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(TJSP/Magistratura - 170° adaptada) Diz o art. 1.196 do Código Civil que "considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade". O Código Civil adotou a teoria de quem? Como se define? de Ihering, com sua teoria subjetiva. A posse caracteriza-se pela conjugação de dois elementos: o corpus e o animus. De Savigny, com sua teoria subjetiva. A posse consiste na intenção de exercer sobre a coisa um poder no interesse próprio. De Ihering, com sua teoria objetiva. A posse é a conduta de dono. É, então, a exteriorização da propriedade, visibilidade do domínio, uso econômico da coisa. De Savigny, com sua teoria objetiva. A posse consiste na detenção física da coisa. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará sempre pelo valor de custo. Respondido em 17/11/2020 22:28:00 Compare com a sua resposta: A) Gabarito: Sim. A constituição de garantia hipotecária em momento posterior ao início da contagem do prazo para a prescrição aquisitiva não obsta a usucapião, haja vista ser essa forma originária de aquisição da propriedade imóvel. Há, inclusive, precedente recente do STJ nesse sentido: REsp 716753/RS. O prazo da usucapião nesse caso, consoante o art. 2.028, CC, é o do Código Civil de 2002, qual seja, 15 anos, motivo pelo qual Soraia poderá usucapir em 2015. B) Gabarito: O Banco pode exigir nova garantia, sob pena de vencimento antecipado da obrigação. 2 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (TJ/PA) No que tange ao instituto da posse, bem como a seus efeitos, assinale a alternativa CORRETA. O possuidor turbado não pode utilizar a força própria para manter-se na posse, ainda que a reação seja imediata, em razão da vedação à autotutela. O possuidor direto, que tem a coisa em virtude de direito pessoal ou real, não possui proteção possessória contra o possuidor indireto. O detentor não possui direitos equivalentes aos direitos do possuidor e, portanto, não possui direito à proteção possessória. A existência de justo título não implica, em regra, na presunção de que a posse é de boa-fé. Não se admite composse de coisa indivisível, de modo que a proteção possessória é atribuída a apenas uma pessoa, conforme determinar a lei. Respondido em 17/11/2020 22:32:24 Compare com a sua resposta: João não é titular do direito real de aquisição de bem imóvel pois levou a registro a promessa de compra e venda. Com relação à adjudicação compulsória, João poderia exigir a escritura definitiva de Pedro e Maria se não houvesse terceiro envolvido. A promessa de compra e venda não registrada não possui oponibilidade erga omnes e, portanto, não produzirá efeitos com relação a Paulo. 3 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Para o direito pátrio, a posse só poderá gerar usucapião se não for viciada em sua origem. é o exercício, de fato, dos poderes constitutivos da propriedade, de modo pleno ou não. é sinônimo de detenção, pois em ambas existe a apreensão física da coisa. desdobra-se em direta e indireta, somente a primeira dando direito à utilização dos interditos possessórios. não se transfere aos herdeiros, pois é direito personalíssimo. Respondido em 17/11/2020 22:33:23 Compare com a sua resposta: Mário poderá adquirir a propriedade do veículo por meio de usucapião, ainda que conheça a origem ilícita do objeto e desde que preenchidos os requisitos dos arts. 1260 a 1264, CC (vide Apelação Cível 2002.020040-4, São Francisco do Sul). 4 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (TRT ¿ PE ¿ FCC ¿ Juiz do Trabalho ¿ 2013) A Constituição da República prevê, como mecanismo atrelado ao cumprimento da função social da propriedade, a: Desapropriação para fins de reforma agrária, mediante indenização em títulos da dívida pública, de glebas em que localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. Impossibilidade absoluta de desapropriação da pequena e média propriedade rural, para fins de reforma agrária. Instituição de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo, sucessivamente a parcelamento ou edificação compulsórios. Usucapião de área urbana de até cinquenta hectares, por quem a possua, ininterruptamente e sem oposição, por cinco anos. Requisição