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PROPOSTA DE MELHORIA NO LAYOUT NO ESCRITÓRIO OFICINA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

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PROPOSTA DE MELHORIA NO LAYOUT NO ESCRITÓRIO OFICINA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 
Alessandro Rissato Cartelli¹ (CUCR)
Bruno de Andrade Maron² (CUCR)
RESUMO
O presente artigo discute a importância do layout nos espaços das organizações, um layout bem planejado oferece um ambiente mais agradável para se trabalhar e mais organizado, possibilitando ter agilidade e conforto para realizar o serviço ou até mesmo na produção de uma mercadoria. Com o objetivo de verificar as situações de trabalho de um escritório de uma oficina mecânica industrial, para propor um novo layout, adequado a fim de proporcionar, melhorar e beneficiar as condição ergonômica de trabalho para os colaboradores, foi realizado estudo através de pesquisa qualitativa , quantitativa e pesquisa de caso, além de bibliográfica em artigos, livros e sites como o Google Acadêmico e Scielo para obter referências teóricas e diálogo com o que foi observado in loco. Após a observação, estudo e planejamento de um novo layout para o escritório, obteve-se um lugar com a área maior e um local de fácil acesso para todos os colaboradores, mais facilidade para a comunicação entre as pessoas do setor de manutenção e do administrativo, ganho com o espaço físico 24 m² a mais e 50% em ganho em computadores a disposição para técnicos, etc. Como o escritório ainda não foi totalmente concluído, resta a análise se as sugestões foram acatadas, melhorando o layout do escritório de forma geral.
 Palavras-chave: Layout. Espaço. Ergonomia. Ambiente. 
ABSTRACT
This article discusses the importance of layout in the spaces of organizations, since a well-planned layout offers a nicer environment to work and more organized, allowing for agility and comfort to perform the service or even in the production of a merchandise. Thus, in order to verify the working situations of an office of an industrial mechanical workshop, to propose a new layout, suitable to provide, improve and benefit the ergonomic working conditions for employees, a study was conducted through research. quantitative and case research, as well as bibliographic articles, books and sites such as Google Scholar and Scielo for theoretical references and dialogue with what was observed in loco. After observing, studying and planning a new office layout, we got a place with the largest space and a place easily accessible to all employees, easier communication between people in the maintenance and administrative sectors, gain with the physical space 24 m² more and 50% in gain in computers available to technicians, etc. Since the office has not yet been fully completed, the analysis remains if the suggestions were accepted, improving the overall office layout.
Keywords: Layout, Space, Ergonomics, Environment
1 INTRODUÇÃO
O layout e suas mudanças oferece um ambiente mais agradável para se trabalhar e mais organizado, possibilita ter agilidade e conforto para realizar o serviço ou até mesmo na produção de uma mercadoria.
Hasan et al. (2012) afirma que um layout ideal tem influência nas operações, podendo reduzir em até 50% as despesas e tendo a tendência de minimização do tempo total de produção; a utilizar todo o espaço, garantindo a segurança e conforto dos funcionários e flexibilidade para arranjo das operações.
Segundo a ABNT NR-17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto. Conforme Cury (2009), o layout corresponde ao arranjo de diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas e equipamentos. 
Já de acordo com Silva ,Rentes (2012), o layout ou arranjo físico do setor de manutenção tem como organização de ser definido como a localização e a distribuição dos seus serviços, como máquinas, equipamentos, pessoas, instalações. Ao definir os arranjos físicos é necessário refletir-se diretamente sobre as pessoas que trabalham no local. Slack et al. (2009) destacam algumas das razões práticas que tornam as decisões sobre layouts importantes:
Organizar o arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil e de longa duração devido às dimensões físicas de recursos de transformação movidos;
 O pré-arranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou perdas na produção;
 Se o arranjo físico (examinado a posteriori) está errado, pode levar a padrões de fluxo excessivamente longos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, tempos de processamento desnecessariamente longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos. 
Assim, essa pesquisa tem como objetivo, verificar as situações de trabalho de um escritório de uma oficina mecânica industrial, para propor um novo layout, adequado a fim de proporcionar, melhorar e beneficiar as condições ergonômicas de trabalho para os colaboradores.
