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Patologia Clínica - FÍgado

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Mirian Cardinot – Med. Veterinária5
 UFRRJ
Patologia Clínica
Função hepática- Bioquímica LaboratorialMonitoria p1:
 Fígado 
O fígado é considerado a maior glândula do corpo humano. Possui coloração vermelho-escuro e pode ser dividido em dois lobos, sendo o direito bem maior que o esquerdo. Funciona tanto como glândula exócrina, liberando secreções em uma superfície externa, quanto como glândula endócrina, já que também libera substâncias no sangue e nos vasos linfáticos. Ele executa muitas funções fundamentais para o organismo, entre elas: Secretar a bile, produzir proteínas nobres, (como a albumina, que mantém a água dentro do organismo;)desintoxicar o organismo; sintetizar o colesterol, que é metabolizado e excretado pela bile; filtrar micro-organismos; entre outras. É um órgão com intensa capacidade de se regenerar.
Como no interior do fígado não há nervos, o órgão não dói e, portanto, apesar da cápsula que o envolve ser bastante enervada, costuma não apresentar sintomas quando atingido por alguma doença. Dessa forma devemos saber o que pedir em exame, de acordo com a sintomatologia apresentada pelo paciente: Exames estes que irão verificar possíveis lesões no órgão, alteração no seu funcionamento e no seu rendimento excretório, os tópicos abaixo irão apresentar o que pedir em cada um dos casos citados. 
Exames
. Lesão hepática: Verificar as chamadas enzimas de extravasamento ALT ou AST: Sendo que a Alt está presente no citosol de hepatócitos e quando há uma lesão portando, é a primeiro a ser vazado para o meio extracelular. Já a AST está presente na membrana de mitocôndrias, logo se a AST estiver elevada no exame, significada que a lesão foi tão profunda a ponto de mitocôndrias serem lesadas, indica então, lesão mais séria.
A Alt é hepato específica, e só é mesurada em pequenos animais, em animais grandes ela não possui alta concentração no plasma, então não é muito pedida. A Ast, por vez, não é hepato-específica, uma vez que, pode ser encontrada em outros tecidos como o muscular. Ela é mais pedida em exames voltados à grandes animais, nesses casos enzimas como Glutamato desidrogenasse e DS também são mensuradas para medir lesão hepática.
. Função hepática: Para se verificar a função , pede-se albumina porque quase todas as proteínas do organismo são sintetizadas pelo fígado e albumina é uma delas, sendo que a sua maioria é produzida no fígado, logo se ela estiver baixar o fígado estará comprometido.
Protrombina e fibrinogênio também são medidos, trata-se de fatores de coagulação. Colesterol, bilirrubina e amônia são mensurados; *O fígado transforma amônia em ureia então ela é medida também para indicar o funcionamento desse órgão. Além disso, pode-se dizer que os testes de função hepática são poucas sensíveis, pois o fígado possui uma grande capacidade de reserva funcional e mesmo quando lesionado dá continuidade a sua função, ele trabalha mesmo lesionado. A mensuração dessas enzimas, apontam somente a existência ou não de uma lesão;
Estudar funções do fígado pois na prova caiu fale sobre o fígado, e o principal é focar nas funções dele.
 Icterícias:
Trata-se de um sinal clínico relacionado às disfunções hepáticas, é decorrente de um quadro de hiperbilirrubinemia, que leva a pigmentação dos tecidos deixando-os amarelados. 
Ciclo geral de bilirrubina: 
Inicia-se pela hemocaterese, que é a destruição fisiológica de hemácias velhas que vai formar a bilirrubina. No macrófago do fígado ou baço a hemoglobina é quebrada em duas moléculas: globina e heme. A é digerida em aminoácidos que serão reutilizados. A molécula heme por sua vez, é quebrada pela ação da enzima heme-oxidase, em ferro e porfirina, o ferro também será reutilizado pelo organismo enquanto a porfirina será reduzida em biliverdina (pigmento verde) e é transformada em bilirrubina indireta. Essa bilirrubina indireta ela não é hidrossolúvel, então ela não consegue circular sozinha na circulação, então ela se junta com albumina que faz esse transporte. A bilirrubina indireta também pode ser denominada em bilirrubina não conjugada, a conjugação é a próxima etapa e ocorre no fígado.
