempenho escolar. (STROH, 2010) 
Berger ressalta que o TDAH é:
Um déficit cerebral que resulta em grande dificuldade em ‘prestar atenção’, o resultado da vulnerabilidade genética, de teratógenos pré-natais ou de algum dano pós-natal, tal como envenenamento por chumbo. Isso faz com que seja difícil para a criança concentrar-se em qualquer pensamento ou experiência pelo tempo suficiente para processá-lo. (BERGER, 2003, p. 233)
De acordo com Abuchaim (2005), o TDAH é um problema mais comum em crianças e apresentam sintomas como desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada bem além do comum), Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança.
O TDAH é reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos portadores de TDAH como também seus familiares.
A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais (DSM-IV), apresentam as seguintes nomenclaturas para a síndrome: Transtornos Hipercinéticos e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), respectivamente. As diretrizes diagnósticas são semelhantes apesar de a nomenclatura ser diferente nos compêndios (ROHDE et al, 2000).
De acordo com CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) as principais características do TDAH (Capítulo V F00-F99: Classificação de Transtornos Mentais e Comportamentais. USP, 1988, p. 59) são: a falta de persistência em atividades que envolvam cognitivo, tendência a mudar de uma atividade para outra sem completar nenhuma, junto com uma atividade excessiva, desorganizada e mal controlada. Esses problemas geralmente persistem através dos anos escolares e mesmo na vida adulta, mas muitos indivíduos afetados podem mostrar uma melhora gradual na atividade e na atenção.
O TDAH é uma síndrome heterogênica, de etiologia multifatorial, dependente de fatores genéticos-familiares, adversidades biológicas e psicossociais, caracterizada pela presença de um desempenho inapropriado nos mecanismos que regulam a atenção, a reflexibilidade e a atividade motora. Seu início é precoce, sua evolução tende a ser crônica, sem repercussões significativas no funcionamento do sujeito em diversos contextos de sua vida.
O TDAH pode ser classificado em quatro tipos:
1) Tipo desatento: não enxerga detalhes, erra por falta de cuidado, apresenta dificuldade em manter a atenção, parece não ouvir, tem dificuldade em seguir instruções, apresenta desorganização, evita ou não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado, distrai-se com facilidade, esquece atividades diárias;
2) Tipo hiperativo/ impulsivo: inquietação, mexe muito com as mãos e os pés, remexer-se na cadeira, apresenta dificuldade em permanecer sentado, corre sem destino, sobe nos móveis ou muros, dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente, fala excessivamente, responde perguntas antes delas serem formuladas, interrompem assuntos que estão sendo discutidos e se intrometem nas conversas;
3) Tipo combinado: quando o indivíduo apresenta os dois conjuntos de critérios desatento e hiperativo/impulsivo; 
4) Tipo não específico: quando as características apresentadas são insuficientes para se chegar a um diagnóstico completo, apesar dos sintomas desequilibrarem a rotina diária.
Este é o transtorno neuropsiquiátrico mais diagnosticado na infância, persistindo até a idade adulta em torno de 60 a 70% dos casos. Acomete aproximadamente de 3 a 5% das crianças, sendo mais usualmente encontrado em meninos do que meninas, numa proporção de 3 por 1. 
Segundo uma pesquisa levantada pelo DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), revelou que cerca de 6% a 7% das crianças brasileiras sofrem com déficit de atenção e hiperativismo.
As avaliações com neuropsicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos são de grande valia para se determinar um diagnóstico mais conclusivo. (Stroh, 2010)
Coes (1999) afirma que pesquisas demonstram diversos fatores como responsáveis pelo TDAH, como: presença de excesso de chumbo no sangue, fatores perinatais, alterações metabólicas (como distúrbios da tireoide), dentre outros. Porém nenhuma dessas causas pode ser considerada isoladamente como causadora do transtorno, pois este transtorno resulta-se da interação de diversos fatores biológicos e psicossociais.
Segundo Caliman:
Muitos analistas sociais constroem a história do TDAH como aquela dos distúrbios produzidos pela era dos excessos da informação, do consumo material desenfreado e sem sentido, da cultura somática, das identidades descartáveis, da perda da autoridade da família, da igreja e do Estado. (CALIMAN, 2010, p. 48-49)
	Assim, o professor deve ficar atento a alunos que apresentam características deste transtorno para que se confirmado o diagnóstico, realizar as intervenções médicas, psicopedagógicas e educativas o mais cedo possível.
