PIM III - Segurança do Trabalho

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
RUBIA ALVES BORGES
RA: 2078026
VICTOR ALVES BARROS
RA: 0565079
JBS S.A (FRIBOI):
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III
BARRA DO GARÇAS-MT
2020
1
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
RUBIA ALVES BORGES
RA: 2078026
VICTOR ALVES BARROS
RA: 0565079
JBS S.A (FRIBOI):
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III
Projeto Integrado Multidisciplinar III,
para obtenção do título de
Tecnólogo em Segurança no
Trabalho, apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.
Professora Orientadora: Carla de
Domenico.
BARRA DO GARÇAS-MT
2020
2
 RESUMO
O presente trabalho trata-se do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM III)
referente ao projeto de pesquisa realizado no primeiro bimestre do segundo período do
curso de Segurança do trabalho, Universidade Paulista – UNIP. Realizado com base na
visita técnica feita na empresa JBS S.A (Friboi). A JBS é uma companhia que opera no
processamento de carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de
couros. Possui várias marcas próprias e uma delas é a “Friboi”, especializada em carne
bovina. O trabalho tem por objetivo analisar as práticas de segurança do trabalho e
suas aplicabilidades organizacionais, avaliar as dificuldades e vantagens encontradas
nesse processo, a fim de aliar o conhecimento teórico das disciplinas de “Estatística
Aplicada” mostrando a aplicabilidade de dados estatísticos em áreas da entidade,
“Introdução de Higiene e Segurança do Trabalho”, buscando, na empresa, identificar a
sua política e cultura prevencionista adotada, além de verificar a importância da
segurança para a qualidade do ambiente de trabalho e, consequentemente, essa
mesma qualidade do que se faz, tornando a empresa mais competitiva no mercado.
Outro ponto estudado é o “Atendimento Pré-Hospitalar”, pesquisando sobre os
principais acidentes e doenças do trabalho relacionado com atividades de manutenção
podendo, assim, identificar as técnicas mais importantes a serem conhecidas pelos
trabalhadores que executam as diversas atividades de manutenção, com o
conhecimento prático observado, bem como posicionando o aluno sobre o papel de
Gestor da denominada empresa. Pesquisas de campo, com abordagens qualitativas e
quantitativas, com base em levantamentos bibliográficos e científicos, foram a
metodologia de ensino utilizada.
Palavras-chaves: Friboi, estatística Aplicada, higiene, segurança do trabalho,
atendimento pré-hospitalar.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................05
2 ESTATÍSTICA APLICADA............................................................................06
2.1 Demonstrações de dados estatísticos.......................................................06
2.2 Demonstrações de dados estatísticos da empresa JBS S.A (Friboi) 
em Barra do Garças - MT...............................................................................08
3 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR...........................................................10
3.1 Primeiros socorros: Técnicas importantes.................................................10 
3.2 Principais tipos de ocorrências na empresa JBS S.A (Friboi)....................13
3.3 Conhecimentos populares..........................................................................13
 3.4 Equipamentos essenciais para o bom atendimento a vítimas de 
 Acidentes..........................................................................................................14
3.5 Importâncias de profissionais treinados e capacitados nestas 
técnicas dentro do ambiente laboral...............................................................16
4. INTRODUÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO...............16
4.1 Descrições da atividade principal da empresa e as características 
dos ambientes de trabalho.........……….........................................................17
4.2 Estruturas de segurança do trabalho á disposição da empresa.............18
4.2 Políticas adotadas e efetivamente implantadas na empresa JBS..........18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................20
.
6. REFERÊNCIAS.........................................................................................21
1. INTRODUÇÃO
Objetiva-se com este trabalho analisar as políticas adotadas e implantadas a
empresa, baseando-se nas disciplinas aplicadas durante o primeiro bimestre, do
segundo semestre, do curso Segurança do Trabalho, que se refere à Estatística
Aplicada, Introdução a Higiene e Segurança do Trabalho, e Atendimento pré-hospitalar,
e assim ampliar o conhecimento através da pesquisa proposta. Foram feitos uma visita
técnica em uma empresa real, e pesquisas cientificas de estudo e dados reais
fornecidos pelos sites do TST, Previdência Social e Fundacentro.
