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Otorrino - Semiologia

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HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
NOÇÕES DE ANATOMIA 
▪ O aparelho auditivo divide-se em três 
porções: orelha externa, orelha média e 
orelha interna/labirinto; 
 
 
ORELHA EXTERNA 
▪ Compreende o pavilhão da orelha e o 
meato acústico externo; 
 
▪ Pavilhão da Orelha: composto por um 
esqueleto fibrocartilagíneo e possui uma 
face externa e outra interna; 
- a externa está voltada para fora e 
para diante e apresenta saliências 
e depressões; 
 
▪ Meato Acústico Externo: é um canal 
sinuoso que prolonga a concha até a 
membrana do tímpano; 
 
 
ORELHA MÉDIA 
▪ Compreende a caixa do tímpano; 
 
▪ Colocada entre as orelhas externa e 
interna; 
 
▪ se comunica com a nasofaringe pela tuba 
auditiva; 
 
 
▪ a membrana do tímpano tem três 
camadas: 
1. externa: epitelial; 
2. média: fibras circulares, 
parabólicas e raiadas, que se 
inserem no cabo do martelo; 
3. interna: forro mucoso da caixa do 
tímpano; 
 
▪ a parede interna da caixa do tímpano 
apresenta uma saliência: promontório 
(corresponde à cóclea), e dois orifícios: 
- janela oval: se articula a platina do 
estribo; 
Ouvidos 
SEMIOLOGIA 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
- redonda: obturada por uma 
membrana; 
 
▪ parede anterior: se localiza o orifício 
timpânico da tuba auditiva (ou trompa de 
Eustáquio); 
- no interior da caixa do tímpano 
estão os ossículos da orelha média: 
martelo, bigorna e estribo, estão 
ligados entre si por meio de 
articulações e suspensos por 
ligamentos; 
 
 
ORELHA INTERNA 
▪ também é denominada labirinto e está 
contida no rochedo; 
▪ formada por esqueleto ósseo ebúrneo, que 
contém no interior o labirinto membranoso; 
▪ divide-se em dois segmentos; 
- anterior: constituído pela cóclea e 
destinado a função auditiva; 
- posterior: ou aparelho vestibular, 
formado pelos canais 
semicirculares as funções do 
equilíbrio; 
 
 
 
 
 
ANAMNESE 
▪ Em doenças do ouvido, a relação médico-
paciente apresenta importância em casos 
de surdez acentuada; 
 
▪ Na história clínica em pacientes com 
doenças dos ouvidos, há uma série de 
elementos que podem apresentar 
importantes relações com as diferentes 
doenças dos ouvidos, como: 
- idade; 
- sexo; 
- profissão; 
- hábitos de vida; 
- condições socioeconômicas; 
 
▪ Otosclerose: surge na mocidade entre os 
20 e os 40 anos; 
 
▪ Presbiacusia: surdez que se instala na 
idade avançada, após os 70 anos; 
 
 
▪ Otite média serosa: índice de maneira 
marcante na criança até os 10 anos de 
idade; 
SINAIS E SINTOMAS 
▪ Os principais sintomas das doenças do 
ouvido são: otalgia, otorreia, otorragia, 
prurido, distúrbios da audição; 
OTALGIA 
▪ Dor de ouvido, pode ser de lesões da 
orelha externa ou média; 
▪ Às vezes, a dor provem de pontos 
distantes do ouvido; 
▪ Entre as primeiras, está a otalgia derivada 
de cárie dentária, sinusite, amigdalite e 
faringite aguda; 
 
OTORREIA 
▪ É a saída de líquidos pelo ouvido; 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ Podem ser claros como água, serosos, 
mucosos, purulentos ou sanguinolentos; 
▪ Claros: se constituem pelo líquido 
cefalorraquidiano que provém de fraturas 
da base do crânio; 
▪ Sanguinolentos: se devem a pólipos 
neoplásicos ou de outra histogênese da 
orelha externa ou média. Otite gripal, 
neoplasias ulceradas e traumatismos;; 
▪ Serosos, mucocatarrais ou purulentos: tem 
origem em alterações da orelh externa, 
como, eczemas, otites externas, 
furúnculos, em otites médias agudas ou 
crônicas e em mastoidites crônicas; 
 
OTORRAGIA 
▪ Decorre de traumatismos de meato 
acústico externo no ato de coçar com 
palitos e cotonetes, de ruptura da 
membrana do tímpano por “tapa” violento 
ou por fraturas da base do crânio, 
longitudinais ou transversais. 
▪ As fraturas longitudinais dão as mais 
frequentes que acarretem a otorragia, e as 
vezes é acompanhada de paralisia facial 
periférica; 
 
