Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PRINCÍPIOS GERAIS DE TRAUMATOLOGIA Trauma facial: principais objetivos do tratamento 1. Garantir a vida do paciente Paciente respirando bem (vias aéreas permeáveis) Sem lesões graves que podem levar à morte (hemorragias severas e lesões de órgãos vitais) O trauma de face dificilmente gera risco de vida, mas junto a ele podem existir outros traumas que podem gerar, sendo assim importante identificá-los. Estes traumas com risco mais elevado (ex: traumatismo crania- no, oftálmico, cervical, torácico, abdominal, pélvico, entre outros) devem ter prioridade em relação à boca. Apesar disso, mesmo as fraturas dentoalveolares e lesões de tecido mole na face não sendo emergência (ou seja, não apresentarem risco de vida), de- vem ser tratadas o mais rápido possível, pois a demora no tratamento pode gerar consequências indesejáveis, como a perda de elementos dentários. 2. Corrigir as lesões causadas pelo trau- ma: devolver (principalmente) a função e a forma 3. Prevenir sequelas, como cicatrizes anti- estéticas, retrações, alteração na visão, má-oclusão e deformidades faciais Trauma facial: possibilidades O trauma facial pode levar a injúrias dos tecidos moles ou a fraturas ósseas. A classi- ficação do trauma deve ser feita, podendo ser: Isolado Fraturas múltiplas, quando vários ossos são fraturados (≠ fratura cominutiva, quando um osso é fraturado em vários pontos) Determinar a gravidade do traumatis- mo (mais grave, menos grave) Determinar o risco de morte Imediato (ex: fratura de man- díbula associada com ptose da língua, gerando asfixia; le- são de vaso importante) Mediato (ex: trauma faz com que a lâmina crivosa do osso etmoide rompa a dura-máter e causa meningite pós- traumática, uma situação gra- ve) Oportunidade de tratamento Trauma facial: abordagem Os traumas maxilofaciais são frequentes nos serviços de urgência e emergência. Grande parte dos pacientes apresentam traumas múltiplos e necessitam de aborda- gem multidisciplinar. O aspecto da lesão facial não deverá retardar a avaliação das outras lesões associadas que podem coexis- tir, trazendo maior risco de morte para o paciente. O atendimento deve ser rápido, ordenado (determinando-se as prioridades de tratamento) e eficaz ATLS (suporte avançado de vida no trau- ma): visa a priorização disciplinada, es- quemática e ordenada na avaliação do paciente vítima de traumatismo OBS: quanto à possibilidade de infecção, uma fratura exposta intrabucal é menos grave do que, por exemplo, uma fratura de fêmur (exemplo disso é a possibilidade de o dentista poder gerar fraturas no osso durante uma extração dentária sem gran- des preocupações). Isso ocorre devido à boca apresentar uma flora equilibrada (o que ocorre também no ânus. Um paciente que, por exemplo, realizou uma cirurgia de hemorroidas, pode evacuar sem gerar uma infecção anal). Este equilíbrio é quebrado quando ocorre a mistura de floras, como por exemplo, quando ocorre a troca de fluidos em uma comunicação bucosinusal, gerando uma sinusite 2 Anamnese e história do trauma 1. História do trauma Questionar sobre agente causal Direção e intensidade Tempo decorrido do trauma (para au- xiliar na avaliação da gravidade) É sempre importante verificar se a história do trauma condiz com os sinais clínicos do paciente 2. Lesões associadas Traumas cerebrais Rinorréia / fístula liquórica Trauma cervical / torácicos e/ou ab- dominais 3. Interação multidisciplinar Indicações cirúrgicas 1. Atendimento Urgência: o atendimento deve ser o mais rápido possível, mas não há risco de vida Emergência: prioridade de atendimen- to. Há risco de vida 2. Indicações do ato operatório Urgência Emergência Eletivo Anamnese - questionamentos a serem feitos 1- Quanto tempo decorreu do trauma agudo? Existe reparação fibrosa da fratura? * Muitas vezes hematomas dificultam muito o acesso cirúrgico, em algumas fraturas de face (mandíbula, maxila, zigomático), tende a aguardar um período de tempo de 4 a 5 dias para que o paciente regrida o edema e tenha uma referência melhor do lado não afetado, e facilita a cirurgia. * Fratura de zigomático recompõe rapidamente, 10 dias após a fratura ja existe uma cicatrização, e na cirurgia de reconstrução necessitaria de uma nova fratura. * O tempo não deve ultrapassar de 4 a 5 dias, fora disso já existe o risco de união óssea. * Fraturas de nariz, consolidam muito rapidamente, entre 3 a 4 dias. * Em crianças as consolidações são mais rápidas. 