Para a elaboração desse projeto, foi desempenhada uma pesquisa de campo
realizada em uma das unidades da empresa JBS S.A “Friboi”, localizada na Avenida
Atílio Fontana - Jardim Mariano, na cidade de Barra do Garças, estado de Mato Grosso,
CEP 78.600-000.
A empresa analisada é a “JBS S.A”, com foco em uma das marcas da empresa a
“Friboi” especializada na área bovina. A JBS produz e comercializa proteína bovina no
Brasil por meio da unidade de negócios Friboi. A maioria da pecuária é praticada de
forma extensiva, e nos demais países ela é realizada com base no confinamento dos
animais. A cadeia de valor da JBS na área de bovinos dá-se à em várias etapas.
Inicialmente, na criação e alimentação, onde os animais são criados de forma intensiva
ou extensiva por produtores e parceiros; A partir disso a JBS adquire os animais de
pecuaristas, estimulando continuamente a adoção de boas práticas por parte de seus
fornecedores; Logo, vem à parte do transporte, onde possui transporte especializado
para conduzir os animais do campo até a fábrica, seguindo as premissas de bem-estar
animal; Ao chegar à empresa, o animal passará pela etapa de processamento e
industrialização, que acontece da seguinte maneira: Cerca de quarenta e oito horas
após o abate, a peça vai para o espaço da desossa (separação dos ossos da carne)
que é dividida por partes e seus cortes são embalados e transferidos para próxima
etapa, onde passará por um túnel de congelamento em temperatura -18 ºC (menos
dezoito graus Celsius) e após isso serão estocados em camaras frias; Posteriormente
virá a etapa da distribuição, onde serão comercializadas tanto para os mercados
internos como também os externos, dês dos mercados pequenos até as grandes redes
varejistas. Atualmente, de acordo com o site oficial da Friboi, a empresa possui 35
unidades de processamento bovino, três confinamentos, 26 centros de distribuição e
sete unidades de alimentos preparados.
Quanto à metodologia utilizada na formação e elaboração deste trabalho, foi feita
uma pesquisa de natureza básica, cuja forma de abordagem utilizou-se da quantitativa
e também qualitativa, quanto aos objetivos, exploratória, quanto ao procedimento
assume-se a forma de pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo e científica.
Em síntese, a pesquisa mostrará a importância de ter um profissional na área de
segurança do trabalho, dentro de empresas de grande e também pequeno porte, para
que sejam evitados acidentes e doenças no local de trabalho, e evidenciar a
necessidade de um cuidado maior com a higiene e o uso de EPIs para que tenham uma
segurança, tanto para com os funcionários, como com o produto que chegará até o
consumidor final.
2. ESTATÍSTICA APLICADA
Quase todos os dias você está exposto a estatísticas. A estatísticatrata-se de um
ramo da Matemática Aplicada, uma metodologia, uma técnica científica, adotada para
se trabalhar com dados, ou seja, com elementos de pesquisa. Esta metodologia, este
método, consiste em uma série de etapas, iniciando pela coleta das informações (dos
dados) que, após coletadas, passarão por uma organização e apresentação.
Chegamos então, a uma fase complementar, na qual se dará a análise daqueles dados
(já organizados e descritos). Ora, esta análise dos dados coletados funcionará como
um meio, pelo qual chegaremos a uma conclusão. Esta, por sua vez, ensejará uma
tomada de decisão. A Estatística exerce uma função eminente em todos os campos de
estudos por possui uma abrangência muito ampla, e na área da Segurança do trabalho
não seria diferente. 