PRURIDO 
▪ Pode ser causado por eczema no canal 
auditivo, mas também pode aparecer em 
doenças sistêmicas, como diabetes, 
hepatite crônica e linfomas; 
 
DISTURBIOS DA AUDIÇÃO 
(DISACUSIAS) 
▪ Perda da capacidade auditiva, pode ser 
leva ou moderada (hipoacusia), acentuada 
(surdez) ou total (anacusia ou cofose); 
▪ Podem ser divididas: 
o Disacusia de transmissão: devida a 
lesões no aparelho transmissor da 
onda sonora; orelhas externa e média 
e líquidos labirínticos; 
o Disacusia neurossensorial: ou de 
percepção, quando o fator lesivo se 
localiza no órgão de Corti e/ou no nervo 
acústico, elementos preceptores ou 
receptores das ondas sonoras; 
ZUMBIDOS 
▪ São sensações auditivas que ocorrem sem 
que haja estímulo exterior; 
▪ Manifestam-se como ruídos de jato de 
vapor, água corrente, campainha, 
cachoeira, apito e chiado; 
▪ Óticos: encontram-se tampão de cerume 
obturante, corpo estranho, otite externa, 
inflamações agudas ou crônicas da orelha 
média; 
▪ Não óticos: causados por hipertensão, 
angiospasmo, estase cefálica, 
hipertireoidismo, menopausa e tabagismo; 
VERTIGEM 
▪ Sensação subjetiva na qual o paciente 
acredita estar girando: 
▪ Vertigem subjetiva: paciente girando em 
torno de objetos; 
▪ Vertigem objetiva: objetos girando em 
torno do paciente; 
▪ Vertigem de posição: só surge em 
determinadas posições; 
▪ Causas: afecções centrais, distúrbios do 
equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
EXAME FÍSICO 
▪ Investigação semiótica do aparelho 
auditivo, pode ser dividida em exame físico 
e avaliação funcional. 
 
▪ A exploração física consiste na inspeção 
externa, palpação e otoscopia; 
 
INSPEÇÃO 
▪ Possibilita reconhecer os processos 
inflamatórios e neoplásicos do pavilhão da 
orelha, os cistos, fistulas congênitas, 
reações edematosas, corpos estranhos, 
rolhas ceruminosas, pólipos e 
malformações congênitas da orelha 
externa; 
PALPAÇÃO 
▪ Comprovação de pontos dolorosos à 
pressão do antro mastóideo nas 
mastoidites agudas, assim como do 
pavilhão da orelha nas otites externas 
agudas; 
▪ Pode revelar reações linfonodais 
periauriculares nos processos infecciosos 
das orelhas externa e média; 
OTOSCOPIA 
▪ Exame do meato acústico externo e da 
membrana do tímpano; 
▪ Feito por intermédio de um espéculo 
auricular; 
EXAMES COMPLEMENTARES 
▪ Os usados com mais frequência dão: 
exploração funcional da audição, exame 
da função vestibular e de imagem; 
PROVA DE WEBER 
▪ O diapasão de 512 ciclos por segundo é 
colocado no vértice da abóbada craniana; 
▪ O ideal é a vibração ser percebida 
igualmente pelos dois ouvidos; 
▪ Quando há alguma surdez, a vibração só é 
percebida pelo ouvido normal; 
▪ Diz-se que o Weber está lateralizado, para 
a esquerda ou direita; 
 
