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Revisão Expansão Marítima- exercícios com gabarito

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1. (Enem 2016) A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres
comerciantes, caracterizadas pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora
atestada por viajantes e por missionários portugueses que visitaram a costa a partir do século
XV, consta também na ampla documentação sobre a região. A literatura é rica em referências
às grandes mulheres como as vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a
autonomia e mobilidade, é tão típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em 
mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA. S. (Org.). Identidades, memórias e 
histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006. 
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África Ocidental pode ser relacionada 
a uma característica marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se 
observa pela 
a) restrição à realização do comércio ambulante por africanos escravizados e seus
descendentes.
b) convivência entre homens e mulheres livres, de diversas origens, no pequeno comércio.
c) presença de mulheres negras no comércio de rua de diversos produtos e alimentos.
d) dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente de origem dos escravizados.
e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades ligadas ao pequeno comércio urbano.
2. (Fatec 2019) Em 1519, os navegadores Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano
partiram de Cádiz, na Espanha, para uma viagem que entraria para a história por
a) estabelecer um caminho terrestre para as Índias ocidentais.
b) descobrir uma rota segura para atravessar o Polo Norte.
c) comprovar o formato esférico do planeta Terra.
d) desbravar o canal do Panamá.
e) explorar o istmo de Suez.
3. (Enem 2019) A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a
Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o
Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do
Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em
Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o
primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1996. 
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado 
para 
a) restabelecer o crescimento da economia mercantil.
b) conquistar as riquezas dos territórios americanos.
c) legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
d) ganhar a adesão das potências europeias.
e) fortalecer as rotas do comércio marítimo.
4. (G1 - cps 2019) A Indonésia, um dos países mais populosos do mundo, é também o
segundo com a maior biodiversidade do planeta. Nesse país estão as Molucas, que ficaram
conhecidas no passado
como as “Ilhas das especiarias”. Foi a partir delas que provavelmente se espalhou pelo mundo
o
cravo-da-índia.
Hoje, a ilha de Zanzibar, que faz parte da Tanzânia, é a maior produtora mundial de cravo-da-
índia. São grandes produtores também Madagascar e a própria Indonésia. No Brasil, a Bahia é 
o principal produtor comercial desse item.
 
<https://tinyurl.com/y9johgqz> Acesso em: 03.02.2019. Adaptado. 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta o processo histórico que pôs os lugares citados no texto 
em contato. 
a) As cruzadas do século II a.C. 
b) As caravanas indianas do século XII 
c) As navegações ibéricas do século XV 
d) O surgimento da rota da seda no século IV a.C. 
e) Os movimentos migratórios islâmicos no século III 
 
5. (Unesp 2019) 
 
 
O mapa representa a divisão da África no final do século XIX. Essa divisão 
a) persistiu até a vitória dos movimentos de descolonização da África, ocorridos nas duas 
primeiras décadas do século XX. 
b) foi rejeitada pelos países participantes da Conferência de Berlim, em 1885, por 
considerarem que privilegiava os interesses britânicos. 
c) incluiu áreas conquistadas por europeus tanto durante a expansão marítima dos séculos XV-
XVI quanto no expansionismo dos séculos XVIII-XIX. 
d) foi determinada após negociação entre povos africanos e países europeus, durante o 
Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890. 
e) restabeleceu a divisão original dos povos africanos, que havia sido desrespeitada durante a 
colonização europeia dos séculos XV-XVIII. 
 
6. (Unicamp 2019) Sobre o diário do indígena Chimalpahin, o historiador Serge Gruzinski 
escreveu: Toda a obra do cronista transborda de anotações que desenham um imaginário 
planetário, cujas referências nos parecem muitas vezes inesperadas. Dois meses depois de ter 
evocado o assassinato do rei de França, em 15 de novembro de 1610, Chimalpahin dirige seu 
olhar para o Japão e anota: “Dom Rodrigo de Vivero, vindo do Japão, perto da China, fez sua 
entrada na Cidade do México. Fez-se amigo do imperador japonês e este lhe emprestou a 
fortuna que Rodrigo trouxe à Cidade do México; ele trouxe, além disso, alguns japoneses com 
ele. Todos estavam vestidos como se vestiam lá, com uma espécie de colete e um cinto em 
torno da cintura, onde levavam sua katana de aço, uma espécie de espada. Não se mostravam 
tímidos, não eram pessoas calmas ou humildes, tinham, ao contrário, o aspecto de águias 
ferozes.” 
 
(Adaptado de Serge Gruzinski, As quatro partes do mundo: história de uma mundialização. 
Belo Horizonte: Editora UFMG, São Paulo: Edusp, 2014, p. 36.) 
 
 
Considerando o estudo histórico de Gruzinski e seus conhecimentos, 
 
a) identifique, a partir do texto, dois aspectos que caracterizam os contatos culturais; 
b) explique a importância do diário de Chimalpahin para a compreensão do processo de 
colonização da América. 
 
7. (Espcex (Aman) 2018) No início do século XIV, a China era a maior potência mundial e 
empenhava-se intensamente na expansão marítima e comercial, chegando à Índia, quase um 
século antes de Cabral. Os chineses estiveram no sul da África Oriental e no Mar Vermelho, 
enquanto os portugueses mal iniciavam sua exploração na costa norte da África. Entretanto, 
antes de 1440, a expansão marítima chinesa estagnou. Aponte, dentre as opções abaixo, 
aquela que apresenta a causa para o sucesso da exploração marítima portuguesa. 
a) O fato de os portugueses não terem desenvolvido tecnologias relacionadas à navegação 
ultramarina não afetou suas ações exploratórias. 
b) Em Portugal, a centralização monárquica só ocorreria no final do Século XIII, sendo este fato 
de pouca influência no processo exploratório dos portugueses além-mar. 
c) As finanças portuguesas não estavam estabilizadas e dificultaram os investimentos 
necessários para os projetos relacionados às navegações, o que fez com que D. Henrique 
procurasse financiamento público com os soberanos espanhóis. 
d) Portugal, apesar da guerra de emancipação política com a Espanha, manteve a busca por 
conhecimento para a consecução das grandes navegações. 
e) Em Portugal, as explorações foram conduzidas com recursos de empresas comerciais 
privadas e apoio governamental. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois 
ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente 
americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e 
epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no 
resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominaçãoe de 
exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos 
autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de 
funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. 
 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. 
Adaptado.) 
 