 2.1 Demonstrações de dados estatísticos
Após uma queda de -4,78% nos acidentes de trabalho registrada de 2016 para
2017, passando de 585.626 para 557.626, o Brasil registrou um aumento de 3,47% nos
acidentes de trabalho de 2017 para 2018, passando para 576.951. No mesmo período,
houve diminuição no número de mortes no trabalho, de 2.132 para 2.098 (-1,59%), e da
quantidade de trabalhadores incapacitados permanentemente em decorrência de
acidente ocupacional, de 16.050 para 14.856 (-7,44%). Mantendo-se na liderança, os
homens representaram 65,96% (380.559) do total de acidentados, e as mulheres
34,03% (196.370). Os dados constam na mais recente versão do AEPS (Anuário
Estatístico de Previdência Social) postada no site da Secretaria de
Previdência/Ministério da Economia no dia 6 de fevereiro. A publicação vem com a
atualização dos dados de 2017.
Tabela 1: Acidentes de trabalhos por situação de registro e motivo, em 2018.
Fonte: Anuário Estatístico de Previdência Social.
No Brasil, os números de acidentes de trabalho são de difícil intepretação em
virtude da grande subnotificação, ou seja, não se efetivam do modo como deveria,
sendo considerada ineficaz ou incompleta. O aumento do número de acidentes de 2017
para 2018 é preocupante quando se observa que a cobertura previdenciária mostra
uma tendência de queda no período. Quando observada a quantidade de acidentes por
setor de atividade econômica, o aumento em números absolutos se deu pelo aumento
na indústria de transformação, setor que possui muitos riscos ocupacionais e que vinha
de um grande período de recessão. A justificativa do aumento do número de acidentes
de trabalho também pode estar em novos sistemas de gestão que vêm sendo
implementadas pelas empresas, com maior rigor em relação a questões de Segurança
e Saúde do Trabalho.
Questionada pela reportagem a respeito dos altos índices de acidentes de
trabalho e de CATs (Comunicação de Acidente do Trabalho) subnotificadas no setor de
frigoríficos em pequenas cidades, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
afirmou que suas “empresas associadas cumprem rigorosamente a legislação” e que
“a possibilidade de eventuais subnotificações no setor é bastante reduzida”. A ABPA
também destacou que, em função da NR36, o setor é “o único do país a ter jornadas
com pausas de 60 minutos”, tendo melhorado consideravelmente seus índices de
saúde e segurança do trabalho. A JBS afirmou ter uma “política rígida de saúde e
segurança do trabalho, aplicada em todas as suas unidades” e diz ter investido 170
milhões em programas de saúde e segurança do trabalhador no ano de 2019.
2.2 Demonstrações de dados estatísticos da empresa JBS S.A (Friboi) em
Barra do Garças - MT
A partir das informações passadas pela Técnica de Segurança do trabalho e pelo
Gerente da empresa JBS S.A (Friboi) localizada em Barra do Garças-MT, foi realizada
uma tabela com índices estatísticos, referente a falhas de equipamentos que causaram
acidentes de trabalho, registradas na pela empresa no primeiro semestre de 2020,
comparando-as aos índices do primeiro semestre de 2019, como mostra na tabela
abaixo. 
Tabela 2: Registros de Falhas de equipamentos na empresa JBS S.A (FRIBOI).
ACIDENTES DE TRABALHO RELACIONADOS A FALHAS DE EQUIPAMENTOS NA EMPRESA
JBS S.A (FRIBOI) BARRA DO GARÇAS-MT
 MÊS ANO DE 2019 ANO DE 2020
 JANEIRO 03 02
 FEVEREIRO 02 05
 MARÇO 04 03
 ABRIL 06 04
 MAIO 0 01
 JUNHO 01 01
 Fonte: Autor
Gráfico 1: Registros de Falhas de equipamentos na empresa JBS S.A
 Fonte: Autor 
Ao analisar os dados apresentados acima, através da determinação estatística
relatada no gráfico e tabela apresentado, podemos concluir que, comparados os
primeiros semestres dos anos de 2019 com o ano de 2020 houve um constante
equilíbrio, pois em ambos os semestres manteve-se o número de dezesseis casos
relatados de acidente de trabalho, relacionados a falhas de equipamentos, por
semestre. Isso mostra que a empresa não evoluiu na questão da segurança do
trabalho, mas também não regrediu.
3. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Após a pesquisa sobre os principais acidentes e doenças do trabalho
relacionadas com atividades de manutenção, destacamos a importância dos
trabalhadores que executam essas atividades, de saber identificar as técnicas que
devem ser conhecidas e que podem fazer a diferença entre a vida e a morte de um
acidentado. Para o profissional de segurança do trabalho, conhecer o atendimento
pré-hospitalar e as técnicas de primeiros socorros são de extrema necessidade, pois,
os acidentes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, sejam no trabalho,
no trânsito, em casa, na escola, ou até mesmo numa atividade esportiva.
Segundo a Professional Diving Instructors Corporation – PDIC – (apud
TRINDADE, 2005), o termo primeiros socorros refere-se à diferença entre vida e morte,
recuperação rápida e hospitalização longa, invalidez temporária ou permanente. É o
atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima de acidente ou mal súbito. Tem
como objetivo minimizar o sofrimento da vítima, procurando mantê-la em condições de
aguardar tratamento médico. Quem presta primeiros socorros deve conhecer suas
próprias limitações técnicas, principalmente não se propondo a executar medidas para
as quais não tenha competência técnica nem esteja devidamente habilitado
(TRINDADE, 2005).
3.1 Primeiros Socorros: Técnicas importantes
Para dar início ao socorro á vítima, o socorrista dever avaliar a situação,
reconhecendo tanto o quadro da vítima e a técnica necessária no momento, como
verificar se o ambiente é seguro para ambos. A avaliação inicial vale para todos os
casos de primeiros socorros. Em seguida, apontamos procedimentos importantes que
todo profissional na área de segurança do trabalho devem dominar para que o APH
(Atendimento Pré-Hospitalar) seja executado:
1- Massagem Cardíaca
Procedimento indicado para casos cuja vítima teve uma parada cardíaca.
Acontecida da seguinte maneira: A pessoa passa mal, fica agitada e com dores no peito
e em seguida cai desacordada. Caso isso ocorra você deve chamar socorro e iniciar a
técnica. Posiciona-se a mão sobre o tórax da vítima, na região entre os mamilos. Com
os braços esticados é preciso fazer pressão repetidas vezes com intervalos curtos até
que a ambulância chegue. O processo deve ser preferencialmente, acompanhado de
respiração boca a boca com o objetivo de reanimar a vítima. A indicação é um sopro
para cada cinco pressões caso esteja socorrendo em duas pessoas ou dois sopros a
cada dez pressões caso esteja sozinho.
2 - Desengasgar
Neste cenário, a pessoa vai começar a tossir e pode ter as vias aéreas
totalmente bloqueadas. Durante o tempo em que a pessoa estiver tossindo isso
significa que a passagem de ar não está totalmente obstruídae o socorrista deve
incentivá-la a continuar. Caso haja o bloqueio completo é necessário executar uma
técnica chamada de Heimlich. Nesse caso, será preciso abraçar a pessoa por trás e, na
altura do umbigo, pressionar repetidas vezes até que a vítima cuspa o objeto que está
obstruindo a passagem de ar.
3 - Estancar sangramentos
É indicada uma luva para tocar o local (ela pode ser substituída por uma sacola
plástica limpa). Deve-se posicionar a vítima deitada e preferencialmente com a região
do machucado elevada. Limpe a ferida, mas não internamente. Faça pressão contínua
por cerca de 20 minutos para estancar o sangramento. Lembre-se de pressionar e de
não parar a pressão para verificar se o sangramento parou, pois isso pode fazer com
que ele volte.
