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Resumo dos principais conceitos de educação ambiental

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1.CONCEITOS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
AMBIENTE: Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química 
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
 
 
AMBIENTE = ABIÓTICO + BIÓTICO + SÓCIO-ECONÔMICO 
 
 
 
RECURSOS AMBIENTAIS: A atmosfera, as águas interiores superficiais e subterrâneas, os 
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera (PNMA, Lei 
6.938/81). 
 
RECURSOS NATURAIS: Recursos ambientais que podem ser utilizados pelo homem. 
Renovável ou não dependendo de sua exploração e/ou capacidade de reposição. 
 
QUALIDADE AMBIENTAL: Conjunto de condições que um ambiente oferece em relação 
às necessidades de seus componentes. 
 
QUALIDADE DE VIDA: Nível de bem estar psicológico, social e médico de um indivíduo 
em uma população em função das pressões externas. 
 
POLUIÇÃO: A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou 
indiretamente: 
 prejudiquem a saúde, segurança e o bem-estar da população; 
 criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
 afetem desfavoravelmente a biota; 
 afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
 lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 
 
IMPACTO AMBIENTAL 
 
Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou 
 
indiretamente afetam: saúde e bem-estar; atividades socioeconômicas; biota; condições 
estéticas e sanitárias; qualidades dos recursos ambientais (CONAMA). 
Toda ação ou atividade, natural ou antrópica, que produz alterações bruscas em todo o meio 
ambiente ou em seus componentes. De acordo com o tipo de alteração, pode ser ecológico, 
social e/ou econômico (barragens, erupções vulcânicas, derrame de petróleo, inundações, 
terremotos, etc) (ACIESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. POPULAÇÃO HUMANA 
 
1. Planeta Terra 
Astronave com: 
- 6.000.000.000 (ano 2000) 
- 10.000.000.000 (estimativa p/ 2025) 
- 230 nações 
(20%: Países Desenvolvidos) 
(80%: Países Subdesenvolvidos) 
 
2. Crescimento da População 
 
• Natalidade: 365.682 hab/dia 
• Mortalidade: 149.597 hab/dia 
 
 
Incremento de Pessoas no Planeta: 
Dia: 215.000 
Semana: 1.500.000 
Ano: 78.000.000 
 
 
3. Crescimento da População Humana: Fases 
 
Fases População Taxa Cresc. (%) 
1 Caçadores-Coletores 250 mil 0,00011 
2 Agricultura pré-industrial 100-500 milhões 0,03 
3 Revolução Industrial 900-1,800 milhões 0,1 
4 Era Atual 6 bilhões 1,3-1,6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Queda de Roma
Islamismo
Cruzadas
Peste Negra
Mercantilismo
Rev. Industrial
II Guerra
Rev. Agrícola
Rev. Médica
 
4. Alguns Conceitos Importantes 
 
Capacidade Suporte: População máxima que o ambiente pode suportar em determinado 
período. 
 
Resistência Ambiental: Elementos que controlam o crescimento populacional. 
1. Disponibilidade de matérias-primas 
2. Disponibilidade de energia 
3. Acúmulo de resíduos 
4. Interações com outros organismos 
 
5. Principal Motivo da Explosão Demográfica 
- Ciência e Tecnologia 
- Redução da Resistência Ambiental (Alimento e Saúde) 
 
Fatores da Explosão Demográfica 
 
1. Taxa de Fertilidade Total (mulheres) 
População estável: 2,1 nascimentos/vida 
2. Cultural 
Estrutura familiar; religião 
3. Educacional 
Instrução=métodos contraceptivos) 
4. Políticos 
Incentivos; Proibições governamentais 
 
A População Humana está isenta da Resistência Ambiental? 
 
1. Matérias-Primas: Desnutrição países subdesenvolvidos 
2. Energia: Escassez ao longo do tempo 
3. Resíduos: Perda de quantidade e qualidade dos RN 
4. Interações: Extinção de organismo e desequilíbrios aos ecossistemas (perda biodiversidade 
e funções ambientais) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPACTO = P x F 
 
Características dos Sistemas Naturais: 
• Recursos naturais limitados; 
• Capacidade limitada para assimilar os resíduos lançados pelas atividades humanas; 
• Limitação para a sustentabilidade dos atuais padrões de consumo e produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. MODELOS DE RELAÇÃO SN X SE 
 
 
MODELO LINEAR 
 
 
 
1) Os sistemas naturais abrigam uma fonte inesgotável de recursos para serem extraídos, 
transformados e utilizados pela sociedade humana. 
 