Como dito acima, a próxima etapa é caraterizada pela ida da bilirrubina indireta até o fígado, onde ela vai sofrer três etapas:
Captação – ela é captada pelos hepatócitos e sofre conjugação;
Conjugação – transforma a bilirrubina indireta em bilirrubina direta;
Excreção – Ela é liberada no intestino delgado para fazer seu papel de emulsificador de gordura, lá sofre a ação de bactérias que vão transformá-la em estercobilinogênio e urobilinogênio, O estercobilinogênio continua no intestino e sai junto com as fezes (ele que dá a coloração marrom das fezes), enquanto que o urobilinogênio volta ao fígado pela circulação entero-hepátia e é excretado pelos rins na urina.
#Icterícia pré-hepática: Não é decorrente e problemas no fígado. 
Ocorre quando se tem muita hemólise (quebra de hemácias), não de forma natural, mas de forma patogênica (como em casos de tristeza parasitária bovina.), parasitas intracelular de hemácias causam isso. Com isso se tem uma produção elevada de (bilirrubina indireta), e assim muito produto chegando nos órgãos. Obviamente temos então, uma grande quantidade de bilirrubina indireta chegando o I.D e assim mais quantidade dessa substância será conjugada e excretada.
‘’O aumento da bilirrubina conjugada é explicado como uma insuficiência da secreção da mesma para os canalículos biliares que é o passo limitante do processo. Como há muita bilirrubina não conjugada para ser processada, nem toda bilirrubina conjugada que se forma é secretada para a bile. Parte reflui para o sangue a partir dos próprios hepatócitos, aumentando os níveis séricos de bilirrubina conjugada (normalmente próximos de zero). ‘’
Na leitura do exame teremos: BI: alta; BD: normal, BT: alta.
*Apesar se sabermos que a Bilirrubina direta está aumentada, no exame de sangue ela irá apresentar níveis normais, uma vez que, está restrita ao intestino, logo ela não estará disponível no plasma, consequentemente não será mensurada.
#Icterícia-hepática: Nesse caso trata-se de um problema específico de fígado, ocorre por conta de 3 fatores:
A bilirrubina vai chegar em uma área lesada no fígado, ela então não vai ser captada nem conjugada, voltando assim para a circulação sem ser conjugada (bilirrubina indireta);
A bilirrubina pode chegar a uma área que se tenha hepatócitos viáveis e inviáveis, então ela é captada, conjugada só não consegue ser excretada e volta para circulação como bilirrubina direta;
Ou a bilirrubina indireta chega em um lugar totalmente viável, e ocorre o processo normal;
Na leitura do exame então teremos: BI: (alta), BD:(alta), BT: (alta).
#Icterícia pôs-hepática: Ocorre por conta de uma coléstase, que é quando a bilirrubina direta não consegue sair do fígado, ela então volta pra circulação, não conseguindo ir para o intestino. Nesse caso temos a BD: está aumentada, BI: normal e a BT: estará aumentada.
Coléstase: Trata-se do retardamento ou interrupção do fluxo nos canais biliares.
As enzimas que vão indicar um quadro de colestase caso estejam aumentadas são: a fosfatase alcalina e a gama-GT.
No exame temos: BI: alta, BD: baixa, BT: alta; 
#Icterícia fisiológica do recém-nascido: 
Quase todo RN apresenta hiperlirrubinemia não-conjugada, entre o segundo e quinto dia, geralmente não excede a 5 mg %. O motivo de tal quadro é que a enzima responsável pela conjugação da BI, (glicuronil-transerase), ainda está ‘’imatura. ’’ A enzima pode ser induzida pelo tratamento da mãe ou da criança com fenobarbital. A icterícia fisiológica não está presente ao nascimento, porque a placenta retira a bilirrubina fetal e a transfere ao sangue materno.
Em prematuros a icterícia pode ser mais acentuada. Se há um processo hemolítico associado como aqueles causados em casos de incompatibilidade para fator RH, o nível de bilirrubina não-conjugadapode atingir 20 mg% ou mais. O grande problema é que a barreira hematoencefálica do prematuro ainda é imatura, a BI pode atravessá-la e passar para o tecido nervoso, onde é tóxica, causando a morte de neurônios. A doença recebe o nome de Kernicterus e causa crises convulsivas, sendo fatal ou deixando graves sequelas. 
Na aula não se focou nesse assunto, e esses parâmetros usados são humanos. Artigo sobre a doença em humanos e cães respectivamente: http://www.scielo.br/pdf/eins/v9n2/pt_1679-4508-eins-9-2-0220.pdf.
http://www.ufrgs.br/actavet/46-suple-1/CR_250.pdf2

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