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Ana Comin SISTEMAS ADESIVOS: São utilizados antes da utilização da resina composta. Permite adesão da resina no dente. RELEMBRANDO CONCEITOS BÁSICOS: *FONTE: http://www.forp.usp.br/restauradora/dentin.html Esmalte e dentina apresentam estruturas diferentes. ESMALTE Formado por 96% de material inorgânico hidroxiapatita 3% de água e 1% de material orgânico proteínas. É mais homogêneo que a dentina. Alta dureza ou se desgasta a substrato de menor dureza. Alto módulo de elasticidade: É a razão entre a tensão e a deformação na direção da carga aplicada, sendo a máxima tensão que o material suporta sem sofrer deformação permanente. Quanto maior esse módulo, maior a tensão necessária para o mesmo grau de deformação, e, portanto, mais rígido é o material. Baixa resistência à tração. Poroso pode pigmentar ao longo do tempo. Translúcido. DENTINA: Tecido conjuntivo calcificado com milhares de canalículos por milímetro quadrado. 65% de matéria inorgânica hidroxiapatita. 22% de matéria orgânica colágeno tipo 1. 13% de água. Estrutura mais heterogênea que o esmalte Sua POROSIDADE é variável dependendo da profundidade estudada: 1. Quanto mais próximo da polpa mais poroso; 2. Tem relação íntima entre as moléculas odontoblásticas da polpa com a dentina; 3. A mineralização da dentina varia de paciente para paciente; 4. Temos a dentina intertubular que apresenta mais colágeno; 5. Temos a dentina peritubular que é mais mineralizadae e com menos partes orgânicas. A estimativa da densidade canalicular varia de 40 mil a 70 mil canalículos por milímetro quadrado, dependendo da distância que se encontra em relação com a polpa. Os canalículos têm cerca de 1 micrometro de diâmetro em sua parte periférica e cerca de 3 micrometros na superfície pulpar. A dentina próxima à polpa tem mais canalículos dentinários e menos matriz calcificada intercanalicular por unidade de área que a dentina periférica. As paredes dos canalículos são limitadas por uma dentina pericanalicular hipermineralizada ao longo de seu comprimento com exceção da parte do canalículo próximo à polpa. A presença de detritos na superfície gerada após a abrasão com pontas diamantadas recebe o nome de Smear Layer (Camada de lama dentinária). É o mesmo fenômeno ao lixar a unha, essa camada impede adesão do sistema adesivo. A dentina entre os canalículos é chamada de dentina intercanalicular, a qual é rica em matriz orgânica e menos calcificada do que a dentina pericanalicular. FLUIDO EXTRACELULAR: Os canalículos contém uma espécie de fluido extra- celular que cumulativamente representa uma fração significante do volume total da dentina (20 a 30%). Se o fluido é contaminado com produtos microbianos, tais como endotoxinas, penetração na polpa e possível inflamação. Esse processo de penetração de substâncias através da dentina é um processo passivo e é determinado, em grande parte, pela estrutura própria da dentina. Os canalículos dentinários convergem para a polpa, porque a superfície da área da junção dentina-esmalte é maior. Resultado: maior concentração de substâncias http://www.forp.usp.br/restauradora/dentin.html http://www.forp.usp.br/restauradora/den5.jpg http://www.forp.usp.br/restauradora/den4.jpg http://www.forp.usp.br/restauradora/den4.jpg Ana Comin que penetram muito mais em área próxima à polpa, do que na área da junção amelo-dentinária. Já que a dentina é removida, tanto mecanicamente pelo profissional como por processos patológicos, a dentina remanescente torna-se mais permeável porque apresenta canalículos com maior diâmetro, e a dentina torna-se mais fina, aumentando, assim, a difusão. Desse modo, escavações necessárias na dentina, aumentam o potencial de irritação da polpa por agentes químicos ou bacterianos. Este fato é um forte indício para a necessidade de colocar uma base protetora