de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. Respondido em 17/11/2020 22:34:30 Compare com a sua resposta: Nao, possui natureza sui generis. Savigny sustenta que a posse é ao mesmo tempo um direito e um fato. a posse não seria nem direito real nem direito pessoal, mas um direito especial, ¿sui generis¿, não se encaixando perfeitamente em quaisquer categorias convencionais. Os direitos reais tem caracteres e princípios próprios, como o absolutismo ¿ exercem-se os direitos reais contra todos (¿erga omnes¿), donde surgem o ¿direito de sequela¿ ou ¿jus persequendi¿ isto é, o direito de perseguir a coisa e reivindicá-la em poder de quem quer que esteja, bem como o ¿jus praeferendi¿, ou direito de preferência. Diferentemente, os direitos pessoais só obrigam as partes contratantes, tendo caráter relativo. 5 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (Magistratura Federal TRF 02 ¿ CESPE ¿ 2013) Com relação a direitos reais, obrigações e contratos, assinale a opção correta de acordo com o Código Civil. O atual Código Civil consagra a positivação do princípio de que os direitos reais são numerus clausus, somente podendo ser criados por lei. O Código Civil vigente prevê tanto a mora simultânea quanto a mora alternativa. A nulidade de qualquer das cláusulas da transação não implica, por si só, a nulidade da transação. Pode-se estipular a fiança ainda que sem consentimento do devedor, mas não contra a sua vontade. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete podem ser ao portador. Respondido em 17/11/2020 22:35:14 Compare com a sua resposta: Nao, possui natureza sui generis. Savigny sustenta que a posse é ao mesmo tempo um direito e um fato. a posse não seria nem direito real nem direito pessoal, mas um direito especial, ¿sui generis¿, não se encaixando perfeitamente em quaisquer categorias convencionais. Os direitos reais tem caracteres e princípios próprios, como o absolutismo ¿ exercem-se os direitos reais contra todos (¿erga omnes¿), donde surgem o ¿direito de sequela¿ ou ¿jus persequendi¿ isto é, o direito de perseguir a coisa e reivindicá-la em poder de quem quer que esteja, bem como o ¿jus praeferendi¿, ou direito de preferência. Diferentemente, os direitos pessoais só obrigam as partes contratantes, tendo caráter relativo Sobre a propriedade assinale a alternativa incorreta: A condição ou termo operam efeitos ex nunc; a propriedade resolúvel estabelece exceções ao princípio de que o direito de propriedade é perpétuo e irrevogável; A condição ou termo devem constar do título constitutivo da propriedade, de tal forma que o terceiro que a adquire não poderá alegar surpresa; A propriedade é resolúvel quando o título de aquisição está subordinado a uma condição resolutiva ou advento do termo; ou ainda pelo surgimento de uma causa superveniente; Na resolução por causa superveniente, o adquirente será considerado proprietário perfeito, pois, tratando-se de condição superveniente, o adquirente não podia prevê-la; Respondido em 17/11/2020 22:34:06 Compare com a sua resposta: A atitude de André é descabida, haja vista estar ele infringindo o artigo 1.285 do Código Civil, referente `a passagem forçada no capítulo dos Direitos de Vizinhança. 2 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (MPE 2010 - Promotor) Com relação à usucapião da propriedade imóvel, assinale a opção correta.Se um condômino ocupar área comum, como se sua fosse, e sem qualquer oposição, a duradoura inércia do condomínio, aliada ao prazo legal, poderá provocar a usucapião. De acordo com a jurisprudência dominante, não é possível usucapião voluntária de bem de família. O justo título que enseja a aquisição da propriedade por usucapião é aquele que foi levado a registro pelo possuidor. Se determinado condomínio for pro indiviso e a posse recair sobre a integralidade do imóvel, é possível que um dos condôminos usucape contra os demais comproprietários. Diferentemente do que ocorre com a usucapião ordinária, o prazo para a aquisição de propriedade por usucapião extraordinária é igual ao prazo para a posse simples e qualificada. Respondido em 17/11/2020 22:34:46 Compare com a sua resposta: R: Sim. Segundo o art. 1297, CC. As despesas com cercas e muro deve ser suportada pelos confrontantes de modo proporcional. 