1.2 Características do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Os sintomas da hiperatividade podem se apresentar de duas formas: física e mental. Na hiperatividade física a criança se mostra agitada, não consegue ficar quieta e, por isso, move-se constantemente em casa, na sala de aula e em outros ambientes que frequenta. Entretanto, a hiperatividade mental apresenta-se de forma mais sutil o que torna o diagnóstico mais complicado (SILVA, 2003).
Ainda de acordo com Silva:
Uma pessoa com comportamentoTDAH pode ou não apresentar hiperatividade física, mas jamais deixará de apresentar forte tendência à dispersão", portanto a alteração dos estados de atenção é o sintoma mais significativo para que o diagnóstico seja realizado. (SILVA, 2003, p. 20)
De acordo com Mattos (2005) os portadores de TDAH apresentam dificuldades em conseguir administrar projetos de longo prazo ou finalizar os projetos iniciados, no entanto, podem ser caracterizados também como indivíduos intuitivos, com senso de humor e criatividade. Assim, eles devem ser considerados entendidos como pessoas comuns com qualidades que devem ser valorizadas e com defeitos que precisam ser corrigidos.
Stroh (2010) esclarece que de acordo com o DSM – IV (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2002) é preciso observar às seguintes condições no diagnóstico do TDAH:
a) Presença de seis ou mais sintomas de desatenção que persistiram pelo período mínimo de seis meses, em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento da criança ou a presença de seis dos sintomas de hiperatividade/impulsividade, por no mínimo seis meses, também em níveis inconsistentes com o desenvolvimento da criança;
b) Alguns dos sintomas de desatenção ou hiperatividade/impulsividade presentes antes dos sete anos de idade;
c) Comprometimento causado pelos sintomas presente em dois ou mais lugares (exemplo: casa e escola); 
d) Evidências claras de comprometimento clinicamente importante no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional;
e) Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno global do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, nem são melhor explicados por outro transtorno mental. 
	Com relação as distrações ou desatenção das crianças, Phelan esclarece que:
Distrações visuais são coisas dentro do campo de visão da criança que atraem sua atenção, desviando-a do trabalho ou tarefa. Por exemplo, se alguém anda por perto, ela vai levantar a cabeça para dar uma olhada, e, então, pode não conseguir retomar sua tarefa. Distrações auditivas são sons que a criança ouve que a incomodam. Pode ser sons claros e altos ou sons mais baixos, como o tique taque de um relógio, alguém batendo com um lápis na mesa, ou outra criança fungando.
 Distrações somáticas são sensações corporais que desviam a atenção da criança. Já vimos várias crianças reclamarem que mal podem aguentar quando a costura de suas meias não está no lugar certo. Elas se inquietam e não conseguem se concentrar. Os mesmos resultados ocorrem se seu estômago estiver roncando, se a cadeira não parece confortável ou se estiverem com dor de cabeça.
Distrações fantasia são pensamentos ou imagens que passam pela mente da criança e que atraem mais do que as tarefas escolares. (PHELAN, 2005, p 19-20) 
Strol (2010) apresenta os seguintes sintomas da desatenção:
a. não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido em atividades escolares; 
b. apresentar dificuldades para manter a atenção em tarefas e/ou atividades lúdica; 
c. demonstrar não estar ouvindo quando lhe dirigem a palavra;
d. dificuldade em seguir instruções, não terminar seus deveres escolares e tarefas domésticas (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções); 
e. dificuldades para organizar tarefas e atividades; 
f. evitar ou relutar em envolver-se em tarefas que exijam um esforço mental continuado (como tarefas escolares ou deveres de casa);
 g. perder coisas necessárias para tarefas ou atividades (brinquedos, livros, lápis ou outros materiais de trabalho);
 h. distrair-se com facilidade por estímulos alheios à tarefa; 
i. apresentar esquecimento em atividades diárias.
Ainda de acordo com Strol (2010) ao apresentar estas características a criança com este transtorno pode ser considerada menos inteligentes que as outras em função das dificuldades de aprendizagem apresentadas, o que faz com que sua autoestima se torne baixa.
A AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (2002) apresenta como sintomas da hiperatividade:
a. agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira;
b. deixar sua cadeira na sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentada;
c. envolver-se em situações impróprias ou de risco; 
d. sensação de ansiedade e inquietude; 
e. dificuldade para brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer;
f. fazer várias coisas ao mesmo tempo; 
g. falar sem parar.
Phelan (2005) esclarece que a hiperatividade é caracterizada pela inquietação motora excessiva e agressiva, não apenas espasmos de nervosismo.
Rohde e Benczik sobre a hiperatividade e a impulsividade completam:
Ficar remexendo as mãos e pés quando sentado; não parar sentado por muito tempo; pular na hora do diagnóstico, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude; ser muito barulhento para jogar, ou divertir-se; ser muito agitado; falar demais; responder às perguntas antes de terem sido terminadas; ter dificuldade de esperar a vez; intrometer-se em conversas ou jogos dos outros. (ROHDE e BENCZIK, 1999 p. 39-40)
De acordo com Reis:
[...] “Uma vez diagnosticado o TDAH, esse aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educacionais especiais, pois para que tenha garantidas as mesmas oportunidades de aprender que os demais colegas de sala de aula, serão necessárias algumas adaptações visando diminuir a ocorrência dos comportamentos indesejáveis que possam prejudicar seu progresso pedagógico”. (REIS, 2011 p.8)
 
Belli (2008) ressalta as três principais características deste transtorno, como sendo: desatenção, impulsividade e hiperatividade. 
A desatenção é o principal sintoma do comportamento do TDAH. Uma criança com esse transtorno sempre apresenta dispersão, não consegue prestar atenção a detalhes e isso afeta diretamente no desenvolvimento das tarefas escolares e diárias.
Benczik (2000, p. 24) afirma que a criança “[...] na escola, não copia da lousa uma frase completa, não acentua palavras corretamente, não pinga o i e não corta a letra t. Ao fazer contas de somar, faz de subtrair”.
De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), é na escola que o TDAH se manifesta de forma mais evidente, pois o sistema escolar é o espaço das primeiras experiências sociais da criança, é o momento em que ela aprende a exercitar seus valores, suas formas de comportamento, suas habilidades e, ocasionalmente, demonstrar algumas dificuldades.
Tiba faz um alerta para o fato de que um diagnóstico apressado e errado tem feito pessoas mal-educadas ficarem à vontade para serem mal-educadas com a desculpe de que estão dominadas pelo TDAH. O fato de serem consideradas doentes facilita a aceitação de seu comportamento impróprio. (TIBA,1996, p. 152) 
A mesma coisa pode ocorrer com crianças que, de fato, sofrem com o transtorno, mas que são vistas como indisciplinadas e recebem rótulos dentro da escola, como sem limites, ocasionando baixa autoestima e agravando o caso.
	Segundo Benczik (2000, p. 16) essas crianças “[...] não conseguem se adaptar adequadamente ao meio em que vivem e nem corresponder às expectativas dos adultos; por isso, o nível de estresse das pessoas que convivem com elas é sempre alto”. 
Esses são fatores que dificultam os professores e pais em encontrar maneiras para controlar essas crianças. 
 	De acordo com Rohde:
 O aluno com TDAH impulsiona o professor a uma constante reflexão sobre sua atuação pedagógica, obrigando-o a uma flexibilidade constante para adaptar seu ensino ao estilo de aprendizagem do aluno, atendendo, assim as suas necessidades educacionais individuais. (ROHDE, 2003, p. 206)
A escola tem papel decisivo na formação do indivíduo e o professor deve buscar práticas de ensino e metodologias adequadas que propiciem a aprendizagem do aluno com TDAH, respeitando sua subjetividade, e estimulando para que o aluno supere suas limitações.
