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ESPÉCIES E MORFOLOGIA - RANICULTURA

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ESPÉCIES E MORFOLOGIA 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Filo: Chordata 
 Sub-filo: Vertebrata 
 SuperClasse: Gnathostomata 
 Classe: Anfíbios 
Anfíbios (amphi=duplo e bios=vida), ou seja, possuem duas fases de vida 
Fase de vida inicial, larval, que é aquática. Sofre metamorfose e quando completa, vive em 
ambiente terrestre. 
Primeiro anfíbio: Ichthyostega (375 milhões de ano) 
CARACTERÍSTICAS: 
 Clima frio 
 Presa e predadores 
 Terras altas 
 Bacia de agua doce 
 Florestas 
 Mares rasos 
ANFÍBIOS 
 Adaptados ao meio terrestres 
 Dependentes de água 
 Esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d’água 
 Pulmões, pernas e órgãos dos sentidos podem funcionar tanto na água quanto no ar 
 Pele fine e glândulas mucosas (evita ressecamento pela exposição ao sol) 
 Possuem respiração cutânea 
 Muco mantem superfície do corpo úmida e lisa, menor atrito na água durante o 
mergulho 
 Pouca queratina, proteína para a formação de escamas, placas córneas, unhas e 
garras. 
 Ectotérmicos, regulam temperatura do corpo conforme o ambiente 
 Hábitos noturnos para evitar sol e ressecamento da pele 
DIVISÃO DOS ANFÍBIOS 
 Caudara ou Urodela 
 Gymnophiona ou ápoda 
 Anura (foco de estudos) 
 
OS 3 GRUPOS POSSUEM CARACTERÍSTICAS COMPARTILHADAS: 
 Dentes pedicelados de dentina calcificada, e uma zona intermediária de dentina não 
calcificada ou tecido conjuntivo fibroso 
 Bastonetes verdes (células visuais) 
 Papila amphibiorim: área sensorial no ouvido interno que recebe sinais acústicos com 
freq. Inferior a 1000 Hz 
 Glandula mucosa e granulares de estrutura particular na pele 
 Respiração cutânea (mas também pulmonar) 
 Pele sem pelos, penas ou escamas epidermais 
 Costelas curtas, que não circundam o corpo 
GENERALIDADES 
 Grande dependência da água 
 Oviparidade 
 Grau de desenvolvimento dos membros locomotores (larva nasce só com corpo e dps 
desenvolve membros 
 Ovos sem casca (ambiente aquático) 
 Carnívora 
 Metamorfose de larvas aquáticas para adultos terrestres 
GYMNOPHIONA OU ÁPODA 
 Animais escavadores 
 Sem membros locomotores e cintura pélvica 
 Corpo alongado 
 Anéis queratinizados em todo seu corpo 
 Causa curta ou ausente 
 Cobras cegas ou cecilias 
 170 espécies nessa ordem 
 No BR 20 sp 
 Vivem em ambientes subterrâneos 
 Locomoção por movimentos sepentiformes por anéis 
CAUDATA OU URODELA 
 Corpo com cabeça, tronco e causa 
 Dois pares de membros iguais 
 500 espécies 
 Salamandras 
 No BR: Bolitoglossa paraenses, B. altamazonica, B caldwellar, B. madeira, B. tapajônica 
 Existem animais que vivem toda parte do tempo na água ou em ambiente terrestre ou 
nos dois ambientes 
 Pode ou não sofrer metamorfose 
 Locomovem por ondulação 
 Crânio achatada 
 Órbitas grandes (percepção de predadores e captura de presas) 
 Pedomorfose: capacidade de se regenerar, e retenção de características larvais, 
ausência de pálpebras, possuem brânquias, dentes e linha lateral (órgão sensorial). 
