Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cuiabá, 2010 Oreste Preti PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO: ORIENTAÇÕES TÉCNICAS E PEDAGÓGICAS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS A forma é a expressão do conteúdo, e quanto mais bela e expressiva, mais os destinatários se aproxi- mam do conteúdo, mais facilmente se apropriam dele (GUTIÉRREZ PÉREZ; PRIETO CASTILLO, 1991). Nesta unidade, iremos tratar, ainda que não de forma aprofunda- da, sobre alguns cuidados que deverá ter desde o início da elaboração de seu texto, para que você também possa facilitar o trabalho do designer educacional, do ilustrador e do diagramador. Alguns critérios e normas básicas costumam ser dadas aos auto- res antes de iniciarem a escrita, intentando que a parceria dos sujeitos envolvidos na construção do seu texto seja eficiente e prazerosa. Vejamos alguns dos possíveis cuidados ou algumas orientações que poderão ser seguidas, sempre lembrando que a palavra final cabe à sua instituição. O que estamos propondo, a seguir, são sugestões. Meras sugestões. As orientações técnicas que seguem foram retiradas do projeto gráfico que elaboramos para o Programa e-Tec Brasil, em 2007. 5.1 ASPECTOS TIPOGRÁFICOS Você vai digitar seu texto no programa Word, observando estas orientações técnicas. Provavelmente, sua instituição lhe propiciará o 5 112 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Template* do projeto gráfico, o que facilitará seu trabalho de redação do texto. Tipo e tamanho da letra: Arial 12 Espaçamento entre linhas: 1,5 Espaçamento entre parágrafos (sem recuo) Texto não justificado (não hifenizado) Margem: à direita: 4 cm à esquerda: 2,5cm Títulos: CAIXA-ALTA – negrito Subtítulos: caixa-baixa – negrito Template:* documento sem conteúdo, com apenas apresentação visual, e instruções sobre onde e qual tipo de conteúdo deve entrar em cada parte da apresentação. É design predefinido de apresentação do conteúdo de um livro, em nosso caso. Negrito Títulos das unidades, palavras importantes poderão ser destaca- das no texto, evitando excessos. Itálico Para títulos de subtópicos, de subunidades. Palavras cujo significado será encontrado em Glossário. Ao escrever, procure identificar palavras que o leitor terá dificuldades para compreender, se é que seu texto não oferece outros elementos explicati- vos. Inclua essas palavras no Glossário. Pode solicitar a alguém, que não conhece bem o tema que você trabalha, que faça uma leitura e aponte palavras que teve dificuldade para entender. Isso o ajudará na elaboração de seu glossário. Indicação de links em que o leitor poderá encontrar informações complementares sobre pessoas, fatos, conceitos, temas, etc. Não haverá nota de rodapé. O que você pensou, talvez, em colocar nas notas de rodapé, será incorporado no texto, ou colocado numa das caixas-texto. Pode ainda ir para a Bibliografia Comentada, ou para o Glossário. 5.2 ILUSTRAÇÕES Tabelas e figuras: desenhos, quadros estatísticos, mapas, esque- mas (lógicos, anatômicos, tipológicos), gráficos, fotografias, diagramas, organogramas, fluxogramas, redes, etc. Em roxo escuro Em azul 113Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Devem ser claras, atrativas, chamativas, estéticas, fáceis de ser compreendias. Elas têm função didática, e não mera ilustração para “co- lorir” o texto. Portanto, a escolha de quais ilustrações e a quantidade delas devem ser bem pensadas e ponderadas em função do que se quer ensinar por meio delas. O design instrucional e o ilustrador estarão à sua disposição para conversar sobre as ilustrações que você desejaria inserir em seu texto e decidir, assim, como proceder. Há momentos em que um gráfico, um diagrama, uma charge, uma imagem, dizem muito mais para o estudante que parágrafos e mais pará- grafos de texto, ou, como diz o conhecido ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”. Podem complementar um texto e ser opção para subs- tituir explicações longas e detalhadas, para quebrar um texto, para elimi- nar a monotonia e a linearidade de um material impresso. Você, especialista que é da disciplina, sabe que ilustração é melhor usar e que ícone contribui mais para o que você pretende ensinar. Mas, no momento da decisão, é bom você se perguntar em relação à ilustração selecionada ou sugerida: - Motiva o leitor? - Assinala ideia importante? - Ajuda a tornar o texto mais claro? - Ajuda