2) Os resíduos provenientes desta transformação/utilização encontram no próprio sistema 
natural um sorvedor infinito. 
 
 
MODELO CIRCULAR 
 
 
 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Histórico do Conceito: 
 
1968: Clube de Roma 
- Grupo de cientistas 
- Previsões Calamidade Global 
 
-Necessidades: Impedir crescimento populacional 
- Diminuir atividades industriais 
- "Crescimento Zero" 
 
1972: Conferência de Estocolmo 
- Reação contrária ao crescimento zero 
- Início da necessidade e idéias de conciliação (DE x CA) 
- Brasil: 
Desenvolvimento a qualquer custo 
Não reconheceu a gravidade dos problemas ambientais 
Direito de crescer e ter acesso aos padrões de bem-estar do 1° mundo 
 
1983-1987: CMMAD (Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento) 
- Diagnóstico da situação ambiental e econômica do planeta 
- 1987: Relatório Brundtland ⇒ Our Common Future 
- Conceito de DESEVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
- Base para a RIO-92 
 
1992: Rio-92 
- Reconhecimento da interdependência entre o meio ambiente e desenvolvimento 
- Acordos/Ações internacionais sobre pontos-chave (clima e biodiversidade) 
- Tratados e Compromissos 
- Elaboração da Agenda 21 
 
Desenvolvimento Sustentável 
 
Desenvolvimento que satisfaz as necessidades das gerações atuais sem comprometer as 
gerações futuras. 
É o cenário que associa ao crescimento econômico atual e futuro, a equidade social e a 
sustentabilidade ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
RIO-92: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD) 
 
Documentos Assinados: 
 
1. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
 Carta com 27 princípios de um novo estilo de vida para o planeta. 
 
2. Administração Sustentável de Florestas 
Declaração de princípios visando estabelecer um consenso global sobre o manejo, 
conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas. 
 
3. Convenção da Biodiversidade 
Objetiva a conservação da biodiversidade, seu uso sustentável e a divisão eqüitativa e justa de 
seus benefícios. 
 
4. Convenção sobre Mudança do Clima 
Objetiva estabilizar as concentrações de gases estufa (impedir alterações no sistema 
climático). 
EQUILÍBRIO ECOLÓGICO 
EQUIDADE SOCIAL CRESCIMENTO ECONÔMICO 
 
 
5. Agenda 21 
Plano de ação abrangente para guiar a humanidade em direção a um desenvolvimento 
socialmente justo e ambientalmente sustentável. 
40 capítulos. 
 
 "Pensar globalmente e agir localmente" 
 
Premissas do desenvolvimento sustentável 
 
⇒ Sistema político que assegure participação do cidadão na tomada de decisão; 
 
⇒ Sistema econômico que permita distribuição da produção entre as pessoas envolvidas; 
 
⇒ Ponderação das questões ambientais em conjunto com os parâmetros econômicos e 
financeiros do sistema produtivo; 
 
⇒ Checagem das características ambientais de cada local para a implementação da política de 
desenvolvimento; 
 
⇒ Verificação dos efeitos sobre o ambiente das diversas formas de utilização dos recursos 
naturais e técnicas de produção; 
 
⇒ Sistema tecnológico que promova padrões sustentáveis de produção, comércio e finanças; 
 
⇒ Sistema administrativo flexível e com capacidade de autocorreção e retroalimentação. 
 
Principais obstáculos 
 
 Falha em reconhecer que o sistema econômico é aberto para uma biosferafinita; 
 
 Falha em reconhecer que os sistemas naturais são a base de sustentação para o 
desenvolvimento; 
 
 
 Os valores dos bens e serviços da natureza estão fora do mercado econômico convencional. 
 
 
 
Histórico da Educação Ambiental 
 
60s: 
Despertar das consequências da degradação ambiental em todo mundo 
Poluição, desmatamento, perda biodiversidade, etc 
 
1962: 
Rachel Carson (livro Primavera Silenciosa) 
Descrição dos problemas gerados pelo "setor produtivo irresponsável" 
 
1965: Londres surgimento do termo Educação Ambiental 
Environmental Education Definição preservacionista 
 
1968: 
Clube de Roma (grupo de cientistas) 
Relatório Limites do Crescimento 
Previsões de catástrofes globais (colapso da população humana) 
 
1972: 
Estocolmo (Suécia) - Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano 
Reconhecimento da EA como elemento crítico para combate à crise ambiental 
Educar o cidadão para solução de problemas ambientais 
 
1975: Belgrado (Iugoslávia) 
Encontro Internacional sobre Educação Ambiental 
Carta de Belgado: Princípio e Orientações para EA 
 