em cavidades profundas antes da restauração final. A convergência dos canalículos dentinários é também responsável pela diminuição da microdureza da dentina. Outra variável importante que afeta a permeabilidade dentinária é a superfície de área de dentina exposta. Um preparo para uma restauração de coroa total removerá maior quantidade de esmalte e promoverá maior área de difusão do que uma pequena restauração oclusal. A característica da superfície da dentina também pode modificar a permeabilidade dentinária. DOIS EXTREMOS SÃO POSSÍVEIS: A) Canalículos que estão completamente abertos, visto em fraturas recentes ou em dentina que sofreu ataque ácido. B) Canalículos que estão completamente fechados com smear-layer. Embora o smear layer evite a penetração de bactérias, há espaço entre as partículas microscópicas entre o smear, que permite moléculas tão grandes como a albumina (peso molecular 68000) penetrar na dentina em quantidade reduzida. Pashley (1984) utilizando uma variedade de moléculas radioativas de diferentes tamanhos, encontrou uma relação recíproca entre a permeabilidade dentinária e tamanho molecular de modo que moléculas pequena como a água ou glicose penetram na dentina muito mais rapidamente do que as moléculas grandes com dextran e proteinas. A remoção do smear layer por ataque ácido aumenta a permeabilidade dentinária, pois a remoção de debris aumenta a superfície de área difusional. Esse procedimento também permite a bactéria penetrar no interior da dentina, onde elas podem migrar vagarosamente em direção pulpar ou passar rapidamente, se ajudadas pela pressão hidrostática, tal como ocorre durante a mastigação de alimentos. Há bastante constricção e irregularidades dentro dos canalículos dentinários. Essa resistência intracanalicular à penetração de substâncias é resultante do raio canalicular funcional ou fisiológico. O raio muitas vezes tão pequeno: bloqueia a bactéria da saliva que flui para o interior dos canalículos, deixa o líqüido estéril ao passar através da dentina. Observa-se que muitas vezes o paciente pode permanecer com hipersensibilidade dentinária por muito tempo sem que se desenvolva qualquer inflamação pulpar. MOVIMENTO DE FLUIDOS: Acredita-se que o movimento de fluidos pode ocorrer nessas condições e, de fato, é a premissa básica da teoria hidrodinâmica da algia dentinária. EM RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA: A restauração de amálgama demanda a confecção de uma caixa e retentiva para que não se solte. Em contraste, além de só haver a remoção da cárie, a restauração em resina gera melhor aparência estética e maior conservação de estrutura dentária, uma vez que o material odontológico fica aderido pelo sistema adesivo. A durabilidade do material odontológico, como a resina, depende da habilidade do profissional quanto a aplicação do sistema adesivo. RESTAURAÇÃO DIRETA: Restauração direta: é restauração realizada diretamente na boca do paciente com adesivo e resina. INDIRETA: Restauração indireta: as peças são feitas no laboratório de prótese e cimentado na boca do paciente cimentados com cimentos resinosos. ADESÃO: É uma força que mantém unida duas superfícies o substrato com diferentes composições desde que as moléculas das mesmas estejam em íntimo contato. Adesivo substância capaz de manter materiais unidos pela superfície de união. ADESIVO apresenta monômeros hidrofóbicos. Ana Comin FATORES ENVOLVIDOS N A ADESÃO: Energia de superfície átomos ou moléculas de uma superfície sólida disponível para ligação. Tensão de superfície energia de superfície de líquidos. SISTEMAS EXISTENTES: SISTEMA CONVENCIONAL: 3 PASSOS: 1. ÁCIDO 2. PRIMER 3. ADESIVO 2 PASSOS: 1. ÁCIDO 2. PRIMER+ADESIVO: Neste caso não há a possibilidade da reidratação da estrutura colágena, como há na de 3 passos. SOBRE O PRIMER: Solvente água, etanol/ acetona. Fluidez