 
 
8. (Unesp 2018) A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na América 
foram “o prelúdio da ocidentalização” e “uma das primeiras etapas da globalização” é correta 
porque a conquista do continente americano representou 
a) a definição da superioridade militar e religiosa do Ocidente cristão e o início da perseguição 
sistemática a judeus e muçulmanos. 
b) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo sobre a esfericidade da Terra e o fracasso 
dos novos instrumentos de navegação. 
c) o encerramento das relações comerciais da Europa com o Oriente e o imediato declínio da 
venda das especiarias produzidas na Índia. 
d) o encontro e o choque entre culturas e o gradual deslocamento do eixo do comércio mundial 
para o Oceano Atlântico. 
e) o avanço da monetarização da economia e o lançamento de projetos de regulação e 
controle centralizado do comércio internacional. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na 
terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de 
ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e 
sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem 
vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, 
seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, 
pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos 
encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes 
das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, 
pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além 
desta. 
 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 
 
 
9. (Unesp 2018) De acordo com o texto, 
a) a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente religiosa, destituída de 
caráter econômico. 
b) os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos nativos pelos 
conquistadores europeus. 
c) os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença europeia no continente. 
d) os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente como uma cruzada religiosa 
e moral. 
e) a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como uma forma de redimir e 
salvar os africanos. 
 
10. (Unesp 2018) O texto caracteriza 
a) o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o 
controle do tráfico pelas Companhias de Comércio. 
b) o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de 
exploração da natureza e do trabalho. 
c) as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do 
continente africano. 
d) o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às 
sociedades organizadas da África. 
e) o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade 
exploradora nas áreas centrais do continente africano. 
 
11. (Enem (Libras) 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do 
Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de 
forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma 
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras 
descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem 
(1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos 
mapas de Bartolomeu Velho (1561). 
 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia 
Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 
 
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações 
cartográficas mencionadas era 
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. 
b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. 
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. 
d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. 
e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. 
 
12. (Mackenzie 2017) Ao longo de toda a História, a formação de colônias permitiu que a 
espécie humana pudesse se distribuir pelo mundo. Contudo, o crescimento populacional e 
econômico, verificado em algumas civilizações, determinou um novo tipo de colonização, que 
passou a ter o caráter de dominação e conquista territorial. 
 
Ao compararmos o processo de colonização romana com o português, fazem-se as seguintes 
afirmações: 
 
I. O sucesso em superar suas lutas sociais internas possibilitou aos romanos implantar o 
regime de império, implicando uma ação conquistadora, que, graças à ação do exército, 
levou à incorporação de novas regiões. Da mesma forma, após sucessivas guerras religiosas 
internas, para conquistar sua unificação, Portugal também adotou uma ação expansionista. 
II. Roma, além de conquistar territórios para o seu desenvolvimento econômico, também 
procurava criar um grande Império, aumentando sua supremacia em todo Oriente e 
Ocidente. Da mesma forma, Portugal, com o início do processo de expansão marítima, no 
século XIV, almejava criar uma grande nação ultramarina, restaurando o antigo Império 
Romano. 
III. O processo português de colonização correspondia ao modelo mercantilista europeu, no 
qual a exploração das colônias objetivava enriquecer a metrópole, sem a preocupação de 
desenvolvê-las. No caso romano, além da necessidade econômica, visando manter o 
escravismo, almejavam criar um grande Império, possibilitando que seus habitantes 
pudessem se tornar cidadãos de Roma. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a II está correta. 
c) Somente a III está correta. 
d) Somente a I e a II estão corretas. 
e) Somente a II e a III estão corretas. 
 
13. (Enem 2017) No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu foi centro de um 
comércio internacional onde tudo era negociado – sal, escravos, marfim etc. Havia também um 
grande comércio de livros de história, medicina, astronomia e matemática, além de grande 
concentração de estudantes. A importância cultural de Tombuctu pode ser percebida por meio 
de um velho provérbio: “O sal vem do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus e os 
tesouros da sabedoria vêm de Tombuctu”. 
 
ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R. (Org.). 
Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS. 2008 (adaptado). 
 
 
Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua importância histórica no período 
mencionado era o(a) 
a) isolamento geográfico do Saara ocidental. 
b) exploração intensiva de recursos naturais. 
c) posição relativa nas redes de circulação. 
d) tráfico transatlântico de mão de obra servil. 
e) competição econômica dos reinos da região. 
 
14. (Unesp 2017) Leia o trecho de A divina comédia, escrita pelo poeta italiano Dante Alighieri 
(1265-1321), no início do século XIV. 
 
Como, em seu 1Arsenal, os venezianos 
fervem, no inverno, o pegajoso 2pez, 
pra de seus 3lenhos consertar os danos, 
 
pois, não podendo navegar, ao invés 
há quem renove o lenho, ou 4calafete 
o casco que viagem muita fez; 
 
e um na proa, na popa outro arremete, 
um faz o remo, outro torce o cordame, 
um remenda a grã vela, outroo 5traquete. 
 
A divina comédia, 2009. 
 
 
1arsenal: lugar de conserto de navios. 
2pez: piche. 
3lenho: barco. 
4calafetar: vedar, fechar. 
5traquete: mastro. 
 
Nos versos, o poeta refere-se ao trabalho de reparação dos navios venezianos. Descreva a 
natureza do trabalho desenvolvido no arsenal e explique o motivo da crise econômica das 
cidades italianas a partir do final do século XV. 
 
15. (Fgv 2017) A colonização do Novo Mundo na época moderna apresenta-se como peça de 
um sistema, instrumento da acumulação primitiva, da época do capitalismo mercantil. Na 
realidade, nem toda colonização se desenrola dentro das travas do sistema colonial, pois a 
colonização inglesa na América do Norte, colônias de povoamento, deu-se fora dos 
mecanismos definidores do sistema colonial mercantilista. 
 
Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial, 1989. Adaptado. 
 
