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03-Noções de Medicina Legal

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Noções de Medicina Legal 
CONCEITO: 
 
É o estudo e a aplicação dos conhecimentos científicos da Medicina para o esclarecimento de inúmeros 
fatos de interesse jurídico; é a ciência de aplicação dos conhecimentos médico-biológicos aos interesses 
do Direito constituído, do Direito constituendo e à fiscalização do exercício médico-profissional. 
 
ALCANCE: 
 
- Medicina Legal Judiciária – trata dos assuntos gerais relacionados ao Direito Penal, Direito Civil, Direito 
Processual; inclui vários capítulos: Introdução e Criminalísticas Médico-Legal, Medicina Legal Sexológica, 
Medicina Legal Traumatológica e Tanatológica, Medicina Legal Psiquiátrica (incluindo a Psicologia 
Forense). 
 
- Medicina Legal Profissional – é a parte que trata dos direitos e deveres dos médicos. 
 
- Medicina Legal Social – aqui se inclui a Medicina Legal Trabalhista, a Medicina Legal Securitária e a 
Medicina Legal Preventiva. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
- antropologia forense – cuida dos estudos sobre identidade das pessoas e sua identificação, com seus 
métodos, processos e técnicas. 
 
- sexologia forense – cuida dos problemas e questões relativos à sexualidade humana normal, patológica 
e criminosa. 
 
- tanatologia – cuida do estudo da morte, como das condições do morto, envolvendo fenômenos 
cadavéricos e a causa da morte. 
 
- traumatologia – cuida dos estudos das lesões corporais e ofensas à saúde e os agentes causadores do 
dano. 
 
- asfixiologia – cuida das asfixias em geral, de interesse médico-jurídico, como enforcamento, esganadura, 
afogamento, soterramento, imersão em gases não respiráveis etc. 
 
- toxicologia – cuida do estudo da ação de elementos tóxicos, cáusticos que levam ao envenenamento, 
intoxicação alcoólica ou outras drogas laboratoriais. 
 
- psiquiatria forense – cuida do estudo de doenças mentais relacionadas com interesse jurídico e causas 
de periculosidade, incluindo a Psicologia Forense, que envolve fenômenos afetivos, volitivos e mentais 
inconscientes que possam influenciar a busca da verdade em relação a testemunhos e confissões. 
 
- criminologia – cuida do estudo das atividades humanas que levam ao cometimento de crimes. 
 
- vitimologia – cuida dos estudos sobre a participação da vítima diante dos crimes e infrações penais. 
 
- infortunística - cuida do estudo nos acidentes de trabalho, sobre as doenças profissionais e a higiene e 
insalubridade nos locais de trabalho. 
A medicina legal é uma especialidade que abrange conhecimentos que envolvem o direito e a medicina. 
Simas Alves (1965) relata que “não é fácil formular uma definição para a Medicina Legal” e também 
descreve que é difícil “determinar os objetivos e os limites de uma disciplina que se apóia em bases 
doutrinárias, médicas, legislativas e sociológicas contingentes e mutáveis. França (2001) acrescenta que 
“não chega a ser propriadamente uma especialidade médica, pois aplica o conhecimento dos diversos 
ramos da Medicina às solicitações do Direito”. 
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Inúmeras definições são encontradas na literatura tanto internacional quanto brasileira. França (2001) 
disponibilizou brilhantemente diversas definições em seu livro, entre elas: “O conjunto de conhecimentos 
físicos e médicos próprios a esclarecer aos magistrados na solução de muitas questões concernentes à 
administração da Justiça e dirigir os magistrados na elaboração de um certo número de leis” (Mathieu 
Joseph Bonaventure Orfila, 1787-1853); “é a parte da jurisprudência médica que tem por objetivo o 
estabelecimento das regras que dirigem a conduta do médico, como perito, e na forma que lhe cumpre dar 
às suas declarações verbais ou escritas” (Agostinho José de Sousa Lima, 1842-1921); “a aplicação dos 
conhecimentos médicos-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem” (Flamínio 
Fávero, 1885-1982). Atualmente, França (2001) define a medicina legal como “a medicina a serviço das 
ciências jurídicas e sociais”. 
 
Aqui no Brasil, Simas Alves, em 1965, já relatava que o médico legista “se transforma em árbitro; seus 
laudos, seus relatórios, seus atestados e seus diagnósticos são veredictos que esclarecem, além dos 
tribunais, as instituições de seguro, permitindo a aplicação equitativa da justiça, a retribuição justa de 
indenizações por infortúnios do trabalho, e garantem à comunidade as vantagens sociais que as leis lhe 
asseguram”. 
A especialização ou residência em medicina legal é regulamentada pela Associação Brasileira de Medicina 
Legal, em parceria com o Conselho Federal de Medicina. 
Medicina Legal é a reunião de conhecimentos e práticas médicas e paramédicas direcionadas a questões 
relacionadas às ciências jurídicas, destinadas a auxiliar a elaboração, bem como a interpretação e 
execução dos mais diversos dispositivos legais relacionados ao campo da Medicina aplicada. 
Assim, a medicina legal coloca os conhecimentos científicos à disposição do estudo e do esclarecimento de 
inúmeros fatos de interesse jurídico, especialmente àqueles ligados ao âmbito criminal. Sua ciência se 
aplica nos conhecimentos médico-biológicos, ligando-os aos interesses do Direito constituído, do Direito 
constituendo e à fiscalização do exercício médico profissional. A medicina legal também fornece diretrizes 
para a elaboração de leis relacionadas ao seu estudo, coopera na execução de leis existentes e interpreta 
dispositivos legais de significação médica. 
Há três subgrupos onde a área da Medicina legal exerce sua influência: 
 Medicina Legal Judiciária: tal vertente concentra-se nos assuntos gerais relacionados a Direito Penal, 
Direito Civil e Direito Processual; merece destaque 
 Medicina Legal Profissional: vertente relacionada com os direitos e deveres dos médicos 
 Medicina Legal Social: nesta vertente temos a Medicina Legal Trabalhista, a Medicina Legal 
Securitária, bem como a Medicina Legal Preventiva 
Dentro da Medicina Legal, o operador da ciência é geralmente denominado "perito", e o seu relatório 
abordando o fato objetivo de sua investigação é denominada "perícia". 
O perito é uma pessoa técnica, profissional e especialista que, a serviço do Poder Judiciário, mediante 
compromisso, fornece esclarecimentos necessários a respeito de conhecimentos inerentes à sua profissão, 
emprestando o caráter técnico e científico. Os peritos podem apresentar-se, de acordo com a ocasião, sob 
três condições: 
 oficiais: profissionais que realizam as perícias "em função de ofício", devido à sua posição de 
funcionário de repartição oficial que se ocupa exatamente da prática pericial, como por exemplo os médicos 
do IML, Manicômio Judiciário, entre outros. 
 nomeados ou louvados: são peritos não oficiais, requisitados pela autoridade judiciária, quando se 
necessita de um determinado exame o qual não está disponível via Poder Público, ou então este não 
disponha de repartição adequada. 
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 assistentes técnicos: designados para questões de cunho cível, sendo profissionais de confiança das 
partes, que acompanham os exames realizados pelo perito principal. 
Já a perícia, produto final do trabalho do profissional perito, possui três subespécies: 
 perícia direta: realizada pelo perito em contato direto com o indivíduo ou material submetido a exame. 
 perícia indireta: realizada por perito, levando-se em consideração dados fornecidos de antemão sobre 
aquele caso em específico 
 contraditória: perícia que diverge do conteúdo de outra com a mesma matéria em exame. Em matéria 
civil, o juiz pode designar nova perícia ou prolatar a decisão. Já em matéria penal, o juiz solicita que ambos 
apresentem suas conclusões (ao mesmo tempo ou em separado) e submetam suas conclusões à análise 
de um terceiro perito, que, em caso que gere nova divergência, acarretará no início do mesmo ciclo 
processual de análise pericial do zero. 
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Direito - Medicina Legal 
A Medicina Legal é uma especialidade médica e jurídica que se utiliza de conhecimentos técnico-científicos 
da Medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da Justiça. 
 
Conceituação 
 
Variam as definições, conforme os autores. Algumas delas: 
 "È a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais" (Ambroise Paré); 
 "Arte de pôr os conceitos médicos a serviço da administração da Justiça" (Lacassagne) 
 "A aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles 
carecem" (Flamínio Fávero). 
Para muitos, é uma especialidade médica, embora seja um corpo próprio de conhecimentos, que reúne o 
estudo não somente da medicina, como também do Direito, paramédicos, da Biologia - uma disciplina 
própria, com especializações, que serve mais ao Direito que propriamente à Medicina. 
 
Relação com outras ciências 
 
Para a consecução dos seus misteres, a Medicina Legal relaciona-se com vários dos ramos do Direito, 
tais como o Civil, Penal e ainda Constitucional, do Trabalho, Desportivo, etc. 
Está, ainda, ligada a outras ciências, como a Química, Física, Balística, Sociologia, etc. 
 