 
2 PADRÕES DE LAYOUT
O arranjo físico ou layout é a técnica de administração de operações que tem como objetivo criar uma interface entre o homem e a máquina para aumentar a eficiência do sistema de produção, sendo que um fluxo bem estudado e planejado permite a rapidez do atravessamento do produto pelo sistema produtivo. Desta forma, otimiza-se o tempo e ocorre a rápida transformação da matéria-prima em produto final, reduzindo o tempo de espera (PARANHOS FILHO, 2007).
De acordo com Rocha (1995), p.242) layout é:
[...] a posição relativa 
– dos departamentos, seções ou escritórios dentro de um conjunto de uma fábrica, oficina ou área de trabalho;
- das máquinas, dos pontos de armazenamento e do trabalho manual e intelectual dentro de cada departamento ou seção;
- dos meios de suprimento e acesso às áreas de armazenamento e de serviço, tudo relacionado dentro do fluxo do trabalho.
Esse autor afirma que é necessário que todos os espaços obedeçam os princípios do layout para uma melhor distribuição das estações de trabalho dentro de uma organização. Assim, Rocha (1995) destaca os seguintes princípios a serem observados, quais sejam:
· Princípio da Economia de Movimento: o layout busca diminuir as distâncias entre o operador e os recursos materiais que usa, economizando tempo e energia;
· Princípio do Fluxo Progressivo: o layout deve permitir movimento contínuo entre uma operação e a subsequente, sem paradas, voltas ou cruzamentos, tanto para pessoas quanto para equipamentos. Para facilitar o fluxo de ambos, deve ser adotada uma distribuição mais racional do mobiliário, buscando minimizar acidentes, assim como distâncias entre postos de trabalho;
· Princípio da Flexibilidade: o layout deve permitir arranjos econômicos em face de inúmeras situações que as empresas podem enfrentar, como futuras expansões, permitindo áreas de reserva à colocação de novos postos, máquinas, mobiliário, dentre outros;
· Princípio da Integração: deve-se utilizar da melhor forma possível os espaços disponíveis, visando conforto e segurança aos colaboradores e garantir integração, quando necessária, entre os diversos colaboradores ou setores.
A maneira que o arranjo físico de uma empresa é disposto traz resultados significativos. Um bom layout do local de trabalho é tudo que inclui o ambiente, desde o planejamento do espaço, a organização do escritório, preocupação com a estrutura física, iluminação e circulação de ar, entre outros. Um ambiente mal organizado pode gerar o desconforto do funcionário.
Ainda de acordo com Paranhos Filho (2007), o layout é muito importante para a produtividade porque o fluxo dos processos pode ser otimizado ou prejudicado em função da distribuição física dos equipamentos. Por isso a importância de ser bem planejado, visto que as alterações futuras podem ser custosas ou mesmo impraticáveis, como é o caso de um sistema de pintura e máquinas de grande porte que necessitem de fundação, por exemplo.Desta forma, ao planejar o espaço físico e convivente, é necessário atentar-se para alguns tipos de layout. Conforme Araújo (2009) os layouts são classificados em quatro tipos: layout em estação de trabalho, layout em corredor, layout em espaço aberto e layout panorâmico.
2.1 LAYOUT EM ESTAÇÃO DE TRABALHO
Araújo (2009), afirma que neste tipo de layout não há desvantagem, por existir várias formas de local de trabalho. As estações de trabalho são dispostas em amplos espaços, sendo raramente encontradas em salas de poucos espaços ou “dimensões”. O exemplo do layout de estação de trabalho está mostrado na figura abaixo.
Figura 1 – Layout em estação de trabalho
 Fonte: Araújo (2009)
2.2 LAYOUT EM CORREDOR
Conforme Araújo (2009) o layout de corredor é um excelente modo para realizar trabalhos em equipes. As desvantagens que existem nesse tipo de layout são os preços das divisórias, e o espaço perdido das divisórias das salas, e também podem influenciar na estrutura social dos grupos, possibilitando atrito, fazendo que haja uma disputa interna trabalhista. Segue na figura abaixo um exemplo de layout de corredor
 
 Figura 2 – Layout em corredor
 Fonte: Araujo, 2009, p.103
 
2.3 LAYOUT EM ESPAÇO ABERTO
Esse tipo de layout pode ser realizado em grandes áreas, como em áreas de grande população humana (ARAÚJO, 2009). Na maioria das vezes um andar somente para um departamento, exemplo: RH, gerência ou pessoal de supervisão.