AUDIOMETRIA TONAL 
▪ Tem a finalidade de fixar o limiar da 
audição em cada frequência sonora. 
▪ Deve ser realizada em câmaras 
silenciosas e de maneira rápida, para 
evitar fadiga ou adaptação auditiva; 
▪ As curvas audiométricas podem ser 
classificadas, de modo geral e de acordo 
com a divisão das disacusias, em três tipos 
clássicos: de transmissão, neurossensorial 
e mista; 
LOGOAUDIOMETRIA 
▪ É a audiometria vocal; 
▪ Consiste em aferir o grau de inteligibilidade 
da palavra articulada (o poder de 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
discriminação auditiva do paciente em 
relação a voz humana; 
▪ O examinador emite palavras 
foneticamente balanceadas, que deverão 
ser repetidas pelo paciente; 
IMITANCIOMETRIA 
▪ Medida da impedância da orelha média 
através de uma “ponte” eletroacústica; 
▪ A impedanciometria trouxe um aporte de 
inestimável valor no diagnóstico das 
variações de mobilidade da membrana do 
tímpano, de ruptura ou de fixação da 
cadeia ossicular, de derrames líquidos na 
caixa do tímpano, na pesquisa do reflexo 
do músculo do estribo. 
ELETROCOCLEOGRAFIA 
▪ Registrar e medir ao nível do promontórioo (na parede interna da caixa do tímpano), 
os potenciais elétricos de ação do nervo 
coclear em resposta a estímulos sonoros 
especiais, os cliques; 
▪ A membrana do tímpano intacta é 
atravessada por um eletrodo ativo, de aço 
inoxidável, cuja extremidade é aplicada 
diretamente no promontório. De acordo 
com os diferentes tipos de ondas 
registrados, pode-se concluir pela 
localização coclear ou retrococlear (ao 
nível do nervo acústico) da surdez. 
▪ A eletrococleografi.a é também 
significativa no diagnóstico do neuroma do 
acústico e da doença de Méniere; 
AUDIOMETRIA DE TRONCO CEREBRAL 
▪ Possibilita a obtenção de potenciais 
elétricos auditivos ao nível do tronco 
cerebral. 
▪ Como os eletrodos são colocados 
superficialmente na cabeça, a anestesia 
geral pode ser dispensada na criança, o 
que não acontece com a 
eletrococleografi.a. 
▪ Com a introdução desses modernos 
recursos semióticos, sur gem 
possibilidades cada vez maiores de 
diagnóstico diferencial seguro entre 
surdezes sensorial, neural, de tronco 
cerebral e de córtex. 
VIDEOENDOSCOPIA 
▪ Com as ópticas flexíveis, é possível 
examinar o óstio faríngeo da tuba auditiva 
e das estruturas adjacentes nas quais 
podem ser localizadas várias patologias, 
inclusive tumorais. 
▪ Mais recentemente entraram em uso as 
ópticas rígidas próprias para ouvido, 
usadas diretamente através do conduto 
auditivo externo, na semiologia e em 
cirurgias; 
EXAMES DE IMAGEM 
▪ A tomografia computadorizada com cortes 
finos e reconstruções multiplanares de alta 
resolução passou a ser o método indicado 
para o estudo das malformações, das 
infecções e suas complicações, das 
hipoacusias, da avaliação das síndromes 
vestibulares e das neoplasias. 
▪ A ressonância magnética, em algumas 
situações, é de grande utilidade, como em 
tumores, patologias vasculares, 
inflamatórias e, recentemente, na 
avaliação para cirurgia de implante 
coclear. 
 
DOENÇAS DO OUVIDO 
 
OTITE EXTERNA 
▪ Otite externa aguda: processo inflamatório 
da pele do canal auditivo externo 
(dermatite). 
o Causas: retenção de água no 
meato acústico externo, 
permanência prolongada de corpos 
estranhos, corrimentos purulentos 
crônicos das otites médias, 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
ferimentos ou escoriações do 
epitélio em consequência de 
instilações cáusticas e do atrito no 
ato de coçar o ouvido. 
 
▪ Otite externa eczematosa: reação de 
hipersensibilidade da pele do meato 
acústico externo e/ ou do pavilhão da 
orellia, geralmente em consequência de 
alergização alimentar ou do uso de 
instilações medicamentosas, notadamente 
de sulfamídicos ou antibióticos. 
o Os sintomas característicos são o 
prurido de intensidade variável e o 
corrimento auricular seroso de 
coloração amarelada, que pode 
escorrer até o pavillião e gotejar 
pelo lóbulo da orellia. Ao exame 
físico, nota-se descamação 
epitelial difusa, ao lado de edema 
mais ou menos acentuado do 
meato externo. 
 
▪ Otite externa grave. É a forma especial, 
grave, da otite externa, que ocorre, 
geralmente, em paciente diabético ou 
muito debilitado. 
o O agente etiológico mais frequente 
é a Pseudomonas • aerugmosa. 
Instalam -se otorreia purulenta, dor 
rebelde e processo de osteíte do 
meato acústico externo. 
o A otoscopia revela tecido de 
granulação no meato, geralmente 
não deixando ver amembrana do 
tímpano; 
 
FURUNCULO DO MEATO ACÚSTICO 
▪ Localiza-se geralmente no terço externo do 
meato acústico, onde existem glândulas 
sebáceas e folículos pilosos; 
 
▪ É uma infecção estafilocócica, decorrente 
de contaminação local desencadeada por 
um dos fatores etiológicos da otite externa 
aguda; 
 
▪ Sintomas: dor, reação linfonoidal; 
 
OTOMICOSE 
▪ Processo inflamatório do meato acústico 
externo por fungos que evolui com dor 
intensa e lancinante; 
 
▪ No exame, comprovam-se massas de 
descamação epiteliais e de conglomerados 
de micélios com cor de acordo com a 
espécie do parasito. 
 
