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Citologia Oncótica Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano Doutoranda do PPGDIP-UFMS 1. HISTÓRICO 1842:Rigoni Stern Verificou que o câncer do colo do útero era muito mais freqüente entre mulheres casadas e viúvas do que entre solteiras e freiras. 1845:Alfred François DonnéPrimeiro Atlas publicado com base em microfotografias de células. 1855: Rudolf Wirchow Toda célula se origina de outra célula; as doenças humanas são essencialmente doenças das células. 1865: Thiersch Defende a origem epitelial dos carcinomas de pele. 1867: Waldeyer Defende a origem epitelial do câncer de mama e do útero. 1927:Aureli Babes obtenção de esfregaços cervicais através de alças bacteriológicas. 1928: George Nicholas Papanicolau – “New câncer diagnosis” – Trabalho sem repercussão no meio científico da época. 1941:Papanicolau e Herbert Traut descrevem o uso do esfregaço vaginal para o diagnóstico do câncer do útero, tanto do endométrio quanto da cérvix uterina. 1947 – J. Ernest Ayre – Esfregaços diretos da cérvix uterina mostramse mais eficientes no diagnóstico precoce do câncer do colo uterino. Espátula de Ayre. 2. ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO É composto por: Vulva; Vagina; Útero; Ovidutos e Ovários. a)Vulva: Genitália feminina externa, é composta por: Grandes lábios;pequenos lábios; clitóris; vestíbulo; hímen; púbe; meato uretral; glândulas vulvo vaginais (glândulas de Bartholin) e ductos da glândula periuretral. b)Vagina: Revestida por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que liga a vulva ao útero. c) Útero:Colo uterino (JEC e zona de transformação) e corpo (perimétrio; miométrio e endométrio) d) Ovidutos: Transporte do óvulo do ovário até o útero. e) Ovários – Glândulas genitais da mulher. 3. COLETA DE MATERIAL CERVICO – VAGINAL 3.1 MATERIAL NECESSÁRIO Espéculo; Luvas; Mesa ginecológica Boa iluminação; Lápis marcador; Espátula de Ayre ou abaixador de língua; Escova para coleta endocervical – cytobrush Lâminas com extremidade fosca Porta lâminas com fixador. 8 3.2 RECOMENDAÇÕES ÀS PACIENTES Não deverão ter relações sexuais 24 horas antes do exame; Não deverão colocar medicamentos (cremes, óvulos) vaginais 48 horas antes ; Não deverão fazer lavagens vaginais; Não deverão comparecer ao exame no período menstrual; 3.3 TÉCNICAS DE COLETA Paciente em posição ginecológica; Espéculo colocado sem lubrificante; Coleta do material : a. Paredes laterais da vagina b. Cérvix (Zona de transição) c. Canal endocervical Faz-se o esfregaço em lâmina previamente identificada; A lâmina é colocada em um tubete contendo álcool para fixação da mesma; A coloração é feita pelo método de Papanicolau Vídeo coleta de Papanicolau https://www.youtube.com/watch?v=UyOkEERYiRQ 4. COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU 4.1 MATERIAL UTILIZADO Cubas de vidro; Berço para lâminas; Álcool etílico em diferentes diluições; Corantes (Hematoxilina de Harris, Orange 6 e EA 36 ou EA-65) ; Álcool ácido (HCL); Xilol; Cronômetro; Pinça metálica Lamínula; Bálsamo do Canadá / Verniz transparente. 4.2 FUNDAMENTO O método de Papanicolau utiliza um conjunto de corantes e tem como objetivo a evidenciação das variações na morfologia e dos graus de maturidade e de atividade metabólica celular. Corante básico (com afinidade pelo núcleo das células: a hematoxilina) Corante Ácido (que se combina com o citoplasma das células queratinizadas: orange G) Corante policromático (que oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das células: EA-36 ou EA-65). Cinco etapas da coloração de Papanicolau Hidratação: reposição gradual da água das células por meio de banhos alcoólicos de concentrações decrescentes até a água destilada. Coloração nuclear: as células hidratadas podem agora receber um corante aquoso para corar os núcleos (hematoxilina de Harris). Desidratação: para receber corantes alcoólicos citoplasmáticos, devemos agora retirar a água das células com banhos alcoólicos de concentrações crescentes. Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das células é corado pelos corantes orange G e EA-65, de modo a diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das células de acordo com a sua maturidade e metabolismo. Desidratação, clarificação e selagem: a água agora deve ser retirada com concentrações alcoólicas crescentes, clarificadas e seladas com meios permanentes hidrofóbicos. 1- Etanol 80%......................................5-10 mergulhos 2- Etanol 70%.......................................5-10 mergulhos 3- Etanol 50%.......................................5-10 mergulhos 4- Água destilada I..................................5-10 mergulhos 5- Água destilada II.................................5-10 mergulhos 6- Hematoxilina de Harris ...............................1-5minutos 7- Água destilada....................................5-10 mergulhos 8- Diferenciar em Ælcool-Æcido..........................3 mergulhos 9- Água destilada.....................................5-10 mergulhos 10- Banho de água amoniacal..........................5 mergulhos 11- Água destilada...................................5-10 mergulhos 12- Etanol 50%.....................................5-10 mergulhos 13- Etanol 70% ....................................5-10 mergulhos 14- Etanol 95%...................................5 a 10 mergulhos 15- Orange G , soluªo de trabalho.......................1 minuto 16- Etanol 95%..... ...............................5-10 mergulhos 17- Etanol 95%....................................5-10 mergulhos 18- Etanol 95%.....................................5-10 mergulhos 19- Eosina-EA65, soluªo de trabalho..................5 minutos 20- Etanol 95%.....................................5-10 mergulhos 21- Etanol 95%......................................5-10 mergulhos 22- Etanol 95%.....................................5-10 mergulhos 23- Etanol 100% I ................................5-10 mergulhos 24- Etanol 100% II ...............................5-10 mergulhos 25- Etanol 100% III ...............................5-10 mergulhos 26- Xilol I............................................5-10 mergulhos 27- Xilol II............................................5-10 mergulhos 28- Xilol III...........................................5-10 mergulhos 29- Selar em meio hidrofóbo. Vídeos sobre o procedimento Vídeo 1 https://www.youtube.com/watch?v=udhahnMw8Fg Vídeo 2 https://www.youtube.com/watch?v=cRPsYFXyhjI Vídeo 3 https://www.youtube.com/watch?v=K4RrzItxwcI HPV HPV: papiloma vírus humano. Infectam queratócitos de pele e mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes do vírus 40 capazes de infectar o órgão genital. Formam lesões: verrugas ou precursoras de neoplasias Vírus tipo 16 e 18: 70% dos casos de câncer do colo do útero HPV 6 e 11: 90% dos condilomas genitais e não são oncogênicos 21 Frequência mundial de câncer 22 Fisiopatologia- HPV Vírus penetra nos queratócitos para se reproduzir Estes produzem queratina em excesso e vírus (verrugas) Fase latente da infecção (tempo indeterminado/ assintomático) Alguns vírus ajudam na reprodução maligna de células do portador 23 Transmissão e sintomatologia Contato com as Lesões- colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca e até mão e braços Transmissão no parto Sintomas: Maioria assintomática O homem é assintomático em cerca de 80% dos casos Verrugas ou lesões exofíticas, são denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista“ Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável 24 Sinais e sintomas Sinais e sintomas Diagnóstico Clínico Rastreio da sequela é o mais importante (o cancro do colo do útero) : Papanicolau Biopsia é utilizada para a observação e caracterização das alterações celulares através da análise microscópica : imunodeprimidos, dúvida no diagnósticoou suspeita de evolução para neoplasia 27 Diagnóstico A colposcopia e peniscopia são técnicas que permitem a pesquisa de condilomas de reduzidas dimensões nas mucosas, que constituem um sinal claro da infecção por HPV. Técnicas de biologia molecular (hibridização, PCR, captura híbrida) : permitem a detecção de DNA vírico em fragmentos de biopsia ou escovado cervical, e possuem elevada especificidade e sensibilidade. Estas técnicas são as únicas formas de diagnosticar inequivocamente o HPV 28 Citologia Oncótica Detecta lesões e seus graus e o vírus no cérvix uterino Muitas mulheres não fazem: Vergonha, Medo, tabu Em grávidas: Pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º. Mês, a coleta deve ser feita com a espátula de Ayre, não usar escova de coleta endocervical. 