1977: Tbilisi (ex-URSS) 
I Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental 
Abordagem unificadora do conceito de EA 
Princípios / Objetivos / Características / Recomendações / Estratégias 
 
 
1987: Moscou 
Congresso Internacional sobre Educação e Formação Ambiental 
 
1992: Rio de Janeiro (Brasil) 
Conferência da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente 
Reforço das recomendações de Tbilisi 
EA para o Desenvolvimento Sustentável 
 
 
HISTÓRICO EA NO BRASIL 
 
Principais Problemas Contextuais: 
 
1. Regime ditatorial (1964-1985) 
EA vista como revolucionária e subversiva 
 
2. Confusão entre EA e Ecologia 
Dificuldades das instituições de Educação 
 
3. Falta de política Educacional. Boicotes 
 
4. Programas feitos por órgãos ambientais: CETESB, FEEMA, CPRH 
 
5. Enorme atraso no reconhecimento de Tbilisi e Moscou 
 
60s e 70s: 
Regime ditatorial 
- Grandes Projetos: Ausência de preocupações ambientais nas obras 
- Desenvolvimento a qualquer custo (PRA FRENTE BRASIL) 
 
1978: MEC 
Publicação: Ecologia uma proposta para o ensino de 1° e 2° graus 
- Não considerou princípios básicos de Tbilisi: Retrocesso total 
- EA vista somente como Ecologia 
- Ausência dos aspectos sociais, econômicos, culturais, políticos, etc 
 
 
1991: 
- Sociedade brasileira ainda não conhecia os princípios fundamentais de EA consagrados em 
Tbilisi 
- MEC-IBAMA: Projeto de Informações sobre Educação Ambiental 
- 85% professores recebiam pela primeira vez material referente EA 
 
1992: Rio-92 
Necessidades: Erradicação do analfabetismo ambiental 
 Capacitação de recursos humanos 
 
1993: 
MEC cria Grupo de Trabalho de EA (permanente) 
Função: Coordenação da implantação da EA no sistema de ensino 
 
1999: 
Lei 9.795 - Política Nacional de Educação Ambiental 
Efetivar a EA em todos os níveis do ensino formal 
 
 
EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
 Conceitos de EA ⇔ Conceito de MEIO AMBIENTE 
 EA e Ecologia 
 
1. Mellowes (1972) 
Processo no qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um sendo de 
preocupação com o meio ambiente, baseado num completo e sensível entendimento das 
relações do homem com ambiente em sua volta. 
 
2. IUCN (1970) 
Processo de reconhecimento de valores e de esclarecimentos de conceitos, voltados para o 
desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para entender e apreciar as 
interrelações entre o homem, sua cultura e seu ambiente biofísico. 
 
 
3. CONAMA (1996) 
Processo de formação e informação, orientado para o desenvolvimento da consciência crítica 
sobre as questões ambientais e de atividades que levem à participação das comunidades na 
preservação do equilíbrio natural. 
 
4. Tbilisi (1977) 
Uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos 
problemas concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma 
participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. 
 
5. Documentos brasileiros da Rio-92 
A EA se caracteriza por incorporar as dimensões socioeconômica, política, cultural, 
histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo 
considerar as condições de cada país, região e comunidade. Sob uma perspectiva histórica 
A EA deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a 
interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vista a utilizar 
racionalmente os recursos no presente e no futuro. 
 
 
O que é Educação Ambiental? 
 
 É uma filosofia de educação que visa formar cidadãos conscientes dos problemas 
ambientais, das relações entre ser humano e meio ambiente, e que sejam capazes de 
interferir nessas relações visando uma melhoria da qualidade de vida. 
 Incorpora as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas. 
 É também uma educação política: reivindica e prepara cidadãos para exigir justiça 
social, cidadania nacional e planetária, autogestão e ética nas relações sociais e com a 
natureza. 
 Muda radicalmente as relações que conhecemos hoje, sejam elas entre a humanidade, 
sejam entre esta e a natureza. 
 Deve estar presente em todos os espaços que educam o ser humano. 
 Não tem limite de idade para seus estudantes, tendo um caráter de educação 
permanente. 
 
 
 
 
CONTEXTOS POSSÍVEIS PARA EA 
 
1. EA deve estar presente em todos os espaços que educam o cidadão 
 
Escolas 
Parques 
Reservas Ecológicas 
Associações de Bairro 
Sindicatos 
Universidades 
Meios de Comunicação 
Etc 
 
 
Cada contexto tem suas características e especificidades 
Diversidade e Criatividade 
 
2. Não há limites de idade - Educação Permanente 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA 
 
1. EA deve ser disciplina específica? 
EA deve estar em todas as disciplinas quando analisa temas das relações Homem x Meio 
Natural e relações sociais. 
 