4 – Queimaduras
Afaste a vítima do agente causador da queimadura. Em seguida, lave a área com
água corrente limpa e caso haja uma vestimenta em contato com a queimadura ela
pode ser retirada nesse momento, desde que não intensifique a lesão. Não deve ser
utilizado gelo ou água fria no local e busque proteger a região com um pano limpo,
mantendo-a mais elevada que o restante do corpo para evitar inchaço. Em seguida,
encaminhe a vítima para um atendimento médico profissional, mantendo-a calma.
5 - Desafogar
Deve-se observar se a vítima está respirando, para isso atente-se se o tórax infla
ou não. Caso ela esteja respirando é necessário colocá-la de lado para que ela não
sufoque se começar a vomitar. Se necessário, realizar a respiração boca a boca, onde
o socorrista deve inclinar a cabeça da vítima para trás e levantar o queixo. Aperte o
nariz dela com o polegar e o indicador e com a outra mão abra a boca da vítima. Inspire
normalmente e cubra a boca da pessoa com a sua, sobrando o ar lenta e regularmente
até que o peito infle. Cada insuflação deve durar aproximadamente um segundo até
que a vítima reaja.
6 - Transportes da Vítima
Observa-se a vítima, sem tocá-la, verificando se há alguma fratura. Se estiver
consciente deve-se verificar questões relacionadas à sensibilidade. Caso se suspeite e
constate alguma fratura a pessoa deve ser mantida imóvel no local, sem nenhum tipo
de deslocamento e chamar a emergência. Caso seja preciso movê-la, a pessoa deve
ser arrastada com auxílio de um cobertor ou tabua improvisando uma maca. Mantenha
a cabeça dela elevada e evite qualquer movimento brusco, encaminhando para um
hospital.
7. Fraturas ósseas
 Se for o caso de fratura exposta (exposição dos ossos) não tente em hipótese
alguma realinhar o osso, pois isso pode agravar a situação. Coloque um pano limpo ou
gaze sobre a lesão. Imobilize a área lesada com uma tala, podendo usar como
substituta uma tábua, papelão ou madeira, envolvendo uma faixa na lesão. Caso a
fratura seja acompanhada de sangramento é necessário fazer uma compressão com
pano limpo para cessar a hemorragia. Nesses casos, a vítima deve ser encaminhada
urgentemente para um hospital equipado com raio-x para realizar os exames
necessários para diagnosticar a extensão das lesões.
3.2 Principais tipos de ocorrências na empresa JBS S.A (Friboi)
 Contusão;
 Queimadura;
 Fratura;
 Lesão imediata;
 Escoriação, abrasão;
 Inflamação de articulação;
 Distensão, torção;
 Luxação;
 Lesões múltiplas;
 Amputação;
 Perda ou diminuição do sentido;
 Corte e laceração.
3.3 Conhecimentos populares
Noções de primeiros socorros pode fazer toda diferença na hora de lidar com
algum acidente. No entanto, ainda hoje, muitos mitos e crendices são constantemente
divulgados, como por exemplo: “É preciso jogar água para despertar a pessoa
desmaiada”, o ideal é não mexer nela, acionar um serviço de emergência e ficar ao lado
dela, esperando que ela desperte. Ainda que o desmaio assuste, não há necessidade
de jogar água no rosto ou qualquer outra coisa do tipo, pois a pessoa vai se recuperar.
No entanto, se não estiver respirando, ela pode ter tido uma parada cardiorrespiratória.