3 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 Quanto à aquisição pela usucapião, é correto dizer que: É forma de aquisição originária porque o direito do adquirente é a conseqüência lógica e exata da relação jurídica anterior que lhe dá suporte e estrutura. Decorre do exercício da posse segundo a concepção de Ihering. É forma de aquisição originária porque a aquisição do direito não decorre da transferência do bem, feita por outra pessoa e o direito de propriedade, na origem, vem para o titular imaculado de eventuais vícios que pudessem existir em relações jurídicas anteriores. Pode ser forma de aquisição originária ou derivada, dependendo de caso concreto. É forma de aquisição derivada porque a aquisição do direito não decorre da transferência do bem feita por outra pessoa. Respondido em 17/11/2020 22:37:59 Compare com a sua resposta: Todos os requisitos estão previstos no Art. 1240-A do Código Civil: "Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural". Assim, o aluno deverá mencionar 4 requisitos constantes no artigo em referência. 4 Acerto: 0,0 / 0,1 Questão Assinale a opção correta no que tange ao direito de propriedade e à posse: A propriedade no Brasil, assim como a vida, constitui um direito relativo. Uma vez encerrada a violência ou clandestinidade, tem-se início a posse justa. A Constituição Federal garante o direito à propriedade privada, mas não lhe impõe quaisquer obrigações. A desapropriação judicial é um modo derivado de aquisição de um direito de propriedade. O possuidor direto exerce posse com animus domini até que se prove o contrário. Respondido em 17/11/2020 22:40:53 Compare com a sua resposta: A atitude de André é descabida, haja vista estar ele infringindo o artigo 1.285 do Código Civil, referente `a passagem forçada no capítulo dos Direitos de Vizinhança. 5 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Assinale a opção que não indica um direito real: retrovenda servidão hipoteca anticrese usufruto. Respondido em 17/11/2020 22:44:07 Compare com a sua resposta: A passagem forçada é direito de vizinhança que não exige registro, enquanto que a servidão é um direito real sobre coisa alheia e tem sua constituição com o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Enquanto a passagem forçada decorre da lei e é uma limitação ao direito de propriedade, a servidão limita o domínio e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis. Marque a alternativa CORRETA: Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, ainda que essa ocupação seja defesa por lei. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será integralmente do descobridor, eis que a enfiteuse deixou de existir no Código de 2002. Ocorrerá pós-eficacização da tradição sempre que a alienação do bem móvel for a non domino ou quando a tradição tiver por título negócio jurídico nulo. A característica da elasticidade decorre da possibilidade de serem transferidos alguns dos poderes a terceiros. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião de bens móveis. Respondido em 17/11/2020 22:45:25 Compare com a sua resposta: Assertiva correta. De forma implícita..., significa que se elas não forem explicitamente em desacordo com a nova CF seu uso esta de "acordo" com as normas constitucionais em vigor, ou seja implicitamente, de uso válido até que seja questionada por ADPF, se for o caso; A nova constituição não precisa dizer quais as normas anteriores a ela são válidas ou inválidas, seria impossível, então as normas pretéritas terão validade, estando com conteúdo que se compatibilize materialmente com a nova Constituiçao, sendo tais normas recepcionadas IMPLICITAMENTE, sem necessidade de pronuciamento. 