 Eidt e Ferracioli afirmam que:
 Na maior parte das vezes é apenas na escola que a criança terá contato com conteúdos sistematizados e ricos, distintosdaqueles de seu cotidiano fora da instituição escolar. Essas atividades e conteúdos escolares lhe proporcionarão apropriações a que, dificilmente, teria acesso em casa ou em outros lugares, ao menos não com a mesma complexidade e, portanto, como vimos até aqui, que não impulsionarão o desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, cada vez mais próximas daquilo que há de mais elaborado no gênero humano. O educador tem a tarefa de organizar as mediações entre adulto e criança, para que funções como a linguagem ou autodomínio do comportamento possam ser controladas cada vez mais conscientemente por ela. (EIDT E FERRACIOLI, 2013, p.121)
 Rohde e Benczik (1999) apresentam algumas ações que podem minimizar o impacto negativo do TDAH e auxiliar no atendimento do aluno, são elas: 
a) Esclarecimento familiar sobre o TDAH; 
b) Intervenção psicoterápica com a criança ou adolescente; 
c) Intervenção psicopedagógica e /ou de reforço de conteúdos; 
d) Uso de medicação;
e) Orientação de manejo para a família;
 f) Orientação de manejo para os professores.
Dessa forma, professor e a escola devem estar preparados para atender este aluno para garantir que o aluno com este transtorno possa desenvolver-se integralmente.
De acordo com Mouly:
 [...] uma organização democrática da sala de aula, cujo professor tenha uma atitude de simpatia e sentido de humor, pode ajudar muito a criança a sentir que é aceita e exprimir suas frustrações, sem precisar se sentir-se ameaçada por rejeição ou vingança. Com esse tipo de segurança, e com certo grau de satisfação de suas necessidades, a criança pode suportar frustrações ocasionais e aproveitar essa experiência. (MOULY, 2003, p´. 134)
	São diversas as implicações do TDAH no ambiente, os alunos com este transtorno sentem-se frustrados, incompreendidos e assim muitas vezes tornam-se agressivos.
Dessa forma, a escola deve buscar formas de eliminar ou minimizar as consequências deste transtorno na vida desses alunos.
2.IMPLICAÇÕES DO TDAH NO AMBIENTE ESCOLAR 
	No ambiente escolar, o aluno com TDAH costuma causar problemas que podem prejudicar o andamento das aulas. Assim, deve ser realizado um trabalho educativo dirigido a estes alunos visando eliminar ou minimizar este transtorno.
Segundo Eidt, 2004, no ambiente escolar, a hiperatividade e/ou déficit de atenção apresenta-se como justificativa corrente para o fracasso escolar de um número expressivo de crianças, atribuindo-se a elas a responsabilidade por não aprender e isentando de análise o contexto escolar e social em que estão inseridas.
O professor, sem técnicas específicas e sem um conhecimento específico sobre o problema, pode se sentir frustrado e impotente para lidar com as crianças que apresentam esse transtorno
2.1 Orientações para o trabalho educativo com portadores de TDAH
Belli (2008) enfatiza que o professor deve primeiro observar seus alunos, suspeitar de casos de TDAH em sua sala de aula, e caso perceba que algum aluno apresente os sintomas, deve informar à família de suas suspeitas o quanto antes, para que possam buscar um diagnóstico preciso e, consequentemente, o tratamento adequado.
Depois do diagnóstico o professor deve buscar atender às necessidades dos alunos com TDAH, sendo proativo e se antecipando aos acontecimentos, fazendo planejamentos adequados, sempre analisando o contexto, identificando e selecionando alternativas viáveis para cada situação de aprendizagem.
As crianças com dificuldades de atenção e as diagnosticadas com TDAH apresentam dificuldade para se estruturarem internamente e se organizarem. Assim, os ambientes educativos devem serem ordenados, consistentes e previsíveis com normas e limites claros para que a criança entenda e aprenda a se organizar internamente.
Estas crianças precisam ser também motivadas e atendidas individualmente no ambiente escolar para poderem vencer seus conflitos emocionais.
 Gómez e Terán ressaltam que:
 "[...] é importante ajudar essas crianças a conhecerem seus pontos fortes, a compreenderem que suas dificuldades não existem por falta de capacidade e, a descobrirem estratégias que sejam úteis a seu aprendizado."  (GÓMEZ; TERÁN, 2008, p.30)
Stroh (2010) apresenta intervenções educativas que podem ser utilizadas com estes alunos:
a. Jogo com regras: a criança deverá submeter-se às regras e normas, onde poderá desenvolver suas habilidades, seu raciocínio, autoimagem, tolerar frustrações, saber ganhar ou perder, saber esperar sua vez, planejar uma situação, aprender a ouvir, etc. 
b. Brincadeiras de representação: por meio dos diálogos e da troca de papéis, a criança pode desenvolver algumas habilidades, e o psicopedagogo servirá como espelho, onde a criança poderá ver com mais clareza seu jeito de ser.
c. Atividade corporal cinestésica: o relaxamento associado ao controle da respiração, com uma música relaxante, ajuda a reduzir a tensão dos músculos do corpo e trazer a atenção da criança para si mesma, fixando-se em si mesma e promovendo maior centralização. 
d. Uso de sucata: estimula a criatividade ao poder criar e formar novos materiais.
