FILOVS0120 REVISADO Leonardo Warrak

Prévia do material em texto

PROFESSOR: Frederico Martucci
ALUNO(A): ____________________________________________________________________________ - N°.: _______
2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - TURMA: ________ - DATA: ________ - Horário: Início: ________ - TÉRMINO: _______
DESC. ORTOGRAFIA: ___________ - GRAU OBTIDO: _____________ - RUBRICA DO PROFESSOR: _______________
AVALIAÇÃO FINAL DA 1ª ETAPA - FILOSOFIA
==============================================================================================
	LEIA COM ATENÇÃO OS ENUNCIADOS. 
AS QUESTÕES PROPOSTAS DEVERÃO SER RESPONDIDAS COM CANETA ESFEROGRÁFICA PRETA OU AZUL. 
NÃO É PERMITIDO O USO DE LÁPIS. 
AS QUESTÕES RASURADAS NÃO SERÃO REVISADAS APÓS A CORREÇÃO DO PROFESSOR. 
RELEIA A SUA PROVA.
Período Helênico
Na antiguidade, as cidades-Estados gregas rivalizavam-se em poder e influência desde a época clássica, até que, no século IV a. C., o rei Filipe da Macedônia aproveitou-se dessa situação para conquistar a Grécia. Em seguida, seu filho Alexandre Magno expandiu as conquistas pela Ásia e pelo continente africano, construindo um império.
Naquele momento tem início o período helenístico, caracterizado pela síntese das culturas grega e oriental promovida pela expansão do Império Macedônico de Alexandre, e, depois de sua queda, pela conquista romana, que se estendeu da Península Itálica para o sul da Europa, o norte da África e o Oriente próximo. O helenismo compreende, portanto, o período desde o final do século IV a.C. até o século II d. C., contendo em sua fase derradeira o estoicismo romano de Sêneca a Marco Aurélio.
Certos historiadores compartilham a ideia de que o helenismo representou um longo momento de decadência em relação ao esplendor da filosofia grega clássica, enquanto outros estudiosos desfazem essa ótica depreciativa a respeito do helenismo, para identifica-lo a um novo modo de ver o mundo e a si mesmo. De fato, o helenismo ampliou o espaço restrito da pólis grega, trazendo uma perspectiva cosmopolita que valoriza outros tipos de solidariedade. Assim dizem os historiadores da filosofia Giovanni Reale (1931-2014) e Dario Antiseri (1940):
"O ideal da pólis é substituído pelo ideal cosmopolita (o mundo inteiro é uma pólis), e o homem-citadino é substituído pelo homem-indivíduo; a contraposição grego-bárbaro em larga medida é superada pela concepção do homem em uma dimensão de igualitarismo universal."
(História da filosofia pagã antiga, 3ª ed. São Paulo, Paulus, 2007, p. 249)
Inicialmente o helenismo ainda manteve seu epicentro em Atenas. Destacaram-se as correntes do epicurismo, estoicismo, cinismo e ceticismo, que abordaram principalmente questões de física, ética e lógica. Das discussões realizadas em suas escolas, participavam não só assíduos discípulos, mas também ouvintes ocasionais, até porque, de acordo com a nova concepção de filosofia, esse tipo de reflexão deveria ser acessível, visto que a todos interessariam questões sobre a "saúde do espírito" e a busca da felicidade, com ênfase na discussão sobre a melhor maneira de viver, tanto na alegria como no infortúnio.
 Com base no texto e no que foi estudado em sala, responda:
01- O que significa dizer que o helenismo se configurou com a passagem da pólis para a cosmópole?
	
A pólis originalmente caracterizada pela limitação geográfica à cidade teve sua abrangência expandida com a dominação de Alexandre o Grade sobre os territórios gregos, associando todas as cidades conquistadas e tornando-as conectadas entre si apesar de estarem em partes diferentes do globo, tornando assim à ideia de cosmopolita (indivíduo do mundo) num âmbito cultural que molda o período helênico.
02- Leia as citações abaixo e identifique se elas se referem ao epicurismo, estoicismo, cinismo ou ceticismo.
a) "Natureza, mundo, deus, fogo são a mesma coisa: a natureza é divinizada e a divindade, naturalizada. Aja de acordo com a natureza."
	Estoicismo.
b) "De todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade."
	Epicurismo.
c) "visto que as coisas são indiferentes ao ser e não ser e que nossas sensações e opiniões são indiferentes ao verdadeiro e ao falso e que não devemos dar-lhes nossa confiança, devemos permanecer sem opinião (adoxásticos), ou seja, abster-nos do juízo ou, então, suspender o juízo (epoché).
	