 
A partir do texto, é correto afirmar que 
a) coexistem, no processo de colonização na Idade Moderna, dois tipos de colônias: as de 
exploração e as de povoamento, sendo estas as mais encontradas, uma vez que se baseiam 
em pequena propriedade, trabalho livre e mercado interno; além disso, o Antigo Sistema 
Colonial garantia superlucros às respectivas metrópoles. 
b) dois tipos de colonização significam a coexistência de dois processos históricos diferentes, 
um ligado à Idade Média e outro ligado à Idade Moderna, com características semelhantes, 
como o comércio triangular, a grande e a pequena propriedades, o autogoverno e o 
exclusivo metropolitano. 
c) a colonização de povoamento, típica do Sistema Colonial Mercantilista, baseia-se em grande 
propriedade, trabalho escravo e produção voltada para o mercado externo, o que implica o 
exclusivo metropolitano como base das relações entre Metrópole e Colônia. 
d) os dois tipos de colonização, de exploração e de povoamento, explicam-se por processos 
diferentes: a de exploração está ligada à acumulação de riqueza para a Metrópole moderna, 
com grande propriedade e trabalho escravo, enquanto a colonização de povoamento liga-se 
à Metrópole industrializada. 
e) o sentido profundo da colonização moderna é comercial e capitalista, pois as colônias de 
exploração, típicas do Antigo Sistema Colonial, nasceram para as Metrópoles acumularem 
riqueza; e é dentro desse processo de análise de conjunto que se torna inteligível a 
existência do outro tipo, a colonização de povoamento. 
 
16. (Famerp 2017) 
 
 
Considerando o mapa e o contexto histórico, é correto constatar que essas viagens 
a) estabeleceram as bases de uma economia planetária, com plena integração comercial entre 
as diversas partes do mundo. 
b) contribuíram para a globalização, ao conectar partes do mundo que até então se ignoravam 
ou não se ligavam diretamente. 
c) resultaram de equívocos e erros de navegação, mais do que de cálculos ou de um projeto 
expansionista organizado. 
d) representaram a ampliação da hegemonia romana sobre o planeta, iniciada na Antiguidade 
Clássica. 
e) tiveram por objetivo a aquisição de escravos, daí privilegiarem rotas na direção da África e 
da Ásia. 
 
17. (Fuvest 2017) 
 
 
Encontram-se assinaladas no mapa, sobre as fronteiras dos países atuais, as rotas eurasianas 
de comércio a longa distância que, no início da Idade Moderna, cruzavam o Império Otomano, 
demarcado pelo quadro. 
 
A respeito dessas rotas, das regiões que elas atravessavam e das relações de poder que elas 
envolviam, é correto afirmar que 
a) a China, com baixo grau de desenvolvimento político e econômico, era exportadora de 
produtos primários para a Europa. 
b) a Índia era uma economia fracamente vinculada ao comércio a longa distância, em vista da 
pouca demanda por seus produtos. 
c) a Europa, a despeito do poder otomano, exercia domínio incontestável sobre o conjunto das 
atividades comerciais eurasianas. 
d) a África Ocidental se encontrava em posição subordinada ao poderio otomano, funcionando 
como sua principal fonte de escravos. 
e) o Império Otomano, ao intermediar as trocas a longa distância, forçou os europeus a buscar 
rotas alternativas de acesso ao Oriente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Cronista sem assunto 
 
Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por semana, havendo ou 
não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, uma palavra que possa acender toda uma 
frase, um parágrafo, uma página inteira – mas qual? 1Onde o ímã que atraia uma boa limalha? 
2Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio está correndo e o assunto não 
vem. Cronos, cronologia, crônica, tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? 
Mas isso já aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca de um 
grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, as pragas, as pirâmides erguidas pelo 
trabalho escravo? Mas como atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista 
anda com mais pressa do que nunca, 3e, aliás, está munido de um celular que lhe coloca o 
mundo nas mãos a qualquer momento. 
Sim, a internet! O Google! É a salvação. 4Lá vai o cronista caçar assunto no 
computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e 
5lá vem a estátua nova-iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro do 
imigrante japonês em São Paulo, 6ou a letra de um hino cívico, ou um tratado filosófico, até 
mesmo o “Libertas quae sera tamen*” dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: 
“Política”. Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega até um poema de 
Drummond, salta-se da política econômica para a financeira, chega-se à política de 
preservação de bens naturais, à política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política 
do velho Maquiavel, ufa. 
Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? 7O velho bifinho da tia ou o 
saudoso picadinho da vovó, receitas domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram 
nomes estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo da alimentação 
há também que considerar o que sejam produtos transgênicos, orgânicos, as ameaças do 
glúten, do sódio, da química nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo 
altos níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado por cozinheiros, 
quer dizer, por chefs de cuisine?** 
Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no campo da educação: há, 
por exemplo, quem veja nos livros de História uma orientação ideológica conduzida pelos 
autores; 8há quem defenda uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. 
9Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação da República? E o 
suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 1964? Já a literatura e a redação andam 
questionadas como itens de vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e 
a arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade? 
Enfim, 10o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito por ter de escolher 
um no infinito cardápio digital de assuntos. Que esperará ler seu leitor? 11Amenidades? Alguma 
informação científica? A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação do 
cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por incentivos fiscais? Os 
megatons da última banda de rock que visitou o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma 
viagem fantasiosa pelo interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A 
posição do Reino Unido diante da União Europeia? 
12Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro com a primeira 
namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela infância distante, um amor machucado, 
13tudo podia virar uma valsa melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que 
estamos todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais abordam 
criticamenteos rumores contemporâneos, valem-se do vocabulário ligado a novos 
comportamentos, ou despejam um humor ácido em seus leitores, 14num tempo sem nostalgia e 
sem utopias. 
É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais e revistas está sob 
ameaça como suporte de comunicação. 15O mesmo ocorre com o material das fitas, dos CDs e 
DVDs: o mundo digital armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem 
incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line com seus leitores aspectos da 
matéria tratada em seus textos. A interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo 
quem diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em função da 
multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo espaço textual. Num plano cósmico: 
quem é o autor do Universo? Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo 
com o criacionismo? 
Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de periódico ainda tem 
emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. Pois então que arrume assunto, e um bom 
assunto, para não perder seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, 
um Rubem Braga, um Luis Fernando Veríssimo, há que se contentar com um mínimo de estilo 
e uma boa escolha de tema. A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é 
função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de 
preferência, bons leitores. 
 
(Teobaldo Astúrias, inédito) 
 
* Liberdade ainda que tardia. 
** chefes de cozinha. 
 
 
 
18. (Puccamp 2017) O texto de Teobaldo Astúrias, ao se referir à estátua nova-iorquina com 
seu facho de luz saudando os navegantes, nos remete à Expansão Marítima Europeia. 
 