 Ainda de acordo com Stroh (2010) o trabalho com o corpo, o andar e contar histórias, o trabalho respiratório, o uso de tambores, os exercícios de observação de detalhes (selecionar e reconhecer detalhes no fundo variado e complexo), os jogos de descoberta de erros, os jogos de figura e fundo e jogos com movimentos que requeiram atenção e rapidez diante de um sinal são exemplos de atividades que devem ser desenvolvidas com estes alunos.
Os contos de fadas também podem ser trabalhados, tanto na fase do diagnóstico, quanto durante a intervenção psicopedagógica. Por meio deste recurso o pode coletar dados cognitivos e mesmo psicanalíticos da criança. (BENCZIK, 2006) 
Reis afirma que:
[...] o professor tem papel fundamental no desenvolvimento das habilidades e controle do comportamento da criança com TDAH. Desse modo, ele deve ser instruído, tanto na formação inicial como na continuada, como também deve ser auxiliado em sua prática pedagógica e deve ter conhecimento sobre o transtorno e as estratégias adequadas em sala de aula para que esses alunos sejam efetivamente inclusos na escola (REIS, 2011, p.7).
Algumas técnicas devem ser utilizadas durante o tratamento de um portador de TDAH na intervenção como: jogos de exercícios sensório-motores (amarelinha, bola de gude) e combinações intelectuais (damas, xadrez, carta, memória, quebra-cabeça, etc.), pois quando é apresentado a criança temas de seu interesse pode-se despertar o gosto pela leitura, curiosidade por conhecer livros, gibis, e revistas, etc.
A ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) sugere técnicas aos professores que podem melhorar a concentração e atenção dos estudantes como:
1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.
2- Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada, ofereça sempre um feedback positivo (reforço) [...] Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações [...] Optar por, sempre que possível, dar aula com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. [...] Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova. (ABDA, 2012, p.1)
Para que o trabalho educativo com esses alunos seja mais proveitoso, faz-se necessário que as aulas tenham um número reduzido de estudantes, facilitando assim um trabalho individualizado com esse aluno.
	Segundo Rohde et al.:
Intervenções no âmbito escolar também são importantes. As intervenções escolares devem ter como foco o desempenho escolar. Nesse sentido, idealmente, as professoras deveriam ser orientadas para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada, com poucos alunos. (ROHDE et al., 2000, p. 9)
A situação escolar das crianças que apresentam este transtorno é muito grave, pois segundo Barkley:
 “Criançascom TDAH têm grandes dificuldades de ajustamento diante das demandas da escola. Um terço ou mais de todas as crianças portadoras de TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua carreira escolar”. (BARKLEY, 2002, p. 235)
Dessa forma, a escola, os professores e as famílias devem se unir e buscar estratégias capazes de melhorar esse quadro nebuloso que se apresenta para esses alunos.
O papel dos pais também é muito importante no desenvolvimento escolar da criança com TDAH. Nas suas casas elas devem ter uma rotina bem organizada e não receber muitos estímulos que podem deixa-las mais agitadas. Elas devem contar com um ambiente tranquilo e calmo para fazer as tarefas, facilitando melhor sua concentração. O professor estando preparado e em sintonia com os pais poderá orientá-los sobre como lidar com esses alunos.
De acordo com Fortunato: 
Um “olhar atento” sob o foco diferenciado em relação às crianças diagnosticadas com TDAH é o ponto de partida para o trabalho dos profissionais da educação frente a práticas pedagógicas adequadas. Compreender que o funcionamento do cérebro do TDAH é bastante peculiar e que isto acaba por trazer-lhe um comportamento típico, responsável tanto por suas melhores qualidades, como por suas maiores angústias e desacertos, é de fundamental importância para os professores. (FORTUNATO, 2011, p.5)
No dia a dia escolar o professor deve manter o equilíbrio e a clareza para não chamar de hiperativas as crianças que demonstram comportamentos ativos inapropriados para a idade, sem ter analisado o contexto social, familiar e educacional, as condições físicas da criança e do ambiente.
