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Questão 1) Uma barra de aço tem 50,1mm de diâmetro a 025 C . Um disco de latão tem um diâmetro interno de 50,0mm , ambos a mesma temperatura. Qual o acréscimo de temperatura que esse conjunto deve sofrer para que a barra passe (justa) pelo disco? Resolução: Devemos admitir que quando a esfera passa pelo anel, o diâmetro da esfera de aço é igual ao diâmetro interno do anel de alumínio. Portanto, basta determinar o valor de ∆T para que essa igualdade ocorra. Assim, da expressão A = Ao + ∆A, podemos fazer: Aaço = Alat → Ao aço + ∆A aço = Ao lat + ∆AAal → ∆A al - ∆A aço = Ao aço - Ao lat (1) Substituindo a expressão ∆A = β.Ao.∆T na equação (1), obtemos: Questão 2) ) O tanque de gasolina de seu carro tem capacidade para 40 litros. Suponha que você encha completamente o tanque numa manha, à sombra com temperatura de 015 C e logo depois estacione o carro ao sol, que faz a temperatura chegar a 035 C . Considere 5 0 12,0.10 LATÃO C − −= , 4 0 19,6.10GAS C − −= e determine, em litros [ ]L , o volume de gasolina que transborda do tanque. Resolução: O tanque e a gasolina sofrerão dilatação volumétrica com o aumento da temperatura. Porém, a gasolina sofrerá uma dilatação maior que o tanque. Sendo assim, o volume da gasolina que transbordará será a diferença entre o quanto de volume de gasolina que aumentou e o quanto de volume do tanque que aumentou: Sabendo que ∆T = 35º - 15º = 20º C Sabendo que γLATÃO = 3αLATÃO Dilatação do Tanque: Dilatação da Gasolina: Volume que transborda: O volume que transborda é do tanque é de 0,72 litros Questão 3) O gráfico abaixo ilustra as variações de temperatura de um pedaço de metal ( 00,25 . cal c g C = ), e de um pedaço de gelo, com massa de 200g , colocados em contato. Determine a massa do pedaço de metal. 0( )T C 90 metal 40 0 gelo→ água ( )Q cal Resolução: Observando o gráfico, também podemos entender que: Sobre o princípio de trocas de calor, podemos dizer que "a soma de todos os calores de um sistema resulta em 0". Para isso, temos a fórmula: ou Que, simplificando, ficaria algo do tipo: E para nossa questão, fica: Que para nosso caso fica: QL = 200.80 = 16000 cal Calores sensíveis. Anote esse valor também. Pra terminar, vamos calcular o calor sensível do metal em questão, sabendo que precisamos descobrir sua massa. Substituindo os calores que já sabemos o valor, ficamos com: 16000 + 8000 + QS metal = 0 Agora que temos uma equação com uma única incógnita, podemos descobrir o calor sensível do metal: QS metal = -24000 Sabendo disso, podemos voltar para a fórmula original: Substituindo o valor recém-descoberto: mmetal.(-12,5) = -24000 E agora é só resolver: mmetal.(-12,5) = -24000 mmetal = -24000/-12,5 mmetal = 1920 g Sabendo disso, podemos responder a pergunta: Massa do pedaço metálico: 1920 g Questão 4) A figura desta questão ilustra uma massa constante de gás perfeito que sofre a transformação A B C D E→ → → → . Com base na figura determine: [ ]p atm 2,80 C 2,40 B 1,80 A 1, 40 D 0,80 E 0 10 20 30 40 50 [ ]V l a)(0,50) A temperatura do gás no estado E[ ET ], sabendo que no estado A ela vale 360AT K= . Resolução: Para determinarmos a temperatura do gás no estado E, utilizaremos a equação geral dos gases perfeitos: 1 1 2 2 1 2 . .p V p V T T = Utilizando os dados do estado A para determinarmos o do estado E, temos: 1,8.10 0,8.50 360 ET = Assim, 18 14400 14400 800 18 E E T T K = = = Portanto, a temperatura do gás no estado E [TE] é de 800 K. b)(0,50) Em que estado a temperatura do gás é máxima. Justifique sua resposta. Resolução: De acordo com a equação de Clayperon, a temperatura é diretamente proporcional à pressão e ao volume. Assim, p.V = n.R.T Dessa maneira, o estado onde o produto entre a pressão e o volume for maior, a temperatura do gás será máxima. Logo, Estado A: 1,8.10 = 18 Estado B: 2,4.20 = 48 Estado C: 2,8.30 = 84 Estado D: 1,4.40 = 56 Estado E: 0,8.50 = 40 O estado em que a temperatura é máxima é o estado C. Questão 5) Uma plataforma é usada para servir de apoio para funcionários que estão trabalhando numa ponte. A plataforma flutua sobre 10 tonéis vazios (massas desprezíveis) cujo volume individual é 30,5m . Para dar sustentação, a plataforma tem três contra-pesos de ferro com volume individual de 30,1m . A plataforma recebe carga total (funcionários) e os tonéis ficam totalmente submersos. Considere que a plataforma vazia pesa 20000,00N , determine, aproximadamente, quantos funcionários com massa de 68,5kg a plataforma pode suportar sem naufragar? Adote para a massa específica do ferro, 37800,00 /kg m = . Água Resolução: Para determinarmos a quantidade de funcionário, temos que primeiro determinar o peso máximo extra que a plataforma suporta. Dessa maneira, o empuxo dos tonéis mais o empuxo dos contra-pesos será igual ao peso total. Assim, o empuxo total é igual ao peso da plataforma mais o peso dos contra-pesos mais o peso máximo extra, que será o peso total dos funcionários: ETONÉIS + ECONTRA = PPLAT + PCONTRA + PEXTRA (1) Calculando o empuxo dos tonéis, considerando a massa específica da água, ρ = 1000 kg/m3, e a aceleração da gravidade local, g = 9,81 m/s2: ( ) . . 1000. 0,5.10 .9,81 49050 L LDTONÉIS TONÉIS TONÉIS E V g E E N = = = E agora determinando o empuxo dos contra-pesos: ( ) . . 1000. 0,1.3 .9,81 2943 CONTRA L LD CONTRA CONTRA E V g E E N = = = O peso total dos três contra-pesos é de: ( ) . . 7800. 0,1.3 .9,81 22955,4 CONTRA F F CONTRA CONTRA P V g P P N = = = Substituindo o que temos e o que determinamos na equação (1), temos: 49050 + 2943 = 20000 + 22955,4 + PEXTRA PEXTRA = 51993 – 42955,4 PEXTRA = 9037,6 N Vamos determinar a massa total de pessoas que a plataforma suporta: PEXTRA = MPESSOAS.g MPESSOAS.9,81 = 9037,6 MPESSOAS = 9037,6/9,81 MPESSOAS = 921,26 kg Logo, a quantidade de funcionários de massa de 68,5 kg que a plataforma suportará será a razão entra a massa total acima determinada e a massa de cada funcionário: . 921,26 13,45 68,5 PESSOAS FUNC M N M N = = = Assim, a quantidade de funcionários será de aproximadamente 13. Questão 6) Imagine uma camada de glicerina, a 00 C , contida entre duas placas circulares, de área A, separadas por uma distância 8,0d cm= . Sabendo que, devido a um coeficiente de viscosidade de 2.7,0 N s m = , a velocidade do fluido, quando a placa superior é submetida à uma força de cisalhamento, varia com a altura do mesmo, segundo a expressão 0( ) y v y v d = , com 0v sendo a velocidade do fluido quando y d= e y a altura do fluido. a)(0,50) Calcule o volume compreendido entre as placas preenchido com a glicerina, quando uma força de F = 50 N seja capaz de movimentar o fluídoà 0 15,00 /v m s= . b)(0,50) Calcule também o raio r das placas, considerando os dados apresentados. Resolução: a) A tensão de cisalhamento é dada pelo produto entre o coeficiente de viscosidade e a taxa de variação da velocidade do fluido. Assim, (1) dv dt = E a velocidade do fluido varia com a altura do mesmo segundo a expressão: ( ) 0v y v y d = Derivando a equação acima, temos: ( ) 0 (2) dv y v dy d = Substituindo a equação (2) na equação (1), temos: 0v d = Logo, a tensão de cisalhamento é dada por: 2157 1312,5 / 0,08 N m = = A tensão de cisalhamento também é dada pela razão entre a força e a área: (3) F A = Assim, 250 0,0381 1312,5 F A A m = = = Sabendo que o volume de um cilindro é dado como o produto da área da base pela altura, temos: 3 3 . . 