 	 Figura -3 Layout em espaço aberto
 Fonte: Araújo (2019)
 As vantagens, fácil a comunicação entre o pessoal e os fluxos de documentos exemplo: documentos para assinatura, etc. Já a desvantagem fica fácil os colaboradores perderem o foco no serviço por devido escutar as conversas alheias, tendo a probabilidade de cometer erros. Araújo (2009,p.57). 
 Fica difícil imaginar 25 assessores de todas as áreas preparando o planejamento para o ano seguinte. Mesmo com o gerente (ou gestor) colocando uma mesa de frente para todo pessoal, fica difícil o controle disciplinar. O deslocamento do titular para certo ponto desguarnece outros pontos de interesse do próprio titular da gerência. É como o professor em dia de exame, numa sala de 60 ou 70 alunos. A atenção dada a um aluno, num certo ponto da sala oferece condições aos demais para pequenas confabulações. Araújo (2009 , pg.57)
2.4 LAYOUT PANORÂMICO
Segundo Araújo (2009) o layout panorâmico é separado por divisórias simples e convencionais. Neste tipo de layout pode-se observar os seguintes aspectos:
· Há divisória e meia parede com vidro transparente.
· Tem diferença nas tonalidades das mesas, apesar de ter o mesmo padrão, aonde fica fácil a identificação da estrutura da empresa.
· Mesmo que a divisória seja transparente não tira a privacidade do funcionário e até mesmo porque o espaço é demarcado.
Figura -4 Layout espaço panorâmico
 Fonte: Araújo (2009)
3 ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA
Por meio de pesquisas em bases de dados on line foi verificado que no site Google Acadêmico foram publicados aproximadamente 5.370 artigos de 2010 até 27/05/2019 referente ao layout do escritório oficina industrial, sendo que o ano 2017 foi o ano que teve maior número de publicações, obtendo-se 1.310 publicações. No ano de 2019 encontrou-se somente 157 publicações até o dia 27 de maio. No site Scielo foram encontrados 117 artigos. O gráfico abaixo mostra como foi à publicação do seu ano, no sistema de pesquisa do Google Acadêmico.
Gráfico 01. Representação de artigos encontrados no Google Acadêmico.
 Fonte: Dados da pesquisa (2019).
 Gráfico 02. Representação de artigos encontrados no Scielo.
 Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Observando os dois gráficos do site Google Acadêmico e Scielo o ano que teve mais publicações sobre layout de escritório de oficina industrial foi ano de 2017 onde houveram mais publicações.
4 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, quantitativa e estudo de caso que busca informações técnicas e documentais. Conforme Yin (2016), o método e ordem que deve impor aos diferentes processos para atingir um dado a fim ou resultado esperado, na referência teórica foram verificados artigos livros, revistas e sites para realizar a pesquisa bibliográfica.
De acordo Yin (2016) o estudo apresenta uma investigação adquirida durante a vida toda, compreende um método abrangente, com lógica do planejamento e de coleta de dados. 
Conforme Araujo (2010) o layout é o equilíbrio entre pessoas, máquinas, equipamentos e materiais em uma organização, determinado pelos processos e viabilizado pelo planejamento do layout para melhoria.
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
O objetivo foi avaliar o layout do escritório para encontrar os pontos positivos e os negativos e, a partir desse momento buscar uma solução para a otimização do mesmo, com foco na ergonomia.
A ergonomia nos ambientes de trabalho está regulamentada pela NR 17 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, onde constam as normas regulamentadoras que foram criadas para regulamentar e fornecer orientações sobre os procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e Medicina do Trabalho. Elas constam e foram aprovadas pela Portaria MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social) N.° 3.214, 8 de junho de 1978 e são obrigatórias a todas as empresas regidas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
A NR 17 tem como objetivo “estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente” (ABNT, 2009).
