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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2020.2
Infecções em cirurgia
Deve-se diferenciar a conceituação de infecção e colonização. Isto é, sabe-se que a colonização de um organismo por 
uma espécie estranha não gera prejuízo para o hospedeiro. Já na infecção, o organismo infectante procura utilizar os 
recursos do hospedeiro para se multiplicar, provocando uma resposta inflamatória. 
Em relação a microbiologia, as bactérias que causam 
as complicações são geralmente as que já estão 
presentes na área manipulada durante o 
procedimento cirúrgico, isto é, bactérias endógenas. 
Os cocos gram-positivos são os que estão mais 
presentes, dentre eles os estafilococos (responsável em infecção graves somente em pacientes de trauma, grandes 
cirurgias e doenças metabólicas, entretanto é a mais frequente) e estreptococos (pneumonia) 
Os bastonetes aeróbios e facultativos gram-negativos são sensíveis a maioria dos antibióticos, entretanto, a maioria das 
cepas tem capacidade de se tornarem resistentes a antibióticos, principalmente Pseudomonas e acinetobacter. São 
comuns em infecções cirúrgicas. 
Anaeróbios geralmente constituem a microbiota do cólon e da boca. O grupo dos clostridium em meio adequado pode 
desenvolver infecções como fasceite necrotizante ou gangrenas gasosas. 
Quanto aos fungos, o uso da terapia ATB fez com que os fungos ressurjam, sendo a 4ª causa de bacteremia em pacientes 
hospitalizados. 
Vírus geralmente não causam infecções que requeiram tratamento cirúrgico. Em pacientes transfundidos atentar para 
citomegalovírus. 
 divididos em 3 áreas: fatores bacterianos; fatores relacionados ao local; fatores relacionados ao 
paciente. 
e é a preparação do sítio cirúrgico e td com menos chance de contaminação, com aqueles 
negócios óbvio... n tem pq anotar isso. Só saber q existe 
Em relação a preparação do paciente, td já foi falado nas outras aulas tbm (nutrição, pressão de oxigênio, ressuscitação 
volêmica, temperatura adequada, glicemia) 
A profilaxia antimicrobiana é uma poderosa medida 
preventiva quando utilizada de maneira correta, sendo o uso 
baseado no equilíbrio entre possíveis benefícios contra 
possíveis efeitos adversos. Os ATB não são indicados em 
cirurgias limpas, sem inserção de corpo estranho e sem 
contaminação óbvia. É indicado para todos os 
procedimentos potencialmente contaminados, implantação 
de próteses, feridas acidentais com contaminação grave ou risco pré-existente em válvula cardíaca para prevenir o 
desenvolvimento de endocardite bacteriana. Em cirurgias limpas com próteses é relativamente controverso. 
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são aquelas que resultam de um proccedimento cirurgico ou que requerem a 
intervenção como parte de seu tratamento. Nessas infecções, que não são essencialmente as de sítio cirúrgico, diferem 
das infecções médicas, que os agentes são geralmente unicos e aeróbicos exógenos, já nas infecções cirúrgicas essa 
microbiota é mista, provocada por aeróbios e anaeróbios, que podem já estar presentes na microbiota do local do 
procedimento no paciente. Diante disso, o princípio básico do tratamento é a eliminação da fonta, isto é, drenar o 
abcesso, debridamento, derivação intestinal ou fechamento de perfuração, por exemplo. Nesses casos ATB são 
adjuvantes, nunca sendo a principal maneira de controlar essa infecção. 
Infecções de tecidos frouxos principal distinção entre uma infecção cirurgica e médica é a presença de tecido morto. 
Por exemplo, Erisipela que se tem uma infecção de tecido mole que não é cirurgica, pois não se tem tecido morto. 
Infecções superficiais o tratamento envolve a remoçao de 
grampos e suturas, exploração com rompimento de loculações, 
irrigação, debridamento de tecidos desvitalizados e observação 
da integridade da fáscia profunda. 
Infecções profundas deve-se avaliar a possibilidade de 
fasceíte necrotizante, debridamento cirúrgico, ressutura de 
parede, uso de antibióticos de parede, uso de antibiótico 
intravenoso, coleta de material para cultura e cicatrização de 2ª 
intenção. 
 Fasceíte necrotizante é uma infecção cirúrgica de tecidos frouxos que não necessariamente é causada por uma 
cirurgia, podendo não ser uma infecção de sítio cirúgico. Isto é, pode acontecer com cirurgia como também sem 
a cirurgia. É uma infecção com ausência de limites claros ou palpáveis. Recebe também o nome de gangrena 
gasosa. 
o Clostridias eritema ausente; edema leve; crepitação; hipoestesia; comprometimento muscular > pele; 
choque. Tratamento ATB (penicilina G + clindamicina) e remoção radical do tecido infectado, 
amputação de membros também é frequentemente necessária. 
o Não-clostridiais geralmente tem evolução menos agressiva. Presença de eritema discreto; edema 
importante; secreção purulenta; equimoses, bolhas, gangrena; acometimento da pele > músculo; pouca 
resposta sistêmica. Tratamento com ATB IV (incluir agente anaeróbio) e debridamento (dos tecidos 
desvitalizados) e exposição 
Infecções dos espaços orgânicos a maior parte delas acontece dentro da cavidade abdominal e requerem algum tipo 
de intervenção para solução (reintervenção ou drenagem percutanea, por exemplo). ATB não deve ser iniciada sem um 
plano que leve a uma interveção, pois pode atrasar o diagnóstico e obscurecer achados subsequentes. 
A maioria dos pacientes com infecção dos espaços orgânicos tem uma resposta sistêmica exacerbada de grande porte, 
semelhante a de grandes queimados, com resposta hipermetabólica e catabólica, podendo ter síndrome da disfunção de 
múltiplos órgãos. 
A intervenção tem por objetivo corrigir os problemas anatomicos que causram ou perpetuaram a infecção, por exemplo, 
uma coleção que está sendo alimentada por uma fístula intestinal, sendo necessário drena-lá, ressuturar ou orientá-la. 
Na drenagem percutânea que realizado junto a radiologia intervencionista (com uso de TC ou ECO). 
Próteses Para as infecções de próteses, se tem um material estrango que dificultam as defesas locais, juntamente com 
a atividade dos leucócitos, portanto se tem uma morbimortalidade alta. O tratamento envolve a remoção e ATB. Existem 
algumas exceções, principalmente quando a retirada da prótese é muito danosa ao indivíduo. 
Infecções não cirúrgicas em pacientes cirúgicos a primeira causa são as ITUs, cateter e depois pneumonia. Na maioria 
dos pacientes com febre no pós operatório, nos casos de até 72h tem causa não infecciosa, entretanto se a febre persiste,

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