 
▪ Pode evolver e perfurar a membrana 
timpânica de fora pra dentro; 
 
CORPOS ESTRANHOS 
▪ São introduzidos de maneira voluntária ou 
acidentalmente no meato acústico externo; 
▪ A introdução voluntária é comum em 
crianças e psicopatas; 
▪ A introdução acidental é representada por 
animais vivos; 
▪ É comum que ocorra otite externa 
secundária em crianças; 
 
ROLHA CERUMINOSA 
▪ Certos indivíduos apresentam 
hipersecreção ceruminosa que leva a 
constituição de uma verdadeira rolha 
▪ Esta rolha com frequência acarreta surdez 
súbita e acentuada, sendo necessária 
remove-la; 
OTITES MÉDIAS AGUDAS 
 
Otite média aguda simples 
▪ É a mais comum na criança que no adulto; 
▪ Acompanha hipoacusia, sensação de 
ouvido entupido; e ruídos subjetivos; 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ Pode regredir espontaneamente em 3 a 4 
dias; 
 
Otite Média Aguda do Lactente 
▪ É uma forma clínica particular de otite 
média aguda, que é observado no lactente; 
▪ A membrana do tímpano tem aspecto 
normal, mas sua punção revela pus na 
orelha média; 
▪ Sintomas: vem acompanhado de 
temperatura elevada, diarreia aquosa e 
rebelde, vômitos e perda rápida de peso. 
 
Otite Média Aguda Necrosante 
▪ Instala-se no decurso de febres eruptivas, 
notadamente sarampo e escarlatina; 
▪ A perfuração da membrana do tímpano é 
ampla de início, por vezes sem dor. 
▪ Surgem otorreia purulenta e lesões 
irreversíveis da mucosa da caixa do 
tímpano e até, eventualmente, processos 
osteíticos dos ossículos; 
 
Otite Média Aguda Serosa 
▪ Tem etiologia controversa; 
▪ Caracteriza-se pelo acúmulo de líquido, 
seroso ou mucoso (tipo cola), no interior da 
orelha média; 
 
OTITES MÉDIAS CRÔNICAS 
▪ Persistência de uma perfuração do 
tímpano através dos anos e pelo exsudato 
catarral; 
▪ Otite média crônica simples: é quase 
sempre secundária e uma otite média 
aguda necrosante; a perfuração da 
membrana do tímpano é mais ou menos 
ampla, sem tendência ao fechamento 
espontâneo; 
▪ Otite média crônico colesteatomatosa: o 
colesteatoma é uma bolsa cística 
composta de lâminas epiteliais imbricadas 
umas sobre as outras como as folhas de 
um bulbo de cebola, limitada por uma 
membrana que se denomina matriz e é 
responsável pelo crescimento do 
colesteatoma. É encontrado, raramente, 
nas meninges (colesteatoma congênito) 
 
MASTOIDITE AGUDA 
▪ Infecção bacteriana da mastoide 
caracterizada por processo de osteíte das 
trabéculas ósseas que separam as 
cavidades aéreas ou células que 
constituem a apófise mastoide e termina 
por dar origem a uma verdadeiro empiema; 
 
▪ Há dor espontânea e à pressão da 
mastoide, junto com elevação da 
temperatura; 
 
LABIRINTITE 
▪ A primeira etapa da infecção da orelha 
interna, provocada pela otite 
colesteatomatosa é a fístula do canal 
semicircular lateral, que acarreta vertigem 
espontânea; 
▪ A evolução de uma labirintite purulenta 
pode gerar uma complicação 
intracraniana; 
 
OTOSCLEROSE 
▪ Quadro clínico pode ser assim resumido: 
▪ Hipoacusia progressiva e bilateral, do tipo 
transmissão; com a evolução, pode haver 
também a hipoacusia neurossensorial 
(otosclerose coclear); 
 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ É mais frequente no sexo feminino (dois 
terços) no qual a gestação provocaria piora 
da surdez em 50% dos casos; 
 
 
▪ A incidência é maior entre os 20 e os 40 
anos, mas pode surgir antes dos 20 ou 
após os 50 anos; 
 
▪ É raríssima na raça negra e pouco 
frequente na raça amarela; 
 
 
▪ Os zumbidos incidem em cerca de 70% 
dos casos e são, por vezes, 
desesperadores; 
 
▪ Apresenta caráter familiar: em 50% dos 
casos encontram-se antecedentes 
familiares de surdez; 
 
 
▪ O paciente consegue ouvir melhor em 
ambientes ruidosos (paracusia de Willis) 
devido ao reflexo cocleolaríngeo, isto é, as 
pessoas de audiçãonormal falam mais alto 
nestes ambientes; 
 
▪ Podem ocorrer zumbidos e vertigens; 
 
 
▪ A membrana do tímpano se apresenta 
normal ao exame otoscópico. 
 