 	Garcia esclarece que:
[...] as atitudes pessoais dos docentes (relativamente às transgressões da disciplina escolar e as diferenças entre os próprios professores quanto à tolerância para com as condutas interativas) influem no surgimento de problemas comportamentais nas crianças em idade escolar. (Garcia, 2001, p. 37)
O trabalho com alunos que apresentam TDAH constituem um desafio para professor, porém quando bem embasado, com o apoio das famílias e de uma equipe multiprofissional poderá ter muito sucesso nesta empreitada.
3.ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA UM TRABALHO COM ALUNOS PORTADORES DE TDAH
		Os alunos que apresentam TDAH podem ter sucesso nas salas regulares, desde que se tenha um cuidado maior no tratamento com estes alunos e se realize as intervenções adequadas no ambiente estrutural da escola, modificações curriculares e sejam utilizadas estratégias adequadas à situação do aluno.
Um aspecto muito importante no trabalho educativo com o aluno com TDAH é a necessidade de estarem integradas as instituições educacionais, com as famílias e profissionais que atendam essas crianças para que por meio do diálogo e troca de experiências se estabeleçam diretrizes para o tratamento e as intervenções necessárias.
	Em primeiro lugar o professor deve conhecer o aluno e seu ambiente familiar para planejar e traçar as estratégias educativas que possam alcança-lo e assim garantir sua aprendizagem. 
		Fortunato (2011, p.9) afirma que o professor deve unir saber teórico com práticas pedagógicas que revelem o ensino no sentido de instigar os estudantes com TDAH, a “descobrirem-se diante do mundo”. Práticas pedagógicas que demonstrem o ensino no sentido de “fazer descobrir”, “levar a pensar”, “saber e ter coragem” de usar as ideias projetadas pelos estudantes, respeitando suas hipóteses na construção de conhecimentos.
3.1 Procedimentos didáticos para um trabalho com alunos portadores de TDAH
	A escola tem papel fundamental na formação do aluno e o professor deve buscar práticas de ensino e metodologias adequadas que facilitem a aprendizagem do estudante com TDAH. 
Eidt e Ferracioli afirmam que:
Na maior parte das vezes é apenas na escola que a criança terá contato com os conteúdos sistematizados e ricos, distintos daqueles de seu cotidiano fora da instituição escolar. Essas atividades e conteúdos escolares lhe proporcionarão apropriações a que, dificilmente, teria acesso em casa ou em outros lugares, ao menos não com a mesma complexidade e, portanto, como vimos até aqui, que não impulsionarão o desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, cada vez mais próximas daquilo que há de mais elaborado no gênero humano. O educador tem a tarefa de organizar as mediações entre adultos e criança, para que funções como a linguagem ou autodomínio do comportamento possam ser controladas cada vez mais conscientemente por ela. (EIDT E FERRACIOLI, 2013, p.121)
	O homem consegue desenvolver as funções psicológicas superiores por meio de estímulos de atividades complexas. Assim, Reis e Camargo (2008) esclarece que a melhor maneira de superar os obstáculos encontrados pelos alunos com TDAH em sala de aula é a mudança de postura do professor, no sentido de tornar o ensino mais participativo, solidário, democrático, criativo e reflexivo, ao mesmo tempo em que as políticas educacionais devem contribuir para a promoção social de todos, em sua diversidade. 
De acordo com Fortunato:
Um “olhar atento” sob o foco diferenciado em relação às crianças diagnosticadas com TDAH é o ponto de partida para o trabalho dos profissionais da educação frente as práticas pedagógicas adequadas. Compreender que o funcionamento do cérebro do TDAH é bastante peculiar e que isto acaba por trazer-lhe um comportamento típico, responsável tanto por suas melhores qualidades, como por suas maiores angústias e desacertos, é de fundamental importância para os professores. (FORTUNATO, 2011, p.5)
	Assim o professor ao lidar com o aluno com TDAH deve estar bem preparado para vencer os muitos desafios que estes alunos representam. Ele deve ser democrático, amigo e empático com o aluno que apresenta este transtorno, buscando sentir como se estivesse na mesma situação e circunstância experimentada por ele. 
