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Execução _ alexandre coelho asegunda unidade

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LAURO DE FREITAS, BAHIA 
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA:
Autos nº 8011149-41.2020.8.05.0001
ALEXANDRE COELHO, brasileiro, (profissão), (estado civil), portador do RG de nº xxx inscrito no CPF de nº xxx residente e domiciliado no Condominio Praias do Atlântico, Lauro de Freitas, Bahia, através de seu advogado que a esta subscreve, com instrumento de mandato anexado aos autos, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 914 e seguintes do CPC, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO com pedido liminar de EFEITO SUSPENSIVO, nos autos da ação de execução de título extrajudicial acima epigrafada, que lhe move o CONDOMÍNIO PRAIAS DO ATLÂNTICO, sem personalidade jurídica, com registro junto ao CNPJ nº XXX, com sede na Rua XXX, nº XX, no Bairro XX, , na cidade de Lauro de Freitas, Bahia, na melhor forma de direito e com base nos seguintes fatos e fundamentos que passa a expor:
I - DA SÍNTESE DA DEMANDA
Trata-se de Ação de Execução de título extrajudicial proposta pelo COND. PRAIAS DO ATLÂNTICO, ora Embargado em desfavor do Embargante, na qual busca receber valores de despesas condominiais, vencidas nos anos de 2018 e 2019, totalizando o valor de R$ 30.900,00 (trinta mil e novecentos reais).
O Embargado indicou bens do devedor à penhora, quais sejam: uma casa, localizada no centro de Lauro de Freitas, avaliada em R$28.000,00(vinte e oito mil reais) e um barco a motor, avaliado em R$3.000,00 (três mil reais).
Ocorre que o Embargante se encontra sem condições de efetuar o pagamento dos valores do suposto débito condominial no prazo estipulado em lei, qual seja, 03 dias, motivo pelo qual levou o Oficial de Justiça a penhorar o imóvel e o barco indiciados pelo Embargado, localizado no centro do Município de Lauro de Freitas e, ainda, penhorou a vaga de garagem no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais). 
Como se verifica o Oficial de Justiça penhorou bens que constituem valor superior ao do débito do Embargante, motivo ao qual deve ser desconstituído da penhora os bens que menor causar prejuízo ao devedor, ora embargante. 
II – DAS RAZÕES E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO EMBARGANTE
Inicialmente, cumpre salientar que, em que pese o Embargado, em sua exordial no processo de execução indicar bens à penhora de propriedade do Embargante, houve, pelo Oficial de Justiça um excesso de penhora. 
O Oficial de Justiça ao buscar bens que satisfizessem a obrigação penhorou, além dos dois bens indicados na exordial, qual seja, um imóvel localizado no Centro de Lauro de Freitas no valor de R$28.000,00(vinte e oito mil reais) e um barco a motor, avaliado em R$3.000,00 (três mil reais), penhorou, também, uma garagem localizada no condomínio embargado, no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais.
Ocorre que o valor do débito do Embargante é de R$ 30.900,00 (trinta mil e novecentos reais), sendo que o valor total da penhora constitui um montante de R$81.000,00 (oitenta e um mil reais), o que traz muito prejuízo a este. Nesse sentido, deverá ser reduzido os bens penhorados, restringindo-se apenas àquele que satisfaça à obrigação, é o que diz o CPC, em seu art. 874, I, a saber: 
Art. 874. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária, mandar:
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios;
Assim, a penhora sob os três bens do Embargante implica, certamente, em prejuízo ao devedor.
Por outro lado, registra-se que dos bens penhorados, o imóvel localizado no Centro de Lauro de Freitas é alugado, traduzindo-se fonte de renda e único meio de subsistência deste e de sua família, conforme atesta os documentos em anexo. 
Além disso, o barco apresenta alto valor sentimental, pois foi um presente do seu falecido pai e lhe traz muitas felicidades em momentos de lazer. 
Todavia, o Embargante informa que a garagem, atualmente, constitui o bem penhorado que trará menor gravidade e escassez para a sua vida, pois, atualmente, está sem carro, e o valor da avaliação (R$50.000,00) é suficiente para adimplir o débito do Embargante.
Acerca da menor gravidade ao devedor, o CPC, em seu art. 805, diz o seguinte: 
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
O princípio da menor onerosidade da execução ou menor gravidade ao Executado se trata de princípio que representa a aplicação da proporcionalidade no processo de execução, na medida em que busca garantir, a um só tempo, a efetividade da tutela executiva e a preservação do patrimônio do executado contra atos desnecessariamente invasivos. Em outros termos, a medida executiva pretendida deve revelar-se necessária e adequada para o atingimento da finalidade perseguida.
Conforme se verifica na presente demanda, houve a penhora de três bens do Embargante, quais sejam: um imóvel localizado no Centro de Lauro de Freitas, um barco que foi deixado pelo genitor falecido do Embargante e uma garagem, localizada no próprio condomínio Embargado. 
Ainda sobre o assunto, o CPC diz, em seu art. 829, §2º, o seguinte: 
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.
[...]
§ 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.
Neste sentido, tendo em vista que houve um excesso à penhora, bem como tendo em vista que o bem que trará menor prejuízo ao Embargante é a garagem, requer a Vossa Excelência que seja retirado da penhora o imóvel de Lauro de Freitas e o barco. 
III – DO EFEITO SUSPENSIVO
O Embargante requer que seja atribuído o efeito suspensivo, tendo em vista presente os requisitos, conforme artigo 919, § 1º e 300 do Código de Processo Civil.
A adjudicação por parte do Embargado dos bens penhorados, ou, ainda, a arrematação deste em um possível leilão trará prejuízos incalculáveis, já que este necessita de verba para a manutenção de sua família, e, ainda o barco não pode ser substituído por qualquer outro, eis que tornou um bem sem igual. 
Diante disto, está caracterizado a fumaça do bom direito e ainda o perigo do dano da demora, requisitos para a concessão da tutela provisória, do art. 300, do CPC. 
Outrossim, revela ainda que não existe prejuízo de reversão da medida, vez que a suspensão do processo de execução não prejudicará o referido processo, vez que os bens já estão penhorados, garantindo a execução.
Diante disso, o executado requer a atribuição do efeito suspensivo a presente impugnação, com fundamento artigo 919, § 1º do Código de Processo Civil.
IV - DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer o seguinte:
a). Que seja atribuído o efeito suspensivo aos Embargos à Execução, nos termos do artigo 919, § 1º do NCPC.
 b). Que seja notificado o Embargado para, querendo, contestar os presentes embargos, sob pena de ser considerado revel e confissão quanto as matérias de fato alegadas; 
c). Ao final a procedência dos Embargos para o fim de declarar o excesso à penhora praticado, e ordenar que seja retirado da penhora o imóvel localizado em Lauro de Freitas e o barco, com fulcro no art. 805, do CPC. 
d) A condenação do Embargado as custas processuais e honorários advocatícios, estes arbitrados em 20%(vinte por cento) sobre o valor da condenação.
e) Manifesta o Embargante em promover a auto composição da lide, razão pela qual requer seja designada audiência de conciliação, nos termos do artigo 139, V, do CPC.
f) protesta pelas provas carreadas neste processado, bem como lhe seja deferido comprovar o alegado com todasas demais admitidas em direito.
Dá-se a causa o valor de R$81.000,00 (oitenta e um mil reais)
Termos em que,
Pede o deferimento.
Lauro de Freitas, 17 de junho de 2020 
Advogado 
OAB – BA xxxxxxxx

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