DOENÇA DE MÉNIÈRE 
▪ Crise hipertensiva endolinfática, isto é, um 
acúmulo excessivo de endolinfa no interior 
do labirinto membranoso ou no sistema 
endolinfático; 
▪ Tríade sintomática: vertigens, zumbidos e 
hipoacusia neurossensorial; 
 
 
TRAUMA SONORO 
▪ O trauma sonoro responsável pode provir 
de detonações, explosões e de ambientes 
profissionais ruidosas; 
▪ O trauma acústico agudo acarreta 
alterações circulatórias ao nível dos 
capilares da cóclea; 
▪ De modo geral, no trauma sonoro crônico 
dos ambientes profissionais, ocorrem 
deficiência da circulação capilar da cóclea 
e degeneração irreversível das células 
ciliadas. 
 
SURDEZ 
▪ Surdez súbita: entidade clínica, de 
etiologia variada e discutida, que se instala 
repentinamente em uma pessoa de 
audição normal, progredindo em horas ou 
dias, e é, em geral, unilateral. Pode ser 
precedida de zumbido ou “estalo” no 
ouvido, várias horas antes da perda da 
audição; 
 
PRESBIACUSIA 
▪ “Audição do idoso”; 
▪ É a deficiência auditiva que surge em idade 
mais avançada; 
▪ É o declínio da audição, que envelhece 
como tudo mais no organismo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
NOÇÕES DE ANATOMIA 
NARIZ 
▪ O nariz é composto por duas fossas nasais 
que constituem o segmento inicial da 
árvore respiratória; 
▪ É subdivido em nariz externo, as cavidades 
nasais estão alojadas em uma estrutura de 
suporte composta por osso e cartilagens; 
 
 
 
 
SEIOS PARANASAIS 
▪ São cavidades aéreas que ajudam na 
circulação do ar que é inspirado e expirado 
pelo sistema respiratório. 
 
▪ Eles estão situados ao redor da cavidade 
nasal, e são todos pareados e algumas 
vezes simétricos, sendo sempre bilaterais. 
Existem quatro diferentes pares de seios, 
e eles são chamados: 
▪ seios maxilares 
▪ seios frontais 
▪ seios esfenoidais 
▪ seios etmoidais 
 
 
EXAME CLÍNICO 
 
ANAMNESE 
▪ Em doenças das fossas nasais, são 
encontradas várias correlações com idade, 
sexo, profissão, antecedentes e condições 
socioeconômicas; 
 
 
 
Nariz e Seios Paranasais 
SEMIOLOGIA 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
SINAIS E SINTOMAS 
▪ Obstrução Nasal: presente em quase 
todas as enfermidades das fossas nasais – 
alterações anatômicas, rinites, 
manifestações alérgicas, pólipos, 
neoplasias benignas e malignas, 
imperfuração coanal congênita; 
 
▪ Corrimento Nasal (rinorreia): corrimento 
sanguíneo (epistaxe), outros tipos de 
corrimento nasal podem ser observados, 
incluindo hipersecreção serosa ou 
seromucosa, mucopurulenta, purulenta; 
 
▪ Espirro: as crises de espirros ou 
esternutatórios surgem na fase inicial da 
rinite catarral aguda de resfriado comum e 
exprimem reação local de defesa; 
 
▪ Alterações do Olfato: são diversas as 
alterações: 
 
o Diminuição (hiposmia) ou abolição 
(anosmia), podem ter causa intranasal 
que impede a passagem das partículas 
odoríferas; 
o Aumento (hiperosmia) – olfato 
exagerado (gravidez, neuroses, 
hipertireoidismo); 
o Cacosmia: sentir maus odores; 
o Parosmia: interpretação errônea de 
uma sensação olfatória; 
 
▪ dor: há dor nos processos inflamatórios 
agudos das cavidades sinusais e nas 
neoplasias nasossinusais; 
 
▪ alterações da Fonação: afecções 
nasobucofaríngeas podem alterar a 
emissão vocal, dando origem à voz 
anasalada; 
 
▪ dispneia: dificuldade respiratória; todas as 
causas de obstrução nasal bilateral podem 
acarretar dispneia de maior ou menor 
intensidade; 
 
▪ ronco: causado por obstáculo à livre 
passagem da corrente aérea pelas fossas 
nasais e faringe; 
 
EXAME CLÍNICO 
 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
▪ a inspeção pode mostrar diferentes tipos 
de nariz; 
 