2- Coexiste fratura do rebordo alveolar com perda de substância? 3- A relação e tipo de oclusão do paciente permite estabilidade para manutenção do bloqueio maxilomandibular (BMM)? * Primeira coisa a se pensar é devolver a oclusão do paciente. * Antes do trauma alguns pacientes já tinham alterações oclusais importantes, como saber a oclusão do indivíduo? Como reconstruir? * Não é objetivo de uma cirurgia de reconstrução de fratura uma reconstrução da oclusão ideal do paciente. Devemos “devolver" os problemas do paciente. Deixar como era antes, independentemente se havia ma oclusão ou não. * Redução anatômica abrir e colocar os segmentos em posição. Mesmo assim, somos sujeitos a uma série de eventos (intercorrências). * Pacientes de arma de fogo normalmente ficam com sequelas, pois há perda de 3 substância, tanto tecido mole quanto duro. 4- O quadro sistêmico permite o tratamento cruento ? * Muitas vezes quadros sistêmicos não permitem a cirurgia. * Pacientes com quadros sistêmicos que necessitam de UTI, primeiro eles ficam na UTI o tempo que for preciso, depois, quando estiver melhor, a cirurgia é feita. * Existe um tempo para a cirurgia, que é ligado ao quadro sistêmico do paciente. * Quadros clinicos que nao permitem a realização da cirurgia, assim devemos aguardar muito mais tempo, 90 dias, ou mais, até a situação do paciente estar adequada a cirurgia. 5- Coexiste trauma de crânio? O Paciente ficará no leito por tempo indeterminado? É importante observar se o paciente apresenta tonteira, ansia de vômito, que indica que teve um traumatismo craniano. 6- O perfil psicológico do paciente permite BMM por 30 a 40 dias? * BMM - fixar a mandíbula na maxila para não mover a boca, impede de abrir a boca. Por que fazer isso? Forma de imobilizar os mm da mastigação. Atualmente, praticamente não faz o BMM, diminuído através das placas e parafusos. 7- Qual as condições nutricionais do paciente? * Pouco comum, sendo mais comum em paciente idosos. 8- Normalmente, quais são as condições da higiene bucal ? * Trauma fechado - 2 dias de antibiótico, podendo optar por não fazer, ou fazer por causa do hematoma, que é um meio de cultura. * Trauma aberto, dentro ou fora da boca - limpar e fechar bem a ferida, não deixando hematoma, na rotina hospitalar 48 horas de antibiótico, mas pode variar, como por exemplo trauma de mento (local de fácil acesso em infecções) ou fraturas de órbita (aumentar os dias de antibioticoterapia). Com hematomas, deixar por pelo menos 5 dias. * Local da fratura - onde foi ? Pode mudar o tratamento. Ex: dentro de casa ou curral. * Amoxicilina + clavulanato Etiologia Acidentes automobilísticos e motociclísticos Agressões físicas, arma de fogo, arma branca Acidentes esportivos e quedas Acidentes de trabalho Ferimentos de guerras Fraturas patológicas Fraturas por exodontias - mais comumente em extrações de terceiros molares. * Crianças são mais flexíveis, traumas são menos danosos às crianças, pois o osso suporta maior impacto. * Armas de fogo são difíceis de tratar, pois existe perda de substância, não respeitaa anatomia e cauterizam os tecidos. Aumenta o índice de infecção, hematomas, áreas de necrose maior e apresentam assim, sequelas maiores, como fibroses teciduais, perda de tecidos, perda de dentes. * Lesões por armas brancas: com porta de entrada pequena, mas são profundas, o que favorece o crescimento de M-O anaeróbicos. Mesmo em feridas menores, principalmente em crianças que perfuram a 4 orofaringe com objetos pontiagudos local de difícil acesso e difícil higienização e onde tem muita placa também (manter antibiótico por 15 dias). * Pacientes em extrações de terceiros molares, onde existe uma grande possibilidade de fratura após a extração, existe a