2 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 No que se refere ao condomínio edilício, assinale a opção incorreta. nenhuma das alternativas É obrigação do condômino contribuir para as despesas de conservação do prédio. Trata-se de obrigação ¿propter rem¿. A realização de obras no condomínio, se úteis, dependem do voto da maioria dos condôminos; se necessárias, independem de deliberação da Assembleia. Não cabe ao condômino alterar a fachada do edifício, a menos que obtenha a anuência de todos os consortes. Na ação de cobrança de despesas de condomínio, o compromissário comprador não tem legitimidade passiva. Respondido em 17/11/2020 22:43:38 Compare com a sua resposta: Para o autor a posse e a propriedade são institutos jurídicos de natureza complementar, mas diferentes. A propriedade se estabelece como um direito anunciado legalmente, ou adquirido; enquanto a posse é um direito que decorre de uma situação de fato e, se manterá como tal, enquanto a situação de fato que lhe deu origem assim se mantiver. Trata-se da Teorida Objetiva da Posse e é o fundamento do tema junto ao Direito Civil Brasileiro. 3 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Valério construiu sua casa, fazendo uma sacada virada para o terreno de seu vizinho, Tomas, a uma distância de cinqüenta centímetros de distância da linha divisória das duas propriedades. Três anos e dois meses depois, Tomas resolveu exigir-lhe o desfazimento da sacada, o que foi recusado por Valério. Nesse caso, pelas normas que regem o direito de vizinhança, pode-se afirmar que Tomas: Não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de um ano e um dia já se expirou; Ainda tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal é de cinco anos; Não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é exatamente de cinqüenta centímetros; Tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é de no mínimo um metro Não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de três anos já se expirou; Respondido em 17/11/2020 22:44:45 Compare com a sua resposta: A: : Aqui o docente deverá desenvolver as formas de defesa da posse (Interditos possessórios) e o discente deverá ser capaz de perceber que o instrumento adequado ao caso em tela é Interdito proibitório. Trata-se de mecanismo processual de defesa da posse. De acordo com o artigo 567, do Código de Processo Civil, "o possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderáimpetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito". Tal ação possessória visa proteger preventivamente a posse que está sofrendo ameaça de ser molestada ou sob iminência de sofrê-la. São pressupostos para essa ação: que o autor esteja na posse do bem, que haja a ameaça de turbação ou esbulho por parte do réu e que haja o justo receio de que tal ameaça se configure. B: O juízo receberia a ação como se fosse de Manutenção de Posse (art 558 a 565 do NCPC). . Nesse caso, aplica-se o princípio da fungibilidade, insculpido no artigo 554 do NCPC. Art. 554 A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. 4 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (VUNESP ¿ TJ/SP ¿ 2017 ¿ Juiz Substituto - Adaptada) Em área rural, objeto de condomínio pro indiviso, José, um dos condôminos, passa a exercer atividade de plantio na totalidade do imóvel. O outro condômino, Antônio, insurge--se e propõe ação de indenização por danos materiais. É correto afirmar que o pedido deve ser acolhido, determinando-se a João que responda pelos frutos que percebeu e pelos danos que causou. rejeitado, exceto se Antônio, na qualidade de detentor da administração da coisa comum, requereu previamente a divisão do imóvel. rejeitado, uma vez que a condição de condômino autoriza José a explorar o imóvel de maneira irrestrita. acolhido, garantindo-se a Antônio a divisão da coisa comum ou a adjudicação do quinhão de José. todas estão incorretas Respondido em 17/11/2020 22:47:46 Compare com a sua resposta: A: O discente deverá ser capaz de observar que os vícios da posse são violência (turbação ou esbulho), a clandestinidade e a precariedade. Aqui o docente deverá desenvolver a teoria dos vícios da posse. No caso em tela, o discente deverá raciocinar e ser capaz de identificar que, por se tratar de bem público, e este nunca foi objeto de qualquer negócio jurídico entre o Ente público e a pessoa que detém a posse, trata-se do vício da clandestinidade. B: Inicialmente cumpre ressaltar que, apesar de haver tímido posicionamento jurisprudencial em sentindo oposto, a nosso ver não há que se falar em posse quando se trata de bem público, o que, consequentemente demonstra a impossibilidade de o mesmo ser usucapido, como regra os artigos 102, do CC, e, art. 183 § 3º, e, 191, PÚ, ambos da