Histórico 
 
Na Antiguidade já se fazia presente a presença da Medicina Legal, então uma arte como a própria 
Medicina. No Egito, por exemplo, mulheres grávidas não podiam ser supliciadas - o que implicava em o seu 
prévio exame. Na Roma Antiga, antes da reforma de Justiniano a Lex Regia de Numa Pompílio prescrevia 
a histerectomia quando a gestante morresse - e da aplicação desta lei, segundo a crença de muitos - 
refutada por estudiosos, como Afrânio Peixoto - teria advindo o nascimento de Júlio César (quando o 
nome César, assim como Cesariana, advêm ambos de cœdo → cortar). 
 
O próprio César, após seu assassinato, foi submetido a exame tanatológico pelo médico Antístio, que 
declarou que apenas um dos ferimentos fôra efetivamente o causador da morte. Este exame, entretanto, 
ainda era superficial, posto que a necropsia constituía-se em violação ao cadáver. Também foram casos 
históricos de exame post-morten Tarquínio e Germânico, ambos assassinados. 
No Digesto justiniano tanto a Medicina como o Direito foram dissociadas, e vê-se no primeiro caso 
intrínseca a Medicina Legal, na disposição que preconizava que "Medici non sunt proprie testes, sed magis 
est judicium quam testimonium". Outras leis romanas dispunham sobre assuntos afeitos à perícia médico-
legal. 
Durante a Idade Média ressalta-se o período carolíngio, onde diversos exames eram referidos na 
legislação, desde aqueles que determinavam os ferimentos em batalha, até que os julgamentos 
submetiam-se ao crivo médico - prática que foi suprimida com a adoção do direito germânico. 
 
Na Baixa Idade Média e Renascença ocorre a intervenção do Direito Canônico, e a prova médica retoma 
paulatinamente sua importância. É na Alemanha que encontra 
seu verdadeiro berço, com a Constituição do Império Germânico, que tornava obrigatória a perícia em 
casos como ferimentos, homicídios, aborto, etc. 
Caso exemplar foi a necropsia feita no Papa Leão X, suspeito de haver sido envenenado, em 1521. 
 
Período científico 
 
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Considera-se que o período moderno, propriamente científico da Medicina Legal, dá-se a partir de 1602, 
com a publicação na Itália da obra de Fortunato Fidelis, ao qual se seguiram estudos sobre este ramo da 
Medicina. 
No século XIX a ciência ganha finalmente os foros de autonomia, e sua conceituação básica, evoluindo 
concomitantemente aos expressivos progressos do conhecimento humano, a invenção de novos aparelhos 
e descobertas de novas técnicas e padrões, cada vez mais precisos e fiéis. 
 