29 30 Borrifar o fixador com 3 a 4 gts Polietilenoglicol Álcool á 95%. Propinilglicol. Prevenção Preservativo Evitar contato com as lesões Realizar Papanicolau Vacina (meninas de 9 a 11 anos e meninos de 11 a 13 anos, 2 doses) 31 Tratamento: Agentes tópicos — Aplicados sobre a lesão, promovem a dissolução da queratina e/ou morte das células que constituem a lesão. Ex: podofilina, 5-fluorouracil, ácid tricloroacético. Imunomoduladores — Substâncias que estimulam o sistema imunitário no combate à infecção. Ex: imiquimod , retinóides, interferão. Procedimentos cirúrgicos — Remoção das lesões (excisão com bisturi, cirurgia de alta frequência, laserterapia e crioterapia) Radioterapia/ Quimioterapia Histectomia: total ou parcial. 32 33 Lesões por HPV e câncer de colo do Útero Sangramento Vaginal Corrimento Dor na relação sexual Lesões intra- epiteliais ou Neoplasia intra- epitelial (colo do útero): NIC I NIC II e NIC III Grau II e III lesões precursoras do Câncer Além de colo do útero existem cancros no pênis, próstata, vulva e ânus 34 Estágios do câncer Estagio I: Quando o câncer esta restrito ao colo do útero. Estagio II: Quando o Tumor atinge o útero. Estagio III: Se houver acometimento de trompas, ovários e linfonodos. Estagio IV: Se houver acometimento de outros órgãos: Metástase. 35 5. CÉLULAS EPITELIAIS NORMAIS 5.1 CÉLULAS SUPERFICIAIS Citoplasma achatado eosinofílico e núcleo picnótico (sinal de degeneração celular – cariorrexis é comum). 5.2 CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS Células poligonais, citoplasma basofílico e o núcleo é 2 ou 3 vezes o tamanho do encontrado em células superficiais. 5.3 CÉLULAS PARABASAIS Citoplasma basófilo com formato poligonal irregular, núcleo redondo ou oval e que ocupa uma área relativamente grande do volume total celular. 5.4 CÉLULAS BASAIS São pequenas, ovais ou redondas, núcleo apresenta grânulos de cromatina e ocasionalmente nucléolo. Epitélio normal completo Metaplasia Alteração reversível quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular 5.5 CÉLULAS DE METAPLASIA ESCAMOSA A epitelização escamosa das ectopias se realiza por metaplasia a partir de células de reserva do epitélio colunar. Primeiras fases de desenvolvimento: Metaplasia Imatura. Fase tardia: Metaplasia madura. 5.6 CÉLULAS ENDOCERVICAIS O epitélio colunar que recobre a cavidade endocervical é formado por uma camada única de células altas, claras, com núcleo oval e de localização basal; A função desse epitélio é secretora e locomotora; As células podem ser ciliadas e mucíparas ou secretoras; Junção Escamo Colunar (JEC) – Limite entre os epitélios, escamoso e colunar; e Zona de Transformação: Área de epitélio escamoso invadido por epitélio glandular 7. CITOLOGIA INFLAMATÓRIA As alterações inflamatórias da vagina e do colo uterino podem se desenvolver decorrentes de infecção por algum microrganismo ou na grande maioria por modificações celulares inespecíficas. 7.1 ATERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS • Apagamento das bordas citoplasmáticas; • Citólise; • Vacuolização citoplasmática; • Alteração da afinidade tintorial; • Policromasia; • Halos perinucleares; • Irregularidade de forma e tamanho (anisocitose); • Pseudoeosinofilia; • Paraqueratose (camadas de células queratinizadas). 