Em relação aos itens que constam na norma, destaca-se alguns que são importantes e referem-se à estação de trabalho, assim como os equipamentos que são usados pelo trabalhador. A norma estabelece, além de condições de trabalho, a prevenção de possíveis problemas de saúde com prescrições da ergonomia. Uma postura inadequada, com equipamentos que não oferecem conforto e segurança, contribui para o surgimento de lesões.
Em seu parágrafo primeiro, a NR 17 diz que “As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho” (ABNT, 2009).
Para obter uma análise foi realizada uma pesquisa in loco num escritório de uma oficina de manutenção industrial na cidade de Guarapuava (PR).
Foi realizado um levantamento físico, por meio de um questionário (em anexo), fotografias para comparação dos escritórios, para elaborar a melhor solução.
O gráfico abaixo demonstra alguns problemas que precisam ser analisados e melhorados.
 Gráfico 03. Representação do questionário
 Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Conforme o gráfico acima, observou-se que os problemas maiores do escritório são a falta de espaço, o barulho constante, a falta de privacidade e mesas fora dos padrões de ergonomia.
Figura 5: Planta baixa 
 
 Fonte: Dados da pesquisa (2019).
O espaço do escritório é de 36 m², contendo 7 mesas de 1,60 m, um balcão de 0,60x5 m, dois armários de gaveta de ferro e um armário de madeira paraguardar documentação.
O escritório apresenta um barulho constante acima do permitido. Conforme Jan e Bernard (2012), os limites máximos de ruídos que não provocam perturbação nas atividade de concentração mental moderada (escritórios) é de 55 dB(A) mas em escritório rotineiro é de 70 dB(A), feito a medição com aparelho Instrutherm DEC-470 (decibelmetrô digital) teve uma variação de barulho que foi de mínimo.76,7 dB e o máximo 81,6 dB.
Figura 6: Escritório antigo 
 
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
Figura 07: Mostra outro lado em direção a porta
 
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
 Figura 08: Mostra todo escritório antigo.
 
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
.
Como se pode observar por meio das figuras apresentadas acima, o ambiente de trabalho era apertado, com pouco acesso, difícil comunicação com os demais colaboradores da sala até mesmo para assuntos mais importantes, que devido ao escritório estar numa oficina de manutenção industrial com o menor número de colaboradores, foi solicitado avaliação a respeito de outro lugar para se alocar o escritório central da manutenção. Foi verificado ainda que no barracão onde concentrava-se a maioria dos colaboradores poderia ser alterado o layout para a otimização dos processos.
Constatou-se também uma área que era utilizada pela oficina de manutenção civil, a qual poderia alocar o escritório da manutenção. Foram verificados vários tipos de layout para se adequar nesse ambiente que contém um espaço amplo e de fácil acesso. Assim, realizou-se uma reunião com os supervisores para propor um novo layout para o escritório.
De acordo com Kamaruddin et al. (2013), toda adaptação dos funcionários para a mudança na organização da área de trabalho maximiza a eficiência e torna-se essencial para a redução do tempo de serviço.
A partir do das falhas levantadas e apresentadas no gráfico, parte-se para a análise específica de cada item:
· Em relação ao espaço onde estão situadas as mesas no escritório, a NR 17 diz que “sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição” (ABNT, 2009). Verificou-se que o espaço destinado às mesas de trabalho era inadequado, pois além de dificultar o acesso e o trânsito dos colaboradores, não favorecia o processo comunicacional entre os mesmos.
Smith (2002) afirma que todos os postos de trabalho dentro de uma organização devem se apresentar como um local apropriado ao bem-estar físico e mental dos colaboradores. Portanto, ao se projetar um local de trabalho, é necessário que se conheça as exigências funcionais das atividades a serem realizadas e de conceitos e práticas ergonômicas. De acordo com essa autora, ao se planejar um layout, algumas questões devem ser consideradas:
· O padrão e os objetivos estratégicos da empresa;
· Planos para implementação de novas e diferentes tecnologias;
· O tempo que o colaborador passa executando a tarefa dentro do escritório;
· A interação entre os colaboradores;
· A dimensão e os tipos de equipamentos que constituem os postos de trabalho.