Divisões 
 
Na variada temática objeto da Medicina Legal, pode-se traduzir sua divisão, da seguinte forma: 
 Antropologia forense - Procede ao estudo da identidade e identificação, como a datiloscopia, 
papiloscopia, irologia, exame de DNA, etc., estabelecendo critérios para a determinação indubitável e 
individualizada da identidade; 
 Traumatologia forense - Estudo das lesões e suas causas; 
 Asfixiologia forense - analisa as formas acidentais ou criminosas, homicídios e autocídios, das 
asfixias, sob o prisma médico e jurídico (esganadura, estrangulamento, afogamento, soterramento, etc.); 
 Sexologia forense - Trata da Erotologia, Himenologia e Obstetrícia forense, analisando a sexualidade 
em seu tríplice aspecto quanto aos efeitos sociais: normalidade, patológico e criminológico; 
 Tanatologia - Estudo da morte e do morto; 
 Toxicologia - Estudo das substâncias cáusticas, venenosas e tóxicas, efeitos das mesmas nos 
organismos. Constitui especialidade própria da Medicina, dada sua evolução. 
 Psicologia e Psiquiatria forenses - Estudo da vontade, das doenças mentais. Graças a elas 
determina-se a vontade, as capacidades civil e penal; 
 Polícia científica - atua na investigação criminal. 
 Criminologia - estudo da gênese e desenvolvimento do crime; 
 Vitimologia - estudo da participação da vítima nos crimes; 
 Infortunística - estudo das circunstâncias que afetam o trabalho, como seus acidentes, doenças 
profissionais, etc. 
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Classificação e Características dos Documentos Médicos-Legais 
Em medicina legal, reconhecemos três tipos de documentos: o atestado, os relatórios (auto e laudo) e os 
pareceres. Cada um deles possui características diferentes, tanto do ponto de vista médico como jurídico, e 
serve à finalidade também diversificada. 
 Atestados 
 Os atestados apresentam particularidades conforme o caso a que se destinam. O atestado é uma 
afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas conseqüências. O auto é o relatório ditado ao 
escrivão e o laudo é o relatório redigido pelo próprio perito. 
 Atestado Clínico 
 Não há maior formalidade para sua obtenção, basta que o interessado o solicite a profissional competente 
e que tenha praticado o correspondente procedimento médico. Assim, os pré-requisitos são poucos: 
solicitação do interessado, profissional em exercício regular da profissão e prática do ato médico motivador 
do atestado. O documento porém, já apresenta maior complexidade em sua feitura, sendo composto de 
várias partes e contendo vários elementos: precisa ser feito em papel timbrado, com o nome do médico, 
seu endereço profissional e seu número de registro no Conselho; deve conter, além da qualificação do 
atestante, os elementos identificadores da pessoa, registrar de modo sucinto a matéria médica, excluindo o 
diagnóstico, por motivo de sigilo profissional; as conseqüências práticas e legais decorrentes da matéria 
médica; data e assinatura do profissional atestante. 
Atestado para Internação Compulsória 
 Por vezes, o atestado se destina a fins tão específicos que hão de se revestir de outras particularidades. 
Assim é que, em se tratando de doenças infecto-contagiosas que põem em risco a saúde da população em 
geral, não se pratica o sigilo profissional em relação aos portadores de tais doenças. O médico deve 
denunciar a autoridade pública doença cuja notificação é compulsória. 
 Atestado para fins Previdenciários e Similares 
 Em infortunística ocorre uma situação curiosa: o paciente solicita um atestado médico para obtenção de 
benefício securitário e o vê rejeitado pelo INSS por não conter o diagnóstico. Retorna ele ao profissional 
que, por sua vez, invoca o sigilo profissional. Como resolver a situação? Fácil. O profissional utilizará a 
Classificação Internacional de Doenças (CID) publicada pela OMS. 
 Atestado de Óbito 
 O atestado de óbito é passado por médico e em impresso especial onde fica registrado o nome do 
falecido, o dia, a hora e o local do óbito, o domicílio do morto, sua filiação, idade, sexo, estado civil, 
nacionalidade, naturalidade, profissão, bem como registrará a doença ou doenças de que era portador e a 
causa da morte. Depois de datar e assinar, registrará seu endereço profissional e encaminhará, pelos 
parentes do falecido, ao cartório civil, para registro. Deve-se ressaltar que se o médico não teve 
oportunidade de examinar ou assistir previamente ao morto não poderá atestar seu óbito. A declaração de 
óbito comprova o óbito, os fatos relacionados e subsidia dados para a saúde pública. 
 Auto e Laudo 
 Conceitualmente há diferenças entre auto e laudo, na prática porém, estas diferenças tendem a 
desaparecer. Exemplo típico de auto é o chamado “auto de corpo de delito”. A vítima dirige-se ao plantão 
do Pronto Socorro Oficial e, ao ser atendida, já se abre o inquérito. Além do médico clínico, ali se encontra 
o legista, que dita ao escrivão suas observações médico-legais. Faz-se, assim, simples relatório imediato, 
ditado e sem responder a quesitos. Entretanto, os “autos de exame necroscópico” do Instituto Médico Legal 
são fornecidos a posteriori, por escrito e respondendo a quesitos, o que seria próprio de laudo. Verifica-se 
que as diferenças estão desaparecendo e os dois termos chegam a se confundir no uso diário. O auto é 
ditado ao escrivão e o laudo redigido de próprio punho pelo perito. 
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 Laudos em Geral 
 Os laudos são relatórios escritos e pormenorizados de tudo o quanto os peritos julgarem útil informar à 
autoridade judiciária. O relatório é a descrição minuciosa de um fato médico e suas conseqüências, 
composto das seguintes partes :preâmbulo, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta aos 
quesitos. Para sua elaboração bem cuidada deve-se observar o seguinte roteiro: 
- preâmbulo: no âmbito do qual, inicialmente, o perito se qualifica (se se tratar de repartição oficial, esta 
medida é dispensável). Indicará qual a autoridade que lhe atribuiu o encargo pericial e, sempre que 
possível, o processo a que está vinculado. 
-histórico e antecedentes 
-descrição que se consubstancia na parte mais importante do laudo pelas seguintes razões: 
pode ser que o perito esteja lidando com matéria perecível e, por isso, se não fizer um convincente registro, 
depois lhe faltará outra oportunidade; 
-a descrição lida com “matéria de fato”, isto é, resulta do que pode ser efetivamente observado e deve ser 
tão cuidadosa a ponto de não ensejar jamais divergências com outros examinadores; este registro servirá 
de base às mais importantes conclusões, que certamente implicarão conseqüências jurídicas. A descrição 
é o fundamento de tudo que se analisa no laudo. 
-a discussão e a conclusão são feitas com base no observado e registrado, passa-se a uma análise 
cuidadosa e pormenorizada da matéria. É evidente que quanto mais capaz e experimentado for o perito, 
tanto mais aprofundada e pertinente a sua “discussão“. Esta parte do laudo, que pode conter citações e 
transcrições, serve mesmo para se avaliar o nível cultural e científico do relator. É também neste capítulo 
do laudo que mais provavelmente ocorrerão as divergências, a gerar a “perícia contraditória”. A “conclusão” 
deve ser decorrência lógica e inevitável do raciocínio desenvolvida na “discussão”. A ela o leitor deve ser 
levado de modo imperceptível, mas inexorável. 
-quesitos e respostas: os quesitos serão transcritos e receberão pronta e sucinta resposta. Devemos 
encontrar nesta parte do laudo uma verdadeira síntese de tudo que ficou registrado, analisado e concluído 
no texto precedente. 
 Corpo de Delito 
 O exame de corpo de delito direto é aquele realizado por perito para provar a materialidade do crime. O 
exame de corpo de delito indireto é aquele instrumento utilizado para provar a materialidade do crime por 
meio de prova testemunhal e ficha de registro médico . No Direito Processual Penal, os exames periciais 
são de natureza variada , quais sejam, de sanidade mental, dos instrumentos do crime, dentre outros. Mas 
de todas as perícias, o mais importante é o corpo de delito, que é o conjunto de elementos sensíveis do 
fato criminoso, ou seja, o conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime. Nas infrações criminais que 
deixam vestígios, é necessário o exame de corpo de delito, isto é, a comprovação dos vestígios materiais 
por ela deixados torna-se indispensável, sob pena de não se receberem a queixa ou a denúncia (art. 158 e 
art. 525, CPP). O legislador quis ser bastante prudente, pois mesmo com a obrigatoriedade deste exame, 
ainda assim muitos erros judiciários têm sido cometidos. O Juiz poderá proferir sentença sem o auto de 
corpo de delito direto, desde que haja prova testemunhal a respeito da materialidade delitiva, que se trata 
de prova meramente supletiva, uma vez que foi verificada a impossibilidade do exame direto por terem 
desaparecidos os vestígios. 
 Verifica-se que os exames de corpo de delito e as outras perícias são, em regra, feitos por peritos oficiais, 
e na sua ausência o exame poderá ser feito por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso 
superior, escolhidas de preferência as que tiverem habilitação técnica, relacionada à natureza do exame. 
Os peritos não oficiais devem prestar o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo (art. 159 
CPP). Observe-se as partes não podem indicar perito,sendo procedimento privativo da autoridade policial 
ou judicial (art. 278 CPP). A iniciativa da perícia cabe tanto às partes quanto às autoridades (inciso VII do 
art. 6º CPP). No nosso direito prevalece o princípio liberatório, por meio do qual o Juiz tem inteira liberdade 
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de aceitar ou rejeitar o laudo pericial, no todo ou em parte, tendo em vista o sistema do livre convencimento 
(art. 182 CPP). Determinada a realização da perícia, seja a requerimento da parte, seja de ofício, quesitos 
deverão ser formulados com clareza e nunca articulados de forma genérica, nos termos do art. 176 CPP. 
Os peritos nomeados estão obrigados a aceitar o encargo e descreverão minuciosamente o que 