Respiração pulmonar reduzida ou ausente 
 Fertilização externa: ovos e larvas são aquáticos 
 Fertilidade interna: ovos e larvas aquativos, ovos terrestes e larvas aquativas, ovos 
terrestres e larvas terrestres ovos terrestres e desenvolvimento direto sem fase larval, 
ovos retidos nos ovidutos (viviparidade-sem fase larval) 
 Ex: saçamandra gigante da china, maior espécie, chega a 1,2m 
 Alimentação por brotação da língua, principais alimentos, moluscos, minhocas, 
artrópodes, ratos. 
ANURA 
 É o maior grupo de anfíbios 
 Cabeça e tronco fusionados 
 Sem causa na fase adulta 
 Sem escamas 
 Dois pares de membros, boca grande 
 25 famílias e + de 3800 espécies 
 700 espécies no BR 
DIFERENCIAÇÃO DENTRO DOS ANURA 
 Sapo 
 Perereca (origem indígena, nome significa “andar aos saltos”) 
 Rã 
SAPO 
 Família Bufanidae 
 Pele seca, rugosa e com verrugas 
 Possuem glândulas de veneno (paratóides), só expele o veneno caso seja pressiomado, 
ex: cachorro morder 
 Mito veneno na urina 
 Membros posteriores curtos, saltos curtos 
 Não são comestíveis 
 Desova forma um cordão gelatinoso 
 Não se assustam com presença do homem 
 Cor escurecida (marrom) 
 Grande parte de vida terrestre, ficando mais distante do ambiente aquático 
 Fase de larvas, girinos, metamorfose e animal adulto. 
RÃ 
 Família Ranidae, Pipidae e Leptodactylidae 
 Pele fina, úmida, lisa, sem verrugas 
 Não tem glândulas de veneno 
 Membros posteriores tem 60% do corpo total, com saltos longos 
 Ótimas nadadoras 
 Comestíveis 
 Desova em massa gelatinosa ou espuma 
 Longos saltos 
 Cor verde a marrom claro 
 Interesse no consumo por conto dos membros mais desenvolvidos, tendo mais carne. 
 Ossos são pequenos, costelas não envolvem todo corpo 
 Diferença entre sapo e rã são os membros posteriores e gland de venenos 
PERERECA 
 Menores do grupo dos Anuro 
 Família Hylidae 
 Possuem ventosas nas pontas dos dedos, o que confere capacidade de se grudar nos 
lugares 
 Boas saltadoras 
 Coloridas 
 Membros posteriores finos e longos 
 Ovos em pequeno bolo de espuma 
 Não são comestíveis 
 Perereca-de-vidro ou rã-de-vidro: Hyalinobatrachium uronoscupim, pode ser 
encontrada no BR, Argentina e Paraguai, 6 espécies de rã transparente no mundo. Dá 
pra enxergar seus órgãos através da pele 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
 Rã Sapo Perereca 
Gênero Rana Bufo Hyla 
Tamanho Pequeno a grande Médio Pequeno 
Cor Verde e marrom Marrom Diversas 
Corpo Esguio e liso Troncudo e rugoso Frágil 
Veneno Sem Com glândulas Geralmente sem 
Patas Longas e musculosas Pequenas Longas ventosas 
Desova Espalhadas Em cordão Em espuma 
Dependência da água Total Para reprodução Parcial 
 
OS ANFÍBIOS SÃO VENENOSOS? 
 Apenas de inofensivos aos seres humanos, os anfíbios, possuem glândulas espalhadas 
por toda a pele que podem produzir secreções toxicas 
 Em casos existem regiões especiais da pele que possuem acúmulos dessas glândulas, 
tais como as paratóides dos sapos 
 Proteção dos anfíbios contra o ataque de predadores e a defesa da pele contra 
infecções por bactérias e fungos 
 Diferentemente das cobras, não dispõem de meios para injetar os venenos que 
produzem. 
 Apenas saem quando as glândulas são pressionadas, como mordida de cachorros. 
 Possuem interesse para potenciais fármacos. 
