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resenha do livro "o que é educação?" de Carlos Brandão

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Dyego César Galindo de Sena
O que é educação
Resenha apresentada para a disciplina Fundamentos Filosóficos, Históricos e Sociológicos da Educação, no curso de Licenciatura em Educação Física, da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. 
Professora: Juliana Dias Palmeira
Recife,
2017
Resenha do livro: O que é educação
Carlos Rodrigues Brandão nasceu no Rio de Janeiro nos anos 40, é formado em psicologia na PUC. Desde 1963 participa de grupos de movimentos e estudantes de cultura popular, é dito pelo autor que aprendeu mais sobre educação com essas experiências do que até mesmo com seu próprio curso, pois esteve presente em varias dessas mobilizações. A partir de 1967 seguiu a vida de professor universitário, dando inicio em Brasília (UnB), logo após em Goiânia (UFG) e atualmente em Campinas. Nos dias de hoje se dedica a dar aulas, fazer pesquisas e estudos sobre Antropologia Social, que relaciona com o fato de mesmo fazendo psicologia, diz que queria ser mais um pesquisador e educador, e por fim se tornou antropólogo por conta própria, depois se formou conceitualmente ao concluir cursos na UnB e na USP.
O livro O que é educação fala sobre a educação em seus diversos momentos, como foi trabalhada pelas sociedades antigas, de formas diferentes, com suas finalidades e seus objetivos, um texto escrito de fácil compreensão e mostra clareza com suas ideias, publicado em 1981, conta com 116 páginas ao todo e é subdividida em nove capítulos.
EDUCAÇÃO? EDUCAÇÕES: APRENDER COM O ÍNDIO
	Desde os tempos antigos a educação está presente no mundo de diferentes formas, ela é compartilhada de geração em geração, de sociedade para sociedade. Ela pode ser realizada de varias maneiras e em diversos locais. O senso comum acredita que a escola seria o único lugar a propagar a educação, porém até em casa a educação está presente, como também no nosso dia a dia. Em certo momento, o EUA enviou uma carta aos índios pedindo-lhes que mandasse alguns jovens da tribo para a escola dos brancos, para educa-los de acordo com a ideia de educação deles, por sua vez eles recusaram ao responder a carta falando que a ideia de educação na visão deles é diferente, citando exemplos de guerreiros que foram estudar no norte e voltaram ignorantes sobrea vida na selva se tornando inúteis para os próprios, e para mostrar gratidão oferecem que os nobres mandem seus alunos para fazê-los homens. 
A educação não é apenas conhecimento cientifico se tratam também de crenças, ideias, culturas, principalmente influenciada pelo senso comum, no entanto a mesma educação que é passada com o intuito de ensinar pode fazer o oposto e como o texto diz “... deseducar-nos.”.
QUANDO A ESCOLA É A ALDEIA
A educação é dissipada a todo o momento de forma informal. No mundo animal mostra bem a representação disto, já que os filhotes tendem a aprender como sobreviver ao habitar sozinhos na selva aberta, apenas observando como outros animais da sua espécie agem diante situações que ele irá passar. A educação não permanece estática para o homem, pois ele mesmo a transforma, ao ser passado de geração em geração ocorre mudanças de ensinamento, surgimento de novas ideias, novas culturas. Em um dado momento a sociedade percebeu a necessidade de organizar a propagação da educação, mas ao analisar a educação nos tempos antigos, cada povo tinha suas particularidades ao passar suas crenças, sua vida cotidiana, às vezes não é notória essa difusão da educação. 
Ao participar de experiências, jovens e crianças aprendem um pouco da educação nos grupos tribais de forma diferente, adultos levavam meninos para suas atividades com o intuito de observar e usá-lo como exemplo para seguir os seus passos, diferentemente das meninas que era necessária uma pessoa com mais idade para ensina-la a cumprir seus deveres na sociedade, não ser considerada inútil. A comunidade tenta educar adolescentes com o pensamento de torna-los homens para a vida adulta, também para repassar os ensinamentos para a próxima geração. De acordo com o autor quando um povo inicia sua transmissão de educação tem como objetivo socializar o individuo para que ele faça parte do seu grupo, denominando esse fenômeno de paideia, também mencionado no livro Filosofia da educação da autora Aranha onde ela conceitua a educação na Grécia. A partir do momento que a escola é formada é dada uma serie de regras e norma especifica para o aprendizado, e nisso se da à entrada da escola na sociedade.
ENTÃO, SURGE A ESCOLA
Até o surgimento da escola, a educação era passada de forma similar aos indivíduos da comunidade, que a finalidade era de torna-los adultos formados, para logo após, passar seus ensinamentos as crianças e jovens. Essa concepção de igualdade muda com a chegada da escola na sociedade, cada indivíduo dependendo da sua importância, sua função, irá receber uma educação especifica pra sua própria atribuição. Desde as antigas tribos essa separação existia, porém quase imperceptível, já que a educação só diferenciava de acordo com sua idade e sexo, e mesmo assim existiam casos de crianças serem tratados como adultos fazendo trabalhos que exigiam forças desproporcionais, algumas crianças passavam por isso rapidamente, já outras tinham um longo período de aprendizado para se tornar adultos. 
