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FICHAMENTO ETICA 01

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
ELINEIZE SOARES DE OLIVEIRA
OTÁVIO DE SOUZA NETO
FICHAMENTO
Fichamento dos capítulos 7.16, 8 e 10 do livro
Ética Geral e Profissional de José Renato Nalini
14ª edição.
Avaliação parcial apresentada no curso de Direito turno matutino disciplina de Ética Profissional (Integradora), sob a supervisão do Prof. Alexandre Montanha
SALVADOR-BA
 2020
Capítulo 7.16 - ÉTICA DOS DEFENSORES PÚBLICOS
A Defensoria Pública já fora prevista pelo constituinte de 1988. Ao ser promulgada a Constituição, previu-se a edição de lei complementar para organizar a Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos territórios com a prescrição de normas gerais para sua organização nos estados.
A Emenda Constitucional 45 de 08.08.04, fortaleceu o papel da Defensoria pública ao converter seu parágrafo único em §1º e acrescentou um§2º, assegurando autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentária e subordinação do disposto no artigo 99 §2º.
A relevância dada as Defensorias Públicas reflete a convicção de que elas representam instrumento insubstituível para ampliar o acesso a justiça.
A Defensoria surge como o objetivo de levar o estado juiz as postulações dos miseráveis, não sendo mais recusada a prestação jurisdicional sob argumento de inexistir profissional da advocacia que traduza a prestação perante os tribunais.
O Defensor Público é advogado do povo, e para isso precisa ser provido de uma ética muito sensível, capaz de penetrar na sensibilidade e recato popular, suscetível de melindres por ter sido sempre relegados ao abandono.
Os advogados que emprestam seu grau para atuar junto ao estado onde a maioria dos problemas apresentados, não só jurídicos, mas sociais. São questões de exclusão ou de não inclusão, de pobreza, de miséria, de indigência de saúde física e mental. Ainda que desprovido de formação psicológicas tem que com seu talento e talento dos assistentes sociais compreender os dramas humanos para o bom desempenho de sua função. Não podendo a defensoria pública ser uma repartição burocrática insensível das misérias da condição humana para a burocracia e a esterilidade do ritualismo judicial.
Terá que atuar na formulação de procedimentos novos, aproveitando tudo que o ordenamento já permite de celeridade, singeleza, oralidade com vistas na obtenção rápida da restauração de situações de lesão como forma de honrar a missão que o constituinte lhe outorgou, vislumbrando a esperança de que esta pátria possa vir a transformar-se numa nação justa, fraternal e solidária conforme previu o constituinte. Devendo estar em sintonia comas novas tecnologias para auxiliar não eficiência das praxes tradicionais.
Não se concebe que no atual estágio da Federação, a remoção física de encarcerados seja gasto recursos volumosos para que o preso se apresente fisicamente diante do juiz, quando se pede contar com videoconferência ou audiência a distância na oitiva de testemunhas, interrogatórios e outros procedimentos processuais que ganham celeridade e eficácia com tais tecnologias.
As especificidades da função de um defensor público devem ser consideradas, pois é necessária a ponderação dos prós e contras dessa e de outras urgências diante da prática medieval que insiste em perpetuar-se.
Embora todo esse ritual imposto a sua função não se pode liberar de ser um profissional ético, á luz da consolidada deontologia forense.
Capítulo 9 – A ÉTICA DO PROMOTOR DE JUSTIÇA
Até a Constituição de 1967 o Ministério Público pertencia ao Poder Executivo e suas funções estavam adstritas a aspectos puramente jurisdicionais, restringindo a ação dos Promotores e Procuradores de Justiça a exercer basicamente o papel de acusadores no processo penal, não havendo qualquer deliberação federal no estabelecimento das funções do órgão, deixando a cargo de legislação estadual a competência de balizar as suas atribuições. Já a Constituição de 1988 alterou profundamente a visão de Estado, inaugurando uma sociedade voltada para o atendimento às necessidades do cidadão e estabeleceu direitos não concedidos antes. 
A Constituição de 1988 garantiu sua autonomia administrativa e funcional, tornando-o independente dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e defensor dos direitos da sociedade, e não mais do Estado. Para cumprir esse papel, o Ministério Público foi estruturado de modo simétrico ao Judiciário, dividido em Ministério Público dos Estados e da União. Esse, por sua vez, abrange o Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
A transformação do Ministério Público em “defensor da sociedade” remonta ao Código de Processo Civil de 1973, que fixou a defesa do interesse público como função do Ministério Público que caberia a ele intervir “em todas as demais causas em que há interesse público, evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte” (art. 82, inciso III do CPC/73). Tal descrição, posteriormente alterada, dava novas atribuições ao Ministério Público, mas não definia com clareza quais questões passavam a ser seu alvo. Promotores e Procuradores aproveitaram essa indefinição da lei do Código de Processo Civil de 1973 para ampliar sua área de atuação, considerando “interesse público” vários conflitos coletivos, como desapropriações e acidentes de trabalho. 