examinaram e responderão aos quesitos, por ocasião da lavratura do laudo pertinente. 
 Necropsia 
 A necropsia é um exame interno feito no cadáver a fim de constatar a causa mortis feita, pelo menos, seis 
horas após o óbito, exceto nos casos de morte violenta, quando será suficiente um simples exame externo 
do cadáver, não havendo infração penal a ser apurada, ou mesmo havendo infração penal a ser apurada, 
se as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno 
para verificação de alguma circunstância relevante (art. 162 CPP). 
Exumação 
 A exumação é o procedimento de desenterramento do cadáver para exame cadavérico interno e externo 
para constatação da causa mortis. Para tanto, deverá a autoridade tomar as providências afim de que, em 
dia e hora prefixados, se realiza a diligência , lavrando-se, a respeito, o auto consubstanciado (arts. 
163/165 CPP). O administrador do cemitério deverá indicar a sepultura, sob pena de incorrer em crime de 
desobediência (art. 330 CP). 
Exame Complementar 
 Os peritos não podendo, logo no primeiro exame, classificar a lesão, torna-se indispensável o exame 
complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária ou a requerimento do Ministério Público 
ou das partes, depois de trinta dias contados da data do crime. A falta deste exame poderá ser suprida por 
prova testemunhal (art. 168 CPP). 
Exames dos Escritos 
 Os exames grafológicos ou grafotécnicos são realizados por comparação, oportunidade em que a 
autoridade encaminha aos peritos o documento tido como falsificado e a lauda contendo os escritos do 
punho dos suspeitos (art. 174 CPP). 
 Exames por Precatória 
 Os exames periciais devem realizar-se dentro da jurisdição da autoridade perante a qual tramita o 
processo, e á autoridade processante caberá determiná-los e nomear os peritos. No casos em que os 
exames devam ser feitos em outras comarcas a autoridade que estiver presidindo o processo, seja policial 
ou judiciária, deverá solicitar à autoridade competente do local onde o exame deva ser realizado, que o 
determine, devendo os quesitos da autoridade e das partes serem transcritos na precatória, cabendo por 
outro lado, a autoridade deprecada, a nomeação dos peritos. 
Parecer Médico-Legal 
 O parecer é a resposta, por escrito ,à consulta e é composto pelas seguintes partes : preâmbulo, histórico, 
discussão, conclusão e resposta aos quesitos. Os pareceres constituem realmente o que se pode 
considerar “a consulta médico-legal”. Não se irá por certo, pedi-los a inexperientes, principiantes, ou 
desconhecidos. É claro que valem pelo seu conteúdo científico, pelos argumentos bem postos e 
fundamentados, pela clareza de raciocínio e pelo seu espírito jurídico. Mas pesam, e muito, pela assinatura 
que apresentam. São lidos, analisados e respeitados porque seus autores já provaram previamente sua 
capacidade e tirocínio. Por estas razões, somente os amadurecidos, cultos e reconhecidos são procurados 
para prolatá-los. Como documento médico-legal, em sua estrutura, o parecer pode seguir mutatis mutandis 
o roteiro indicado para os laudos. Em certos casos, porém, será fruto de análise indireta de fatos já 
registrados em outros documentos, cuja autenticidade possa ou deva ser aceita. 
Consulta 
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 A consulta é o pedido de esclarecimento que a autoridade faz sobre um fato sobre o qual paira dúvida. 
Depoimento Oral 
O depoimento oral é o esclarecimentos oral prestado pelo perito. 
 Como todo método, a fotografia apresenta vantagens e desvantagens: 
-Vantagens: identificação rápida, cópia fiel do ambiente e grande aplicação no campo técnico. 
-Desvantagens: perda de fisionomia e nitidez, difícil arquivamento, maquiagem, ou seja, pode ser 
manipulada com alguns efeitos. 
Fotografia 
 A fotografia é extremamente importante na investigação de um crime. É o modo de identificação de 
ambiente e das vítimas, além de servir como prova e oferecer pistas que podem levar ao criminoso e à 
descoberta de como foi cometido o crime. É um registro minucioso de todos os detalhes da cena: poros, 
indícios, vestígios que possam ser utilizados no esclarecimento do crime. 
Como todo método, a fotografia apresenta vantagens e desvantagens: 
-Vantagens: identificação rápida, cópia fiel do ambiente e grande aplicação no campo técnico. 
-Desvantagens: perda de fisionomia e nitidez, difícil arquivamento, maquiagem, ou seja, pode ser 
manipulada com alguns efeitos. 
Tipos de fotografia usadas em criminalística: 
 Para a fotografia criminal, pode ser usado qualquer tipo de filme. Devido a variação de local, pode ser 
necessário fotografar apenas com tipos de flashes, lanternas, sob a luz noturna. Portanto, o tipo de filme 
utilizado é adaptado ao equipamento fotográfico e às condições adversas do local a ser registrado. 
 Fotografia Bioquímica: fotografias de pêlo e esperma no microscópio e fotografias de projéteis que serão 
usadas no estudo de balística. 
 Fotografia de Aspecto Geral: reproduz todo o local do crime, com o maior número possível de elementos 
materiais. Todos os aspectos da cena que couberem numa chapa de fotografia devem ser registrados. 
 Fotografia de Detalhe: é a minúcia de algo que se pretende evidenciar 
 Fotografia Métrica: é quando se utiliza de um segmento da fita métrica para se determinar as dimensões 
das evidências 
Repartimento Fotográfico: é a fotografia do ambiente em perspectiva. Tira-se uma em cada canto-lados 
opostos (paredes, solo e teto) 
Filmagem: é a fotografia dinâmica. Trata-se de processo caríssimo e frequentemente de resultados 
inesperados. 
Fotografia Micro: é a fotografia em que se usa o microscópio para aproximar a imagem. Uma máquina 
fotográfica é acoplada ao microscópio que permite a visualização do objeto a ser investigado. Um exemplo 
disso é na fotografia de projéteis, que através da microfotografia é possível enxergar detalhes que não são 
visíveis a olho nu, como as arranhaduras feitas pela arma do crime na bala. 
O fotógrafo policial 
 Para ser fotógrafo policial é necessário ter, além de conhecimento geral em fotografia, ter conhecimento 
específico na área criminal. É preciso ser minucioso no local, estar atento a pequenos detalhes que podem 
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tornar-se importantes na investigação do crime. O fotógrafo tem de ter espírito de equipe, porque ele não 
trabalha sozinho, está sempre com policiais, peritos e outros profissionais do ramo. O trabalho é facilitado 
porque cada um faz uma parte e a equipe junta a informação coletada que conseqüentemente leva à 
rapidez necessária no esclarecimento dos crimes. 
Como é fotografado o local do crime 
 Ao chegar no local do crime, o fotógrafo policial espera que o perito faça uma avaliação detalhada da cena 
e indique o que deve ser fotografado. Essas fotografias serão utilizadas na investigação do crime. O perito 
e o fotógrafo devem se manter afastados dos vestígios deixados pelos criminosos. 
 Na fotografia criminalística deve-se tirar uma foto geral e outras dos detalhes. Fotografias de pegadas e 
rastros de pessoas, sendo nesse caso sempre uma fotografia de aspecto gerale de detalhe, sendo esta 
última com fita métrica no sentido longitudinal da marca. 
 Para identificar o local é necessário uma foto de referência como, placas, algo que reforce mais uma 
característica do ambiente do crime. Dar toda a informação possível para que não seja derrubado o laudo 
da técnica. 
 Fotos para reconstituição são feitas quando há dúvidas se a testemunha ou o criminoso falam a verdade. 
Não há limites de fotos para reconstituição, sendo o número imprevisível.Nas fotos de cadáver dever haver 
uma geral, uma do jeito que o corpo se encontra e uma que o identifique, por exemplo, algum detalhe do 
corpo ou dos objetos encontrados com o cadáver. A identificação do cadáver é feita pelas roupas e pela 
fotografia do cadáver. O corpo deve ser colocado deitado e fotografado de cima para baixo. Com a objetiva 
da câmera, o fotógrafo focaliza o mínimo possível e aproxima-se ou afasta-se para conseguir o máximo de 
preenchimento da chapa, ou seja, que o detalhe fique bem visível na fotografia. Em casos de 
enforcamento, é necessário fotografar a marca da corda do pescoço do enforcado, em seqüência a própria 
corda. Nesses casos de enforcamento, é necessário que primeiro seja feita uma foto geral, mostrando 
características do local, como uma árvore, etc. 
 No caso de corpos putrefatos- a identificação do rosto é quase impossível, então é necessário que seja 
encontrada e fotografada marcas desse corpo, como cicatrizes, verrugas, sinais de roupa, etc. No caso de 
o cadáver estar dentro de um banheiro de 1m2, não é possível o uso de uma lente grande angular, porque 
não vai conseguir fotografar todo o corpo. Então, é tirada com a porta do banheiro aberta, usando o maior 
ângulo possível, mesmo que apareça paredes, em seguida retira o corpo e o fotografa novamente .Se o 
cadáver estiver esfaqueado em muitas partes, deve-se fotografar uma a uma, usando uma fita métrica para 
medir a facada. Nesse caso, há necessidade de pelo menos três fotos: uma geral, uma identificação e uma 
da corda. O fotógrafo deve possuir em sua mala etiquetas, setas para indicar tamanhos de cortes, 
perfurações, nas fotos. Se não tiver, deve usar caixas de fósforos, palitos, moedas, que são padrões de 
referências. Para fotos de impressão digitaldeve ser usada uma régua centimétrica, para também em 
números de armas ou chassi para avaliar se a numeração foi alterada. No caso de salas, em que não é 
possível enquadrar toda ela, deve ser tiradas duas fotos gerais. Quando um local de crime é fotografado, 
não se deve mexer em nada. 
O uso das fotografias criminalísticas 
 As fotografias são primeiramente usadas na fase de investigação do crime. São fotos de: impressões 
digitais, objetos da cena do crime, pegadas, cápsulas deflagradas para futura comparação de balística, 
armas utilizadas pelo assassino, etc. 
 Passando à fase do julgamento do crime, as fotografias são usadas diante do juiz. O promotor ou 
advogado de acusação utilizam essas fotos para mostrar a crueldade e a frieza do criminoso para com a 
vítima. Também é utilizada na defesa do réu, nos casos de legítima defesa. 
 