Sobre esse fenômeno é correto afirmar que a chegada de Cristovão Colombo à América faz 
parte 
a) da unificação dos reinos ibéricos que, aliada à posição geográfica, favoreceu o pioneirismo 
naval. 
b) do processo de expansão da economia mercantil europeia e do fortalecimento da classe 
burguesa. 
c) do empreendimento planejado espanhol, destinado à exploração das riquezas comerciais do 
Oriente. 
d) do desejo do rei espanhol em realizar a primeira viagem de circum-navegação comercial ao 
Oriente. 
e) da missão de expandir o comércio de especiarias do Oriente para os povos conquistados na 
América. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à 
unificação microbiana do mundo. No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, 
África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade 
causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da 
Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica 
e da África). Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite 
e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis 
venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos 
conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na 
mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do 
Quinhentos: Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se 
perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável 
supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras 
décadas da descoberta.” 
 
Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra Bacteriológica”. 
Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado. 
 
 
19. (Pucsp 2017) O texto expõe uma das características mais importantes da expansão 
marítima europeia dos séculos XV e XVI, 
a) seu esforço saneador, que garantiu o acesso das populações americana, asiática e africana 
aos avanços técnicos europeus. 
b) sua dimensão eurocêntrica, que assegurou uma dominação pacífica da América e da África 
pelos conquistadores europeus. 
c) seu caráter globalizador, que permitiu articular os continentes, estabelecendo maior 
circulação de pessoas e mercadorias. 
d) sua concepção lógica, que orientou o planejamento minucioso da conquista, evitando que os 
europeus enfrentassem imprevistos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões) a seguir considere o texto abaixo. 
 
Em 1499 retornavam a Lisboa, em momentos diferentes, as duas naus restantes da armada 
que, dois anos antes, partira rumo ao Índico em viagem de descoberta do caminho que levasse 
à Índia, local desejado por Portugal há quase meio século. (...) Definitivamente, as coisas 
nunca mais foram as mesmas, tanto para aquele pequeno reino português, na franja atlântica 
da Europa, quanto, em outras medidas, para o resto do continente europeu. Desta viagem, 
mas sobretudo do que se esperou dela e do que efetivamente se encontrou, restaram-nos 
alguns documentos epistolares, mas restou-nos também o Roteiro de uma viagem que levou 
os sonhos portugueses por “mares nunca dantes navegados”, e complementando o poeta 
Camões, “por terras nunca dantes palmilhadas”. 
 
VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem. Expectativas, projeções e descobertas 
portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010. p. 27. 
 
 
20. (Puccamp 2017) Dentre os sonhos portugueses relacionados à descoberta de novas 
terras, certamente figurava o desejo de encontrar ouro em abundância. Ao longo da 
colonização do território brasileiro, o período em que Portugal mais lucrou com a exploração de 
minérios 
a) foi o século XVII, quando da descoberta de metais preciosos na região de Minas Gerais e da 
criação da Estrada Real para o controle do escoamento da produção pelo Porto de Paraty. 
b) estendeu-se por cerca de um século entre 1710 e 1810, fase em que vigorou o Sistema da 
Real Extração, por meio do qual a coroa portuguesa se apossou das minas e controlava 
integralmente a extração, a fundição e a exportação aurífera. 
c) limitou-se aos dez anos de intensa exploração do Arraial do Tijuco (atual Diamantina), área 
que foi isolada como Distrito e mantida sob o controle da Intendência dos Diamantes, no final 
do século XVII. 
d) iniciou-se com a descoberta de esmeraldas pelo bandeirante Fernão Dias Paes, em 1681, e 
se encerrou com a execução da derrama, por falta da arrecadação mínima de minérios, em 
1776. 
e) ocorreu ao longo do século XVIII, principalmente após a instituição de impostos como o 
quinto, perdurando até o declínio da extração do ouro de aluvião, nas últimas décadas desse 
mesmo século. 
 
21. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2016) “Mas Colombo não estava tão longe de certas 
concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que 
descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia, 
verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que precisamente as novas Índias, para onde 
o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.” 
 
Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15. 
 
 
A partir do texto, é possível afirmar que Colombo 
a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela valorização da razão, da aventura e do 
sucesso individual. 
b) demonstrava a persistência, durante o período da expansão marítima, de traços de uma 
mentalidade mística e fabulosa. 
c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca 
incessante de novos mercados. 
d) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia do Atlântico, da lógica 
maniqueísta do pensamento medieval. 
 
22. (Espcex (Aman) 2016) As viagens mercantis e os descobrimentos de rotas marítimas e de 
terras além-mar ocorridas no que conhecemos por expansão europeia, mudou o mundo 
conhecido até então. Foram etapas na conquista dos novos caminhos,rotas e descobrimentos 
os seguintes eventos: 
 
1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, nomeando-a de Cabo das 
Tormentas. 
2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao redor da Terra. 
3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. 
4. Conquista de Ceuta pelos portugueses. 
5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as Índias, mas na verdade 
havia aportado em terras desconhecidas. 
 
A sequência cronológica correta dos fatos listados é 
a) 1, 2, 3, 4 e 5. 
b) 3, 5, 4, 1 e 2. 
c) 5, 2, 1, 4 e 3. 
d) 2, 4, 1, 5 e 3. 
e) 4, 1, 5, 3 e 2. 
 
23. (Unicamp 2016) Os estudos históricos por muito tempo explicaram as relações entre 
Portugal e Brasil por meio da noção de pacto colonial ou exclusivo comercial. Sobre esse 
conceito, é correto afirmar que: 
a) Trata-se de uma característica central do sistema colonial moderno e um elemento 
constitutivo das práticas mercantilistas do Antigo Regime, que considera fundamental a 
dinâmica interna da economia colonial. 
b) Definia-se por um sistema baseado em dois polos: um centro de decisão, a metrópole, e 
outro subordinado, a colônia. Esta submetia-se à primeira através de uma série de 
mecanismos político-institucionais. 
c) Em mais de uma ocasião, os colonos reclamaram e foram insubordinados diante do pacto 
colonial, ao exigirem sua presença e atuação nas Cortes dos reis ou ao pedirem a presença 
do Marquês de Pombal na colônia. 
d) A noção de pacto colonial é um projeto embrionário de Estado que acomodava as tensões 
surgidas entre os interesses metropolitanos e coloniais, ao privilegiar as experiências do 
“viver em colônia”. 
 