Desse modo, o Ministério Público passou a ser o autor da ação penal e, ao mesmo tempo, ter a responsabilidade de: a) garantir os direitos da criança e do adolescente; b) defender o meio ambiente; c) garantir o cumprimento da Lei de Execução Penal nas unidades prisionais; d) combater a improbidade administrativa e a corrupção; e) garantir a saúde como direito de todos; f) defender os direitos dos idosos; g) pugnar pelos direitos dos portadores de necessidades especiais; h) lutar contra o trabalho infantil; i) garantir a todos o acesso à educação; j) promover as condições de urbanismo para vida com qualidade nas cidades; k) fiscalizar o cumprimento da legalidade e da qualidade de vida nos projetos sociais. 
Atuar na área jurídica requer um grau de responsabilidade social bastante elevado. Os responsáveis pela formação do profissional dessa área não podem se limitar a oferecer um curso pautado nos padrões de exigência legal mínimos. A emissão de diplomas de graduação não deve ser feita àqueles que concluíram o curso com aproveitamento regular das matérias exigidas pelos currículos mínimos legalmente fixados.
O profissional do Direito, antes de conhecer a técnica jurídica, a ferramenta processual, os elementos de interpretação normativa, deve lapidar dentro de si, o caráter humanístico da profissão, o seu papel como agente da paz social, garantidor da dignidade humana, garantidor do acesso a uma ordem jurídica justa. O instrumento jurídico processual, por mais perfeito que seja, perde seu valor se não for utilizado seguindo os princípios a que se destina que é garantir a justiça. 
Se o jurisconsulto compreende que a essência do Direito está nos seus princípios éticos e que toda a técnica jurídica deve trabalhar neste sentido, talvez, hoje tivéssemos ao nosso alcance o tão sonhado acesso à justiça. Pensamos assim, a ética adquiriu importância ainda maior. Embora necessária, é insuficiente a mera proclamação retórica. É preciso tipificar condutas. Erigir padrões de comportamento ético.
Há uma necessidade urgente da formação ética e humanística dos promotores. Se tais estudos comprovam que os promotores transmitem em seus julgados suas tendências ideológicas, construídas desde sua formação, se faz necessário atentar para a formação dos promotores. Se para a maior efetivação da justiça é necessária, acima de tudo, uma sólida formação humanística, deve-se atentar para a frágil formação humanística dos atuais promotores, carregados, ainda, de uma formação dogmática ao extremo, voltada muito mais à técnica que á ética. O bom promotor não é somenteo conhecedor das leis, técnico e bom interpretador de normas; deve o candidato ao cargo demonstrar bom senso, equilíbrio e idealismo. Assim como não se concebe decisão judicial desmotivada, a manifestação ministerial há de ser consistente. A elaboração do relatório imprime certeza de que os autos foram efetivamente examinados e o profissional fez a apreensão de todos os elementos essenciais ao conhecimento da demanda.
Do mesmo modo, em que o juiz por muitas vezes torna-se o reflexo de sua formação e de suas ideologias, os promotores, defensores públicos, advogados, procuradores, entre outros, acabam não buscando noutros horizontes o conhecimento sociológico, político, econômico, filosófico, pois os problemas do dia-a-dia não são somente de ordem jurídica. A diferença é que os demais não são investidos do princípio da imparcialidade ou neutralidade, pelo contrário, suas funções são parciais. O advogado, por exemplo, deve lutar em favor de seu cliente ou do ente público que esteja representando, enquanto o membro do Ministério Público deve em muitas vezes lutar em desfavor da outra parte, ainda que tenha como função constitucional defesa da ordem jurídica e do Estado Democrático de Direito, como preceitua o art. 127 da Constituição Federal de 1988.
Capítulo 10 – ÉTICA DO JUIZ
Sabe-se que, por meio da Ética, o homem usa a sua consciência para servir de apoio e direcionar suas ações. E, por meio do Direito, lhe é imposto normas de conduta e comportamento. A razão de nossa reflexão, fundamentada na Ética e no Direito, faz-se necessária para salientar a relação de complementariedade entre estes institutos, ressaltando a importância da observância destes, não apenas no meio profissional, mas também, pessoal. Cumpre salientar que, tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras, que visam estabelecer determinada previsibilidade para as ações humanas.
 No entanto, a Moral estabelece regras, que são assumidas, como uma forma de garantir o bem-viver e que garantem uma identidade entre as pessoas, que a utilizam como um referencial comum, independente de fronteiras geográficas. Já o Direito, busca estabelecer o regramento de uma sociedade, mas delimitado por fronteiras geográficas. Quanto à Ética, esta é uma reflexão sobre a ação humana, sendo que, um dos seus objetivos, é a busca de justificativas para as regras propostas tanto pela Moral, quanto pelo Direito. Portanto, a Ética é diferente da Moral e do Direito, pelo fato de não estabelecer regras. E, tal abordagem torna-se imprescindível, diante do contexto do mundo em que vivemos, em que há um desvirtuamento da conduta humana, refletido nas atitudes cotidianas que presenciamos, assentando-se na constante perda de valores.