7.3 MICROORGANISMOS MAIS COMUNS Gardnerella vaginallis Cocobacilo gram negativo ; Alteração típica é denominada célula chave (clue cell); Não há exsudato, leucócitos escassos; Lactobacilos ausentes ou raros; Aumento da picnose nuclear. Trichomonas vaginalis É um protozoário que se apresenta como um corpúsculo redondo, azulado com núcleo excêntrico; Ocorre uma eosinofilia importante; Discariose ; Halo claro perinuclear Fungos A Cândida albicans é a espécie mais frequente no trato genital feminino; Podem ser vistos em forma de hifas e esporos; Encontrado com freqüência em mulheres grávidas ou diabéticas; Presença de eosinofilia e halo perinuclear; Grande quantidade de leucócitos. Cocos Aparecem em forma de cachos ou cadeias; São freqüentemente associados com outros organismos e com Trichomonas vaginalis; Pode ser considerado como flora normal; Leptotrix Bactéria filamentosa, geralmente apresentase em grande quantidade; • Seus filamentos são muito finos e lembra “fios de cabelo”; • Freqüentemente estão associados ao Trichomonas vaginalis. Actinomyces É uma bactéria, que se caracteriza por uma mancha escura arredondada, tendo na periferia prolongamentos de seus filamentos; Seu aparecimento está ligado ao uso de dispositivo intra – uterino (DIU) principalmente aos de alça metálica; Provoca inflamação pélvica grave. Chlamydia É uma bactéria cocóide e parasita o citoplasma de células escamosas; • Aparecem como inclusões de corpúsculos escuros e róseos em vacúolos citoplasmáticos; • Melhor teste diagnóstico é a captura híbrida. Herpes – Vírus A doença se caracteriza clinicamente pela presença de pequenas vesículas posteriormente evoluindo para erosão superficial, é mais comum na genitália externa que na região cervical; Acomete mais freqüentemente o epitélio escamoso do que o endocervical; • A multinucleação, o amoldamento nuclear, os núcleos com aspecto de “vidro fosco” e a presença de inclusões eosinofílicas intranucleares, constituem o quadro citológico característico. 7.4 TECIDO DE REPARAÇÃO O reparo epitelial é um processo regenerativo no qual o epitélio de regeneração substitui os defeitos locais depois de um dano no epitélio, com propósito de restabelecer a estrutura e a função do tecido danificado ou agredido; Aparece depois de biópsia recente; cauterização; radioterapia; póshisterectomia; cervicite grave; As células de reparo têm núcleo grande com nucléolos proeminentes e cromatina granular, podem aparecer separadas ou em sincício. 9. NEOPLASIAS DO COLO UTERINO 9.1 ANÁLISE CRÍTICA DAS CLASSIFICAÇÕES CITOLÓGICAS Classificação de Papanicolau: Classe I Negativo Classe II Negativo inflamatório Classe III Suspeito Classe IV Fortemente suspeito Classe V Positivo Conceito de Displasia: Displasia leve Displasia moderada Displasia acentuada Okagaki modifica a interpretação da classificação de Papanicolau Classe III a. Displasia leve b. Displasia moderada c. Displasia acentuada Classe IV – Carcinoma “in situ” • Richart – Substitui o termo displasia pelo conceito de Neoplasia Intrae-pitelial Cervical – NIC Displasia leve: NIC I Displasia moderada: NIC II Displasia acentuada /Ca “in situ” NIC III 9.2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICOSAs células displásicas podem ser distinguidas das células normais, nos esfregaços, pelos seguintes critérios: • Aumento nuclear desproporcional resultando no aumento da relação núcleo – citoplasma; Variação no tamanho e forma nucleares; Irregularidade do contorno nuclear; Hipercromasia nuclear; Multinucleação; ASCUS Atipias em Células Escamosas de Significado Indeterminado O termo foi criado para reportar aquelas alterações celulares mais marcantes que as atribuídas às alterações celulares inflamatórias porém, não suficientes para caracterizar um diagnóstico definitivo de lesão intraepitelial; Atipias de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas; Atipias de significado indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau. AGUS Atipias em Células Glandulares de Significado Indeterminado Se aplica às células glandulares que demonstram alterações compreendidas entre àquelas dos típicos processos reativos benignos e as que ainda são insuficientes para um diagnóstico de adenocarcinoma; AGUS Possivelmente não neoplásico; AGUS não podendo afastar lesão intraepitelial de alto grau. Lesões Intra – Epiteliais Cervicais de Baixo Grau– NIC I Células atípicas ocupam até 1/3 inferior da espessura do epitélio; Presença de discariose leve com um ou mais núcleos ocupando menos da metade da área total do citoplasma; Cromatina nuclear aumentada, as células se assemelham as superficiais e intermediárias com núcleos levemente aumentados; Disceratose (processo anormal em que as células da