O professor deve procurar ouvir o aluno, ter sensibilidade para perceber as dificuldades apresentadas por eles, mesmo quando estas ainda não forem verbalizadas.
Leite e Tuleski ressaltam que:
Ao ensinar qualquer conteúdo ao estudante, é importante que este saiba qual a relevância daquilo que está sendo ensinado. Ao reconhecer determinado conteúdo (atividade) como necessário à sua vida, o estudante atribuirá sentido à atividade que implica no estudo daquele conteúdo e, consequentemente, fixará sua atenção e seu comportamento voluntariamente naquilo que está sendo ensinado. (LEITE E TULESKI, 2011, p.9)
As ações da escola são de fundamental importância, assim como a postura do professor perante a criança com este transtorno, o que pode influenciar todo o seu processo de aprendizagem com reflexos negativos ou positivos.
Ferreira afirma que:
A reflexão individual sobre a prática em sala de aula deve se somar ao conhecimento científico já existente sobre estratégias de ensino mais dinâmicas e inovadoras. [...] 
O conteúdo curricular pode se tornar mais acessível a todas as crianças. Jovens e adultos em escolarização se for trabalhado por meio de estratégias de ensino participativas e inovadoras que possibilitam ao educando aprender a aprender autônoma e colaborativamente. (FERREIRA, 2005, p. 46).
O trabalho escolar com um aluno com TDAH exige do professor muita criatividade, calma e paciência; e que se estabeleça sempre novas regras e limites, de uma forma afetiva.
Será necessário o apoio de uma equipe multidisciplinar, da direção e orientação pedagógica do colégio, e de um contato mais estreito com os pais. Se possível, nas turmas em que tiver maior incidência de TDAH, deveria ter monitores com real vontade de ajudar.
 O desempenho escolar de um aluno com TDAH é sempre marcado por altos e baixos, onde ora ele aprende perfeitamente e ora apresenta sérias dificuldades de aprendizagem.
	Desta forma é necessário que os professores estejam preparados fazendo intervenções eficientes no ambiente educativo e na sua atuação com estes alunos. 
 Goldstein apud Viaro (2008, p. 213) apresenta orientações para queo professor consiga sucesso no trabalho com este aluno:
1)proporcionar estrutura, organização e constância (sempre a mesma arrumação das cadeiras, programas diários e regras claramente definidas);
2) colocar a criança perto de colegas que não a provoquem (perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo);
3) elogiar, encorajar e ser afetuoso (essas crianças desanimam facilmente);
4) dar responsabilidades que elas possam cumprir, fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.
5) proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada;
6) nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno;
7) favorecer oportunidades sociais e proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos, pois em grupos menores as crianças conseguem melhores resultados;
8) comunicar-se com os pais da criança porque, geralmente, eles sabem o que é melhor para o seu filho;
9) diminuir o ritmo do trabalho e parcelar as tarefas (tarefas de cinco minutos cada trazem melhores resultados do que duas tarefas de meia hora);
10) adaptar suas expectativas relativas à criança, levando em consideração as diferenças e inabilidades decorrentes do TDAH;
11) recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado;
12) proporcionar exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade (uma avaliação frequente sobre o comportamento da criança consigo mesma e com os outros, ajudará bastante);
13) estabelecer limites claros e objetivos;
14) facilitar o frequente contato aluno/professor, pois auxilia em um controle extra sobre a criança e possibilita oportunidades de reforço positivo e incentivo a um comportamento mais adequado. (VIARO, 2008, p. 213)
De acordo com Freitas et al. uma vez diagnosticado o TDAH, o professor terá condições de ajudar este aluno sem, com isso, prejudicar a turma. Por meio de algumas estratégias, ele pode facilitar o cotidiano dessa criança na escola, pois “ela deve ser incentivada a aprender da forma consensual, mas também não precisa ser desestimulada a nunca mais tentar formas diferentes de resolver os mesmos problemas”. (FREITAS et al., 2010, p. 178) 
	Alguns cuidados com esses alunos se fazem necessários como: sentá-los de preferência nas primeiras fileiras da sala, nunca perto da porta ou da janela, para evitar que se distraiam. As atividades, se possível, não devem ser longas, para que não ultrapassem o tempo de concentração desses alunos.
