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Manejo na Produção

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Manejo na Produção 
 
Zootecnicamente: Reprodução → Girinagem 1→ Girinagem 2→Girinagem 3→ 
Girinagem 4→ Recria→ Terminação 
 
Setor de Reprodução 
- Inovações na reprodução 
1. Criação de duas áreas distintas de manejo: 
Área de acasalamento: os casais são colocados após a reprodução; 
Área de mantença: semelhantes ao setor de recria/terminação, os machos e fêmeas 
são criados separadamente. 
2. Climatização: ambiente favorável de modo que os fatores bióticos e abióticos 
sejam controlados; 
3. Metodologia de indução à reprodução (fertilização artificial). 
Seu correto manejo permite a produção constante de rãs ao longo do ano. 
 
Seleção dos reprodutores 
Fêmeas: 
Volume do ventre: indica que o aparelho reprodutor está preparado; 
Fator de condição K=W/Lb, L=comprimento e b=3,654; 
Índice entre diâmetro do abdômen e da distância entre os olhos; 
I=Da/D, o valor mínimo=3 (>3 F maturas). 
 
Machos: 
Região gular com intensa coloração amarela e com dilatação na base; 
Amplexo; 
Tímpano em destaque. 
 
Seleção nas fases da criação a fim de ficarmos com os melhores animais: 
A. Fecundação: observar se o macho produz boa quantidade de esperma (% de ovos 
eclodidos em consideração aos óvulos postos pela fêmea). 
B. Desova: o número de óvulos deve ser alto → 5 a 6 mil ovos/desova. 
C. Eclosão: verificação das eclosões dos ovos. 
D. Girinos: não usar os mais fracos, raquíticos, originários de desovas de baixa 
eclosão e de casais consanguíneos. 
E. Rãs jovens: não usar as fracas, defeituosas, doentes e mal desenvolvidas. 
 
Renovação dos reprodutores 
Realizada num intervalo de tempo inferior a quatro anos; 
O desempenho dos animais decai quando comparado aos primeiros anos de vida; 
A primeira desova de uma fêmea pode chegar a 20.000 ovócitos viáveis; 
Considera-se 10.000 larvas viáveis (10.000 girinos eclodidos). 
*Já foi observado, em campo, fêmeas de rã-touro, em seu ambiente nativo, gerar até 
80.000 ovos num único ciclo reprodutivo. 
 
Densidade dos Reprodutores 
Área de acasalamento 
Sistema tradicional: 
-Densidade de 2 reprodutores/m2; 
-1M:2F ou 1M:3F. 
 
Sistema Anfigranja: 
Baia de acasalamento individual → 1 casal/baia 
Baia de acasalamento coletivo → 2 reprodutores/m2 
*Taxas de fecundação entre 70-85%, relação de 3M:1F 
 
Seção de mantença 
Baias separadas para machos e fêmeas; 
Densidade de 10 rãs/m2; 
Não pode haver local para acasalamento. 
*Sistema anfigranja: baias de mantença → 20 a 30 rãs/m2 
*Para a unidade mínima de produção são necessários apenas 10 casais de reprodutores, 
o que representa 2 m2 de área destinada a esse setor. 
 
 
Manejo de Rotina 
Limpeza; 
Remoção de sujidades – restos de ração, fezes, urina e água das piscinas; 
Não reaproveitar a ração que sobra nos cochos ou locais onde ela é depositada; 
Renovação da água, sem cloro, metais pesados e outros contaminantes químicos; 
Controle de temperatura; 
Fornecer o alimento após a limpeza. 
 
Oferta de alimentos 
A observação do tratador é fundamental 
 
Climatização do ambiente 
Controle dos fatores abióticos – simulam as condições de primavera e verão; 
Temperatura o ar entre 25°C; 
Temperatura da água próxima de 25°C, não ultrapassar os 28°C – pode levar à 
mortalidade e deformidade dos embriões; 
O fotoperíodo deve ser definido entre 12:12 e 14:10; 
Umidade relativa do ar acima dos 80%. 
 
Controle do plantel 
Controle numérico do plantel em toda a criação; 
Registro do número de reprodutores alojados; 
Marcação feita amputando-se os dedos e artelhos. 
 
Cuidados na identificação do animal 
Chip de identificação deve ser colocado na coxa do animal; 
Não colocar o chip de identificação próximo ao osso do animal; 
 
Controle do acasalamento 
 
Identificação 
-Permite determinar os acasalamentos e o controle das proles; 
-Controle do grau de parentesco e da consanguinidade; 
-Eliminação de animais que apresentam baixa taxa de fertilidade. 
*Uma das principais atuações do ranicultor no manejo reprodutivo é: escolher os 
reprodutores mais aptos para o acasalamento, impedindo os acasalamentos ao acaso. 
*Procedimento fundamental para o sucesso nos acasalamentos programados, atendendo 
demanda de desovas para o cronograma de girinos. 
 