▪ a inspeção possibilita também que as 
deformações de origem traumática ou 
decorrente de destruição das cartilagens 
nasais; 
▪ Goma sifilítica. Pode provocar o nariz 
em sela, com sua depressão 
característica na base, por destruição 
dos ossos próprios e do septo nasal; 
 
▪ Leishmaniose. Pode destruir as 
narinas, lábio superior e pirâmide 
nasal, adquirindo o aspecto de focinho 
de anta; 
 
 
▪ Hanseníase. A pirâmide nasal se 
alarga e a face apresenta infiltrações 
nodulosas, adquirindo o clássico 
aspecto leonino; 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ Hipotireoidismo. Provoca infiltração 
mixedematosa difusa e característica 
da face; 
 
▪ Hipertrofia de vegetações adenoides. 
Obriga a uma respiração bucal 
permanente e consequentes 
deformações dos traços fisionômicos, 
constituindo-se a chamada fácies 
adenoides: boca entreaberta, lábio 
superior levantado, fisionomia 
inexpressiva, tendência a babar, 
prognatismo do maxilar superior; 
 
▪ Rinoscleroma: Doença infecciosa 
(bacilo de Frisch) crônica e 
progressiva, rara no Brasil, que 
acarreta infiltração hipertrófica e densa 
da mucosa nasal, com tendência a 
invadir as narinas e a pirâmide nasal, 
que se alarga. 
 
▪ A palpação permite reconhecer 
crepitações e desnivelamentos; 
 
▪ Rinoscopia: o exame das fossas nasais 
faz-se por intermédio da rinoscopia 
anterior e da posterior; o segredo do 
exame é o posicionamento adequado da 
cabeça, que deve ficar inclinada para trás. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
EXAMES RADIOLÓGICOS 
▪ A semiologia radiológica das sinusites 
compreende as modificações das mucosas 
(espessamento, irregularidade de 
contorno, aspecto polipoide) e as 
modificações ósseas (condensação mais 
ou menos difusa, áreas de rarefação, 
destruição); 
ENDOSCOPIA NASOSSINUSAL 
▪ A rinossinusoscopia moderna, fruto da 
descoberta das fibras ópticas e da luz fria, 
apresenta ótimas condições de 
luminosidade e grande nitidez de imagens. 
 
▪ Rinoscopia Endoscópica: frequentemente 
utilizada como exame complementar das 
fossas nasais. São usados endoscópios 
nasais rígidos - constituídos por tubos 
telescópicos apropriados com ângulos de 
visão a O grau, 30° e 70° - e flexíveis - os 
nasofibroscópios, ambos com diâmetros 
adequados à introdução pelo nariz de 
crianças. 
o Sinusoscopia: O uso de hastes 
«telescópicas" finas e luminosas, 
nas quais o eixo óptico é direto, 
lateral ou retrógrado, veio 
possibilitar o exame panorâmico do 
antro maxilar. A haste telescópica é 
introduzida no seio maxilar através 
de punção diameática, ao nível do 
meato inferior, ou por trepanação 
da parede anterior do seio (via da 
fossa canina). 
o A inspeção das diferentes paredes 
do antro é realizada girando-se as 
hastes “anguladas”; 
 
▪ Exame das secreções: obtenção de 
secreções patológicas nasais possibilita a 
pesquisa de agentes microbianos; O 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
raspado da mucosa nasal afetada ou a 
punção aspirativa, com agulha, das lesões, 
com obtenção de material e confecção de 
esfregaços para estudos citopatológicos, 
possibilita o diagnóstico de doenças 
infecciosas, alérgicas e neoplásicas. 
 
▪ Biopsia: Fragmentos de lesõaes nasais 
podem ser adequadamente pinçados e 
removidos através da cavidade natural sob 
rinoscopia anterior ou da rinoscopia 
endoscópica, principalmente para o exame 
histopatológico e diagnóstico de uma 
grande variedade de inflamações crônicas 
(rinites crônicas) e de tumores benignos e 
malignos do nariz. 
 
DOENÇAS DO NARIZ E DOS SEIOS 
PARANASAIS 
 
RINITES 
▪ Rinite catarral aguda: A rinite do resfriado 
comum decorre de inflamação catarral 
aguda da mucosa nasal, tem caráter 
epidêmico e é provocada por diferentes 
vírus, principalmente rinovírus. Há crises 
de espirros e coriza, frequentemente 
acompanhadas de elevação de 
temperatura, calafrios e astenia. 
 
▪ Rinite aguda do lactente: Devido à 
exiguidade das fossas nasais no lactente, 
a obstruçãonasal é absoluta, perturbando 
extraordinariamente as mamadas e 
alterando a hematose. 
 