Além disso, Smith (2002), pontua que estações de trabalho pequenas fazem com que os colaboradores que usam esses espaços fiquem mais próximos à fontes de ruídos como impressoras ou o próprio ruído resultante da comunicação entre os colegas e considerar também que a superfície de trabalho dica reduzida, dificultando a execução das tarefas.
Em contrapartida, estações muito grandes dificultam o compartilhamento de recursos e desfavorecer as relações sociais. Assim, compreende-se que o ideal ao se planejar um layout, é levar em consideração dados como a antropometria dos ocupantes, as necessidades de iluminação e ventilação, interação com outros postos de trabalho e o ambiente externo, dentre outros. 
Ainda na visão desta autora, é difícil ter uma área que seja dimensionalmente satisfatória a todas as situações. Diante disso, é fundamental fazer um estudo do espaço para se elencar os critérios mais relevantes e que são possíveis de adaptação.
Quanto à privacidade, no escritório objeto de estudo, notou-se que, pelo pouco espaço e área de circulação, a privacidade é inviável.
Freitas (1981) afirma que os mecanismos ou veículos usados para implementar os níveis desejados de privacidade, os quais funcionam como um sistema integrado, são mecanismos reguladores das fronteiras interpessoais, a fim de realizar um certo nível de privacidade e controle seletivo do acesso a alguém ou algum grupo. E são discriminados por pela autora como: 
· Comportamento espacial, relativo à forma de relacionar-se com o espaço e os objetos no ambiente; 
· Comportamento verbal; 
· Comportamento segundo normas culturais e costumes locais. 
Os esforços que o indivíduo faz para conseguir estes ajustes podem ter um custo físico, psicológico ou social, apresentando-se em forma de doenças, estresse ou ansiedade. Por isso a necessidade do colaborador poder contar com um mínimo de privacidade em seu posto de trabalho (FREITAS, 1981).
Quanto à disposição do mobiliário nos postos de trabalho, ressalta-se que a NR 17 teve papel preponderante na evolução dos espaços de trabalho informatizados no Brasil, uma vez que obrigou os fabricantes de móveis e acessórios a aplicar critérios na confecção de seus produtos para atender o mercado consumidor. 
Permitiu, também, a concepção de postos de trabalho adaptados às novas situações de trabalho. Por outro lado, a norma não prevê a organização do espaço com um enfoque global, frente às novas mudanças. A análise das exigências de trabalho permite que se determine precisamente as dimensões da totalidade dos elementos do posto. 
A concepção e a configuração do mobiliário do posto de trabalho, segundo Dul (2013), deverá integrar ao menos: 
· A disposição, a acessibilidade e o ajustamento dos diferentes suportes e equipamentos de trabalho; 
· Os arranjos nos seus diferentes níveis de acessibilidade; 
· As posturas, os movimentos e os deslocamentos; 
· As comunicações em relação aos outros postos; 
· Atendimento e a recepção das pessoas; 
· A possibilidade de associação em relação aos outros postos. 
A NR 17, em seu parágrafo 17.3.2 determina que:
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar (ABNT, 2009).
Neste ponto, percebe-se a necessidade e a importância do planejamento do layout com vistas ao bem-estar do colaborador e o melhor aproveitamento do espaço disponível.
No que diz respeito aos ruídos, observou-se que é um item que incomoda os colaboradores do escritório em análise.
A NR 17, no parágrafo 17.5.2 determina que 
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO (ABNT, 2009).
Tabela 01 Níveis de ruído
	Nivel sonoro dB
	Tipos das Areas
	Min
	Max
	
	35
	45
	Hospitais (áreas de apartamento, enfermaria, berçários e centro cirúrgico);
	40
	55
	Escolas (salas de aula e laboratórios);
	45
	55
	Hotéis (portaria, recepção e circulação);
	40
	50
	Restaurantes;
	40
	50
	Igrejas e templos;
	45
	60
	Ginásios poliesportivos
	40
	45
	Escritórios pequenos
	55
	70
	Escritórios grandes
Fonte: Dadosda pesquisa (2019)   
A NBR 10152 define a faixa de valores em decibéis para o conforto acústico de cada localidade, de acordo com o cálculo dos parâmetros de pressão sonora ponderada (em pascal), nível da pressão sonora (em decibéis), nível de pressão sonora ponderada (em decibéis) e a curva de avaliação de ruído (NC).