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Elaboração do Laudo Pericial 
A estrutura na elaboração do laudo deve seguir uma construção lógica que permita o bom entendimento da 
linha de raciocínio do perito, no sentido de conduzir à conclusão final. 
 
Um Laudo deve ser elaborado da seguinte forma: 
 
Cabeçalho 
 
- Identificação da Vara por onde está tramitando a ação. 
 
- Tipo de ação e número do processo. 
 
Introdução 
 
- Identificação do perito, folha dos autos onde consta sua nomeação. 
 
-Espécie de perícia a que se refere o laudo. 
 
- Data e local onde a diligência fora efetuada, mencionando o dia e a hora do seu início e do seu término. 
 
- Pessoas que assistiram à diligência. 
 
Visão do conjunto 
 
-Firma ou estabelecimento comercial, atividades, etc. 
 
Documentos e livros examinados 
Comentários periciais 
 
Resposta aos quesitos e encerramento. 
 
Para a fundamentação dos trabalhos periciais, os quais resultam o Laudo Pericial, faz-se necessária a 
aplicação de técnicas, que em sua maioria são comuns a todas as espécies de perícia, como: 
 
-Exame: É a análise de livros e documentos ou de qualquer outro elemento constitutivos da matéria. 
 
- Vistoria: É a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma 
circunstancial. 
 
- Indagação: É a obtenção de testemunho de conhecedores do objeto da perícia, ou seja, daqueles que 
têm ou deveriam ter conhecimento dos fatos ou atos concernentes à matéria periciada. 
 
-Investigação: É a pesquisa que busca trazer ao laudo o que está oculto por quaisquer circunstâncias. 
 
- Arbitramento: É a determinação de valores (procedimentos estatísticos – média, mediana, desvio 
padrão) ou solução de controvérsia por critério técnico. 
 
- Avaliação: É o ato de determinar valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas. 
 
- Certificação: Em resumo, a preparação e a redação do laudo pericial são de exclusiva responsabilidade 
do perito, que adotará um padrão próprio, e deve conter no mínimo a identificação do processo e das 
partes (n° do processo, vara em que tramita, nome da parte autora e da parte ré, tipo de ação); a síntese 
do objeto da perícia (relato sucinto sobre as questões básicas que resultaram na nomeação ou na 
contratação do perito); a metodologia adotada para os trabalhos periciais (conjunto de técnicas e processo 
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utilizados); a identificação das diligências realizadas (todos os procedimentos e atitudes adotados pelo 
perito na busca de informações e subsídios necessários à elaboração do laudo pericial); a transcrição dos 
quesitos formulados, na forma explícita; respostas aos quesitos, de forma clara, objetiva, concisa e 
completa; a conclusão (qualificação, quando possível, do valor da demanda, lide, litígio, podendo reportar-
se a demonstrativos apresentados, como anexos, no corpo do laudo pericial ou em documentos auxiliares) 
e apresentação de alternativas, condicionadas às teses apresentadas pelas partes, de forma a não 
representar a opinião pessoal do perito. 
 