2. Quais conteúdos trabalhar? 
EA não deve estar baseada na transmissão de conteúdos específicos, mas sim em vários. 
Principalmente conteúdos originados do levantamento da problemática ambiental vivida no 
cotidiano dos alunos e que se queira resolver. 
EA escolar deve-se enfatizar o estudo do meio ambiente onde vive o aluno, procurando 
levantar os principais problemas da comunidade, as contribuições da ciência, os 
conhecimentos necessários e as possibilidades concretas para a solução deles. 
 
Exemplos Conteúdos: Saneamento básico 
 Extinção de Espécies 
 Poluição em geral 
 Biodiversidade 
 Lixo doméstico e industrial 
 Energia 
 
 
EA não deve priorizar transmissão de conteúdos específicos da biologia e/ou geografia. 
Entretanto, alguns conceitos devem ser compreendidos (ecossistema, hábitat, cadeia 
alimentar, energia, etc). 
 
 
NOÇÕES GERAIS DE ECOLOGIA 
 
ECOLOGIA = oikos + logos (casa + estudo) 
Ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o meio 
Haeckel: termo ecologia 1866 
 
Conceitos Fundamentais: 
 
Níveis de Organização 
 
Ecossistema 
 
"É A UNIDADE FUNCIONAL BÁSICA NA ECOLOGIA" 
No Ecossistema, os seres vivos interagem entre si e com o meio natural de maneira 
equilibrada por meio da reciclagem de matéria e uso de energia solar. 
 
 
4 Condições Fundamentais 
1. Comunidade Biótica 
2. Fluxo de Energia 
3. Ciclo de Matéria 
4. Circuitos de Controle (Homeostase) 
Componentes: 
Abióticos Substâncias Inorgânicas (solo, ar, água, CO2, O2, etc) 
Compostos Orgânicos (carboidratos, proteínas, etc) 
Fatores ambientais (clima, hidrologia, etc) 
Bióticos Produtores 
Consumidores 
Decompositores 
 
 
 
 
População: Conjunto de indivíduos de mesma espécie que vive em determinada área, 
intercruzando-se e trocando material genético. 
 
 Tipos de Crescimento: J e S 
J: Exponencial (Sem restrições do ambiente)S: Logístico (Fatores ambientais controlam o crescimento) 
 
 Capacidade Suporte (K): População máxima que o ambiente pode suportar em 
determinado período. 
 
 Resistência Ambiental: Fatores que controlam o crescimento populacional (alimento, O2, 
espaço, doenças, etc) 
 
Comunidade: Conjunto de populações que vivem em determinada área. 
 
Cadeia/Teia Alimentar: Caminho seguido pela energia alimentar no ecossistema. 
 
Habitat: Local onde vive o organismo no ecossistema. 
 
Nicho Ecológico: Papel funcional do organismo na comunidade. 
 
 
Ciclos Biogeoquímicos: Intercâmbio de elementos químicos entre o meio biológico e o meio 
físico. 
Ex: Água, Carbono, Nitrogênio, Fósforo 
 
Fluxo de Energia: Fluxo quantitativamente unidirecional e decrescente 
 
 Heterótrofos: Respiração 
 Autótrofos: Fotossíntese e Respiração 
 
 Produção Primária: 
Taxa de conversão da energia solar em matéria orgânica produzida pela fotossíntese. 
PPPPBB == PPPPLL ++ RREESSPPIIRRAAÇÇÃÃOO 
 
PPB: Produção Primária Bruta 
PPL: Produção Primária Liquida 
 
Conceito de Subsídio de Energia: 
 Fontes externas de energia que podem aumentar a produtividade do ecossistema (PPL) 
Exemplos: fertilizantes, irrigação, máquinas, seleção genética, trabalho humano, combustíveis 
fósseis, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecossistemas - Segundo Fonte de Energia 
 
Ecossistemas Naturais - Energia solar s/ subsídios. 
 
Oceanos abertos, florestas de altitude. 
Constituem o módulo básico de sustentação da vida na Terra. 
 
Ecossistemas c/ subsídios naturais. 
 
Estuários, florestes úmidas. 
São os sistemas naturalmente produtivos da natureza que produzem um excedente de matéria 
orgânica para outros sistemas. 
 
Ecossistemas c/ subsídios antropogênicos. 
 
Agricultura, aquacultura. 
São sistemas produtores de alimentos e fibras, sustentados por outras formas de energia 
produzidas pelo homem. 
 