VENENO DOS ANUROS 
 A maioria das espécies da família Dendrobatidae produz secreção toxicas na pele, 
algumas estão entra as mais letais conhecidas, sendo mais venenosas que a peçonha 
das serpentes marinas ou de qualquer um dos mais peçonhentos aracnídeos 
 O veneno extremamente tóxico de três espécies de Phyllobates, um dentrobatídeo sul 
americano, é utilizado por uma tribo indígena do oeste da Colômbia para envenenar as 
extremidades dos dardos das zarabatanas. 
EXEMPLO DE ESPÉCIES VENENOSAS DENDROBATES 
 D. azureus 
 D. pumilio 
 D. histrionicus 
 D. reticulatus 
 D. terribilis 
 D. histrionicus 
PORQUE OS ANUROS CANTAM? 
 Produzido pela passagem forçada do ar dos pulmões pelas cordas vocais e cartilagens 
adjacentes situadas na laringe 
 Sons parecidos com assobios, buzina, latidos de cão, pingos de agua caindo, ferro 
batendo, etc 
 Provem dos machos de sapos, rã e pererecas que cantam a noite chamando as fêmeas 
para o acasalamento, quanto mais tempo permanecer cantando, mais chances de 
encontrar femea, podem passar algumas noites inteiras cantando. 
TIPOS DE CANTOS 
 Canto de anuncio: funções básicas de atrair fêmeas coespecíficas e, ao mesmo tempo, 
avisar outros machos da ocupação territorial, este canto é subdividido em três: canto 
de acasalamento, canto territorial e canto de encontro (durante interações entre 
machos e fêmeas) 
 Canto de reciprocidade: emitido por fêmeas receptivas a machos coespecíficos. 
 Canto de “soltura”: um sinal vocal associado a vibrações corporais que indicam que um
macho está tentando manter-se em amplexo com outro, ou com uma fêmea que já 
desovou 
 Canto agonístico: em resposta a um distúrbio agudo ou a um evento de predação. 
 
REPRODUÇÃO 
 A fêmea, estimulada pelo abraço nupcial, põe os ovos, estes vão sendo fertilizados 
pelo sêmen expelido pelo macho 
 Cecílias: macho que possuem órgão copulador 
 Salamandas: macho deposita no chão bolsas contendo os espermatozoides, os 
espermatóforos, são recolhidos pela fêmea através da cloaca. 
CICLO DE VIDA RÃ 
 Ovos 
 Fertilização 
 Fecundação 
 Formação do embrião 
 Eclosão 
 Girinagem, fases: G1, G2, G3, G4 
 Imago 
 Adulto 
RÃ TOURO – GIGANTE (LITHOBATES CATESBEIANUS) 
Características: 
 Vive em média 16 anos sendo de 10 anos a sua capacidade produtiva 
 Reprodutor permanece de 4 a 5 anos no ranário 
 Chega a 3000 ovos na primeira desova, podendo ir a 20.000 ovos nos subsequentes 
 Atinge a maturidade sexual com 1 ano quando peso médio de 250 gramas 
 Chega a 30 cm no comprimento total 
 O tom da pele vai do verde-claro ao verde-escuro 
 Possui membrana interdigital nas patas traseiras 
 Coaxar dos machos durante a reprodução 
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS: 
 Clico reprodutivos: 2. Sendo o primeiro de setembro a janeiro, postagem do ovo e 
depois de 2,5 a 3 meses na faze de imago. Já o segundo ciclo de fevereiro a abril, 
postagem de ovos e de 6 a 8 meses imago. 
 Precocidade: maturidade sexual +- 1 ano 
 Prolificidade: 1° ano 3000 a 5000 óvulos. 2° ano: 6000 a 10000. A partir do 3° ano: 
+15.000 
 Peso de abate: mínimo 150g e máximo de 250 a 300g. feito após 4 a 5 meses após 
metamorfose. Mais viável até 250g. 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS EXTERNOS 
 As rãs apresentam pele úmida e glândulas 
 Dois pares de membros para andar ou nadar 
 Duas narinas 
 Olhos frequentemente com pálpebras móveis (membranas nictitantes) – lubrificação 
do olho em ambientes externos 
 Boca geralmente com dentes finos 
 Língua frequentemente protrátil 
 Fecundação externa 
 Ovo envolvidos em cápsulas gelatinosas 
 Composição cabeça e boca: narinas, pálpebras superiores, entrado do esôfago, glote, 
abertura do saco vocal, abertura do tubo de Eustáquio, língua, dentes vomerianos, 
coanas, dentes maxilares. 