necessidade de colocar uma placa. Considerações anatômicas Fatores que influenciam no tipo, extensão e grau de deslocamento da fratura: Tamanho, forma, localização e densidade das estruturas ósseas Relação dos ossos com outras estruturas ou cavidades Revestimento de tecidos moles Relação com musculatura, língua e do assoalho bucal Periósteo justaposto Tecido subcutâneo e adiposo da pele Classificação das fraturas faciais Mandibulares Maxilares Complexo Zigomático Cavidade orbitárias Nasais Naso-órbito-etmoidais Exame físico Limpeza cuidadosa da face Limpeza cuidadosa da boca Inspeção extrabucal Palpação extrabucal Inspeção intrabucal Palpação intrabucal Injúrias no tecido mole: contusões abrasoes lacerações penetrantes químicas térmicas avulsões Diagnóstico por imagem Radiografias PA, AP e perfil de face/mandibula. Lateral oblíqua de mandíbula. Waters. Panorâmica. Oclusal inferior. Hirtz. Transcraniana para ATM. Mais utilizada em hospitais tomografia computadorizada. Avaliação: pré-operatória Exames laboratoriais - hemograma e coagulograma. Dependendo da idade do paciente e história familiar do paciente, devemos avaliar e desconfiar de outros problemas. Investigar doenças de base (diabetes, cardiopatias, discarias sangüíneas). Avaliação Cardiológica. Avaliação pré-anestésica (escolha da anestesia). O anestésico geral é uma droga hermética, que estimula o reflexo de vômito, e o paciente não tem reflexo, perde a função da epiglote (bloqueia a laringe e o esófago), em virtude do conteúdo gástrico o paciente pode ter vômitos induzidos pelo anestésico e ter uma broncoaspiração (conteúdo gástrico no pulmão), e pode levar a uma pneumonia ácida. Muitos pacientes vão a óbito com esse quadro. Por isso paciente deve estar em jejum Sedação pode ser feita por meio oral, inalatória (menos riscos) e venosa (mais riscos) 5 TRATAMENTO DAS FRATURAS Avaliação pré-operatória Exames laboratoriais – existem exames pedidos em urgência e em emergência. De uma maneira geral, em um paciente que está sem risco de vida, basta um he- mograma completo e um coagulograma Investigar doenças de base (diabetes, cardiopatias, discrasias sanguíneas...) Avaliação pré-anestésica (escolha da anestesia) Estômago cheio (jejum necessário para anestesia geral, remoção pré-operatória do conteúdo gástrico, podem ocorrer vô- mitos induzidos pela anestesia geral) o anestésico geral é uma droga emética, estimulando o vômito, além de o paciente ficar sem reflexo, não conseguindo con- trolar os movimentos da epiglote, geran- do um quadro de broncoaspiração, ge- rando primeiramente um bloqueio dos alvéolos pulmonares e gerando um qua- dro de infecção grave que muitas vezes leva a óbito Preparo do paciente na sala de cirurgia Princípios básicos (sequência) 1. Redução: reposicionamento do osso fraturado no seu local de origem. Redução anatômica: reestabelece a condição do paci- ente antes do trauma; redução não anatômica: se reconstitui a anatomia até certo ponto, há perda de estrutura durante a fratura 2. Contenção: manter os fragmentos fratu- rados em posição ideal (mais próximo possível da anatomia original), porém não impede que se movam 3. Imobilização: impossibilitar a movimen- tação dos músculos impedindo, assim, a sua atuação sobre os fragmentos fraturados. Pode também haver a imobiliação óssea - As placas são um exemplo de imobilização. * Em fraturas em que não há grande deslo- camento e a ação da musculatura não inter- fere tanto na posição dos fragmentos, pode- se fazer apenas a contenção (ex: fratura do nariz) Métodos de imobilização Os dois principais métodos de imobilização são: Odontossínteses e Osteossínteses. Odontossínteses. Arcos vestibulares Tala gessada Sonda inflarei Fio de Kirchner Fixação externa Cerclagem Suspensões Osteossínteses CLASSIFICAÇÃO (da imobilização): 1. Ativo: quando o método de imobilização gera alguma movimentação (dente, do osso, da musculatura). 2. Passivo: método de imobilização sem nenhum tipo de movimentação. 