▪ Rinite Diftérica: Provoca rinorreia 
purulenta, geralmente bilateral, por vezes 
sanguinolenta, e comumente sobrevêm 
lesões diftéricas da pele do lábio superior. 
 
▪ Rinite do Sarampo: Frequentemente 
coexiste com a conjuntivite catarral, 
causando o catarro oculonasal, sintoma 
clássico da fase inicial de instalação do 
sarampo. 
 
 
▪ Rinite mucopurulenta crônica: rinorreia 
amarelo-esverdeada e obstrução nasal. Os 
exsudatos tendem, na criança, à instalação 
de fissuras e dermatoses do veshbulo 
nasal e lábio superior (impetigo). 
 
▪ Rinite Hipertrófica: rinorreia amarelo-
esverdeada e obstrução nasal. Os 
exsudatos tendem, na criança, à instalação 
de fissuras e dermatoses do veshbulo 
nasal e lábio superior (impetigo). 
 
▪ Rinite Atrófica ou Ozena: Caracteriza-se 
pela tríade sintomática: atrofia 
osteomucosa da parede externa das 
fossas nasais, formação e eliminação de 
crostas, sem ulceração da mucosa 
subjacente, e fetidez característica. 
 
▪ Rinite Vasomotora: Inflamação não 
alérgica e não infecciosa da mucosa nasal, 
relacionada com mudança de temperatura 
e da umidade do ar, odores fortes, 
disfunção do sistema nervoso autônomo, 
caracterizada por respostas nasais 
anormais. 
 
ADENOIDES 
▪ Hiperplasia das amígdalas faríngeas 
(vegetações adenoides), do mesmo modo 
que a das amígdalas palatinas, é muito 
comum na criança; 
 
▪ Principal sintoma: é a obstrução nasal 
permanente, que acarreta respiração bucal 
de "suplência': estagnação de exsudatos 
catarrais ou purulentos nas fossas nasais 
e tendência a surtos agudos de otite 
média. 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ A criança dorme de boca aberta, baba no 
travesseiro e ronca. 
 
▪ Com o decorrer do tempo, a obstrução 
nasal permanente causa certas 
deformações dos traços fisionômicos, 
constituindo-se a chamada fácies 
adenoideana: boca entreaberta, lábio 
superior levantado, fisionomia 
inexpressiva e tendência a babar. A 
abóbada palatina torna-se "ogival" e, com 
frequência, surge "prognatismo" do maxilar 
superior. 
 
EPISTAXE 
▪ Hemorragia nasal ou epistaxe; 
 
▪ Dependendo do local do sangramento, 
pode ser classificada em anterior (o 
sangramento origina-se na área de 
Kiesselbach) e posterior (o sangramento 
origina-se na parte posterior da cavidade 
nasal ou da nasofaringe). 
 
 
▪ Causas locais: Os traumatismos 
acidentais, como quedas, fraturas dos 
ossos do nariz e da base do crânio e 
contusão do nariz, ou cirúrgicos 
(intervenções sobre as cavidades 
nasossinusais), causam frequentemente 
hemorragias nasais; 
 
▪ Causas Gerais: Com frequência, a 
epistaxe aparece espontaneamente, 
sendo sintoma comum nos estados febris, 
nas afecções hemorrágicas, na 
pneumonia, na gripe, na febre tifoide, na 
nefrite aguda, na congestão passiva 
produzida pelas obliterações da veia cava 
superior ou nos acessos de tosse da 
coqueluche. 
 
 
 
RINOSSINUSITES 
▪ A infecção, localizada originariamente no 
canal dentário, atinge o forame e instala-se 
na região periapical, provocando um 
processo de osteíte caracterizado pelo 
granuloma. 
 
▪ A progressão da osteíte, no sentido 
vertical, termina por destruir a lâmina 
óssea interposta entre o ápice dentário e o 
soalho do seio. 
 
 
▪ A fetidez acentuada dos exsudatos é 
característica da sinusite maxilar 
odontogênica. 
 
▪ A avulsão dentária realizada neste 
momento é, de regra, o meio para deter a 
evolução da sinusite, tudo se normalizando 
em poucos dias. 
 
 
▪ Agudas: A agressão inflamatória aguda de 
mais de uma cavidade sinusal a um só 
tempo ocorre, em geral, notadamente nos 
seios chamados anteriores (maxilar, frontal 
e etmoide anterior), em grau de 
intensidade diferente em um ou outro seio. 
As principais causas são: vírus, bactérias; 
 
▪ Sinusites crônicas: Decorrem de 
frequentes sinusites agudas de repetição e 
de doenças gerais que diminuem a 
capacidade de defesa do organismo 
(diabetes, avitaminoses, anemias, 
tuberculose, hipogamaglobulinemia). 
Obstrução nasal "permanente" decorre de 
edema crônico, hipertrofia mucosa ou 
formação de pólipos. Perturbações do 
olfato podem ser observadas. 
 