igual penetrar na dentina desmineralizada. HEMA = 2-hidroxi-etil-metacrilato. Monômero hidrofílico. ÁGUA/ETANOL: Menos influência da substância na dentina: menos afinidade pela água, exige mais tempo para penetrar na dentina desmineralizada. ACETONA: Maior influência da umidade no substrato. Não re-expandem estrutura colágena colapsada. Evaporam e ressecam mais. CONDIÇÕES ESPERADAS: 1. ESTRUTURA DENTAL SADIA PRESERVADA 2. RETENÇÃO IDEAL 3. MICROINFILTRAÇÃO DEVE SER PREVINIDA. CONVENCIONAL (3 PASSOS): 1º condicionador ácido 2º primer 3º adesivo 1. ÁCIDO FOSFÓRICO (CONDICIONADOR ÁCIDO) 30 a 40% (GERALMENTE USA-SE 37%). Corantes facilitam a visualização. Gel solução aquosa + espessante polímero ou sílica. EVITA SEU ESCOAMENTO!! CONDICIONAMENTO EM ESMALTE: Esmalte de pessoas idosas ou sob constante fluoretação necessita de maior período de condicionamento. Tempo excessivo de condicionamento formação de precipitado de fosfato de cálcio: DENTINA FICA COM FIBRAS COLÁGENAS COLABADAS. Caso haja contaminação (saliva, óleo, sangue etc) da área já condicionada, repetir o condicionamento. 1. Profilaxia com pasta e isenta de óleo. 2. Aplicação do condicionador ácido. 3. Tempo de 30 a 60 segundos de acordo com o substrato. Geralmente: 30 em esmalte e 15 dentina. 4. Lavagem pelo mesmo tempo de condicionamento. 5. Secagem: em dentina usar filtro de café/micro- esponja. Clinicamente observa-se o esbranquiçado do esmalte. Cria poros no esmalte (erosão mais desmineralização cálcio e fósforo). Permite a travamento mecânico. Limpa superfície biofilme pigmentos. Remoção de detritos formatos por abrasão. Aumento da energia livre de superfície. Três tipos de condicionamento de esmalte: Tipo 1 = remoção do centro de prismas. Tipo 2 = remoção da periferia dos prismas. Tipo 3 = emoção mista. 2. APLICAÇÃO DO PRIMER: Em dentina é muito mais efetivo, uma vez que é hidrofílico e interage com a umidade da mesma. Em esmalte não tem tanta efetividade. 1. 1ªAplicação: 2. Aguardar por 20 segundos. 3. Leve jato de ar. 4. 2ªAplicação. 5. Jato de ar novamente. 3. APLICAÇÃO DO ADESIVO (BOND) 1. Aplicar com uma certa agitação. 2. Aguardar por alguns segundos. 3. Leve jato de ar: para que a escoação seja tanto em esmalte como em dentina. Ana Comin 4. 2ª aplicação. 5. Jato de ar. 6. Fotoativação: 20s. Sistema pronto para receber resina. CONVENCIONAL (2 PASSOS): 1. ÁCIDO FOSFÓRICO (CONDICIONADOR ÁCIDO) 30 a 40% (GERALMENTE USA-SE 37%). Mesmos passos do condicionamento convencional de 3 passos. 2. APLICAÇÃO DO PRIMER+ADESIVO (BOND): Os componentes do primer foram adicionados ao adesivo sendo acondicionados em um só frasco. “Sistemas adesivo de passo simplificado”. 1. Monômero hidrofílico: Primer. 2. Monômero hidrofóbico: Adesivo. 3. 1ª Aplicação com agitações. 4. Aguardar por alguns segundos. 5. Jato de ar: evaporação do solvente. 6. 2ªAplicação. 7. Jato de ar novamente. 8. Fotoativação. SISTEMA AUTOCONDICIONANTE: 2 PASSOS: 1. PRIMER AUTOCONDICIONANTE: Neste caso não é tão interessante este autocondicionamento para esmalte, uma vez que o ácido é fraco. Faz se necessário o uso de um condicionamento adicional para esta estrutura. Ademais: a CAMADA HÍBRIDA TERÁ A SMEAR LAYER INCORPORADA nela, sem sua remoção. 2. ADESIVO ETAPAS: 1. CONDICIONAMENTO DO ESMALTE COM ÁCIDO: 30 SEGUNDOS. 2. APLICAÇÃO DO PRIMER com ÁCIDO. Não tem problema se esta substância entrar em contato com o esmalte. 1. 1ªAplicação: 2. Aguardar por 20 segundos. 3. Leve jato de ar. 4. 2ªAplicação. 5. Jato de ar novamente. 3. APLICAÇÃO DO ADESIVO (BOND) 1. Aplicar com uma certa agitação. 2. Aguardar por alguns segundos. 3. Leve jato de ar: para que a escoação seja tanto em esmalte como em dentina. 4. 2ª aplicação. 5. Jato de ar. 6. Fotoativação: 20s. 1 PASSO: TODOS OS PASSOS JUNTADOS: CONDICIONAMENTO/PRIMER E ADESIVO.
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