Desta forma, após fixar cada uma dessas grandezas e por meio de análise gráfica a partir da frequência em hertz do som emitido, a NBR 10152 indica os seguintes valores em decibéis: 
Onde:
· O valor inferior da faixa indica o nível sonoro para conforto acústico no local;
· O valor superior da faixa representa a intensidade sonora aceitável para aquele ambiente;
· O valor superior ao limite indicado é definido como desconforto acústico, entretanto, não necessariamente representa risco à saúde (ABNT, 2009).
Quanto a seus efeitos sobre eficiência, a Organização Mundial da Saúde (OMS), concorda que o ruído pode atuar como estímulo de distração e também pode afetar o estado psicofisiológico do colaborador.
Quanto à iluminação, observou-se que é satisfatória no escritório observado.
A NR 17, no que diz respeito à iluminação, em seu parágrafo 17.5.3 e seguintes dizem que:
Tabela 02: Descrição NR17
	Item
	Descrição
	17.5.3.
	Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
	17.5.3.1.
	A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
	17.5.3.2.
	A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
	17.5.3.3.
	Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
	17.5.3.3
	Os métodos de medição e os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os estabelecidos na Norma de Higiene Ocupacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Trabalho Internos (ABNT, 2009).
 Fonte : NR17
Dul (2013, p.34), afirma que “(...) Uma boa iluminação pode ser entendida como a existência de um conjunto de condições, num determinado ambiente, no qual o ser humano pode desenvolver suas tarefas visuais com o máximo de acuidade e precisão e com o menor esforço. ”
Estas condições, segundo Dul (2013), estão relacionadas a requisitos classificados como: 
· Iluminação adequada; 
· Boa distribuição das luminárias; 
· Ausência de ofuscamento; 
· Contraste adequado (proporção de luminância e cores);
· Distribuição e padrões das sombras.
A disposição dos postos de trabalho deve levar em conta o posicionamento das aberturas externas e das luminárias. Com relação às aberturas, estas permitem uma iluminação natural, porém, podem também ser fonte de ofuscamento. Torna-se necessário prever um sistema de ocultamento parcial das janelas, com os chamados “quebra sol”, por exemplo (DUL, 2013).
Em relação às cores, observou-se que é o aspecto menos observado no escritório pesquisado.
Segundo Iida (1990, p.268), estudos já comprovados destacam a influência e mostram a repercussão das cores sobre o estado emocional, a produtividade e a qualidade do trabalho, não se restringindo aos ambientes de escritórios. 
Antes de iniciar o planejamento das cores em um ambiente de trabalho, é necessário identificar quais serão as tarefas a desenvolver naquele espaço de trabalho e quem as realizarão. Com isso, é possível projetar um ambiente cujas cores se relacionem com os fatores psicológicos e fisiológicos dos ocupantes desses espaços.
Para um trabalho que exige muita concentração, aconselha-se usar cores claras, que podem ser aplicadas nas paredes, tetos e pisos, de forma a não chamar muita atenção, evitando assim distrações e acidentes. No ser humano, as cores despertam várias sensações capazes de transmitir informações, irritá-los, acalmá-los e diversos outros estímulos (IIDA, 1990).
Assim, como a iluminação, o adequado uso das cores é uma recomendação ergonômica fundamental para tornar ambientes de trabalho mais prazerosos e produtivos e deve ser considerada no planejamento do layout.
A partir dessa análise, estudou-se e planejou-se um novo layout para o escritório estudado. Para demonstrar o novo layout foi apresentada a planta baixa, mostrando como ficariam distribuídas as mesas, o que aumentaria a quantidade de lugares, possibilitando ter mais pessoas trabalhando junto.
Figura 09: Escritório novo manutenção
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
Foi analisado o antes e depois do escritório até dia 04/11/2019. O espaço do escritório ficou com 60 m², obtendo um ganho de 24 m² a mais que o escritório antigo, aumento nas mesas, com 50% de computadores a disposição para trabalho, foi feito a medição sonora variou que mínimo 50,6 dB e máximo 58,7dB. 