24. (Unesp 2016) Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos 
séculos XV e XVI, podem-se citar 
a) a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e 
venezianos. 
b) a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e 
astronômicos. 
c) a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico. 
d) o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações. 
e) o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos 
alimentos. 
 
25. (Fuvest 2016) A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo 
criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e 
europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, 
continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de 
a) Camarões, Angola e África do Sul. 
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. 
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde. 
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão. 
e) Camarões, Congo e Zimbábue. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo. 
 
(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da 
mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, 
“parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o 
Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”. 
 
(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas 
portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197) 
 
 
26. (Puccamp 2016) O imaginário que povoou as crenças dos viajantes no contexto da 
expansão marítima europeia pressupunha a 
a) presença de perigos mortais advindos de forças sobrenaturais no então denominado Mar 
Sangrento ou Vermelho em função do número de tragédias que ocorriam durante sua 
travessia. 
b) certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao Pacífico, por meio de uma 
passagem que posteriormente seria nomeada como Estreito de Gibraltar. 
c) existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado 
Mar Tenebroso, como era conhecido o Atlântico. 
d) dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da terra, pois a primeira volta completa 
ao mundo só ocorreu no final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua busca de 
uma rota para as Índias. 
e) necessidade de que em toda expedição houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios 
que impediriam qualquer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, 
causadas pela falta de higiene. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder às questões abaixo 
 
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, 
militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes 
de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII. 
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos 
ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização 
de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para 
o uso de sua força de trabalho nas plantations da América. 
 
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.) 
 
 
27. (Unesp 2016) A partir do texto, é correto afirmar que a dominação europeia da África, entre 
os séculos XV e XVIII, 
a) derivou prioritariamente dos valores do islamismo, aprisionando os corpos dos africanos 
para, com o sacrifício, salvar suas almas. 
b) foi um esforço humanitário, que visava libertar povos oprimidos por práticas culturais e 
hábitos pré-históricos e selvagens. 
c) baseou-se em avanços científicos e em pressupostos liberais, voltados à eliminação de 
preconceitos raciais e sociais. 
d) sustentou-se no comércio e na construção de um imaginário acerca do continente africano, 
que legitimava a ideia de superioridade europeia. 
e) fundamentou-se nas orientações dos relatos de viajantes, que mostravam fascínio e respeito 
pelas culturas nativas africanas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo. 
 
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como 
crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou 
pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, 
valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o 
africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na 
segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, 
destacaram em obras suas o tema da escravidão. 
 
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. 
São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 
 
 
 
28. (Puccamp 2016) Por muito tempo vigorou, nos livros didáticos, uma simplificação dos 
conceitos colonização de exploração e colonização de povoamento. Tal simplificação se 
baseava na hipótese de que 
a) o primeiro conceito denunciava a exploração da mão de obra nativa e escrava em larga 
escala nas zonas agrícolas em todo o continente, enquanto o segundo enaltecia a fundação 
de núcleos urbanos, como aqueles surgidos nas zonas de mineração, considerados espaços 
mais democráticos e suscetíveis à mobilidade social. 
b) na América Portuguesa teria predominado a exploração predatória e a devastação 
ambiental, sem qualquer preocupação com a ocupação do território, enquanto, na América 
Espanhola, o povoamento planejado teria sido o foco central da empresa colonizadora. 
c) o modelo de exploração era atribuído à colonização ibérica, e o modelo de povoamento à 
colonização inglesa, buscando diagnosticar os contrastes entre atraso e desenvolvimento e 
minimizando alguns elementos complicadores como o fato de que nas colônias britânicas 
também existiu a plantation e intensaexploração. 
d) essa diferenciação havia sido instituída no discurso oficial das próprias metrópoles e 
amplamente ratificada pelos missionários religiosos que atuaram nas Américas, a fim de 
reforçar a ideia de que a catequização fazia parte de um processo de povoamento com 
resultados civilizatórios, diferente da ação dos primeiros aventureiros. 
e) o primeiro conceito remetia ao período compreendido entre os séculos XV e XVIII, quando 
teria predominado a extração de matérias primas e metais preciosos no continente, 
enquanto o segundo valorizava a ampla imigração europeia dos séculos XIX e XX, 
considerada altamente benéfica para o desenvolvimento das ex-colônias. 
 
29. (Fgv 2015) Não foi essencialmente demográfico no sentido de que o movimento 
colonizador não foi impulsionado por pressões demográficas (como na Antiguidade, a 
colonização grega), mas tem dimensão demográfica no sentido de que envolve amplos 
deslocamentos populacionais (...). A colonização moderna foi um fenômeno global, no sentido 
de envolver todas as esferas da existência, mas seu eixo propulsor situa-se nos planos político 
e econômico. 
 
NOVAIS, F. Condições de privacidade na colônia. História da vida privada no Brasil. Cotidiano 
e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 18. 
 
 
a) Explique as razões pelas quais a colonização portuguesa da América não foi provocada por 
pressões demográficas. 
b) Exemplifique os tipos de deslocamentos populacionais dirigidos para a América portuguesa. 
c) Apresente os elementos político e econômico que propulsionaram a colonização moderna. 
 
30. (Fuvest 2015) Examine a seguinte imagem: 
 
 
 
a) Identifique e analise dois elementos representados na imagem, relativos ao contexto 
sociopolítico de Portugal na segunda metade do século XVIII. 
b) Aponte e explique uma medida relativa ao Brasil, adotada por Portugal nessa mesma época. 
 
31. (Unesp 2015) Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. 
Deus quis que a terra fosse toda uma, 
Que o mar unisse, já não separasse. 
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma, 
 
E a orla branca foi de ilha em continente, 
Clareou, correndo, até ao fim do mundo, 
E viu-se a terra inteira, de repente, 
Surgir, redonda, do azul profundo. 
 
Quem te sagrou criou-te português. 
Do mar e nós em ti nos deu sinal. 
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. 
Senhor, falta cumprir-se Portugal! 
 
PESSOA, Fernando. “O Infante”. Mensagem. Obra poética, 1960. 
 
Identifique quatro características que, segundo o texto, marcaram a expansão marítima 
portuguesa dos séculos XV e XVI. Exemplifique com os versos do próprio poema. 
 