O Laudo Pericial é o resultado do trabalho pericial, isto é, a peça final do trabalho em que o expert se 
pronuncia sobre questões submetidas à sua apreciação. 
O laudo pericial é o relato do técnico ou especialista designado para avaliar determinada situação que 
está dentro de seus conhecimentos. O laudo é a tradução das impressões captadas pelo técnico ou 
especialista, em torno do fato litigioso, por meio dos conhecimentos especiais de quem o examinou. 
É um dos meios de prova utilizados pelo juiz para proferir a sentença, embora no direito penal brasileiro o 
juiz não esteja adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo integral ou parcialmente.[1] Diante de 
matéria técnica que exige conhecimentos especializados, o juiz pedirá um laudo ao especialista respectivo. 
Difere do parecer, que é uma resposta à consulta de uma das partes sobre dados pré-existentes, em geral, 
culminando numa conclusão ou solução para o litígio. Em suma, é uma opinião especializada de um 
profissional habilitado sobre matéria fática para solucionar discórdias em discussões judiciais, e pode 
versar sobre variadas matérias: medicina, engenharia, informática, meio ambiente, acidentes de 
trânsito, psicanálise etc. 
O profissional perito judicial, ao produzir seu trabalho para justiça, deve ser meticuloso no desempenho de 
suas atividades. Não deve agir de forma parcial ou com senso comum, ele deve agir imparcialmente em 
sua análise e na elaboração de seu laudo. O profissional perito deve se policiar nos estudos do caso 
tratado para que finalize o laudo pericial com pleno êxito, pois mesmo sendo um trabalho bem feito, haverá 
sempre alguém que irá contestá-lo, querendo assim impugná-lo. Porém, sendo o trabalho pericial 
consubstanciado em prova robusta e estribadona legislação aplicada ao caso, certamente que será um 
laudo pericial conclusivo e enfático na lide tratada nos autos. 
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O que significa Laudo Pericial? 
O Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra escrito. Deve ser 
redigido pelo próprio Perito, mesmo quando existem Assistentes Técnicos. Os colegas devem receber a 
oportunidade de examinar o texto e emitir suas opiniões. Esta tarefa deve ser realizada em conjunto, de 
preferência. O Perito ganha tempo e reduz os debates infrutíferos, desta forma. A maioria dos trabalhos 
resolve-se dentro do campo técnico, sem margem para opiniões pessoais. 
Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exije conhecimentos técnicos e científicos, e que se 
destina a estabelecer, na medida do possível, uma certeza a respeito de determinados fatos e de seus 
efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos e científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos 
desses fatos referidos pelo perito e das conclusões deste.O Perito esclarece os efeitos de fato. O Juiz fixa 
os efeitos de direito. 
O Perito deve ter o cuidado de descrever e documentar, da forma mais objetiva possível, os fatos com base 
nos quais pretende desenvolver sua argumentação e, afinal expor suas conclusões. A funçào do perito 
guarda muita semelhança coma própria função do Juiz. O Perito examina fatos e emite um julgamento 
baseado em seu livre convencimento, respeitado porém o princípio da racionalidade e da prevalência da 
argumentação técnica e científica. O objetivo do trabalho pericial e afastar as dúvidas existentes sobre 
determinados fatos e sobre as suas conseqüências práticas. O Perito não emite um julgamento ou parecer 
jurídico, mas seu trabalho deve levar em consideração os efeitos jurídicos que a prova pericial se destina 
produzir. 
O laudo pericial é uma peça do processo, que deverá ser interpretada e avaliada pelo Juiz ou Tribunal, 
como qualquer outro instrumento deprova e de convencimento. É preciso que todos possam compreendê-
lo. Seu texto deve ser claro, preciso e inteligível. O bom profissional não escreve de forma que só outros 
experts o entendam. É importante distribuir adequadamente o trabalho. Inicia apresentando as partes e a 
Perícia realizada. Prossegue com o enunciado e o exame das questões principais. Responde aos quesitos 
formulados pelas partes. Conclui ressaltando aspectos importantes. Em anexo devem ser lançados os 
dados empregados, os documentos consultados, fotografias e outros elementos de interesse não 
relacionados no corpo do Laudo. 
Após a entrega do Laudo, o Juiz intima as partes para tomarem conhecimento do mesno. Há um prazo 
para que se manifestem. As partes podem concordar com o Laudo ou discordar, contestar, solicitar 
esclarecimentos, formular quesitos adicionais ou mesmo impugnar o Laudo e pedir a realização de nova 
perícia. 
A complementação de perícia busca responder ou resolver as dúvidas remanescentes. A resposta a 
quesitos adicionais ou suplementares geralmente exige a carga dos autos e novo exame da causa, pelo 
intervalo de tempo que decorre entre a entrega do Laudo e a intimação para a complementação. 
O Perito pode ser convocado para prestar esclarecimentos em audiência, verbalmente. As partes devem 
indicar com antecedência os quesitos a serem respondidos. Não o fazendo, na audiência, o Perito pode 
alegar a complexidade da questão e solicitar prazo para respondê-los. Além disto, quando o trabalho 
adicional é significativo, exigindo tempo, dedicação e despesas extras, o Perito pode solicitar os honorários 
correspondentes. 
O Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra escrito. Deve ser 
redigido pelo próprio Perito, mesmo quando existem Assistentes Técnicos. Os colegas devem receber a 
oportunidade de examinar o texto e emitir suas opiniões. Esta tarefa deve ser realizada em conjunto, de 
preferência. O Perito ganha tempo e reduz os debates infrutíferos, desta forma. A maioria dos trabalhos 
resolve-se dentro do campo técnico, sem margem para opiniões pessoais. 
Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exije conhecimentos técnicos e científicos, e que se 
destina a estabelecer, na medida do possível, uma certeza a respeito de determinados fatos e de seus 
efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos e científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos 
desses fatos referidos pelo perito e das conclusões deste.O Perito esclarece os efeitos de fato. O Juiz fixa 
os efeitos de direito. 
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O Perito deve ter o cuidado de descrever e documentar, da forma mais objetiva possível, os fatos com base 
nos quais pretende desenvolver sua argumentação e, afinal expor suas conclusões. A funçào do perito 
guarda muita semelhança coma própria função do Juiz. O Perito examina fatos e emite um julgamento 
baseado em seu livre convencimento, respeitado porém o princípio da racionalidade e da prevalência da 
argumentação técnica e científica. O objetivo do trabalho pericial e afastar as dúvidas existentes sobre 
determinados fatos e sobre as suas conseqüências práticas. O Perito não emite um julgamento ou parecer 
jurídico, mas seu trabalho deve levar em consideração os efeitos jurídicos que a prova pericial se destina 
produzir. 
O laudo pericial é uma peça do processo, que deverá ser interpretada e avaliada pelo Juiz ou Tribunal, 
como qualquer outro instrumento deprova e de convencimento. É preciso que todos possam compreendê-
lo. Seu texto deve ser claro, preciso e inteligível. O bom profissional não escreve de forma que só outros 
experts o entendam. É importante distribuir adequadamente o trabalho. Inicia apresentando as partes e a 
Perícia realizada. Prossegue com o enunciado e o exame das questões principais. Responde aos quesitos 
formulados pelas partes. Conclui ressaltando aspectos importantes. Em anexo devem ser lançados os 
dados empregados, os documentos consultados, fotografias e outros elementos de interesse não 
relacionados no corpo do Laudo. 
Após a entrega do Laudo, o Juiz intima as partes para tomarem conhecimento do mesno. Há um prazo 
para que se manifestem. As partes podem concordar com o Laudo ou discordar, contestar, solicitar 
esclarecimentos, formular quesitos adicionais ou mesmo impugnar o Laudo e pedir a realização de nova 
perícia. 
A complementação de perícia busca responder ou resolver as dúvidas remanescentes. A resposta a 
quesitos adicionais ou suplementares geralmente exige a carga dos autos e novo exame da causa, pelo 
intervalo de tempo que decorre entre a entrega do Laudo e a intimação para a complementação. 
O Perito pode ser convocadopara prestar esclarecimentos em audiência, verbalmente. As partes devem 
indicar com antecedência os quesitos a serem respondidos. Não o fazendo, na audiência, o Perito pode 
alegar a complexidade da questão e solicitar prazo para respondê-los. Além disto, quando o trabalho 
adicional é significativo, exigindo tempo, dedicação e despesas extras, o Perito pode solicitar os honorários 
correspondentes. 
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Laudo Pericial: Documentos Técnicos 
Muito se fala a respeito do laudo pericial e várias outras peças formais, que estão muito próximas como 
expressão técnica de algum tipo de exame que seja realizado, visando esclarecer um fato ocorrido ou 
determinada dúvida de natureza específica. 
Nesse universo de peças técnicas, teríamos o laudo pericial - oficial ou não, o parecer técnico - com fins de 
atendimento à Justiça ou não, e o relatório técnico. Além das dúvidas existentes quanto à titulação dessas 
peças técnicas, maior é a confusão sobre o conteúdo de cada uma delas. Tanto as primeiras, quanto às de 
conteúdo, procuraremos discorrer individualmente, no sentido de trazer à discussão um assunto que tem 
gerado algumas discussões no âmbito verbal, porém, muito pouco de interpretação formal existe à respeito. 
Outro aspecto que pretendemos abordar, é quanto aos profissionais habilitados para a execução dessas 
tarefas técnicas, tanto sob a ótica da competência legal, como aquelas de natureza técnico-especializada 
que devam ser observadas ou que melhor se recomenda para esse mister. 
A fim de sistematizar nossa abordagem, vamos analisar cada uma dessas peças técnicas, enfocando suas 
peculiaridades, objetivos, aplicações e conteúdos que entendemos ser necessário observar na suas 
respectivas produções. 
No entanto, ainda como preliminar para embasarmos nossa discussão, vamos descrever a seguir o 
significado vernacular de algumas expressões que merecerão a nossa atenção na presente análise. 
Laudo: Escrito em que um perito ou um árbitro emite seu parecer e responde a todos os quesitos que lhe 
foram propostos pelo juiz e pelas partes interessadas. Parecer do louvado ou árbitro; peça escrita, 
fundamentada, em que os peritos expõem as observações e estudos que fizeram e consignam as 
conclusões da perícia. 
Perícia: Qualidade de perito. Destreza, habilidade, proficiência. Exame de caráter técnico e especializado. 
PERICIAL: Relativo à perícia. Qualidade de perito; habilidade, destreza, exame ou vistoria de caráter 
técnico e especializado. 
Perito: Experiente, hábil, prático, sabedor, versado. Aquele que é prático ou sabedor em determinados 
assuntos. Aquele que é judicialmente nomeado para exame ou vistoria. Experimentado; sabedor; hábil; 
douto; prático. Aquele que é prático ou sabedor; aquele que está habilitado para fazer perícias. O nomeado 
judicialmente para exame ou vistoria. 
Parecer: Opinião. Opinião técnica sobre determinado assunto. 
Relatório: Descrição minuciosa de fatos de administração pública ou de sociedade. Parecer ou exposição 
dos fundamentos de um voto ou apreciação. Exposição prévia dos fundamentos de um decreto, decisão, 
etc. Exposição de todos os fatos de uma administração ou de uma sociedade. 
Técnico: Próprio de uma arte ou ramo específico de atividade. Aquele que é perito numa atividade. Próprio 
de uma arte ou ciência; O que é perito numa arte ou ciência. 
Técnica: Conhecimento prático. Conjunto dos métodos e pormenores práticos essenciais a execução 
perfeita de uma arte ou profissão. A parte material ou o conjunto de processos de uma arte; prática. 
Assistente: Que assiste, observando ou colaborando. Pessoa presente a um ato ou cerimônia. Pessoa que 
dá assistência. 
Com isso, colocamos como compreensão inicial aquelas constantes do dicionário e, a seguir, faremos as 
contextualizações e discussões de cada peça técnica, onde mostraremos que o significado poderá ser um 
pouco mais restrito ou ampliado, considerando o enfoque técnico e/ou jurídico das suas interpretações à 
luz da atualidade. 
02 - LAUDO PERICIAL 
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O laudo pericial é uma peça técnica formal que apresenta o resultado de uma perícia. Nele deve ser 