Nesses casos, o socorrista deve fazer manobras de ressuscitação; “Quando a pessoa
engasga, é preciso sacudi-la e faze-la olhar para cima.”, Caso ela tenha engasgado por
ter ingerido algum corpo estranho, pedir para que ela levante a cabeça, olhe para cima
ou sacudi-la pode piorar a situação, já que o corpo estranho pode descer ainda mais
causando obstrução nas vias aéreas; “Se a pessoa se cortar, jogue açúcar ou pó de
café no local do sangramento.”. Para conter sangramentos é preciso fazer pressão no
local do corte. A primeira recomendação é limpar a região com água corrente, pegar
uma gaze ou um pano limpo e comprimir com força até parar de sangrar. Se mesmo
com a compressão, o sangramento continuar intenso, pode haver alguma lesão arterial,
portanto, mantenha a pressão e vá ao hospital. Os especialistas também não
recomendam fazer torniquete (que é amarrar uma faixa para interromper a circulação
sanguínea até a área ferida); “Se a pessoa estiver intoxicada, basta forçar vômito”, essa
técnica é completamente indevida, pois, dependendo da substância, essa ação irá
corroer o trato digestivo; “Se sofrer uma fratura, tente colocar o osso no lugar”, jamais
se deve tentar colocar o osso no lugar, pois essa ação pode lesar vasos e nervos da
região.
3.4 Equipamentos essenciais para o bom atendimento a vítimas de
acidentes
O kit de primeiros socorros deve estar ao acesso dos responsáveis pela ação, de
maneira fácil e ágil, sendo necessário receber um bom treinamento, capacitando para
essa função tão importante em uma empresa, pois, as ações prestadas logo após um
acidente ajudam a determinar como será a recuperação do colaborador ou mesmo o
salvamento de sua vida. É preciso fazer a manutenção regularmente deste kit, atento
no período indicado nos rótulos e fazer as substituições quando necessário. O kit de
primeiros socorros não deve conter medicamentos de nenhuma espécie, nem mesmo
analgésicos. O Decreto 20.931/32 é bem especifico quanto a essa questão,
criminalizando a ação de prescrever remédios de qualquer categoria sem ter a
capacitação adequada para tal fundamento. 
Alguns dos itens básicos que devem constituir um kit de primeiros socorros são:
 Termômetro;
 Tesoura;
 Pinça;
 Máscara de proteção;
 Luvas tipo cirúrgica (látex);
 Colar Cervical;
 Óculos de Proteção;
 Algodão Hidrófilo;
 Gaze esterilizada;
 Esparadrapo;
 Ataduras de Crepe;
 Caixa de adesivo (band-aid);
 Antisséptico;
 Soluções (IODO, TIMEROL)
 Água oxigenada volume 10;
 Água boricada;
 Álcool 70%;
 Éter.
3.5 Importâncias de profissionais treinados e capacitados nestas
técnicas dentro do ambiente laboral
Uma equipe composta por profissionais bem capacitados garante algumas
vantagens em um ambiente de laboral, que podem ser decisivas para a vida da vítima.
Agilidade para a tomada de decisões importantes; Conhecimento prévio de medidas de
urgência (melhores vias de escape, locomoção e postura adequada conforme o perigo
presente etc.); E redução de ações que intensificam o perigo em caso de uma demanda
de urgência (por exemplo, evitar o uso de aparelhos eletrônicos em situações nas quais
o ambiente é confinado e há elevada concentração de gases inflamáveis); São
conhecimentos uteis que podem reduzir o risco de morte dentro de uma empresa.
Portanto, ao garantir treinamento e capacitação de primeiros socorros para os
colaboradores concluímos que essa medida salva vidas, resguarda a saúde humana e
eleva a segurança do trabalho. Vale destacar ainda que esse tipo de capacitação
sempre deve ser encarado como um investimento e não como um gasto ou custo
desnecessário.
Além dos profissionais de monitoramento e fiscalização do ambiente laboral,
para evitar acidentes de trabalho, a empresa JBS S.A (Friboi) de Barra do Garças-MT,
conta com a presença de um técnico de enfermagem capacitado, e uma enfermariacapacitada para receber e realizar os primeiros socorros em uma vítima de acidente de
trabalho.
4. INTRODUÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
A segurança e a saúde dos empregados em uma empresa devem ser
consideradas duas das principais bases de manutenção da força trabalhadora. Sendo
assim, há uma relação muito próxima entre as atividades de segurança do trabalho e
higiene. Para a Organização Mundial de Saúde, uma pessoa em bom estado de saúde
precisa estar com o físico, mental e social sem o comprometimento de alguma doença
ou enfermidade.