a ensinar um conceito, uma fórmula, um procedi- mento, uma técnica, um princípio, etc.? - Resume ou identifica a informação pretendida? - Se a ilustração foi proposta em uma atividade de aprendi- zagem, ajuda o estudante em sua realização? Algumas orientações ao inserir ilustrações no texto: - indicar no texto (numerando sequencialmente e dizendo seu conteúdo, de que trata); - não esquecer de indicar a respectiva fonte; - devem ser salvas em formato JPEG*, com resolução de 300 DPIs**; - não devem ser anexadas ao documento do Word, para não perderem sua qualidade. Deverão ser salvas em CD- ROM a ser enviado à equipe responsável pela revisão (designer educacional, ilustrador) e editoração do MDI. *(Joint Pictures Expert Group) é um tipo de arquivo para armazenamento de imagens que pode trabalhar com esquema de cores em 24 bits, Um arquivo em JPEG costuma não ser grande. **DPI=Dots Per Inch (Pontos Por Polegadas) 114 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Mais um cuidado: ao escolher ilustração pela internet ou em obras impressas, verifique se ela está ou não protegida por direitos autorais! 5.3 ÍCONES Definidos no projeto gráfico, servem para você sinalizar ao diagra- mador sua intenção sobre certos destaques a serem dados no texto. Você deverá indicar ao lado do texto (margem esquerda), qual o tipo de ícone: - Para Refletir – Adicione algum pensamento que leve o leitor a uma parada, a uma retomada do assunto, pois, mais do que despejar “verdades”, você deve despertar no estudante atitude reflexiva. Não se esqueça: isto é que qualifica o ser humano e demarca sua diferença dos demais seres. Exemplo Exemplo 1 Ao estudar um fenômeno, o pesquisador deve analisar o fato em todos os aspectos, estabelecendo relações e negações de cada parte entre si, de cada parte em relação ao todo, do todo em relação às partes. A REALIDADE É UMA UNIDADE, É UM TODO EM MOVIMENTO! Pense um pouco sobre isso... - Conceito - explicações, esclarecimentos sobre palavras- chave do texto, definições (conceituais ou operacionais). Política é um conjunto de intenções, de ações e de recursos necessários para atingir determinados objetivos. 115Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Exemplo 2 Exemplo 1 Não confunda os vários significados da palavra “estado”. O primeiro sentido (Estado, com letra maiúscula) é o empregado no sentido de “nação politica- mente organizada por leis próprias” (Dicionário Michaelis, 2000). Daí, o Estado brasileiro, a máquina política do Esta- do.O segundo (também com letra maiúscula) corresponde à unidade da Federação, à divisão territorial do Brasil: o Brasil tem 26 Estados e 5.514 municípios; o município é a unidade político-administrativa autônoma do Estado. Finalmente, um terceiro sentido diz respeito à ideia de determinada situação, a exemplo do “estado” em que se encon- tram as rodovias brasileiras. Preste atenção, então, a esse exemplo: “O atendimento ao estado de saúde dos cidadãos residentes em todos os Estados da federação é uma das obrigações do Estado”. - Questionamento - elaborar “perguntas inteligentes”, perguntas que provoquem o leitor a pensar, a se questio- nar, que conduzam ao pensamento reconstrutivo é estratégia das mais eficazes para apoiar o processo de aprendizagem, pois uma pergunta bem formulada traz embutida a resposta. Já os antigos filósofos gregos diziam que o "caminho da ida é o mesmo da volta" (Tales de Mileto, 624-548 a.C.) e que "o processo de ascen- sãonos indica o caminho da descida" (Platão, 427-347 a.C.). Trata-se de processo dialético, pois na própria pergunta está a resposta. O que vêm a ser Políticas Públicas? E as Políticas Sociais, para que servem? 116 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Exemplo 2 Você sabe qual o “valor mínimo”, estabelecido pelo governo para 2010? Qual o “valor” - em termos econô- micos - do estudante em seu Estado? Você sabe se sua prefeitura recebe mensalmente esse recurso do FUNDEF e quanto? - Curiosidade - é motivador para o leitor, no meio do texto, ser surpreendido por passagens curiosas, por situações do cotidiano pouco conhecidas - em relação a fatos, pes- soas - que ajudam a ilustrar o que o autor está dizendo. Exemplo 1 Exemplo 2 Kafka não completou muitos de seus escritos, por vezes deixando de escrever a última página. Nos tratados do Talmude babilônico (livro da lei judaica), falta a primeira página. Segundo o rabino L. Yitzhak (séc. XVIII), “porque, por mais páginas que o homem estudioso leia, ele jamais deve esquecer que ainda não chegou à primeira página” (apud MANGUEL, 1996, p. 110). - O movimento ocular durante a leitura não é linear, e sim “sacádico”, isto é, se dá por pulos (de uma palavra a outra). A leitura é quebrada, recortada. - Os olhos se fixam num lugar do texto para de- pois pular um trecho e fixar-se num outro pon- to, mais adiante para outro. A fixação é de 117Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas cerca de 50 milésimos de segundo e o pulo se dá numa velocidade de três ou quatro vezes por segundo! - A distância entre uma fixação e a seguinte depende da difi- culdade oferecida pelo material lido e de nossos conheci- mentos prévios. - Por isso, grande parte do que lemos é inferido ou adivinha- do [...] - Você sabia? - a linearidade do texto pode ser rompida desafiando os conhecimentos do leitor com informações complementares tendentes a situar melhor o leitor em relação ao que você está expondo. Na década de 1970, surgiram as megauniversidades a distância, como a Open University (Universidade Aberta) da Inglaterra, a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) da Espanha, a TV Educativa da China. Falava-se, então, da Educação a Distância (EaD) como uma metodologia, como uma nova Didática, capaz de organizar uma estrutu- ra voltada para “autoaprendizagem”, para a “independência intelectual”. Acreditava-se estar realizando o sonho do pedagogo Johannes Amos Comênio (1592-1670), de “ensinar tudo a todos”. A notícia do assassinato do presidente norte- americano Abraham Lincoln, em 1865, levou 13 dias para cruzar o Atlântico e chegar à Europa. A queda da Bolsa de Valores de Hong Kong (outubro-novembro 1997) levou 13 segundos para cair como um raio sobre São Paulo e Tóquio, Exemplo 1 Exemplo 2 118 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Nova York e Tel-Aviv, Buenos Aires e Frankfurt. Eis ao vivo e em cores, a globalização. (Clovis Rossi – do Conselho Editorial da Folha de S. Paulo. In: www.iis.com.br/~rbsoares) - Leituras complementares - podem ser entendidas como algo “complementar”, no sentido que o estudante vai realizar se assim desejar. Ou, então, como parte integrante na formação acadêmica e profissional do estudante. Neste caso, deverão ser realizadas pelo estudante e avaliadas. No primeiro caso, as chances de o estudante não realizar a leitura são muitas. Daí, quando da elaboração do projeto gráfico e da indicação de leituras complementares, pense sobre isto. Para que servem? O estu- dante vai ler o texto, vai assistir o filme? E o que vai fazer com isso? Como irá receber retroalimentação? Para compreensão da “visão sistêmi- ca”, hoje veiculada no campo científico, e diferenciá-la da visão “holística”, leia a obra de Edgar Morin, Ciência com Consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996 – sobretudo o cap. 5 da segunda parte (Sistema: paradigma e/ou teoria?), p. 257-276). O autor discute o “paradigma sistema” e as teorias sistemizadas para expor sua opção pelo paradigma de complexidade. Exemplo 1 - Saber Mais - talvez, diferentemente do ícone Leituras complementares, este explicite melhor ao estudante a ideia de que é fundamental que ele leia os textos ou assista aos filmes indicados para expandir seu conheci- mento sobre determinado assunto. Mas cuidado aqui também. Não indique simplesmente livros, filmes, links, sites. Oriente o estudante sobre o que vai encontrar no material indicado. 119Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas O filme O ponto de mutação se baseia nas obras de Fritjof Capra (O Tao da Física, A Teia da Vida e O Ponto de Mutação), um dos mais eloquentes porta-vozes das mais recentes descober- tas que estão emergindo nas fronteiras do pensamento científico, filosófico e social. Propõe um diálogo sobre essa mudança sobre a nova visão que está ocorrendo no campo científico e suas con- sequências na vida planetária. Da árvore do conhecimento, pas- sa-se a uma Teia da vida, de uma visão antropocêntrica (Ho- mem-Máquina) para uma visão planetá- ria e cósmica, com novos valores e novas categorias de análise (solidariedade, complexidade, incerteza, transitoriedade, interdependência, auto-organização, coevolução, criatividade, transcendência, reintegração do sujeito, pensamento em rede, em processo, etc.). Ou então, leia o livro Ecopedagogia e cidadania