Controle da prole 
Acompanhamento das proles; 
Apresenta bom desempenho no crescimento; 
Optar pela manutenção ou não dos reprodutores; 
Evitar a repetição de acasalamentos que possam originar animais defeituosos. 
 
 
 
Linhagem monossexo 
Motivo para desenvolvimento: 
1. Ecológico: no caso de fugas ou acidentes, menor risco de reproduzirem 
2. Produção de monossexo de fêmeas. Por quê? 
-Machos quando iniciam maturação sexual têm comportamento territorial e agressivo, 
afetando o desempenho do crescimento; 
-Somente fêmeas, ambiente fica mais calmo e o crescimento é mais uniforme. 
 
 
Processo para a produção de monossexo fêmea 
 
 
 
Linhagem monossexo 
Problemas da técnica: 
-Limitação da maioria dos ranicultores por falta de estrutura adequada e técnicos 
especializados; 
-Constatação de forte influência da temperatura ambiente na determinação do sexo da rã-
touro, quando ainda estão definindo o sexo (↑T=masculiniza, ↓T=feminiza); 
-Dependendo da temperatura ambiente, não se obtém 100% de monossexo. 
 
Caráter albino 
Caráter recessivo homozigótico (aa); 
Se caracteriza pela incapacidade de produzir melanina; 
Rã-touro albina apresenta pele amarela, olhos vermelho e carne mais clara; 
A carne da rã albina e PIGalbina não apresentam pigmento preto nos vasos sanguíneos e 
fibras musculares. 
 
Existe diferença na carne? 
Rã albina é mais macia que a da rã pigmentada; 
Carne da PIGalbina tem grau de maciez intermediário entre as duas. 
E desempenho? 
Crescimento das rãs albinas é menor que das rãs pigmentadas; 
Crescimento das rãs PIGalbinas é semelhante ao das rãs pigmentadas. 
 
 
 
Manejo girino, recria e terminação 
 
Desenvolvimento da rã 
1. Incubação da desova 
-Após coleta e contagem dos ovos a desova deverá ser depositada: 
Tanque de eclosão; 
Incubadora flutuante; 
Para cada 1000 ovos → 80 cm2; 
2 ovos/litro água. 
-Eclosão: 
Os embriões eclodem de 3 a 5 dias; 
Tem cor negra e vivem do saco vitelínico; 
No 10° iniciam a busca pelo alimento exógeno (plâncton colocada na água). 
 
2. Girinagem 
As inovações estão ligadas ao tipo de tanque e à alimentação diversificada; 
Inicia-se o manejo em tanques artificiais por 15 a 20 dias; 
O animal é adaptado a se alimentar de rações em pó, e depois é transferido para tanques 
escavados, onde a diversidade de alimentos é maior; 
Alimentação combinada com frutas e legumes como abóbora, descobriu-se que digerem 
e aproveitam melhor o carboidrato do que proteínas e lipídeos; 
Metamorfose final cessa a alimentação; 
Anfigranjas utilizam caixas de fibroamianto ou tanques de argamassa; 
Maior facilidade do manejo, com consequente redução do volume de trabalho do tratador; 
Menor custo, maior durabilidade e impermeabilidade; 
Maior aproveitamento de espaço, se adequam às dimensões de edificação; 
Multiplicidade no uso de (girinos, desovas e acasalamentos). 
 
Densidade 
Tanques de alvenaria: 
Girinos com até 2g →2 girinos/litro d’água; 
Girinos com mais de 2g → 0,5 – 1 girino/litro d’água; 
Viveiros escavados: 0,05 girino/litro= 50m3. 
Oferta de alimento 
Alimento fornecido na quantidade adequada; 
Sobras de ração fermentam e causam eutrofização. 
 
Oferta diária de alimento: 
Após cálculo fornecer na superfície da água ou cochos submersos. 
 
Coleta de girinos 
Nas horas mais frescas do dia (evitar exposição ao sol); 
Tanque esgotado; 
Regular cotovelo de drenagem para esgotar gradativamente; 
Evitar a pressão; 
Caixa coletora de girinos; 
Através da tubulação. 
 
 
 
Limpeza dos tanques 
Diariamente quando há circulação da água ou troca de toda a água 1x/semana (tanques 
de alvenaria); 
Eliminação das substâncias tóxicas, restosde ração e fezes; 
Coletar animais mortos; 
Periodicamente, após retirar todos os girinos do tanque: 
Limpar e desinfetar (água sanitária 20%); 
Viveiro: retirar matéria orgânica do fundo; 
Cal (paredes e no fundo); 
Sol (1 semana). 
 