0,0381.0,08 3,048.10 bV A h V A d V V m− = = = = Logo, o volume compreendido entre as placas é de 3,048.10-3 m3. b) Para determinar o raio das placas, é só utilizar a área de uma das placas calculada no item anterior. Assim, 2 2 2 0,0381 0,0381 0,01213 0,01213 0,11 A r r r r m = = = = = = Logo, o raio r das placas é de 0,11 m. Questão 7) Uma substância com massa 200g , está inicialmente à 05 C− . Considere os dados abaixo para a substância e determine: 0 0 0 0 0 Ponto e fusão[PF] = 5 Ponto e ebulição[PE] =80 Calor específico na fase sólida: =2cal/g. Calor específico na fase líquida: =0,8cal/g. Calor específico na fase gasosa: =1,5cal/g. Cal S L V C C c C c C c C or latende de fusão: L = 10cal/g Calor latente de vaporização: L = 25cal/gF V a)(0,70) A quantidade de calor total que se deve fornecer a ela para que atinja a temperatura de 090 C . Resolução: De -5º C até 90º C, a substância seguirá o caminho dado abaixo: Como o ponto de fusão é de 5º C, ela está no estado sólido. Assim, De -5º C → 5º C: calor sensível (QS1) Em 5º C, ela passará do estado sólido para o líquido. Logo, temos calor latente (QL1). De 5º C → 80º C: calor sensível (QS2) Em 80º C, ela passará do estado líquido para o gasoso. Logo, temos calor latente (QL2). De 80º C → 90º C: calor sensível (QS3) Assim, QS1 = massa .calor específico na fase sólida. variação de temperatura QS1 = 200g . 2 cal/gºC . [5 - (-5)] ºC = 200.2.10 QS1 = 4000 cal QL1 = massa . calor latente de fusão QL1 = 200g . 10 cal/g QL1 = 2000 cal QS2 = massa .calor específico na fase líquida. variação de temperatura QS2 = 200g . 0,8 cal/gºC . (80 - 5) ºC = 200.0,8.75 QS2 = 12000 cal QL2 = massa . calor latente de vaporização QL2 = 200g . 25cal/g QL2 = 5000 cal QS3 = massa .calor específico na fase gasosa. variação de temperatura QS3 = 200g . 1,5 cal/gºC . (90 - 80) ºC = 200.1,5.10 QS3 = 3000 cal Quantidade de calor total = QS1 + QL1 + QS2 + QL2 + QS3 Quantidade de calor total = 4000 cal + 2000 cal + 12000 cal + 5000 cal + 3000 cal Quantidade de calor total = 26000 cal b)(0,30) Represente no sistema de eixos abaixo, a curva de aquecimento para todo o processo, indicando no gráfico os valores calculados. Questão 8 Imagine uma máquina que opera entre dois reservatórios térmicos. Calcule o tempo necessário para que ao receber 200J de energia, a máquina realize 5000W de potência com eficiência de 15%. Calcule quanta energia é desperdiçada pela mesma. Resolução: A quantidade de energia recebida é na forma de trabalho, W, da vizinhança. É retirada uma quantidade de energia Q1, por calor, de um reservatório térmico de temperatura baixa T1 e é cedida uma quantidade maior de energia Q2, também por calor, para um reservatório térmico de temperatura alta T2. Assim, para determinarmos o tempo necessário utilizaremos que a potência é a razão entre a energia recebida e o referido tempo. Logo, ot W P t = E o tempo será de: Assim, o tempo necessário é de 0,27 s. Sabendo que a eficiência da máquina é a razão entre a quantidade de energia retirada e a energia recebida, temos: 1Q W = Logo, 1 . 0,15.200 30 Q W J= = = Assim, a energia desperdiçada é de 30 J. Questão 9 Uma barra de gelo, com massa 20kg , à temperatura de 010 C− , é colocada em um recipiente contendo líquido a 050 C . Determine a massa de vapor de água a 0120 C deve ser colocada no recipiente para restabelecer a temperatura inicial do líquido. Considere os valores abaixo e determine a massa de vapor de água a 0120 C que deve ser colocada no recipiente para restabelecer a temperatura inicial do líquido. 