 É importante ainda procurar diversificar o método de ensino, variando as aulas e as metodologias a fim de motivar esses alunos. O professor no decorrer do seu trabalho vai percebendo quais as melhores abordagens capazes de gerar um ganho significativo para os alunos com TDAH.
O professor deve se preocupar em desenvolver da melhor maneira o conteúdo, escolher as metodologias apropriadas e ainda segundo Belli (2008) deve-se planejar e organizar o ambiente em sala de aula de maneira que atenda às necessidades, interesses e minimize as dificuldades do aluno com TDAH, deve também manter a rotina e estabelecer regras claras na sala de aula. 
Outros pontos apontados por Belli (2008) se refere a reduzir a presença de muitos estímulos e não encher a sala com decorações que possam levar a distrações, utilizar dicas e lembretes sobre a rotina e o planejamento de atividades e tarefas a serem executadas no decorrer de determinado tempo, por exemplo, de um bimestre.
Também segundo o mesmo autor deve proporcionar um ambiente acolhedor em sala de aula, colocar a criança na frente, perto de sua mesa, longe da janela e porta ou ao lado de colegas que não o distraiam. Em atividades em grupo, observar com quem ele melhor trabalha e procure manter esse grupo na maior parte das vezes, para que ocorra a aprendizagem necessária e favoreça relações sociais.
 	Estas estratégias são simples e podem resultar em sucesso na aprendizagem dos alunos com TDAH. Este transtorno na escola significa muito mais que um desafio para os professores, mas um aprendizado, pois o professor aprende muito com os alunos e estes especialmente por apresentar características peculiares forçam a professor a estudar e buscar novas fontes, mecanismos e alternativas capazes de facilitar a aprendizagem destes estudantes.
Assim é importante que os professores estejam atentos ao comportamento dos alunos e que haja total atenção aos estudantes, para que seja possível detectar algum problema que esteja relacionado à aprendizagem ou aos seus relacionamentos com os colegas de classe.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo ficou evidenciado que a falta de conhecimento sobre o TDAH faz com que este transtorno muitas vezes seja considerado como indisciplina ou falta de limites dos alunos, o que leva ao estresse de muitos professores e a dificuldades na aprendizagem, à evasão e à repetência. 
Porém tais situações poderiam ser evitadas se escola, professores e família se interagirem e assim intervirem positivamente buscando um melhor desempenho e comportamento deste aluno.
Um dos principais sintomas do aluno com TDAH é a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. O aluno com TDAH geralmente apresenta dificuldades em ter iniciativa, planejamento, autocontrole e conclusão nas tarefas, o que ocasiona dificuldades na escola e nos relacionamentos. 
Estes alunos são considerados como desligados, desajeitados, pois não param quietos por muito tempo. Existem três tipos como de TDAH, ou seja, os predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo, o tipo combinado que é o mais frequente. 
O trabalho educativo com o aluno com TDAH deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, com o envolvimento da escola e da família, para que ambos realizem um trabalho em conjunto. O diagnóstico do TDAH deve ser realizado o mais cedo possível para que este aluno tenha um acompanhamento e possa melhorar seu desempenho escolar.
O TDAH geralmente leva dificuldades de aprendizagem, devido às próprias implicações do transtorno e à falta de intervenções adequadas. Assim, nas escolas este é um dos fatores responsáveis por repetências, desinteresse e desmotivação escolar, o que pode levar à evasão escolar.
Desta forma, o engajamento familiar, dos professores e da escola é um grande diferencial para que o aluno com TDAH supere suas dificuldades e possa transformá-las em habilidades.
O professor comprometido, que se envolve afetivamente com seus alunos e que busca novos conhecimentos e atualizações obtém melhores resultados com os alunos com TDAH. O cuidado, a atenção e a busca de novos recursos e estratégias educativas deve ser a tônica de professores que tem alunos com este transtorno na sala de aula e desejam ter um trabalho proveitoso.
Os alunos com TDAH por meio de orientações adequadas, poderão vir a ser ótimos alunos, pois existe em cada um deles um grande potencial de crescimento a ser desenvolvido.
	
	
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