MAIS ASPECTOS MORFOLÓGICOS 
 Durante a fase de girino passam por metamorfose 
 Sofrem transformação fisiológicas e anatômicas 
 Após, passam a viver na terra 
 Recém-metamorfoseadas são imagos 
 Girinos são onívoros e possuem respiração cutânea e branquial 
 Imagos são carnívoros e caçadores 
 Respiração bucofaringea, pulmonar e cutânea 
RÃS NATIVAS BRASILEIRAS 
Não podem ser produzidas comercialmente 
Exemplos: 
 Rã manteiga ( Leptodactylus ocellatus), distribuído por todo pais, chega de 8 a 10 cm e 
pesa de 90 a 350g. Produtividade inferior da rã touro. 
 Rã caçote (L. macrosternum), encontrado no PR, SP, MG e boa parte do NE, chega de 6 
a 12 cm e peso de 50 a 130g, como não cresce muito não é muito interessante. 
 Rã-pimenta (L. labyrinthicus) tem potencial para prod por conta do seu peso. Chega de 
12 a 19,5 cm e pesa de 400 a 1100g, encontrada amplamente no BR exceto amazonia. 
Proibida sua caça por risco de extinção 
 Rã-defumada-da-selva (L. pentadactylus), exclusiva da região amazônica, chega de 11 a 
18,5 cm e de 300 a 950g 
 Rã-marrim (L.flavopictus) encontrada na faiza litorânea de SP e ES, chega de 10 a 14 
cm e peso de 150 a 350g. Pouco interesse de caça mas é ameaçada por perda de 
habitat. 
 Rã de dedos finos (L knudseni), restrita certas áreas amazônicas, chega de 10 a 15 cm 
quando adulto e peso de 160 a 400g 
 Rã da terra de Boulenger (L rhodomystax), encontrada no AM, MT e MA, chega a 
medir de 6 a 9 cm e peso de 80 a 150g. 
 Rã das pedras (L sypahx) encontrada no MT, MG e PB, mede de 6 a 8 cm e pesa de 60 a 
120 g. uma das poucas espécies que apresentam pele um pouco rugosa. 
PRINCIPAIS ESPÉCIES CONSUMIDAS 
 Rã-touro americana (Lithobates catesbeianus) 
 Rã-gigante chilena (Calyptocephalella gayi) - chile 
 Rã-coralina (Leptodactylus laticeps) – argentina 
 Rã-leopardo do norte (Rana pipiens) – EUA/Canadá 
 Rã ibérica (pelophylaz perezi) – Espanha 
 Rã comestível (Edible frog) – híbrido desenvolvido na França 
 Rã chinesa (Hoplobatrachus rugulosus) – China 
 Rã indiana (Hoplobatrachus tigerinus) – India – Thailândia 
 Rã golias (Conraua goliath) – Camarões 
O PAPEL DOS ANFÍBIOS NO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO 
 Seus ovos e girinos servem de alimento a aves, peixes e a uma infinidade de outros 
seres aquáticos 
 Os jovens e adultos entram na composição da dieta de muitas cobras, lagartos, aves, 
mamíferos, peixes e outros anfíbios 
 A maioria dos girinos alimentam-se principalmente de algas 
 A alimentação dos adultos é exclusivamente carnívora 
 As espécies menores se alimentam de insetos e outros invertebrados 
 Espécies de grande porte, podem ingerir pequenos vertebrados como cobras, lagartos, 
ratos, pássaros, e até mesmo outros anfíbios

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