LEISHMANIOSE 
▪ É uma infecção causada por protozoários 
do gênero Leishmania; 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
▪ A lesão cutânea inicial é pruriginosa e 
caracteriza-se pela formação de um 
nódulo, que termina rompendo-se no 
ápice, dando origem a uma ulceração. 
 
BLASTOMICOSE 
▪ é causada pelo Paracoccidioides 
brasiliensis, adquirido por via inalatória. 
▪ A infecção pulmonar geralmente é 
assintomática e regressiva, evoluindo para 
cura, e o fungo fica em estado de latência. 
 
HANSENÍASE 
▪ Doença bacteriana crônica causada pelo 
Mycobacterium leprae. 
▪ É transmitido para pessoas suscetíveis, 
após longo período de contato, iniciando 
com lesões das estruturas neurais e 
posteriormente da pele e da mucosa do 
trato respiratório, incluídos o nariz e os 
seios paranasais. 
 
RINOSPORIDIOSE 
▪ O agente etiológico é o fungo 
Rhinosporidium seeberi. Aparece no nariz 
sob forma de pólipo, podendo obstruir a 
fossa nasal ou exteriorizar-se pela narina. 
 
TUBERCULO 
▪ O agente etiológico é o Mycobacterium 
tuberculosis, ou bacilo de Koch. 
▪ A transmissão ocorre por inalação ou 
contato direto com ferida aberta. 
Manifesta-se no nariz em forma de rinite 
com mucosa sangrante, granulomatosa, 
ulcerada e recoberta de crostas. 
 
NEOPLASIAS 
▪ As neoplasias benignas nasossinusais 
mais frequentes são os papilomas, os 
osteomas e a mucocele. 
 
▪ papilomas localizam-se geralmente nas 
narinas e porção anterior das fossas 
nasais, sangram com facilidade e podem 
terminar por encher completamente a 
fossa e sofrer degeneração maligna. 
 
▪ Câncer da Infraestrutura: Tem como 
ponto de partida o soalho da fossa nasal, 
ou do seio maxilar, ou pé do septo ou 
cabeça do cometo inferior. Exterioriza-se 
por epistaxes, rinorreia purulenta, 
neuralgias dentárias, sinusite maxilar 
purulenta, mau cheiro intenso; 
 
▪ Câncer da Mesoestrutura: Proveniente 
da porção alta do seio maxilar ou zona 
respiratória da fossa nasal. Com a 
evolução, provoca abaulamento do soalho 
orbitário com recalcamento do globo ocular 
para cima, ou invasão da parede facial do 
seio maxilar, da fossa pterigomaxilar e até 
da fossa zigomática. 
 
▪ Câncer da Supraestrutura: É o câncer 
primitivo da região nasoetmoidal, ponto 
negro do câncer sinusal. Encerra período 
de latência muito prolongado e, em geral, 
é diagnosticado já em estágio avançado. 
Há invasão da cavidade orbitária e 
sobrevêm exoftalmia, oftalmoplegia, 
edema palpebral e até equimose 
conjuntival. Termina por invadir a cavidade 
intracraniana. 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
▪ A insuficiência respiratória nasal crônica, 
decorrente de fatores etiológicos locais ou 
gerais, ocasiona respiração bucal de 
"suplência” o que reduz a expansão 
torácica e pode acarretar, na criança, 
distúrbios de desenvolvimento da caixa 
HABILIDADES MÉDICAS MILENA BAVARESCO 
 
torácica (por diminuição da ventilação 
pulmonar) e alterações morfológicas da 
coluna vertebral e do esqueleto facial, 
notadamente abóbada palatina e arcadas 
dentárias (prognatismo do maxilar 
superior). 
▪ A insuficiência respiratória nasal pode ter 
como substrato etiológico não só 
condições de ordem anatômica 
(malformações do septo nasal, hipertrofia 
dos cometes, formações poliposas, 
vegetações adenoides), mas também de 
ordem funcional (distúrbios vasomotores 
de origem neurovegetativa, insuficiência 
hepatorrenal, cardiovascular). 
▪ O bloqueio ou obstrução nasal determina 
respiração bucal de suplência e 
consequente distúrbio do reflexo pulmonar, 
com prejuízo à expansão torácica e à boa 
ventilaçãoalveolopulmonar.

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