0 0 Calor latende de fusão: L = 80cal/g Calor latende de vaporização: L = 540cal/g. Calor específico do gelo =0,50cal/g. Calor específico na fase gasosa: =0,48cal/g. F V G Vc C c C Resolução: Essa questão possui o mesmo raciocínio da questão 3. Sabendo que a temperatura de equilíbrio térmico é de 50ºC, temos que: O gelo sairá de -10ºC até 0ºC (calor sensível – QSG), depois haverá a fusão dele (calor latente – QLG) e, por fim, transformado em água irá de 0ºC até 50ºC (calor sensível QSA1). O vapor sairá de 120ºC até 100ºC (calor sensível - QSV), depois haverá a liquefação dele (calor latente - QLV) e, por fim, transformado em água irá de 100ºC até 50ºC (calor sensível - QSA2). Sobre o princípio de trocas de calor, podemos dizer que "a soma de todos os calores de um sistema resulta em 0". Para isso, temos a fórmula: ou Que, simplificando, ficaria algo do tipo: E para nossa questão, fica: QSG + QLG + QSA1 + QSV + QLV + QSA2 = 0 (1) QSG = massa .calor específico do gelo. variação de temperatura QSG = 20000g . 0,5 cal/gºC . [0 - (-10)] ºC = 20000.0,5.10 QSG = 100000 cal QLG = massa . calor latente de fusão QLG = 20000g . 80 cal/g QLG = 1600000 cal QSA1 = massa .calor específico da água. variação de temperatura QSA1 = 20000g . 1 cal/gºC . (50 - 0) ºC = 20000.1.50 QSA1 = 1000000 cal QSV = massa .calor específico do vapor. variação de temperatura QSV = mV . 0,48 cal/gºC . (100 - 120]) ºC = mV . 0,48 . (-20) QSV = -9,6mV cal QLV = massa . calor latente de liquefação (= - vaporização) QLV = mV . (-540) cal/g QLV = -540mV cal QSA2 = massa .calor específico da água. variação de temperatura QSA2 = mV . 1 cal/gºC . (50 - 100) ºC = mV.1.(-50) QSA2 = -50mV cal Substituindo os calores na equação 1, ficamos com: 100000 + 1600000 + 1000000 - 9,6mV - 540mV - 50mV = 0 Agora que temos uma equação com uma única incógnita, podemos descobrir a massa do vapor: 2700000 – 599,6mV = 0 599,6mV = 2700000 2700000 4503 599,6 Vm g= = Sabendo disso, podemos responder a pergunta: Massa de vapor de água: 4503 g = 4,503 kg. Questão 10 A figura desta questão mostra um sistema formado por quatro manômetros. O líquido contido na coluna é o mercúrio. Os manômetro B e C registram, respectivamente, as pressões de 3810,6.10 Pa e 3300,00.10 Pa . O reservatório 3 está submetido à pressão de 3500,00.10 Pa . Determine: A C ATMp ar ar ar B 1 2 3 h a)(0,70) A leitura do manômetro A. b)(0,30) A leitura h da coluna de mercúrio. Resolução: a) A pressão no manômetro A é a diferença entre a pressão no reservatório 1 e a pressão no reservatório 2. Assim, pMA = p1 – p2 (1) Vamos determinar a pressão no reservatório1, pois a pressão no manômetro B é a diferença entre a pressão no reservatório 1 e a pressão atmosférica. Considerando a pressão atmosférica 1,01325.105 Pa, temos pMB = p1 – patm Logo, p1 = pMB + patm p1 = 810,6.103 Pa + 101,325.103 Pa = 911,925.103 Pa (2) Agora, vamos determinar a pressão no reservatório 2, pois a pressão no manômetro C é a diferença entre a pressão no reservatório 2 e a pressão no reservatório 3. Assim, pMC = p2 – p3 Logo, p2 = pMC + p3 p2 = 300.103 Pa + 500.103 Pa = 800.103 Pa (3) Dessa maneira, podemos substituir o resultado (2) e o (3) na equação (1): pMA = 911,925.103 Pa - 800.103 Pa pMA = 111,925.103 Pa Logo, a leitura do manômetro A é de 111,925.103 Pa. Resolução: b) Pelo Princípio de Stevin, a pressão no reservatório 3 é a pressão da coluna de mercúrio mais a pressão atmosférica. Assim, p3 = ρHg.g.h + patm Sabendo que a densidade do mercúrio é de 13600 kg/m3 e a aceleração da gravidade é de 9,81 m/s2, vamos determinar a leitura h da coluna de mercúrio: ρHg.g.h = p3 - patm 13600.9,81.h = 500.103 – 101,325.103 Logo, a leitura da altura da coluna de mercúrio é de 2,99 m.
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