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FASE DE RAIZ 1. A porção radicular do dente também é constituída por dentina, é preciso que células de origem epitelial deem início ao processo de diferenciação dos odontoblastos. Ao final da fase de coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios interno e externo do órgão do esmalte que constituem a alça proliferam em sentido apical para induzir a formação da raiz do dente. 2. As células resultantes da proliferação não se aprofundam verticalmente. Por esse motivo, o epitélio resultante da proliferação das duas camadas da alça cervical sofre uma dobra, constituindo o diafragma epitelial. A partir desse momento, as células epiteliais continuam a proliferar, originando outra estrutura: a bainha epitelial radicular de Hertwig. Desse modo, as duas estruturas, bainhas radiculares e diafragma epitelial, são contínuas e constituídas pelas mesmas células. 3. Como a continuação da proliferação da bainha coincide com o início do processo de erupção dentária, enquanto vai sendo formada a raiz do dente, o germe dentário movimenta-se no sentido coronário. 4. Para a formação da dentina radicular, as células da camada interna da bainha radicular de Hertwig induzem as células ectomesenquimais da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos. Com isso, os odontoblastos recém-diferenciados formam dentina radicular, aumentando gradualmente o comprimento da raiz. 5. A contínua formação de dentina e a parte da bainha que não acompanha esse crescimento são responsáveis pela defasagem em relação ao crescimento da raiz. 6. Por essa razão, apenas a porção mais apical da bainha de Hertwig continua em contato com a raiz. No restante da bainha, localizado mais cervicalmente, aparecem espaços devido ao aumento da superfície de dentina radicular subjacente, fenômeno denominado "fragmentação da bainha de Hertwig': O contínuo crescimento da raiz provoca aumento progressivo dos espaços, que coalescem, reduzindo a bainha a cordões celulares. Com o progresso dessa fragmentação, os cordões se rompem, constituindo grupos isolados de células, denominados restos epiteliais de Malassez. 7. A fase de raiz e, portanto, o processo de odontogênese propriamente dito, é concluída com a formação da dentina radicular , até o fechamento do ápice. 8. A fragmentação da bainha radicular epitelial torna possível o contato do folículo dentário com a dentina radicular em formação. Assim, após entrar em contato com a dentina, as células ectomesenquimais do folículo diferenciam-se em cementoblastos, secretando a matriz orgânica do cemento. Simultaneamente, as células do lado externo do folículo diferenciam-se em osteoblastos, formando o osso alveolar, enquanto as da região central tornam-se principalmente fibroblastos e formam o ligamento periodontal. 9. Enquanto ocorre a fase de raiz e o dente erupciona, na coroa, aumenta o teor de mineral do esmalte durante sua maturação pré-eruptiva. O epitélio reduzido recobre o esmalte até a erupção se completar. Após a completa erupção do dente, o epitélio reduzido contribui para a formação do epitélio juncional da gengiva. Referências: KATCHBURIAN, E.; ARANA, V. Histologia e Embriologia Oral, 2 nd edn. Brazil: Editorial Medica Panamericana. 2005.
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