superfície da epiderme (pele) ficam repletas de queratina, tornando-se solidificadas); Lesões Intra – Epiteliais de Alto Grau – NIC II Células neoplásicas indiferenciadas ocupam mais do que 1/3 e menos de 2/3 da espessura total do epitélio; Células com discariose moderada contendo núcleos maiores que os da lesão de baixo grau, de um modo geral as células se assemelham às parabasais ou metaplásicas com núcleos consideravelmente aumentados. Lesões Intra – Epiteliais de Alto Grau – NIC III / “Ca in Situ” Células indiferenciadas ocupam mais do que 2/3 da espessura do epitélio, sem invasão do tecido conjuntivo subjacente; Ocorre perda da polaridade e maior densidade nuclear; Os núcleos são grandes, relação núcleo_citoplasma alta (discariose intensa), contornos mal definidos (“enrugados”), irregulares, hipercromáticos e mostram cromatina em aglomerados com espaços claros, os citoplasmas são escassos; Pode aparecer arranjos celulares em forma de “fila indiana”. Comparação do tecido normal e diversos graus de lesão neoplásica em biópsia Epitélio normal NIC I- Disceratose NIC III Carcinoma Microinvasor CARCINOMA MICROINVASOR É um diagnóstico histológico e depende da extensão da invasão estromal; Pode ser indistinguível de NIC III e não sendo possível prever o limite de extensão de invasão pelos achados citológicos, a maioria dos casos de carcinoma microinvasor é caracterizada pela presença de células escamosas mostrando grau acentuado de discariose; Ocasionalmente há alterações características de carcinoma invasivo, mas é raro se observar necrose e degeneração. CARCINOMA EPIDERMÓIDE OU ESPINOCELULAR Ocorreu invasão da membrana basal com infiltração no tecido onjuntivo; Células aparecem isoladas ou em agregados do tipo sincício; Células demonstram todos os traços de HSIL (lesão intraepitelial escamosa de alto grau), além de conter proeminentes macronúcleos e distribuição marcantemente irregular da cromatina, incluindo aglomeração grosseira da mesma e transparência da paracromatina; Uma associação de diátese tumoral e sangue lisado frequentemente está presente; ADENOCARCINOMA O adenocarcinoma endocervical parece ser precedido por uma fase in situ na maioria dos casos. Ele está predominantemente situado dentro do canal endocervical e pode por isso escapar do exame colposcópico; está associado com lesões escamosas cervicais; o HPV, particularmente o tipo 18 tem sido isolado do adenocarcinoma endocervical e de seus precursores. Quando Considerar as Células Glandulares Endocervicais Atípicas? Anisocariose; Padrão cromatínico irregular; Anisocitose; Presença de células endocervicais atípicas isoladas; Aumento da população celular; Formação de estruturas glanduliformes; Hipercromatismo. As alterações acima podem ser reativas (endocervicite), regenerativa, ou em alguns casos, precursores de lesões mais avançadas, como o adenocarcinoma – in situ; • Obs. Nos padrões benignos, as células glandulares endocervicais são vistas principalmente, em grupamentos grandes ou pequenos com pouco ou nenhuma sobreposição. Como se Caracteriza Morfologicamente o Adenocarcinoma – in situ? Numerosas células glandulares endocervicais; Grupamentos “fitas” ou rosetas; • Perda de polaridade; Sobreposição celular (ou não); Núcleos maiores do que nas células benignas; Núcleos hipercromáticos; Às vezes, nucléolo pequeno; Fundo limpo, ausência de necrose. Obs. Lembre_se que o AIS pode cursar juntamente com uma lesão escamosa intraepitelial e células escamosas atípicas estarão presente. Quais asCaracterísticas Citomorfológicas do Adenocarcinoma Endocervical Invasor? Grupamentos tridimensionais; Citoplasma vacuolado, acidofílico; Contorno nuclear irregular; núcleos excêntricos; Anisocariose; Hipercromatismo; Áreas de clareamento da cromatina; Nos grupamentos, perda da polaridade; Macronucléolo único ou múltiplos; No adenocarcinoma endocervical hámenos degeneração e necrose do que no adenocarcinoma endometrial Células escamosas discarióticas são mais comuns nos esfregaços dos pacientes com adenocarcinoma endocervical do que endometrial. OBRIGADA!!!!!! MONTALBANO.C@HOTMAIL.COM
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