32. (Unicamp 2015) É na segunda metade do século XV que a África negra descobre os 
portugueses. Ela se compõe de um mosaico de povos, Estados e impérios (animistas ou 
islamizados) que nem a coroa nem os marinheiros de Lisboa jamais conseguirão dominar. O 
fim do século é marcado, entre outras coisas, pela expansão do Império de Gao e pela 
ascensão da dinastia Askia no Sudão ocidental. Mas é preciso lembrar as inúmeras redes 
comerciais que não haviam esperado os europeus para promover a circulação de escravos. 
 
Adaptado de Serge Gruzinski, A passagem do século 1480-1520. As origens da globalização. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 56-57. 
 
a) Que elementos do texto acima indicam que o continente africano tinha, naquele período, 
formas de organização complexas? 
b) Como os agentes portugueses organizaram a economia do tráfico na Era Moderna? 
 
33. (Pucsp 2015) "Do século XVI ao XIX o comércio de escravos na costa atlântica da África 
foi negócio entre comerciantes europeus e africanos, ou representantes dos reis africanos, pois 
na maioria das vezes eram estes os grandes fornecedores de escravos para os navios 
negreiros. As trocas eram feitas em alguns pontos da costa, seguindo regras estabelecidas 
principalmente pelas sociedades africanas. Os comerciantes europeus agiam conforme era 
determinado nos locais de comércio; apesar disso, conseguiam ter alguma influência sobre os 
chefes locais, que passaram a depender cada vez mais das mercadorias estrangeiras." 
 
Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 
São Paulo: Ática, 2007, p. 60. 
 
 
A partir do texto, pode-se afirmar que a ação europeia na África 
a) estimulou o comércio de escravos, promovendo alterações culturais e econômicas 
significativas em sociedades africanas. 
b) era limitada pelas decisões e pela vontade dos governantes locais, que não aceitavam 
quaisquer interferências externas. 
c) aproveitou-se da tradicional prática africana de vender escravos para outras regiões do 
mundo, o que gerava lucros bastante altos. 
d) resumia-se ao fornecimento de produtos industrializados, evitando estabelecer outros tipos 
de relação mercantil com governantes africanos. 
e) ocorreu dentro de um contexto de ocupação territorial e domínio político, que determinaram 
a hegemonia europeia no continente. 
 
34. (Mackenzie 2015) Durante o século XV, a Europa experimentou o início de uma expansão 
marítima, que é um marco no início da europeização do mundo. Entre os motivos que levaram 
os portugueses a buscarem a Expansão Marítima, podemos apontar 
a) a queda de Constantinopla para o império turco otomano, em 1453, levando os países 
católicos a buscarem um novo caminho que os conduzissem à Terra Santa. 
b) o crescimento da circulação monetária e a consequente estabilização dos preços, na época, 
permitindo o acúmulo de que passou a ser investido nas empreitadas marítimas. 
c) o fortalecimento do poder dos monarcas europeus, que passaram a governar em caráter 
absolutista e centralizaram todas as decisões do Estado em suas mãos. 
d) a consolidação do sistema de manufaturas controladas pelas grandes corporações de ofício, 
que passaram a financiar a Expansão Marítima em busca de novos mercados consumidores. 
e) a necessidade da expansão comercial, que aumentaria os poderes do rei, manteria os 
privilégios da nobreza e elevaria os lucros da burguesia, pois o controle comercial do 
Mediterrâneo pertencia aos italianos. 
 
35. (G1 - cps 2015) As caravelas, por conta de sua leveza e da forma de suas velas, foram 
uma invenção que tornou as viagens marítimas mais rápidas. Na figura temos uma 
representação dessa embarcação. 
 
 
 
Sobre essas embarcações, é correto afirmar que seu uso foi predominante no período 
a) contemporâneo, nas migrações dos chamados povos bárbaros. 
b) medieval, com a expansão do Império de Alexandre, o Grande. 
c) moderno, nas expedições portuguesas e espanholas. 
d) da Segunda Revolução Industrial, no século XX. 
e) da expansão do Império Romano, no século II. 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [C] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] 
Na África Ocidental, o papel das mulheres é destacado no comércio informal de mercadorias 
variadas com destaque para alimentos, roupas e artesanato. Esta característica cultural e 
econômica foi herdada pelo Brasil em decorrência da entrada de população negra escrava no 
período colonial. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
O texto retrata uma característica da cultura africana que foi trazida para o Brasil pela 
escravidão, e se tornou uma das maiores características escravistas brasileiras: o chamado 
escravismo de ganho (escravos que faziam serviços urbanos, como o comércio ambulante). O 
destaque do texto é que tanto na África quanto no Brasil esse trabalho era exercido de maneira 
significativa pelas mulheres. 
 
Resposta da questão 2: 
 [C] 
 
Somente a proposição [C] está correta. A primeira viagem de circunavegação realizada por 
Fernando de Magalhães e Sebastião Elcano em 1519, provou na prática que a Terra tinha 
formato esférico. As Grandes Navegações contribuíram para ampliar o conhecimento humano 
sobre o mundo e melhorar os mapas geográficos. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
Como a Inglaterrarealizou o que chamamos de navegação tardia, a solução que ela encontrou 
para participar da obtenção de lucros coloniais (em especial através do metalismo) foi adotar a 
prática dos saques, tanto em embarcações quanto em cidades coloniais portuguesas e 
espanholas na América. Tal estratégia era, inclusive, apoiada pelo Estado Inglês. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações no século XV, a tomada de Ceuta em 1415 
marcou o início da expansão marítima comercial. As Grandes Navegações contribuíram muito 
para o processo histórico: foi o primeiro passo rumo ao mundo globalizado, alargou o horizonte 
humano no sentido de conhecer mais o mundo e deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo 
para o Oceano Atlântico. Gabarito [C]. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. O mapa expressa a exploração do homem branco 
europeu sobre o continente Africano desde o contexto da Expansão Marítimo Comercial nos 
séculos XV e XVI até o Imperialismo/Neocolonialismo do final do século XIX através da 
Conferência de Berlim de 1885. 
 