relatado tudo o que fora objeto dos exames levado a efeito pelos peritos. Ou seja, é um documento técnico-
formal que exprime o resultado do trabalho do perito. 
Dentre as várias peças técnicas, podemos dizer que o laudo pericial é o documento mais completo, em 
razão da sua origem que é um exame de natureza pericial, feito por peritos. 
Aqui vale ressaltar que, sob o enfoque técnico-jurídico, um exame pericial pressupõe um trabalho de 
natureza eminentemente técnico-científico e da maior abrangência possível. É, portanto, um trabalho 
(exame pericial) levado a efeito por especialistas (peritos) naquilo que estão a realizar, cuja obrigação é dar 
a maior abrangência possível ao exame. 
Sabemos que um exame pericial deve se pautar pela mais completa constatação do fato, análise e 
interpretação e, como resultado final, a opinião de natureza técnico-científica sobre os fatos examinados. 
Os peritos não devem se restringir ao que lhes foi perguntado ou requisitado, mas estarem sempre atentos 
para outros fatos que possam surgir no transcorrer de um exame. 
Assim, a partir desse amplo e completo exame (a perícia), a peça técnica capaz de exprimir o universo 
dessa perícia é o Laudo Pericial. 
O laudo pericial é, portanto, o resultado final de um completo e detalhado trabalho técnico-científico, levado 
a efeito por peritos, cujo objetivo é o de subsidiar a Justiça em assuntos que ensejaram dúvidas no 
processo. Dentro desse objetivo, temos aqueles laudos destinados à Justiça Criminal e os que se destinam 
à Justiça Cível. 
02.1 - Laudo Pericial Criminal (Laudo Oficial) 
O laudo pericial com destino à Justiça Criminal tem como suporte uma série de formalidades e de 
regulamentos emanados, principalmente, do Código de Processo Penal, que o diferencia em vários 
aspectos daqueles destinados à Justiça Cível. 
A principal característica do laudo pericial criminal é que todas as partes integrantes do processo dele se 
utilizam, pois é uma peça técnica-pericial única, determinada a partir do artigo 159 do CPP (Os exames de 
corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais.). Só há a figura do perito oficial 
para fazer a perícia, cujo laudo poderá ser utilizado desde a fase de investigação policial até o processo, 
neste, tanto pelo magistrado, promotor ou partes representadas pelo advogado. 
Como vemos, qualquer necessidade de perícia no âmbito da Justiça Criminal, deve ser feita por peritos 
oficiais, que são aqueles profissionais de nível superior ingressos no serviço público (Institutos de 
Criminalística ou Institutos de Medicina Legal) mediante concursopúblico, com a função específica de fazer 
perícias. 
Em razão de ser uma prestação jurisdicional emanada do Estado, reveste-se da oficialidade e publicidade, 
sendo o Laudo Oficial do inquérito policial e do processo criminal. Assim, teremos laudo oficial oriundo das 
perícias realizadas por peritos legistas e por peritos criminais, que são os chamados peritos oficiais. 
Por ser uma obrigação do Estado prestar os serviços de perícia na esfera da justiça criminal, os peritos 
oficiais devem ser funcionários públicos com a função específica de fazer perícia, não havendo qualquer 
remuneração direta aos peritos signatários do laudo pericial. Os peritos receberão seus vencimentos 
normais como funcionários que são, jamais poderão ser remunerados diretamente por cada laudo emitido 
com pagamento oriundo das partes envolvidas no processo. 
02.2 - Laudo Pericial Cível 
O laudo pericial cível tem destinação mais restrita, pois visa esclarecer dúvidas levantadas pelo magistrado 
que esteja apreciando um processo. 
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O exame pericial cível poderá envolver o trabalho autônomo de três profissionais (peritos) para atuarem 
sobre um mesmo fato, sendo um nomeado pelo juiz e os outros dois pelas partes envolvidas no processo. 
Assim, o magistrado encontrando alguma dúvida de natureza técnico-científica poderá nomear um 
profissional de nível superior para fazer o respectivo exame pericial. 
Esse exame pericial realizado pelo chamado "perito do juízo" deve seguir - do ponto de vista técnico-
científico - os mesmos critérios adotados pelos peritos oficiais na realização das perícias criminais. Esse 
perito do juízo deverá analisar todo o fato requerido, além de buscar qualquer outra informação ou 
circunstância a ele relacionado que possa ser importante para subsidiar o magistrado. Deve examinar com 
todo o cuidado e abrangência aquele objeto da perícia, a fim de trazer para os autos um trabalho completo 
e que contemple todas as informações possíveis de serem extraídas daquele evento. 
A perícia realizada na esfera da justiça cível não é obrigação do Estado. Desse modo, se o magistrado 
entender necessário o auxílio especializado, ele nomeará um profissional de nível superior e, cujo 
pagamento, será feito inicialmente pelo autor da ação judicial cível. 
É, portanto, uma relação direta entre o magistrado e o perito nomeado, em que o pagamento deverá ser 
feito pelo autor da ação. O fato do perito do juízo receber a sua remuneração com dinheiro originário do 
autor da ação, em nada o vincula àquela parte, pois ele o recebe dentro da formalidade do processo, não 
havendo qualquer relação do perito com o autor da ação. 
Dentro das normas previstas no Código de Processo Civil, as partes envolvidas no processo cível poderão 
nomear assistentes técnicos para atuarem no acompanhamento do exame que o perito do juízo esteja 
realizando. 
Os profissionais para realizarem essas atividades, perito do juízo e os assistentes técnicos, como já 
salientamos, devem possuir diploma de curso superior e estarem devidamente inscritos no respectivo 
conselho regional de fiscalização da profissão, fato esse que deve ser comprovado no processo por 
intermédio de apresentação da documentação própria. 
Evidente que, tanto o magistrado quanto as partes, deverão procurar profissionais que, além das 
exigências já mencionadas, tenham formação e especialização adequadas ao tipo de exame que se faça 
necessário naquele processo. 
Dentro dessa necessidade, há sempre uma procura por profissionais que sejam peritos oficiais, 
considerando a sua grande experiência na realização de perícias em geral. Evidentemente, essas 
nomeações são de caráter particular entre o magistrado ou as partes com o perito, não envolvendo a sua 
repartição de trabalho (IMLs ou ICs). O próprio Código de Processo Civil orienta o magistrado para dar 
preferência na nomeação do perito do juízo, dentre os peritos oficiais, seguindo-se, após a conclusão do 
trabalho, o respectivo pagamento pelos serviços prestados. 
É comum os magistrados encaminharem expediente aos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal, 
solicitando a nomeação de peritos oficiais para atuarem em processos cíveis. Este procedimento está – 
inclusive – previsto no artigo 434 do Código de Processo Civil (.... O juiz autorizará a remessa dos autos, 
bem como do material sujeito a exame, ao diretor do estabelecimento); todavia, o máximo que os diretores 
daqueles Órgãos poderão fazer, é indicar um de seus peritos para que o juiz proceda a nomeação e seja 
desenvolvida a respectiva perícia, transação particular entre o magistrado e o perito, mediante a nomeação 
direta, não podendo haver a interferência dos respectivos Institutos. 
Quanto a peritos oficiais trabalharem como assistentes técnicos para as partes, no processo cível, nada 
obsta essa participação desde que nenhum dispositivo legal da sua relação funcional com o seu Órgão 
Público especificamente o proíba, ou algum impedimento de natureza ética, que venha a conflitar com a 
sua condição de Perito Oficial. 
Considerando que o trabalho do perito do juízo deve ser abrangente, os assistentes técnicos farão o 
trabalho de acompanhamento e verificarão se todos os dados e informações que possam ser favoráveis ao 
seu cliente estão contemplados no laudo pericial cível. 
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Se entenderem que foi contemplado, expedirão um relatório para ser anexado ao processo, informando 
quanto a sua concordância com o conteúdo do laudo pericial cível ou poderão – diretamente - assinar junto 
com o perito do juízo aquele laudo. 
Porém, se qualquer deles não concordar com os termos do laudo pericial cível, deverão fazer um parecer 
técnico onde evidenciarão a sua discordância técnica sobre as conclusões a que chegou o perito do juízo. 
Por se tratar de relatório ou parecer técnicos, vamos discutir essa situação com mais detalhes no item 
próprio desse trabalho. 
03 - PARECER TÉCNICO 
Esse documento denominado de parecer técnico tem uma infinidade de aplicações e seu conteúdo é 
relativamente genérico, podendo abordar desde a análise de fatos concretos até situações hipotéticas que 
venham a servir de parâmetro para outras análises e/ou conclusões. 
O parecer técnico diferencia-se do laudo pericial em razão de ser um documento conseqüente de uma 
análise sobre determinado fato específico, contendo a respectiva emissão de uma opinião técnica sobre 
aquele caso estudado. Sobre esse tema, assim se manifesta o ilustre Perito Criminal de Pernambuco 
Ascendido Cavalcante em seu livro Criminalística Básica (Ed. Sagra D.C. Luzzatto, Porto Alegre, RS): 
“É a resposta a uma consulta feita por interessado sobre fatos referentes a uma questão a ser esclarecida. 
Pode tratar-se de um exame propriamente dito ou de uma opinião a respeito do valor científico de um 
trabalho anteriormente produzido, quer seja por peritos oficiais, ou não; assim sendo, é um documento 
particular que independe de qualquer compromisso legal e que é aceito ou faz fé, pelo renome, 
competência e qualidade morais de quem o subscreve.” 
Portanto, o parecer técnico sempre deverá ter um objetivo específico a se dedicar, excluindo-se da análise 
quaisquer outros elementos que não venham a corroborar e respaldar o objetivo de tal análise. 
Assim, em se tratando de um parecer técnico emitido por assistente técnico que não concordou com o 
laudo do perito do juízo, ele irá analisar e emitir a sua opinião sobre os fatos que possam respaldar os 
argumentos do seu cliente (a parte que o nomeou no processo); se foi requisitado por uma empresa 
privada, deverá se dedicar a buscar elementos técnicos que corroborem a tese do seu cliente, todos, é 
claro, dentro dos rigores da ética e da busca da verdade apontada a partir dessa análise técnico-científica. 
Outro aspecto caracterizador do parecer técnico é a sua requisição e respectivo destinatário. Ele só 
ocorrerá porque alguém(justiça, órgãos públicos, empresas privadas, pessoas) necessita de 
esclarecimento sobre determinado assunto que não detenha conhecimento ou competência legal para 
realizá-lo. E, obviamente, terá sempre um destinatário específico que, geralmente, é quem o requisitou. 
A gama de profissionais habilitados a realizar exames que tenham por conseqüência gerar um parecer 
técnico, também é muito vasta em razão do que já discutimos sobre a variedade de situações. 
A primeira preocupação para quem requisita um trabalho dessa natureza é verificar se tal atividade está 
dentro daquelas relacionadas como de exclusiva competência de determinada profissão de nível superior. 
Em assim sendo, obrigatoriamente deve se buscar um profissional com uma habilidade técnico-legal para 
realizar o trabalho. Em se tratando de nomeação de assistente técnico para a Justiça Cível é também 
obrigatório (mesmo que a atividade não seja exclusiva de nenhuma profissão) que o profissional, além de 
possuir diploma de curso superior, esteja registrado no conselho regional de fiscalização de sua profissão. 
Todavia, inúmeras situações encontraremos em que o objeto do exame requer o conhecimento técnico de 
pessoas que possuam prática em determinado ofício, independente de ter formação acadêmica ou não. 
Também nesses tipos de trabalhos há uma grande procura pelos peritos oficiais, em razão da sua 
experiência em vários tipos de exames. Tanto para o caso de assistente técnico no processo cível, quanto 
para qualquer outro trabalho destinado a outros órgãos públicos ou privados, é comum a participação dos 
peritos oficiais na condição de contratados particularmente pela parte interessada em analisar e opinar 
sobre determinado fato, com a respectiva emissão do relatório técnico. A limitação imposta ao perito oficial 
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para atuar nesses tipos de serviços particulares é somente em relação ao seu estatuto funcional-
administrativo, se este assim o restringir. 
Em não havendo restrição funcional-administrativa, resta aquela de caráter ético-legal, onde, 
especialmente o perito oficial, se tal assunto objeto de seu exame em instância extra-oficial chegar 