Figura 10: Mostra como está por dentro. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
A foto foi tirada da entrada do escritório, para demonstrar como estão localizadas as estações de trabalho, demonstrar o espaço que ficou entre as mesas, e quantidade de computadores disponíveis para novos colaboradores.
Figura 11: Como está o escritório atualmente
 Fonte: Dados da pesquisa (2019)
A imagem acima foi tirada de outro lado da sala para visualizar a luminosidade do escritório, visualizar o espaço disponível para movimentação de pessoas, verificar se até o momento as mesas estariam bem distribuídas.
Conforme Araujo (2009) layout estação de trabalho, por não ter desvantagem dentro do local de trabalho por se adequar melhor no espaço disponível e sempre em amplos espaços.
CONCLUSÕES 
Foi realizado o estudo e análise do layout do escritório utilizado nesta pesquisa, para demonstrar como o ambiente de trabalho estava poluído por mesas, cadeiras, balcões e armários. Após começar o estudo do layout foi se tornando cada vez mais claro como deveriam estar distribuídas as mesas, qual seria o layout para ser aplicado conforme os autores utilizados como referência para esta pesquisa e foi constatado que o melhor layout seria a estação de trabalho até o momento, visto que o escritório possuía um espaço amplo e várias mesas de trabalho a serem distribuídas.
Como a mudança ainda não foi totalmente concluída, alguns fatores restam serem observados para que se possa realizar uma análise mais ampla dos resultados obtidos, como o bem-estar dos colaboradores que trabalham nessa área e se foi o melhor layout a ser aplicado nesse escritório, bem como quais foram os benefícios gerados pela mudança.
Para obter essas informações será aplicado o mesmo questionário que fez a avaliação do escritório antigo, para ver como ficou o ambiente de trabalho, e poder comparar o layout antigo com o novo, sendo que foi aprovada a mudança pelos gestores da área.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, L. C. G. Organização, sistemas e métodos e as tecnologias de gestão organizacional: arquitetura organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total e reengenharia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ARAUJO, L.C.G. de. Organização ,sistemas e métodos e as tecnologias de gestão organizacional: arquitetura organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. 4.ed. São Paulo: Atlas,2009
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 - Ergonomia. 2009.
CURY, Antonio. Organização e Métodos: uma visão holística. 8.ed. São Paulo: Atlas 2009.
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YIN, Robert K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.
Escritório
1. A distribuição das mesas, espaço do escritório?
( ) Irregular
 ( )Regular 
 ( ) Boa
 ( ) Ótima
2. Iluminação do escritório?
( ) Irregular
( )Regular 
( ) Boa
( ) Ótima
3. Quanto barulho na sala? (Ruído ou desconforto acústico)
( ) Irregular
( )Regular 
( ) Boa
( ) Ótima
4. A cor do escritório?
( ) Irregular
( )Regular 
( ) Boa
( ) Ótima
5. As mesas estavam no padrão adequado de ergonomia?
( ) Irregular
( )Regular 
( ) Boa
( ) Ótima
6. Quanto tempo trabalhou na sala?
7. A privacidade na sala ?
( ) Irregular
( )Regular 
( ) Boa
( ) Ótima
Questionário
CAUSAS	
A distribuição das mesas,falta espaço do escritorio?	A privacidade na sala?	As mesas estavam no padrão adequado ergonomia?	Quanto barulho na sala?(ruido ou desconforto acústico)	Iluminação do escritorio?	A cor dos escritório?	6	6	6	6	3	2	% ACUMULADO	
A distribuição das mesas,falta espaço do escritorio?	A privacidade na sala?	As mesas estavam no padrão adequado ergonomia?	Quanto barulho na sala?(ruido ou desconforto acústico)	Iluminação do escritorio?	A cor dos escritório?	0.20689655172413793	0.41379310344827586	0.62068965517241381	0.82758620689655171	0.93103448275862066	1	
¹Graduando em Engenharia de Produção no Centro Universitário Campo Real (acartelli@hotmail.com). ²Prof: Engenheiro de Produção e Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho no Centro Universitário Campo Real (prof_brunomaron@camporeal.edu.br).

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