Resposta da questão 6: 
 a) Em sentido mais amplo pode ser mencionado a importância das Grandes Navegações, 
séculos XV e XVI, que contribuiu para aproximar diversos povos e culturas. Em sentido mais 
restrito, há o contato direto entre indivíduos de civilizações tão diferentes e os 
estabelecimentos de comparações entre eles. 
 
b) Sem dúvida, o diário deixa claro o caráter etnocêntrico no qual há comparações entre o 
Europeu (considerado superior) e os povos da América (visto pelos europeus como inferiores). 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
 
Alguns fatores explicam o pioneirismo e o sucesso das navegações portuguesas na transição 
entre a Idade Média e a Idade Moderna. Dentre esses fatores podemos citar a aliança entre a 
Monarquia recém instaurada e a burguesia marítima portuguesa. Tal aliança apoiou e financiou 
o projeto de expansão marítima em Portugal. 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
 
As Grandes Navegações podem ser consideradas uma etapa da Globalização devido ao (1) 
fato de que proporcionou um encontro entre diferentes etnias e povos, ainda que tenha 
ocorrido o massacre dos americanos pelos europeus e (2) ao aumento da circulação de 
produtos no eixo do Oceano Atlântico, inaugurando o que podemos chamar de comércio 
global. 
 
Resposta da questão 9: 
 [E] 
 
Dentro da ótica europeia, a escravidão era vista, além do valor lucrativo, como um ensino 
civilizatório para os africanos, em especial pela questão religiosa. 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
 
O texto faz dois destaques: (1) o início e a ampliação da relação entre o branco europeu e o 
negro africano e (2) as consequências para os africanos desse contato, em especial o 
desrespeito à liberdade religiosa e a prática do escravismo comercial. 
 
Resposta da questão 11: 
 [A] 
 
O texto explica que os primeiros mapas feitos para descrever o Brasil foram manipulados pelos 
cartógrafos, que mudavam a localização do meridiano que dividia o continente entre Portugal e 
Espanha para que o mesmo coincidisse com acidentes geográficos que interessavam a 
Portugal explorar, como a Bacia Platina. 
 
Resposta da questão 12: 
 ANULADA 
 
Gabarito Oficial: [C] 
Gabarito SuperPro®: ANULADA 
 
Nenhuma das afirmativas está correta. O erro na afirmativa [III] está no fato de que a cidadania 
na Roma Antiga era restrita aos homens livres, mas, mesmo assim, nem todos os homens 
livres eram considerados cidadãos. Apenas uma pequena parcela – os patrícios – exerciam a 
cidadania plena. Sendo assim, as populações dos lugares conquistados por Roma não se 
tornavam cidadãs em Roma. 
 
Resposta da questão 13: 
 [C] 
 
Tombuctu, no Reino de Mali, assim como outras cidades africanas, na Antiguidade e no 
Período Moderno, caracterizou-se por suas atividades comerciais, em especial marfim e 
escravos, sendo, portanto, ponto importante nas rotas comerciais envolvendo a Europa e a 
África. 
 
Resposta da questão 14: 
 O texto reata o trabalho de construção e reparo dos navios em Veneza. Tal trabalho era livre, 
assalariado e especializado. No que diz respeito à crise do século XV nas cidades italianas, ela 
se deve, basicamente, a duas razões: (1) os turcos, ao tomarem Constantinopla, passaram a 
dificultar e encarecer a travessia do Mediterrâneo e (2) portugueses e espanhóis lançaram-se 
ao mar, achando caminhos alternativos para as Índias e inseriram-se no mercado das 
especiarias. 
 
Resposta da questão 15: 
 [E] 
 
Durante o processo de colonização iniciado no século XV, surgiram dois tipos de colônia: as de 
exploração, voltadas para o enriquecimento da Metrópole, e as de povoamento, onde existia 
relativo afrouxamento do Pacto Colonial. 
 
Resposta da questão 16: 
 [B] 
 
Somente a proposição [B] está correta. O mapa representa o contexto das Grandes 
Navegações no século XV quando os europeus realizaram diversas viagens e, através delas, 
ampliaram seus conhecimentos sobre o mundo, aperfeiçoaram os mapas, aproximaram 
regiões do ponto de vista do comércio e da cultura contribuindo para o processo de 
globalização. 
 
Resposta da questão 17: 
 [E] 
 
A partir do movimento das Cruzadas, rotas ligando o Ocidente e o Oriente, fechadas desde a 
expansão árabe durante o século VII, foram reabertas, em especial as rotas que levavam à 
China e à Índia. Mas a expansão do Império Otomano, a partir da Ásia Menor, aumentou a 
tributação para a travessia das rotas, o que obrigou as Monarquias Europeias a buscar rotas 
alternativas para alcançar o Oriente. 
 
Resposta da questão 18: 
 [B] 
 
Buscando sair da crise cíclica do período feudal, as sociedades europeias precisaram 
encontrar uma nova atividade econômica, alternativa à agricultura. A burguesia, aliada aos 
monarcas, passou a financiar a busca por novas rotas para alcançar as Índias e participar do 
comércio de especiarias. A viagem de Colombo faz parte desse empreendimento. 
 
Resposta da questão 19: 
 [C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. O texto do historiador Luiz Felipe de Alencastro faz 
referência as Grandes Navegações que ocorreram nos séculos XV e XVI dando início ao 
processo denominado “Globalização”. Estas viagens partiram do continente Europeu em 
direção ao Oriente e Ocidente aproximando Europa, América, Ásia e África. Quase sempre os 
textos sobre esta temática mencionam o contato entre estas civilizações no âmbito da 
economia e da cultura. O excerto de Luiz Felipe Alencastro aponta para a guerra bacteriológica 
na qual os ameríndios também levaram a pior. 
 
Resposta da questão 20: 
 [E] 
 
Somente a alternativa [E] está correta. O texto aponta para uma ideia metalista presente nas 
Grandes Navegações do século XV, no qual Portugal foi o pioneiro. Apesar da ideia 
Mercantilista de metais preciosos que estimularam as viagens marítimas, os portugueses só 
encontraram muito ouro no Brasil no século XVIII na região das Minas Gerais. Em 1696, na 
região de Mariana em Minas Gerais foi encontrado ouro em grande quantidade. Até 1760, a 
mineração viveu seu apogeu e depois entrou em declínio. 
 
Resposta da questão 21: 
 [B] 
 
O texto deixa claro que mentalidades da época da Idade Média, que versavam sobre 
tormentas, monstros e eldorados, sempre de maneira mística, ainda tinham corpo e voz na 
Idade Moderna, na época das Grandes Navegações, quando navegadores como Colombo 
temiam monstros nos oceanos e apostavam na existência de paraísos no além-mar. 
 
Resposta da questão 22: 
 [E] 
 
A questão remete às Grandes Navegações que ocorreram nos séculos XV e XVI. A sequência 
correta é: 
- Tomada de Ceuta, em 1415. 
- Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança em 1488. 
- Colombo chegou na América em 1492. 
- Cabral chegou ao Brasil em 1500. 
- Viagem de Fernão de Magalhães em 1519-1522. 
 