CF/88. Partindo-se da premissa, portanto, que usucapião tem como principal característica a presença da posse, e, bem público não é passível de usucapião, não restam dúvidas que quem invade/ocupa área pública não é considerado possuidor, mas sim mero detentor do bem, não havendo que se falar, diante de benfeitorias ali executadas, em aplicação do Direito Privado exposto em tópico anterior. Esse foi o entendimento da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, nas palavras do ilustre Ministro Herman Benjamin, ao julgar recurso especial em que se discute o direito à indenização por benfeitorias realizadas em imóvel público ocupado de boa-fé por mais de 20 anos, assim se manifestou: ¿Seria incoerente impor à Administração a obrigação de indenizar por imóveis irregularmente construídos que, além de não terem utilidade para o Poder Público, ensejarão dispêndio de recursos do Erário para sua demolição¿ . ¿Entender de modo diverso é atribuir à detenção efeitos próprios da posse, o que enfraquece a dominialidade pública, destrói as premissas básicas do Princípio da Boa-Fé Objetiva, estimula invasões e construções ilegais, e legitima, com a garantia de indenização, a apropriação privada do espaço público¿ 5 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 (OAB 2007) Sobre a usucapião, assinale a alternativa CORRETA: na usucapião ordinária, para além do justo título, indispensável é a existência de outra prova cabal de boa-fé do possuidor. a aquisição do domínio de área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados exige posse ininterrupta e sem oposição por 10 anos. a destinação oferecida pelo possuidor ao imóvel durante o tempo de exercício da posse em nada interfere na definição do prazo necessário para a aquisição por usucapião extraordinária, desde que se trate de posse mansa,pacífica, contínua e com animus domini. para efeitos de usucapião, o possuidor somente pode acrescentar à sua posse a de seus antecessores quando a aquisição da posse decorrer de sucessão decorrente de morte do antecessor. não é vedada àquele que já é proprietário de bens imóveis a aquisição de outro bem imóvel por usucapião extraordinária nem por usucapião ordinária. Respondido em 17/11/2020 22:53:18 Compare com a sua resposta: O exercício do direito de propriedade no Brasil se dá de forma relativa, uma vez que os poderes da propriedade (usar, gozar, dispor e reaver a coisa de quem a injustamente a possua ou detenha) podem ser flexibilizados por limitações de diversas naturezas (ex: tombamento). Há diversas características que norteiam o direito de propriedade dentre elas a elasticidade, a perpetuidade, etc. (MPE/AL 2012 - FCC - PROMOTOR DE JUSTIÇA DE 1º ENTRÂNCIA) - NÃO é causa de extinção da servidão, na esteira do Código Civil brasileiro a renúncia pelo titular da sua servidão. o não uso da servidão durante cinco anos contínuos. a reunião dos dois prédios, dominante e serviente, no domínio da mesma pessoa. o resgate da servidão pelo dono do prédio serviente cessação, para o prédio dominante, da utilidade ou da comodidade que determinou a constituição da servidão. Respondido em 17/11/2020 22:55:03 Compare com a sua resposta: a) A posse, para a teoria objetiva, é a exteriorização da propriedade e, por isso, para caracterizar a posse basta o exercício em nome próprio do poder de fato sobre a coisa. Há o animus, mas, neste caso, o elemento volitivo consiste na utilização da coisa tal qual faria o proprietário (anumus tenendi). b) O Código Civil consagra a teoria objetivista, embora em alguns artigos se possam notar algumas concessões à teoria subjetivista presentes nos arts. 1238 e 1260 (usucapíão de bens móveis e imóveis). c) Propriedade: O proprietário pode exercer sobre a coisa todos os poderes que informam seu direito (usar, fruir, dispor e reaver) Posse: exercício do poder de fato em nome próprio, exteriorizando a propriedade e fazendo uso econômico da coisa (animus tenendi - intenção de usar a coisa tal qual o proprietário). Detenção (posse natural ? possessio naturalis): exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio. O fâmulo da posse ou detentor é servo da posse, pois mantém uma relação de dependência com o verdadeiro possuidor, obedecendo às suas