posteriormente a uma situação de necessidade de ser feita uma perícia criminal, jamais este perito poderá 
fazê-lo, devendo se declarar impedido, nos termos dos artigos 112, 254 e 255 do Código de Processo 
Penal. 
Para esses tipos de serviços também é comum os interessados buscarem diretamente por intermédio de 
associações de peritos a indicação daqueles associados com prerrogativas legais e/ou conhecimento 
técnico sobre o assunto a ser analisado. Quanto à relação existente entre a associação e o perito por ela 
designado é questão interna, onde a remuneração pelo trabalho realizado poderá ficar totalmente para a 
associação ou ser repassado parte ao associado que efetuou o trabalho. Sobre a restrição - se houver - no 
estatuto funcional-administrativo, na situação em que a remuneração ficou totalmente para a sua 
associação, essa restrição não se aplica ao perito, pois ele estará trabalhando gratuitamente para a sua 
entidade de classe. 
Ainda dentro dessa vasta incursão do parecer técnico, ele também se aplica como documento a ser emitido 
por peritos oficiais no exercício de suas funções públicas (ICs e IMLs) quando se tratar de alguma 
requisição de autoridades, onde não se trate especificamente da realização de uma perícia nos moldes 
tradicionais, determinados pelo artigo 158 do Código de Processo Penal (Quando a infração deixar 
vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado.), mas de alguma análise de situação real ou hipotética a partir de depoimentos nos 
autos para saber da coerência técnica do que é alegado, ou qualquer outra situação no inquérito policial ou 
processo criminal que necessitem do conhecimento técnico-especializado do perito oficial. 
Mesmo o Código de Processo Penal não admitindo a figura do assistente técnico no processo criminal, vez 
por outra encontramos pareceres técnicos elaborados por profissionais que não são peritos oficiais, 
contestando o laudo oficial ou levantando outras situações. Lógico que o magistrado não pode aceitar esse 
documento como se fosse uma outra perícia, mas ele poderá considerá-la como mais um elemento de 
prova que qualquer das partes venha trazer aos autos, o que estaria respaldado pelo amplo direito de 
defesa. É um tipo de procedimento que os peritos oficiais não recomendam, porque em alguns gera-se 
distorções de natureza processual, uma vez que, se qualquer das partes tiver alguma dúvida ou encontrar 
lacunas no laudo oficial, o próprio Código lhes garante todo o direito de levantar esses questionamentos até 
chegar na situação de realização de uma outra perícia por outros peritos oficiais. 
04 - RELATÓRIO TÉCNICO 
Genericamente falando sobre o que seria um relatório, teríamos uma multiplicidade de situações onde ele 
se aplicaria, pois é quase que cotidiano vermos referências à elaboração de um relatório em razão de 
algum fato ou atividade desenvolvida. 
Como nesse trabalho nos interessa aquilo que esteja relacionado ao trabalho pericial e atividades afins, 
restringiremos nossa discussão dentro desses limites. Poderemos ver, então, que um relatório técnico será 
o resultado de algum exame ou ação específica que tenha sido realizado por alguma pessoa que detenha 
conhecimento técnico-especializado e prático. 
Assim, o objeto que originou um relatório técnico será algum exame parcial ou análise sobre determinada 
situação específica, cujo resultado - evidenciado por intermédio do relatório técnico - servirá para 
complementar um estudo maior sobre um fato questionado. 
Diferencia-se o relatório técnico do parecer técnico, em virtude deste conter a análise e opinião sobre o 
objeto do exame, enquanto que o relatório técnico é apenas um relato da ação (do exame) desenvolvida, 
com o respectivo resultado, se for o caso. 
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Na perícia oficial é muito rotineiro esse documento, em função dos exames complementares que os peritos 
criminais, p.ex., requisitam de outros peritos em setores distintos dos Institutos de Criminalística, a fim de 
obterem informações técnico-especializadas sobre partes do todo que estão analisando em uma perícia. 
Outra situação aplicável no âmbito da perícia é no processo cível, quando os assistentes técnicos vierem a 
concordar com o resultado da perícia realizada pelo perito do juízo. Além de poderem assinar junto o 
próprio laudo daquele perito, terão a possibilidade (e julgamos a mais recomendável) de emitir um relatório 
sobre o acompanhamento dos trabalhos periciais e sua respectiva concordância com os resultados ali 
evidenciados. 
Os profissionais que atuam nessas tarefas, são os mais variados possíveis, pois sua formação dependerá 
do tipo de conhecimento ou prática necessária. Poderão estar envolvidos profissionais de nível superior se 
o trabalho for atividade exclusiva de alguma dessas profissões ou qualquer outra pessoa especialista em 
determinado assunto. 
Também nessas atividades que geram os relatórios técnicos, os peritos oficiais são muito requisitados, 
diretamente ou por intermédio de suas entidades de classe, em razão da vasta experiência que possuem. 
Sobre as restrições para desenvolverem esse tipo de trabalho, são as mesmas verificadas para o caso dos 
pareceres técnicos. 
05 - OUTROS DOCUMENTOS TÉCNICOS E/OU APLICAÇÕES 
Ficou claro até esse ponto que a nossa abordagem restringiu-se aquilo que tenha relação direta ou indireta 
com o Perito Oficial (perito criminal ou perito legista), porém, face à diversidade de aplicação e utilização 
desses documentos técnicos, vamos comentar duas situações, como forma de ilustrar essa abrangência. 
Uma grande utilização da expressão "laudo" é feita na área da medicina, onde é comum vermos para 
qualquer exame que ummédico realize, ao emitir um documento relatando essa tarefa, intitula-o de "laudo 
médico". 
Nesse aspecto, para evidenciar o exagero do uso dessa expressão, basta reportarmo-nos ao significado do 
vocábulo "laudo" no dicionário (Escrito em que um perito ou um árbitro emite seu parecer e responde a 
todos os quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e pelas partes interessadas.) para constatarmos que 
"laudo médico" só se aplicaria quando ele estivesse atuando como perito em algum tipo de exame. Sobre 
isso, existem várias situações em que o médico estará 
atuando como perito, cujo trabalho não se destina à Justiça (se for para a Justiça, seria o "laudo pericial 
criminal oficial" ou "laudo pericial cível"), mas a outros Órgãos Públicos, como a previdência social, os 
acidentes de trabalho, nos concursos públicos e tantos outros. 
A partir dessa delimitação, podemos dizer que nas situações onde o médico venha a realizar qualquer 
exame para um paciente seu (se fosse perícia, o objeto do exame seria o "periciando"), ao emitir 
documentos técnicos com fins diversos, não cabe utilizar a expressão laudo médico, mas sim parecer ou 
relatório técnico, dependendo da complexidade de cada caso. 
Mas não é só na área da medicina que encontramos essa utilização exagerada da expressão "laudo" em 
documentos que relatam exames efetuados. Até em oficinas mecânicas de automóveis são utilizados para 
apresentar o resultado de um exame das condições do veículo. No máximo, para um caso desses, seria 
utilizar o documento intitulado relatório técnico, uma vez que o conteúdo daquele trabalho não se enquadra 
na complexidade de um laudo. 
06 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante do que discutimos até aqui, temos que o laudo pericial é o documento técnico mais completo, 
contendo o resultado da constatação, registro, análise, interpretação, conclusão e opinião sobre um objeto 
periciado, onde a Justiça é a destinatária final desse documento. 
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O parecer técnico é o documento que exprime o resultado de uma trabalho de análise, seguida de uma 
opinião sobre um evento específico que esteja sendo examinado. Os destinatários desse documento (de 
acordo com o requisitante inicial) poderão ser a Justiça, outros órgãos públicos, entidades ou empresas 
privadas e pessoas em geral. É, portanto, uma produção técnica intelectual independente, destinada a 
opinar sobre determinado fato ou assunto. 
Já o relatório técnico é um documento que apresenta o resultado de um exame de uma particularidade, que 
servirá para integrar o conjunto de um exame maior e para auxiliar na interpretação de outros fatos. É um 
relato da ação técnica, específica, desenvolvida. 
Sobre a participação de peritos oficiais em atividades que não sejam aquelas de fazer perícia criminal, para 
o qual foram concursados, é um assunto que tem gerado uma série de dúvidas e distorções, sendo essa 
uma das razões da abordagem deste assunto neste capítulo, visando colaborar na interpretação desse 
situação, tendo em vista que os mesmos, por requisito obrigatório, são profissionais devidamente 
habilitados em determinadas áreas da ciência, lhes é assegurado por seus conselhos de classe a 
prerrogativa de produção de documentos técnicos com a expressão de suas opiniões, as quais, 
obviamente, não deverão ser da esfera criminal, a não ser se por nomeação judicial. 
A função desenvolvida pelo perito oficial está claramente definida no Código de Processo Penal e, sobre 
ela, não há o que contestar. O que existe especificamente nesse caso, são outros funcionários públicos 
querendo se autodenominar de "peritos" para realizarem alguns tipos de perícia na esfera criminal. Isso é 
totalmente equivocado e ilegal, pois o artigo 159 do referido Código é taxativo quando diz que "Os exames 
de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais". E, para ser perito oficial é 
necessário os requisitos de formação acadêmica e ingresso na função mediante concurso público 
específico para essa atribuição. 
O perito oficial em qualquer situação poderá atuar como "perito do juízo" no âmbito da Justiça Cível. Será 
uma relação direta e particular do perito com o magistrado, onde será estabelecido - inclusive - o valor dos 
honorários pelo serviço prestado. Essa participação do perito oficial, conforme já mencionamos, é 
recomendada pelo Código de Processo Civil nas situações de perícia médica e perícia documentoscópica 
e, por extensão, para qualquer outro tipo de perícia. 
Nas outras situações de contratações particulares dos peritos oficiais para atuarem como assistente técnico 
na Justiça Cível ou qualquer outro trabalho para outros órgãos públicos, entidades e empresas privadas ou 
pessoas diretamente, o único fator que impediria sua contratação seria algum dispositivo legal específico, 
que expressamente o proibisse. Mesmo nessa situação de impedimento, se o perito realiza um trabalho 
particular de forma gratuita por intermédio da sua entidade de classe, nada lhe impedirá de fazê-lo. 
A razão da procura de peritos oficiais para desenvolverem perícias na Justiça Cível e outros trabalhos 
técnicos, respalda-se no grande conceito que esses profissionais possuem no mercado, em razão da sua 
vasta experiência. Ainda mais, esse fato se torna imprescindível para quem necessita dos serviços de 
peritos, quando se tratar de áreas de conhecimento que só os peritos oficiais possuem prática, como é o 
caso de perícias documentoscópicas, trânsito, e mesmo aquelas relacionadas à contabilidade, engenharia, 
biologia, medicina e outras, em que necessita de conhecimentos complementares da técnica criminalística. 
A perícia oficial é base para uma investigação policial moderna e isenta de qualquer subterfúgio que 
desrespeite as garantias individuais do cidadão. Os direitos humanos somente serão rigorosamente 
observados no âmbito das polícias, se tivermos os Institutos de Criminalística e de Medicina Legal, 
funcionando em estruturas autônomas, devidamente equipados e com efetivos adequados, para 
trabalharem em estreita parceria com os policiais, subsidiando-os com as ferramentas científicas da 
investigação. 
Também, é a perícia oficial que fornecerá as provas mais consistentes para o processo criminal, criando as 
condições necessárias para que o magistrado possa aplicar corretamente a justiça. Critica-se muito a 
Justiça pela sua ineficiência e morosidade, porém, nós que integramos esse sistema, sabemos que parte 
da sua alardeada ineficiência é oriunda da não priorização em investimentos para os Institutos de Perícia, o 
que acaba refletindo em processos sem provas periciais suficientes para subsidiar a convicção do 
magistrado sobre os fatos relatados naquela peça processual. 
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Assim, cabe, a todos nós da sociedade, travarmos um cruzada pelo desenvolvimento da criminalística no 
Brasil. 
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