 Diante do exposto, estes serão os parâmetros, esses que devem ser observados pelos juízes, esse que ocupa a atenção de todos os brasileiros nestes últimos tempos. 	
O julgador passou a merecer críticas diárias da mídia, bem como a ter a sua conduta esmiuçada em todas as redes sociais, e adquiriu um protagonismo que a história do sistema justiça nunca dantes registrou. Vários fatores interferiram no excessivo protagonismo do juiz. O enfrentamento de questões polêmicas por um Supremo Tribunal Federal que teve de suprir a omissão legislativa. O uso da TV Justiça para retransmitir sessões em que os assuntos que atraem a atenção da cidadania são exaustivamente debatidos, com a adoção de certa teatralidade sedutora de plateias interessadas. O ativismo do Judiciário, que resolveu assumir uma postura de intensa interferência em todas as políticas públicas e assumiu o papel de guardião da moralidade pátria.	Embora o juiz possua seu próprio código de ética ao fundamentar toda e qualquer decisão, o juiz estará a “prestar contas” à sociedade que o remunera, quanto aos fatores que formaram o seu convencimento. Permitirá a qualquer pessoa acompanhar seu raciocínio, aferir se ele se fundamenta no ordenamento e se não conflita com a intuição do justo que é imanente à comunidade nacional.	Essa é uma efetiva forma de legitimação. Mas, ao cumprir sua missão com observância de todos os deveres impostos a uma prestação estatal revestida de simbolismo e de sensível expectativa de conduta, o juiz também auferirá o consentimento da comunidade a que serve. Todavia, se o CNJ não tivesse editado o Código de Ética, nem por isso estariam os juízes liberados de uma conduta pautada por preceitos deontológicos. Existem normas éticas positivadas na Constituição da República. O constituinte emitiu comandos destinados ao juiz, dos quais sempre se pode extrair o lineamento básico de seu comportamento moral profissional.
A exatidão exigida ao juiz novamente o remete ao dever de estudo continuado. Somente o juiz tecnicamente preparado, conhecedor da lei, da doutrina e da orientação pretoriana, poderá tentar exercer sua função de maneira exata. Tudo isso sem perder contato com a vida real. Essa exatidão é exigida para o cumprimento da lei e, também, para a observância dos chamados atos de ofício. Depois, o juiz deve ser pessoa sensata.						
 A circunstância de atender a quem o procura não acarreta a perda da independência do julgador. Presume-se que o juiz revista a condição de ser humano qualificado que, depois de vencer concurso severo, reveste condições técnicas e de experiência da vida para afastar contatos que influenciem negativamente seu julgamento. Raras as vezes em que isso ocorre com um juiz de bem. Um profissional equilibrado, sereno e confiante em seus atributos de conhecedor do direito e da natureza humana. O interesse do particular, como regra, é obter informação que o juiz pode fornecer sem comprometimento da equidistância. A Justiça não precisa continuar a ser o território indevassável, a Arca da Aliança, o Sacrário ou o Santo dos Santos que faça perecer quem se aproxime de seus sumos sacerdotes.				A Justiça é uma necessidade humana, propiciada por seres humanos, para reduzir a aflição dos aflitos. Não há temer o contato com o desvalido. Afaste-se o perigo de contágio com as partes. Todos são feitos do mesmo material: a fragilidade da condição humana. O juiz só tem maiores responsabilidades. Mas não pode ser inacessível, menos ainda intocável.
Já se assinalou que, no processo, o juiz deve procurar manter a imparcialidade, empenhar-se na busca da verdade real, zelar pelo efetivo cumprimento dos prazos e atuar, enfim, com devotamento.A imparcialidade consiste em postar-se o juiz em situação de equidistância das partes. Mas é mais do que isso. Imparcial é o juiz que procura compensar a debilidade de uma das partes, para garantir o equilíbrio de oportunidades a cada qual conferidas. Imparcial é o juiz que se sensibiliza com o hipossuficiente, perante cuja fragilidade o atuar equidistante é sinônimo de injustiça. Imparcial é o juiz que não teme reconhecer ao poderoso a sua razão, quando ela é evidentemente superior à do mais fraco, contudo para quem acha que o juiz não pode ser punido, vejamos: 									O juiz pode ser punido com advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço e demissão. A aplicação dessas penas dependerá da gravidade da infração cometida. 
Por esperamos juízes que atuem no universo que lhe foi reservado, que trabalhe no limite de suas atribuições e capacidade. Não esmorecer. Acreditar na justiça. Acreditar-se capaz de transformar a vida e o futuro das pessoas.

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