planetá- ria, de Franscisco Gutiérrez e Cruz Prado (S. Paulo: Cortez: Insti- tuto Paulo Freire, 1999). Ecopedagogia entendida como peda- gogia que promove aprendizagem significativa, atribuindo senti- do às ações cotidianas, uma pedagogia da pergunta, democráti- ca e solidária, que nos convida a garantir a sustentabilidade de cada um de nossos atos cotidianos como seres humanos que compartilham com outros seres a aventura de viver neste plane- ta. É um texto fascinante! Esta Unidade tratou de temas importan- tes mas complexos, que exigem leitura mais aprofundada da realidade política, social e econômica. Por isso, nós o convidamos a ex- pandir seus conhecimentos por meio de leitu- ras da bibliografia sugerida ao final do Módulo, no tópico Nossa conversa não se encerra aqui. Exemplo 1 Exemplo 2 SABER M SABER M 120 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas - Destaque - trechos do texto que, para você, são significa- tivos, traduzem bem a ideia central daquele tópico, para os quais, ao serem separados do texto, você chama a atenção do leitor. Formação - Em sua base etimológica, embute a ideia de uma "fôrma", de uma estrutura já ordenada, planeja- da e disponibilizada. Nela se depositaria determinado saber, ou práticas específicas. Voltada para preparação especializada em tarefas definidas pelo mercado, ou para formação parcelar e seletiva, estimulada pelo taylorismo e sustentada na teoria do "capital humano" (ex.: a “formação para o trabalho”). Para obter uma amostra de 10%, representati- va para a pesquisa da estatura de 90 estudantes de uma escola: 1º- pegue a lista de estudantes e os numere de 1 a 90. 2º- escreva o número dos estudantes de 1 a 90, em pedaços iguais de papel, coloque na urna e, de- pois de misturar bem, retire, um a um, nove núme- ros que formarão a amostra. Exemplo Exemplo 1 - Exemplo Segundo Francisco Gutiérrez Pérez (1995), “os exemplos permi- tem não somente aterrissar os conceitos como conseguir maior precisão em relação ao aqui e agora”. Por isso, é importante que você ofereça ao estudante exemplos do que está sendo discutido, sobretudo quando o conteúdo é complexo, para que, em seguida, ele possa fazer uma atividade para verificar se compre- endeu e assimilou o novo conteúdo. Você pode lhe oferecer exemplos verbais ou por meio de gráficos, por exemplo. O importante é escolher a maneira que melhor aproxima o estudante do tema. 121Produção de MaterialDidático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Queremos desafiá-lo a preencher corretamente a tabela 5. Nós iniciamos o exercício, para ajudá-lo, mas você continua, ok? Calcule a frequência acumulada, a frequência relativa e a frequência relativa acumulada. Tabela 5 - Estatura (em cm) de 30 estudantes da UTFPR As variáveis discretas não podem assu- mir qualquer valor, dentro de um intervalo de valores de resultados possíveis. Exemplo: Você está fazendo pesquisa, em uma determinada região, de quantos televisores há em uma casa. O entrevistado não pode responder que tem 2,5 (dois televisores e meio), a resposta não pode assumir todos os valores de um intervalo. Ou, ainda, pode- mos dizer que terá que ser uma resposta em número inteiro. Exemplo 2 Exemplo 3 Estatura (cm) 157,0 160,5 160,5 164,0 164,0 167,5 167,5 171,0 171,0 174,5 174,5 178,0 Total Frequência 9 2 5 6 1 7 30 Frequência acumulada 9 11 16 Frequência relativa 30 % 6,67 % 16,67 % 100 % Frequência relativa acumulada 30 % 36,67 % 53,34 % fa fixi fr fa,r 122 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas - Relembrando Ao final de cada unidade, fazer um resumo do que foi tratado na unidade, destacando os temas e os conceitos apresentados. Sua finalidade é envolver novamente o interlocutor no processo que teve início, meio, e agora está sendo finalizado. Isso o ajuda a com- preender que aquela unidade embute uma lógica, um processo que leva a resultados, que seu desenvolvimento leva a um desfecho que abre cami- nho para o que virá a seguir, na próxima unidade. Exemplo 1 Exemplo 2 Chegamos, assim, ao final da primeira unida- de deste módulo. Espera-se que agora tenha ficado mais claro seu entendimento sobre políticas públi- cas, que são ações adotadas por determinado gover- no para concretizar seu projeto de sociedade, bus- cando atender aos interesses e necessidades dos cidadãos. Elas contribuem para que a sociedade se organize em função de um projeto político, durante determinado