Resposta da questão 23: 
 [B] 
 
O Pacto Colonial regia a relação entre Metrópole e Colônia, determinando que qualquer 
riqueza ou lucro encontrada ou existente naColônia pertencia 100% à sua Metrópole. 
 
Resposta da questão 24: 
 [B] 
 
A precoce formação monárquica (século XII) e as aptidões marítimas da dinastia dos Avis 
(conhecimentos cartográficos e astronômicos) são algumas as explicações para o pioneirismo 
português nas Grandes Navegações. 
 
Resposta da questão 25: 
 [C] 
 
Dentre as colônias portuguesas na África estavam Angola, Moçambique e Cabo Verde. 
 
Resposta da questão 26: 
 [C] 
 
No imaginário coletivo que rodeava os navegantes durante a Expansão Marítima, o oceano 
Atlântico, conhecido como Mar Tenebroso, seria um lugar com ondas gigantescas que 
engoliam os barcos, precipícios sem fim por onde os barcos desapareciam e monstros 
marinhos que assombravam os navegantes. 
 
Resposta da questão 27: 
 [D] 
 
A relação Europa-África baseava-se no fator comercial, em especial de trocas, e o europeu 
soube desvalorizar a cultura africana frente à cultura europeia como forma de justificar a 
escravização negra pelos brancos. 
 
Resposta da questão 28: 
 [C] 
 
A simplificação presente na divisão colonização ibérica × colonização inglesa encobria o fato 
de que a colonização inglesa na América do Norte foi, em parte, de exploração também, nas 
chamadas Colônias do Sul. 
 
Resposta da questão 29: 
 a) A baixa densidade demográfica portuguesa era insuficiente para explorar uma colônia de 
tamanha dimensão territorial como o Brasil. 
b) Pessoas pobres de Portugal se deslocaram para o Brasil e negros da África foram 
arrancados do seu mundo e vendidos como escravos na América colonial. 
c) A Europa Moderna no campo político era caracterizada pelo Absolutismo com o poder nas 
mãos dos reis e na esfera econômica havia o Mercantilismo que preconizava o Estado 
intervencionista, o protecionismo alfandegário, o metalismo, entre outras características. A 
colonização da América era uma forma de angariar recursos para os Estados Modernos 
Europeus. 
 
Resposta da questão 30: 
 a) Primeiro elemento: figura de Marquês de Pombal, representante do Despotismo 
Esclarecido em Portugal; 
Segundo elemento: ênfase no comércio ultramarino e na colonização além-mar, 
representados pelos navios. 
b) Medida: transferência da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro, indicando um 
deslocamento socioeconômico na Colônia, do Nordeste para o Sudeste. 
 
Resposta da questão 31: 
 Fernando Antônio Nogueira Pessoa, 1888-1935, conhecido como Fernando Pessoa, grande 
poeta português elaborou diversas poesias sobre a Expansão Marítima Comercial Europeia 
que ocorreu nos séculos XV e XVI na qual a jovem nação Portuguesa foi a pioneira. O auge da 
história de Portugal foi exatamente o contexto das Grandes Navegações, durante a dinastia de 
Avis, conforme exalta o poeta português Luís Vaz de Camões na obra “Os Lusíadas”. No 
entanto nos séculos XVIII e XIX, Portugal vivia uma grave crise econômica e política 
corroborada pela vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. Neste sentido, o poeta 
Fernando Pessoa vivendo em contexto de profunda crise reflete sobre as Grandes 
Navegações. O poeta faz referência a este contexto histórico quando escreve “Deus quis que a 
terra fosse toda uma, / Que o mar unisse, já não separasse”. Aponta dúvidas sobre a 
esfericidade do planeta terra “E viu-se a terra inteira, de repente, surgir, redonda, do azul 
profundo”. Faz menção ao pioneirismo português “Quem te sagrou criou-te português”. Aponta 
também para a crise do império lusitano no Oriente “Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez”. 
Ainda faz referência ao mito do Sebastianismo criado no contexto da morte do rei Sebastião 
em 1578 na batalha de Alcácer-Quibir. O mito sugere que a nação portuguesa retomará sua 
importância histórica, “Senhor, falta cumprir-se Portugal!”. 
 
1. Resposta da questão 32: 
 Podemos citar a existência de “Estados e impérios” e de “redes comerciais”. 
2. O comércio de escravos ocorria por meio do estabelecimento de feitorias no litoral africano, 
onde os escravos eram adquiridos através da prática do escambo com as tribos africanas. 
Depois, os escravos eram vendidos pelos portugueses no além-mar, em especial no Brasil. 
 
 
 
Resposta da questão 33: 
 [A] 
 
As relações comerciais entre europeus e africanos, iniciadas com as Grandes Navegações, 
proporcionaram o início do comércio negreiro, uma vez que as tribos africanas tinham o 
costume de promover a escravidão de guerra e passaram a trocar seus escravos por produtos 
trazidos pelos europeus. 
 
Resposta da questão 34: 
 [E] 
 
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete as Grandes Navegações e ao 
pioneirismo português neste processo. Ao se formar os Estados Nacionais Modernos através 
de uma aliança entre rei e burguesia havia uma necessidade de muitos recursos para manter 
estes Estados Modernos. Era preciso montar e equipar exército, montar e equipar a marinha e 
manter o aparato burocrático estatal. Assim, investia-se na expansão marítima comercial 
denominada de “Grandes Navegações”. Portugal foi o primeiro Estado Moderno a surgir e foi o 
pioneiro nas grandes navegações. Era preciso buscar um caminho alternativo para chegar no 
oriente considerando que o Mar mediterrâneo era monopolizado comercialmente pelos 
italianos. Os objetivos das navegações foram, principalmente, a busca de metais preciosos e 
especiarias para gerar lucros para a burguesia e mais impostos para o rei. 
 
Resposta da questão 35: 
 [C] 
 
A questão remete à invenção das caravelas. Estas embarcações, devido a sua leveza e as 
formas de suas velas, foram muitas utilizadas nas grandes navegações portuguesas e 
espanholas realizadas nos séculos XV e XVI. Eram grandes embarcações feitas de madeira, 
capazes de transportar centenas de pessoas e toneladas de mercadorias. Possuíam uma ou 
mais velas grandes e altas de formato, geralmente, retangular.

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