Céticos.
d) "A vida virtuosa consiste na independência obtida através do domínio dos desejos e necessidades: a felicidade exije que nada se deseje, para que não se sinta a falta de alguma coisa. Para encorajar as pessoas a renunciar aos desejos criados pela civilização e pelas convenções, empreenderam uma cruzada de escárnio antissocial, na esperança de mostrar, pelo seu próprio exemplo, a frivolidade das ilusões da vida social".
	Cinismo.
03- Quais são, para Epicuro, os três principais ingredientes para uma vida feliz?
	
Para ele esses elementos são a: análise da própria vida, autossuficiência e amizade.
04- Diógenes de Sínope foi o mais destacado dos filósofos cínicos do período helênico. Certa vez, Alexandre o Grande procurou Diógenes oferecendo-lhe qualquer coisa em troca de alguma grande explicação sobre sua filosofia. O grande imperador, ao se dirigir ao velho Diógenes, se posicionou de tal forma que o cobriu com sua sombra, e então Diógenes lhe respondeu: "A única coisa que eu quero você não pode me dar, saia da frente do sol!" Após essa resposta, alguns soldados de sua guarda pessoal o provocaram, e então Alexandre retrucou: "Se eu não fosse Alexandre, gostaria de ser Diógenes!". 
 De que forma essa história nos diz sobre o caminho para a felicidade proposto pelos cínicos antigos? 
	
Que a abdicação dos desejos supérfluos é uma das diretrizes do para alcançá-la, visto que Diógenes renega explicitamente qualquer coisa que Alexandre o Grande possa lhe dar, de maneira que nega também todo bem de consumo material acima do básico para sobreviver.
05- Em 322 a.C., após a morte de Alexandre Magno, o sucessor deste decidiu expulsar da cidade de Samos todos os colonos atenienses, entre os quais a família inteira de Epicuro. Os historiadores da cultura convencionaram designar de "Helenismo" as atividades culturais desenvolvidas no período transcorrido entre a morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., e o fim da república romana, em 31 a.C., quando Augusto (vencedor da batalha de Acium, em 27 a.C.) se torna imperador de Roma. A designação refere-se à presença dominante da língua e da cultura grega em todo o mundo conhecido, numa difusão sem precedentes, cuja causa inicial foi a convicção de Alexandre, aluno de Aristóteles, de que, por seu intermédio, a Grécia devia cumprir uma missão civilizatória sobre todos os povos da terra. A língua grega transformou-se na koiné, dialeto comum em todas as terras conquistadas por Alexandre, e Alexandria, no Egito, tornou-se a capital cultural da Antiguidade, papel que conservou mesmo quando Roma ocupou o lugar de centro político e econômico de um império que se estendia do Oriente Próximo ao Sul da Europa, do Mediterrâneo ao Atlântico. Embora o termo Helenismo pareça indicar apenas a hegemonia da cultura grega, na realidade exprime a comunicação intensa entre as criações culturais helênicas e as orientais enquanto submetidas a um mesmo e único poder central, ligadas por rotas comerciais e tendo como ponto de encontro Alexandria e, mais tarde, Roma. 
Na história da filosofia fala-se em período helenístico para designar os três grandes sistemas filosóficos predominantes nessa época.
 São eles:
(A) Neoplatonismo, ceticismo e patrística.
(B) Epicurismo, neoplatonismo e patrística.
(C) Ceticismo, platonismo e escolástica.
(D) Ceticismo, epicurismo e estoicismo.
(E) Escolástica, patrística e epicurismo.
06- 
Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina,nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988.
 O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por:
(a) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade.
(b) Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo.
(c) Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim da vida feliz.
(d) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente.
(e) Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.
07- 
Jamais, a respeito de coisa alguma, digas: "Eu a perdi", mas sim: "eu a restituí". O filho morreu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi restituída. "A propriedade me foi subtraída", então também foi restituída. "Mas quem a subtraiu é mau". O que te importa por meio de quem aquele que te dá a pede de volta? Na medida em que ele der, faz uso do mesmo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do mesmo modo como fazem os que se instalam em uma hospedaria.
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto. São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado).
 A característica do estoicismo presente nessa citação do filósofo grego Epicteto é:
(a) aceitar os sofrimentos com serenidade.
(b) identificar a felicidade com o prazer.
(c) questionar o saber científico com veemência.
(d) explicar o mundo com números. 
(e) considerar as convenções sociais com desprezo.
08- 
"O estoicismo concebe a filosofia de forma sistemática e composta de três partes fundamentais: _____________________, cuja a relação é explicada através da metáfora da árvore"
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro, Zahar, 2007.
 Quais seriam, para os estoicos, as três partes fundamentais da filosofia que completariam o trecho acima?
(a) A matemática, a retórica e a geometria.
(b) A física, a lógica e a ética.
(c) A ética, a matemática e a alquimia.
(d) A física, a geometria e a retórica.
(e) A ética, o sofismo e a geometria.
RM/2005/VERIFICACAO/FILOSOFIA/2020/FILOVS0120.DOC
Página 2 de 4 - 27/5/2020 - 10:54:53