ordens e orientações. A detenção é também chamada de posse degradada pela lei. O art. 1.198, CC, define o detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com o outro, conserva-se a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 2 QuestãoAcerto: 0,1 / 0,1 Caio, com justo título e boa-fé, pretende registrar determinada servidão imobiliária, aduzindo exercício incontestado e contínuo. Para que seja reconhecido o seu direito, o prazo para o exercício, segundo as regras do Código Civil, será de: quinze anos cinco anos trinta anos vinte anos dez anos Respondido em 17/11/2020 22:53:14 Compare com a sua resposta: a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza jurídica? Gabarito: obrigação propter rem b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação. Gabarito: Sim. Acerca da imputabilidade utilizada pelo condomínio, no que tange a cobrança das cotas condominiais em atraso, encontra-se na regra do artigo 1245, § 1º do Código Civil. c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo? Explique sua resposta com a devida fundamentação. Gabarito: Diante da hipótese narrada, não houve a transferência da propriedade imóvel entre as partes contratantes, pois a transferência a propriedade imóvel, por ato inter vivos, ocorre com o respectivo registro no Cartório de Registro de Imóveis (terminologia atual Serviço Registral de Imóveis ¿ SRI), conforme o disposto no artigo 1245, caput, do Código Civil. 3 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 A garantia por hipoteca é uma obrigação restrita às partes contratantes. afeta o objeto da garantia em caráter absoluto, podendo o credor, desde que não preferencial, se opor erga omnes. será extinta caso morra o garantidor. faz que o credor assuma a propriedade da coisa hipotecada se a dívida não for paga no vencimento. extingue-se pela alienação da coisa hipotecada. Respondido em 17/11/2020 22:53:42 Compare com a sua resposta: A jurisprudência é pacífica no sentido de que não há necessidade de pronunciamento judicial para a extinção do usufruto por morte do usufrutuário. Nesse sentido, confira-se súmula 13 do TJRJ: "Extinto pela morte do usufrutuário, o usufruto instituído por ato inter vivos, o cancelamento do gravame, no Registro de Imóveis, independe de previa decisão judicial". 4 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 É o direito real através do qual o devedor, sem transferir a posse, vincula bem imóvel ao adimplemento de obrigação principal: servidão penhor anticrese hipoteca usufruto Respondido em 17/11/2020 22:58:07 Compare com a sua resposta: As servidões têm a finalidade de, limitando a faculdade de uso e de gozo do proprietário do prédio serviente, proporcionar um melhor aproveitamento do prédio dominante, tornando-o mais útil, agradável ou cômodo. As passagens forçadas pertencem ao direito de vizinhança, e referem-se exclusivamente aos prédios encravados, sem acesso à via pública, nascente ou porto, o que não ocorre com as servidões. 5 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 (FCC 2015/ TJ-PI JUIZ) Os contratos de penhor e de hipoteca declararão: necessariamente apenas o valor da dívida e do bem dado em garantia. o prazo fixado para pagamento, mas não é preciso declarar o valor do crédito, ou estimá-lo, nem valor máximo ou mínimo, podendo esses valores serem declarados no vencimento, para fins de cobrança. o valor mínimo do crédito ou sua estimação, bem como o prazo do pagamento, sob pena de nulidade. o valor do crédito, sua estimação ou valor máximo, bem como o prazo fixado para pagamento, sob pena de não terem eficácia. obrigatoriamente o valor da dívida, o do bem dado em garantia, e o prazo para pagamento se houver, não sendo, porém, necessário mencionar a taxa de juros, mesmo que se trate de mútuo feneratício. Respondido em 17/11/2020 23:01:17 Compare com a sua resposta: Semelhanças ambos são direitos reais, permitem o desmembramento da propriedade, podem recair sobre bens móveis ou imóveis e são temporários; diferenças o uso é direito mais restrito do que o usufruto, pois é indivisível e incessível. No caso do uso, se recair sobre bem móvel, este não deverá ser fungível nem consumível.
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