Sistemas Urbano-industriais – Combustível 
 
 
Cidades, zonas industriais. 
São os sistemas geradores de riqueza e poluição. Combustíveis substituem o sol como 
principal fonte de energia São considerados parasitas dos outros sistemas (dependentes). 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE 
 
1. Agricultura: 
- Alimentos 
Ex: 20 sp: 80% da alimentação mundial 
3 sp (milho, arroz, trigo): 65% alimentos 
 - Fonte material genético 
 - Agentes polinizadores 
 - Manutenção estabilidade climática 
 - Ciclagem nutrientes 
 - Controle perda de solos (erosão) 
 
2. Medicina: 
- Medicamentos 
- Fonte para novas pesquisas 
- Controle doenças 
- Fonte novos produtos 
 
3.Indústria: 
 - Matéria-prima 
 - Madeira 
 - (Celulose, borracha, etc) 
 
3. Turismo: 
- Recreação 
 - Lazer 
 
Indústria Farmacêutica - US$ 320.000.000/ano 
40% - Origem direta de plantas e animais 
 
PERDA DA BIODIVERSIDADE 
 
 
- Principais Causas: 
 1. Destruição de habitat 
 2. Fragmentação de habitat 
3. Introdução de espécies exóticas 
4. Super - exploração (caça/pesca predatória) 
4. Poluição 
5. Comércio de sp raras 
 6. Catástrofes naturais 
 
PORQUE PROTEGER A BIODIVERSIDADE? 
 
IUCN - União Internacional para Conservação da Natureza e Recursos Naturais (1980): 
 
Tipo de Valores Fonte dos Valores 
Éticos Direito à vida 
Estéticos Beleza 
Econômicos Uso direto/indireto 
Ecológicos Equilíbrio Ecossistemas 
Intelectuais Contribuição ao Conhecimento 
Emotivos Inspiração à Humanidade 
Religiosos Crenças Sobrenaturais 
Recreacionais Esportes, turismo, etc 
 
 
 
ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONHECIDA 
 
Grupos N° ESPÉCIES 
Vírus 1.000 
Bactérias/Cianofíceas 4.760 
Fungos 46.983 
Algas 26.900 
Plantas Superiores 248.428 
Protozoários 30.800 
Animais 
Invertebrados 
Poríferos 5.000 
Celenterados 9.000 
Platelmintos 12.200 
Nematódeas 12.000 
Anelídeos 12.000 
Moluscos 50.000 
Equinodermos 6.100 
 
Artrópodes 
Insetos 751.000 
Outros artrópodes 132.461 
Vertebrados 
Peixes 18.993 
Anfíbios 4.184 
Répteis 6.300 
Aves 9.040 
Mamíferos 4.000 
Total 1.391.149 
 
 
 
 
 
 
SUBSÍDIOS PARA PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
1. Principais Finalidades de EA: 
 
 
a) Permitir que o ser humano compreenda a natureza complexa do meio ambiente 
(AB+B+SE). 
 
b) Facilitar a interpretação da interdependência dos 3 elementos: AB+B+SE 
 
c) Promover o uso prudente de Recursos Naturais para satisfazer as necessidades humanas 
 
2. Incorporação da EA aos Programas de Educação 
 
 
Problemas Concretos (Reais) 
 
- Utilização do meio ambiente imediato como recurso pedagógico. 
- Colaboração das diferentes disciplinas (professores). 
- INTERDISCIPLINARIDADE. 
- Necessidade de que a escola esteja aberta à comunidade. 
 
3. Atividades em EA 
 
Permitir ao público-alvo (alunos, comunidade, etc) oportunidade de desenvolver uma 
sensibilização a respeito dos seus problemas ambientais e buscar formas alternativas de 
soluções. 
 
4. Técnicas para Atividades em EA 
 
Aprendizagem é mais efetiva quando a atividade estiver adaptada concretamente às situações 
da vida real. 
 
Ex: Cone de Experiências 
 
Sentidos x Aprendizagem 
 
SENTIDOS APRENDIZAGEM (%) 
Visão 83,0 
Audição 11,0 
Olfação 3,5 
 
Tato 1,5 
Gustação 1,0 
 
Atividades x Retenção 
 
ATIVIDADES RETENÇÃO (%) 
Ler 10,0 
Ouvir 20,0 
Ver 30,0 
Ver e Executar 50,0 
Ouvir e Discutir 70,0 
Ouvir e Realizar 90,0 
 
 
 
Se você lê........................................................Esquece 
Se você escreve.......................................... Lembra 
Se você Faz....................................................Aprende 
 
 
 
	Ecossistemas - Segundo Fonte de Energia

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