Normalmente anciãos, magos, adultos com mais experiência de vida eram responsabilizados por educar as crianças para que elas seguissem as crenças, costumes, tarefas, hierarquia, culto ao deus, e encontrava-se uma minoria privilegiada, usualmente filhos de quem estava no topo da classe social, adquirindo um conhecimento exclusivo para a vida. Nessa separação de estudo, a educação familiar passou a ser deixada um pouco de lado, no entanto, é a mesma que de forma informal leciona os jovens, mesmo sem haver um lugar institucionalizado pra isso, sem ser necessário um perito para passar sabedoria. Há também uma parte pequena que é escolhida a absorver um tipo de educação geral, com o intuito de poder passar conhecimento tanto para um homem que vai assumir um papel de grande importância para a sociedade, quanto para um homem que será apenas um servidor do seu senhor.
PEDAGOGOS, MESTRES-ESCOLA E SOFISTAS
Menciona-se neste capitulo sobre a educação estar presente nas sociedades antigas, à ênfase do texto é a Grécia, que o autor fala sobre uma mistura de saberes, relacionado à dignidade, ao respeito da cultura do seu povo insere-se o titulo de “cidadão educado”, que de acordo com as pessoas com mais sabedoria, o que diferenciava nobres de plebeus era o que se fazia com os saberes. Os elitistas tinham privilegio de aprender de uma forma mais complexa, já para classe mais baixa, eram menos enobrecidos, mesmo com essa desigualdade, ambos faziam parte da polis. Essa concepção de educação para os gregos também se alastrava através de relações entre as pessoas do próprio povo, a criança era ensinada em sua casa ate certa idade, onde iria aprender com especialistas por um longo tempo, isso era exclusivos de meninos descendentes de classes mais altas, os de classes inferiores, passavam a vida aprendendo fora de casa, nas lavouras e no campo. 
Quando as escolas surgiram todos os meninos poderiam usufruir dela, aprendendo com um mestre-escola, porém logo após se cria uma escola para os membros da elite, com o intuito de torna-los adultos educados, os nobres aprendiam a comandar, e os plebeus a construir e a servir a hierarquia, os gregos acreditavam que era obrigação do seu povo honrar a sua sociedade, com o passar dos anos, a educação deixaria de ser dividida entre ricos e “pobres”, para ser unificada e acessível a qualquer um, a finalidade seria tornar todos os cidadãos adultos educados, essa era a ideia de perfeição para eles, portanto mesmo a escola sendo um aspecto importante para o aprendizado, era a vida fora de casa que fazia com que a criança tivesse o futuro considerado como ideal para o povo grego, que não dava tanta atenção a criança em si, e sim no que ela poderia se tornar no futuro.
A EDUCAÇÃO QUE ROMA FEZ, E OQUE ELA ENSINA
O que aconteceu na Grécia não foi diferente na Península Itálica, a educação foi dividida para um lado mais privilegiado, isso se intensifica bastante na Roma antiga, mas cada uma tem sua própria ideia de educação, para os romanos, a criança seria útil em um meio domestico, aprendendo praticas em casa, isso seria uma forma de fazer com que os adolescentes seguissem desde pequenos, costumes e pensamentos do seu governo, geralmente passado por pessoas mais velhas da família. O intuito disso era que formasse o adulto desejado pela sociedade, aquele que buscava a felicidade no trabalho, na melhoria da sua sociedade, quando surge a escola em forma de estado, ocorre à separação da elite e das classes mais baixas, na Roma a criação dos pais tinha bastante influencia na sociedade, sendo o principal gestor de compartilhar a educação com os seus filhos, em segundo plano viria à educação fora de casa. 
Como dito no inicio, a educação tinha o intuito de formar o adorador ao trabalho, isso vai mudando de acordo a mudança de ideia de educação, que agora está a fim de formar um guerreiro, um imperador, formando um pensamento mais governamental, e dado essas mudanças à escola sofreu sua alteração também, passando a ter locais para ensinar as classes mais baixas, e locais para pessoas da elite para formar um adulto que governasse o país.
EDUCAÇÃO: ISTO E AQUILO, E O CONTRÁRIO DE TUDO
A educação possui varias definições, vimos ate aqui concepções de algumas sociedades, porém ao ser perguntado aos especialistas de estudo e estudantes ativos atualmente, vê-se uma igualdade na ideia de educação no Brasil que não segue a risco as leis impostas nesta questão, uma serie de contradições entre prática e teoria que resulta numa desigualdade social. 
Isso pode ser explicado pelo fato muito comentado por educadores e educandos, sobre a economia esta muito envolvida, associado a interesses políticos que visivelmente apresentam imparcialidade no assunto, ao falar que pensam na nação como um todo, no conhecimento de todos, mas quando se faz a lei, ocorre totalmente diferente.