período de tempo. Relembrando: a organização geral que per- manece, com seus poderes, instituições e representa- ções, é chamada de Estado. A organização temporal, provisória, composta por grupos que se sucedem no poder, dirigindo e administrando a sociedade durante determi- nado período de tempo, é chamada de governo. - Atividade de aprendizagem Propor em cada seção uma atividade de autoavaliação e, ao final da unidade, pelo menos uma atividade de avaliação da aprendizagem 123Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas sobre o conteúdo principal da unidade. Evitar excesso de atividades, tendo sempre em conta a carga horária da disciplina, daquela unidade específica, o tempo que o estudante precisa para estudar aquela unidade e o tempo que necessita para realizar a atividade. -Atividade de reflexão Atividades imediatas, a serem realizadas no próprio texto, em espaço deixado para que o estudante faça a atividade sugerida (três a cinco linhas). Essas poucas linhas, traçadas aqui como em outras páginas do fascículo, foram colocadas com o intuito de provocá-lo a escrever. Não pretendo limitar suas possibilidades de expressão escrita. Por isso, se quiser, faça o registro de suas reflexões, suas dúvidas, seus questionamentos, que irão surgindo ao longo da leitura desses Fascículos, como dos demais ao longo do curso, em seu diário pessoal, em seu caderno. Estes são alguns ícones. No projeto gráfico de sua instituição, poderão ser propostos outros, ou até alguns dos mencionados, que pode- rão receber nomenclatura diferente. Não importa. O importante é ofere- cer ao estudante pistas visuais para que ele identifique, de imediato, aquilo que trata determinado parágrafo. Portanto, observe bem o projeto gráfico do MDI de seu curso, de sua instituição para tirar dele o máximo proveito na elaboração didática de seu texto, pois os ícones ajudam o estudante a identificar o tipo de informação e de mensagem que você quer passar. A distribuição espacial do conteúdo de alguns destes ícones pode ser realizada de maneira a propiciar, propositadamente, quebras do texto para romper sua linearidade e chamar a atenção do leitor. Podem ser realçados de duas maneiras: colocando-as “para dentro” ou “para fora” do texto, por meio de caixa-texto. “para dentro” do texto - de ênfase (informação pontual, precisa, curta; ex.: concei- to, síntese, ideia importante, comentário essencial…); • 124 Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas Exemplo Globalização vem da palavra globo, isto é, o planeta em que vivemos. Dá a ideia de algo que atinge o mundo todo, que chega a todos os habitantes. Pense um pouco sobre o que acontece em seu dia a dia. Você fica sabendo de fatos ocorridos em outra região do Brasil, ou mesmo em outros países. Pode acom- panhar os acontecimentos no Iraque, no Japão, na Austrália. Pode assistir, tranquilamente em sua casa, à novela e ao noticiário transmitidos de São Paulo ou do Rio de Janeiro, por exemplo. - explicação expandida (com imagem e título - se possível sem quebrar a fluência do texto principal); Essas ações são um dever do Estado. Ele não está fazendo cari- dade. Está retirando do cofre público recursos produzidos por todos os cidadãos e utilizando-os para atender às necessidades da maioria da população. Trata-se de direito. - Dicionário/verbete (definições de dicionários, enciclo- pédias…). Exemplo No Dicionário Aurélio, com relação à palavra “acompa- nhamento”, encontramos a ideia de “observar a marcha, a evo- lução de”. Quanto a “controle”, deparamos com a seguinte definição: “fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabe- lecidas”. Finalmente, o sentido da palavra “social” é: “próprio dos sócios de uma sociedade, comunidade ou agremiação. 125Produção de Material Didático Impresso: Orientações Técnicas e Pedagógicas •“para fora” do texto - Informação avulsa ou de curio- sidade (com imagem, título… bem-criativo, com humor…); - de conexão com outras mídias (livros, filmes, sites…). Bill Gates propõe uma sociedade sem papel. Mas, para desenvolver essa ideia, ele escreveu um livro. (A. Manguel) - Biblioteca Virtual de EaD: http://www.prossiga.br/edistancia - Assista ao curta metragem A Ilha das flores: www.youtube.com Enfim Elementos tipográficos, ilustrações, ícones, etc., são recursos salutares e, muitas vezes, necessários para apoiar o texto didático, para tornar a leitura compreensível.
Compartilhar