Preservar o trabalhador de riscos à saúde, além de manter sua integridade física
e mental durante o expediente, é um procedimento regido pela higiene do trabalho. Por
isso, a higiene e segurança do trabalho são práticas interligadas, que agem diretamente
na produtividade e no desempenho dos colaboradores de uma empresa.
A segurança do trabalhador, por sua vez, é um aglomerado de técnicas focadas
em educação, Psicologia e Medicina para a prevenção de acidentes. Com elas, torna-
se possível eliminar ou diminuir muito as inseguranças no ambiente de trabalho,
estimulando os funcionários a fazerem uso como uma prática de prevenção.
4.1 Descrições da atividade principal da empresa e as características dos
ambientes de trabalho;
A empresa JBS S.A (Friboi), é um tanto rigorosa quanto aos procedimentos de
segurança e uso de equipamentos individuais de segurança, tanto para com os
funcionários, como para os visitantes. Ao entrar na empresa localizada em Barra do
garças-MT, fomos submetidos a se portar com tais EPIs e vestimentas na cor branca:
Jaqueta, Botas, Capacete, Touca, Máscara, Calça, Jaleco e luvas. Na entrada, é
obrigatório lavar-se as mãos e botas (com escovas) com água e sabão, e por último um
gel sanitizante, para que sejam evitados quaisquer tipos de contaminações, levadas de
fora para dentro da empresa. Já na parte interior da empresa, observamos que todos os
funcionários estavam utilizando-se corretamente dos EPIs. A verificação do PH e
temperatura é feita constantemente, pois é uma etapa de grande importância para
garantir a qualidade da carne. As carnes são etiquetas, a partir de um aparelho de
leitura, que é possível detectar por um código de barras, de onde veio o animal. No
setor da desossa, tem-se uma esteira grande aonde a carne vai passando até chegar
aos funcionários destinados a fazerem os cortes, que são divididos por linhas, em cada
linha é feito um determinado tipo de corte (Exemplo: parte dianteira, parte traseira) e a
partir disso, faz-se a separação de cada peça da carne (Exemplo: Picanha, alcatra,
maminha e etc.). Todo material utilizado (facas e outros) são higienizados e
devidamente esterilizados; No setor de embalagem, foram observados máquinas de
fechamento a vácuo (onde todo o ar de dentro dela e do produto é removido, qualquer
micro-organismo que poderia se deteriorar no alimento é destruído por completo). A
partir de então, a carne está pronta para ser distribuídas no comércio, e ser comprada e
consumida pelo consumidor. 
4.2 Estruturas de segurança do trabalho à disposição da empresa;
A JBS S.A (Friboi) possui garantia da saúde e segurança no trabalho como
fundamento básico para a sustentação de sua operação. Por esse motivo, promove a
gestão da saúde e segurança em todas as unidades, englobando todos os funcionários,
por meio de diretrizes preventivas, responsabilidades bem definidas em todos os níveis
hierárquicos da Companhia e monitoramento periódico de indicadores relacionados ao
tema, que são auditados, atrelados a metas de melhoria e acompanhados para o
desenvolvimento de iniciativas que promovam as melhores práticas. Toda a gestão é
orientada pela Política de Segurança e Saúde no Trabalho. A estrutura que suporta
essa gestão é formada por: Programa de Segurança e Saúde de Auto-Gestão
(PSSAG); Comitê de Segurança; E uma comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Na unidade localizada em Barra do Garças-MT, essa comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), é composta por colaboradores eleitos e indicados. A quantidade
depende do número de funcionários, a título de informação não oficial, a empresa
possui 28 Cipeiros. Há também dois Técnicos em segurança do Trabalho, que são
responsáveis pela fiscalização dos funcionários (em questão do uso de EPIs),
monitoramento das máquinas de produções, e controle da fiscalização da higiene do
local. 
