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Urgência em Odontologia ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA O Anestésico Local promove dessensibilização transitória de uma determinada região. Ele bloqueia o Canal de Sódio da célula, impedindo a entrada deste íon na mesma e, portanto, também impedindo a transmissão do impulso nervoso ao Sistema Nervoso Central (SNC). E a DOR consiste justamente na entrada de sódio na célula pelo seu canal. Os Anestésicos Locais possuem 2 classificações: I. Derivados de Ésteres • São metabolizados no plasma pela enzima Pseudocolinesterase Plasmática. São alergênicos. • Ex.: procaína, propoxicaína, cocaína... • Causam muitos efeitos colaterais; por esta razão, são utilizados apenas como anestésicos tópicos. II. Derivados de Amidas • Por conta da toxicidade dos anestésicos derivados de ésteres, começaram a utilizar esta categoria. • São metabolizados no fígado, tendo, portanto, um menor ou baixo potencial alergênico. • Ex.: lidocaína, mepivacaína, prilocaína, bupivacaína. A Lidocaína foi o primeiro anestésico da classe das amidas a ser criado. Porém, mostrou-se irritante no local de aplicação, fato que gerava vasodilatação e, por conseguinte, era metabolizado rapidamente. A fórmula foi então modificada para Mepivacaína. Esta não causa vasodilatação (sendo esta uma vantagem sobre a Lidocaína e tendo melhor ação anestésica que a mesma). Mas ainda causava irritação nos tecidos no local de aplicação. Modificaram então a fórmula e conseguiram a Prilocaína. Comercialmente é apresentada como CITANEST® (prilocaína com felipressina). Este anestésico melhorou a tolerância biológica, sendo 40% menos irritante (↓irritabilidade). Todavia, sua ação anestésica é menor (de 20 a 25 minutos em tecido duro – desta forma, aproximadamente a cada 20 minutos é necessário refazer a anestesia); este fato não é adequado para procedimentos cirúrgicos. Por isto desenvolveram então a Bupivacaína. Esta possui ação de 12 horas em tecidos moles e 3 horas em tecidos duros; por conta deste longo período de efeito anestésico, este anestésico se torna inviável em procedimentos mais rotineiros ou simples. Desta maneira, criaram então a Articaína, que possui duração de 3 horas em tecidos moles e 2 horas em tecidos duros. No entanto, é irritante e pode causar parestesia no Nervo Alveolar Inferior Urgência em Odontologia (portanto, não se deve fazer “anestesia troncular” com essa substância). A articaína “nasceu amida, mas funciona como éster”, pois é metabolizada no plasma. Como o efeito anestésico precisa ter uma certa durabilidade, associaram as substâncias anestésicas a agentes Vasoativos ou Vasoconstritores, diminuindo a circulação local, de modo a deixar o anestésico local agindo por mais tempo. São divididos em 2 grupos: A) Aminas Simpatomiméticas Catecolaminas; Não-catecolaminas. B) Polipeptídeos Pertencem às Catecolaminas a Adrenalina e a Noradrenalina (ou Epinefrina e Norepinefrina). A Adrenalina atua no β-receptor, aumentando a Frequência Cardíaca; por isso não deve ser utilizada em cardiopatas descontrolados. A Noradrenalina gera vasoconstrição, aumentando a Pressão Arterial; por esta razão, não podem ser aplicados a hipertensos. Em relação às Não-catecolaminas, pode-se citar a Fenilefrina (que age em α-receptores, aumentando significativamente a Pressão Arterial, de modo a não ser usado rotineiramente) e a Felipressina (Octapressin® - um vasoativo venoso. Não possui ação arterial).
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