PESSOAS "VERSUS" SOCIEDADE: UM DILEMA QUE OCULTA OUTROS
	Existem varias maneiras de pensar no que se define a educação, neste capitulo o autor se atenta a descobrir o que está por trás desses meios de explicação. Alguns filósofos junto com professores tem a concepção de educação como uma maneira do homem desenvolver a sua mente tentando alcançar seu ápice, porém que não chegariam à perfeição sem os ensinamentos que o conhecimento trás. Também se menciona sobre uma autoeducação que seria as instituições oferecer esse ensinamento de forma geral para cada um dos indivíduos, para que a partir disto, ele possa individualmente aumentar seu conhecimento.
	Carlos Brandão volta a falar sobre as definições dadas no capitulo anterior como a “atividade criadora, que visa a levar o ser humano a realizar as suas potencialidades físicas, morais, espirituais e intelectuais. Não se reduz à preparação para fins exclusivamente utilitários...” (William James apud Brandão 2013, P.63). Fala também que existiam desde os tempos antigos interesses da população, ou de determinadas coletividades da sociedade sobre o fim da educação, que poderia servir para manter as pessoas ignorantes e fazer com que a elite fosse dominante em qualquer época. Por fim fala que Durkheim se juntou com alguns filósofos e antropólogos para mostrar as sociedades como a educação se desenvolve com regras, normas e princípios sociais.
SOCIEDADE CONTRA ESTADO: CLASSE E EDUCAÇÃO
A educação é uma prática social que mostra a sociedade como um todo, portanto ela está ligada ao desenvolvimento da população, tantos dos seus valores como de suas forças produtivas, e isso vai de acordo com as necessidades e exigências de cada povo, impondo o tipo de conhecimento que se absorve. Ela é essencial para a adaptação de pessoas as mudanças que ocorrem no mundo todo e com isso foi trazido ideias novas de políticos liberais sobre a educação, assim surge à escola pública que vem para dar um ensino a todos gratuitamente, oferecido pelo governo. É falado sobre a democracia através da educação, mas que na prática vê-se que torna a sociedade desigual.
A ESPERANÇA NA EDUCAÇÃO
Vimos até aqui a grande desigualdade na educação que deixa uma maioria na camada inferior para trabalho de pouca importância e fazendo com que uma minoria privilegiada chegue ao seu ápice, se essas situações não tiveram uma mudança extrema, porque acreditar na educação?
	A reposta pra isso é que não tem como evitar a educação, ela sempre estará presente de diversas formas, como já dito a educação se reinventa a cada momento, podendo servir para igualdade entre os homens, porque a própria também atribui funções as pessoas, deixando um compromisso com a sociedade de cumprir seu papel. É através disso que diferenciamos os educandos eruditos, pois quanto mais conhecimento, mais poder politico que com isso sob comando do estado usa a educação como meio de controlar a sociedade e isso não se aplica aos subalternos, pelo motivo deles mesmo controlarem sua educação e suas mudanças, por fim a esperança na educação é acreditar no ato de educar tanto no campo da pedagogia que ensina na instituição escolar, quanto no politico que determina na rua com a educação informal.
ANÁLISE CRÍTICA
O livro tem como ideia central a educação, que é um assunto pertinente no cenário atual, é fato dizer que ele faz uma analise histórica e detalhada sobre essa questão, o autor contribui para reflexões de como essa questão era um fator de mudança social, como ele esteve presente de varias formas no mundo, as diferenças sociais que ela proporcionou ao longo do tempo, fala dos diferentes educadores que tiveram, desde filósofos, antropólogos até os especialistas no ensino.
O autor cita vários conceitos de educação, onde fala não haver uma definição correta, pois alguns autores dão opiniões diferentes sobre isso, diz que a igualdade na educação virou prioridade com o passar dos anos e com a mudança na ideia de políticos liberais, dá-se um novo tempo para educação, onde a democracia é a busca dessa nova concepção, surge dai a escola pública dando direito a educação a todos.
Então nesse livro Brandão tenta dar uma nova visão para o tema, comentado de forma profunda, deixando muitas informações para uma reflexão sobre o que é a educação em seu todo e o que está por trás dela.
INDICAÇÔES
Este livro é indicado a educadores, para uma reflexão ou até uma mudança sobre o conceito de educação, possui uma linguagem muito simples de se entender, o autor demonstra clareza nas suas ideias e opiniões, e Brandão ainda fala que mudar os educadores pode influenciar na mudança da educação para todos, portanto o livro forma um tipo de descrição de como o educador pode agir para enfim a educação ter alguma esperança.
REFERÊNCIAS
https://www.travessa.com.br/Carlos_Rodrigues_Brandao/autor/a8ae0567-e64a-40a3-bfad-f79be079c302, 4 de dezembro de 2017.
https://www.estantevirtual.com.br/livros/carlos-rodrigues-brandao/o-que-e-educacao/4071355138, 4 de dezembro de 2017.
http://escoladoaprender.blogspot.com.br/2012/09/resenha-critica-o-que-e-educacao.html, 5 de dezembro de 2017.
Brandão, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1995.
Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006.

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