4.3 Políticas adotadas e efetivamente implantadas na empresa JBS S.A
O Grupo JBS tem como desafio ser reconhecido como líder no seu segmento de
negócio atuando com responsabilidade, na segurança e saúde, tendo os seguintes
princípios:
 Motivar, conscientizar, desenvolver, treinar e qualificar seus
colaboradores, tornando-os aptos e responsáveis para a realização das suas
atividades;
 Buscar a melhoria continua em processos, máquinas e equipamentos,
promovendo ações de controle para eliminar ou minimizar a ocorrência de incidentes,
visando à melhoria na qualidade de vida, saúde e segurança ocupacional de seus
colaboradores e partes interessadas;
 Assegurar o cumprimento de requisitos legais e outros quesitos aplicáveis
à segurança e saúde de seus colaboradores.
Tanto a adesão à política, quanto aos princípios de gestão, são acompanhadas
de uma hierarquia de responsabilidades bem definidas. As unidades industriais contam
com coordenadores técnicos, que monitoram, auditam, orientam e padronizam as boas
práticas de saúde e segurança, interagindo diretamente com o gerente industrial da
unidade, que por sua vez tem metas de desempenho relacionadas aos indicadores de
segurança e saúde.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após uma pesquisa minuciosa realizada em umas das unidades da empresa JBS
S.A (Friboi), foram observadas tanto pontos positivos, quanto pontos negativos.
Constata-se que a empresa possui uma gestão de controle eficiente na questão da
higiene e também atendimento pré-hospitalar. Na segurança do trabalho, apesar de
possuírem dois profissionais técnicos em Segurança do trabalho no local,
inspecionando e monitorando os funcionários, para uma empresa com cerca de
trezentos funcionários, os índices de falhas de equipamentos apresentados nos gráficos
e tabelas são altos. 
É importante ressaltar, que os índices gerais de acidentes do trabalho no Brasil
são bastantes elevados, podemos visualizar isso, com base no gráfico levantado pelo
site da previdência social. Esses acidentes são frutos, de uma gestão não qualificada, e
de equipamentos ultrapassados.
Uma sugestão para que as diminuições dos acidentes de trabalho ocorram, não
só em frigoríficos, mas em todas as empresas de manutenção e produção, seriam
visitas de inspeção periódicas por parte da vigilância sanitária, acompanhados de
profissionais da segurança do trabalho, sem aviso prévio a empresa, para que possa
ser vista a realidade dentro de cada uma dessas empresas.
Para a JBS S.A (Friboi) de Barra do Garças-MT, uma boa dica é a contratação de
mais funcionários na área da segurança do trabalho, como técnicos e engenheiros do
trabalho. Seria interessante também, visto o tamanho da empresa, a contratação de um
médico e psicólogo disponíveis para os funcionários. 
Destarte, foi um projeto bastante produtivo, onde nós alunos nos colocamos no
papel de gestor da empresa e conseguimos observar com clareza a aplicabilidade das
matérias de Estatística Aplicada, Atendimento pré-hospitalar e Higiene e Segurança do
Trabalho, e o quão é importante domina-las. Conseguimos delimitar as falhas da
empresa, como também observar boas condutas éticas e legais. Portanto, atingimos os
objetivos previstos no inicio do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM – III).
6. REFERÊNCIAS
 CARDELLA, B. Segurança no trabalho e prevençãode acidentes: uma
abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com
produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de
pessoas. São Paulo: Atlas, 2010.
 GONÇALVES, E. A. Manual de segurança e saúde no trabalho. São
Paulo: LTR, 2000
 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos da metodologia
científica. 3. ed. São Paulo: Atlas S.A., 1995.
 VIEIRA, S. Estatística básica/ Sonia Vieira. São Paulo: Cengage Learning,
2013
 Cardoso, T.A.O. Manual de Primeiros Socorros do Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Ministério da
Saúde. Rio de Janeiro, 188p. 1998