Biometria 
1x/semana ou a cada 15 dias → peso médio girinos/tanque; 
Lote mais homogêneo → menor amostra; 
Coleta aleatória em diferentes pontos do tanque. 
*Para toda a fase larval mortalidade máxima de 30% 
*Período final (clímax) o mais perigoso, pelas transformações e o estresse a que são 
submetidos os animais. 
 
Metamorfose 
Tanques com baixa lâmina d’água (de 5 a 7cm), abundância de aguapés ou outro anteparo 
flutuante e sombreamento constante; 
Alimentação somente após a absorção da cauda – entre 7 a 10 dias; 
Junto aos imagos provoca lesões em contato com o solo, levando o lote à doenças e 
consequentes perdas econômicas; 
Os imagos já aprenderam a comer, são maiores, o que favorece seu instinto canibal 
perante girinos. 
 
Existem duas variações para coleta de imagos nos tanques: 
1-“Seleção natural” que se configura como um pequeno tanque contíguo ao tanque maior, 
onde por meio de uma tampa os animais se auto seleciona e se separam dos animais. 
2-Caixa coletora, caixa flutuante que confere apoio e ambiente menos luminoso, 
procurando por um girino em clímax metamorfósico. 
 
Coleta de imagos 
Rã pronta para ir para o setor de recria; 
Durante a reabsorção da cauda, devem permanecer em local tranquilo e protegido das 
chuvas, sol, frio, etc; 
Anotar a quantidade de animais para manter atualizado o número de girinos que 
permanecem no tanque; 
Transferir para as baias de terminação. 
 
3. Imago 
Principal desafio é o novo hábito alimentar; 
Chegam a este setor pesando entre 8 e 10g e deixam de ser imagos quando apresentam 
50g (prx. 30 dias); 
A mortalidade esperada pode chegar até 20%; 
Já para a fase de terminação espera-se mortalidade de até 5%. 
 
Mortalidade 
Coletar com o auxílio de uma pá ou pegador especificamente para este fim; 
Usar utensílios que se destacarão dos demais e possam ser higienizados separadamente; 
Os animais coletados deverão ser transportados a um forno crematório na propriedade, 
que servirá na erradicação de quaisquer agentes infecciosos; 
Recomenda-se proceder ao manejo sem adentrar as baias, o que também reduzirá a 
incidência de doenças no ranário. 
*Estas regras se aplicam a todos os setores e manejos referentes ao ranário. 
 
4. Terminação 
Acima de 50g passamos a chamar os animais de rãs; 
Considerando todo desenvolvimento, o peso de abate é alcançado em três a quatro 
meses, tendo-se no total seis a sete meses de ciclo; 
Varia em função de particularidades de clima, manejo ou relação ao peso de abate, 
dependendo do mercado comprados ou da unidade beneficiadora; 
O formato dos tanques usados varia em função do clima, disponibilidade de água, 
facilidade de compra de materiais, velocidade de implantação... 
 
Transporte 
– Girinos 
G1 (pequeno porte), transporte em saco plástico com um terço de sua capacidade 
preenchido com água; 
Insuflando-se oxigênio puro nesse saco, pode-se carregar até seiscentos girinos por 
litro; 
Sem oxigênio puro – apenas o terço de água e o ar – apenas cem girinos por litro. 
 
G2, G3 e G4 são retirados dos tanques com um puçá ou peneira e colocados em 
bandejas plásticas ou quadros de tela sem água; 
Não se deve aglomerá-los; 
Classificar os animais para que se tenha um lote uniforme. 
 
- Imagos 
Saco de aniagem, com capacidade para 20kg; 
Para evitar a aglomeração, preenche-se um quarto do volume do saco com aguapés 
recém-removidos da água; 
Evita-se que os animais se amontoem e sufoquem uns aos outros; 
Podem ser transportados até 500 imagos. 
 
- Adultos 
Sacos de aniagem de 20kg; 
Não há necessidade de usar os aguapés, pois as cinquenta ou cem rãs que cabem no 
saco têm maior mobilidade e “conquistam” espaço para respirar; 
Reprodutores devem ser transportados, preferencialmente, um em cada saco; 
No caso de os poros do tecido do saco serem muito pequenos, deve-se tomar cuidado 
para não molhá-lo: a umidade obstrui esses poros. 
 
O sucesso da ranicultura depende essencialmente do manejo alimentar e 
reprodutivo 
*Sem boa alimentação, bom manejo e boas condições no ambiente não há como fazer 
uma boa seleção pois as más condições nivelam por baixo o bom e o mau indivíduo.

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