3. Cruento/redução aberta: na presença de sangue, quando tiver que abrir o paciente. Intervenção aberta para poder colocar um método de imoblização (exposto) 4. Incruento/redução fechada - quando não corta o indivíduo. ** SEMELHANTE A TRATAMENTO FECHADO E TRATAMENTO ABERTO. Classificação das fraturas 1 - Número de regiões acometidas: Única Múltipla (num mesmo local ou em mais de um local). 2- Quanto ao número de traços de fratura: Traço único: simples Mais de um traço de fratura: composta o Cominutiva (múltiplos traços). 3- Direção do traço: Vertical Horizontal Oblíquo Bizel: em uma radiografia panorâmica, haverão 2 traços de fratura, com um 6 traço na vestibular e outro na lingual, dando a impressão de dois traços de fratura, podendo parecer ter um fragmento intermediário. 4- Extensão dos traços da fratura: Completa - ocorreu numa área e se completou. Incompleta - ocorreu numa área e não se completou por inteira - popularmente chamado de trinca. Galho verde - Basicamente só vê esse tipo de fratura em côndilo de crianças, pois não é totalmente ossificado. 5- Comunicação com meio externo: Aberta - aquela em que teve alguma forma de comunicação com o meio externo - tem que romper todos os planos de tecido mole que circunscreve o tecido duro. Se envolver dente vai ser sempre aberta por rompimento do lig periodontal e epitelio juncional Fechada - nenhuma comunicação com o meio externo. Fratura de arco zigomático, coronoide e condilo, normalmente são fechadas. 6- Presença de M-O: Limpa - quando não tem comunicação com o meio externo. Contaminada ( ou potencialmente contaminada) – exposição a m-o Infectada - com a presença de infecção (multiplicação de m-o) 7- Presença de dentes: Paciente dentado - se a fratura ocorrer em área de dente, normalmnete ela é aberta pelo rompimento do epitelio juncional e ligamento periodontal, permitindo uma porta de etrada. Haverá neste caso sangramento intraoral. O tratamento em paciente desdentado é mais fácil, pois há a referência da oclusão para a redução óssea, além de haver uma gama maior de contenção Desdentado - proteção através da mucosa (se for ceratinizada tem uma maior proteção) e periósteo. Se fraturar e não rasgar/lacerar a mucosa é uma fratura fechada. Tratamento mais complexo, ´pois não há referência de oclusão, devendo-se observar a referência anatômica, o que torna o tratamento mais invasivo (Abrir tudo e conferir segmento por segmento. Paciente desdentado total raramente trata de forma conservadora pois tem que abrir para consertar a fratura já que a referencia anatômica é o osso.) Parcialmente dentado . 8- Quanto à forma de tratamento: Redução aberta ou cruenta pode fazer acesso intra bucal ou extra bucal. Acesso intra bucal é mais difícil, porém está com a flora em harmonia. Acessoextra bucal: Nesse acesso temos alguns problemas como: cicatrizes, acesso com risco de lesão a estruturas nobres (como o nervo facial) e maior chance de infecção, mas apresenta como Vantagens a melhor visibilidade das estruturas anatômicas (ex: acesso ao mento por extra oral tem visibilidade da vestibular e lingual). Redução fechada ou incruenta o dente é fundamental para contenção, se não tiver os dentes o tratamento é de forma cruenta. 9. Deslocamento: Com deslocamento: Existem fraturas mais favoráveis ao deslocamento, quanto mais favorável ela for ao deslocamento, pior será para a redução da fratura. As fraturas de mandíbulas são altamente influenciadas pela musculatura, já na maxila isso não acontece. E assim, temos também ao contrário,ou seja, quanto menos favorável ao deslocamento melhor a redução da fratura. Sem deslocamento Afundamento (deslocamento) : nomenclatura antiga. Impactada: (deslocamento) Quando um fragmento ósseo entra dentro do outro. Comum em região de maxila, quando a maxila impacta no osso esfenoide. 10. Favorável 7 Favorável ao deslocamento - Desfavorável à redução. Desfavoralvel ao deslocamento - Favorável à redução. Acessos cirúrgicos intrabucais Intrabucais: Incisão de Le Fort I: Acessos superiores. Acesso de Obwegeser: Região posterior de côndilo. acesso a região mentoniana: Parasinfisária e sinfisária. Quanto mais anterior, mais fácil de tratar. Acessos cirúrgicos extra bucais: Coronal: Terço superior e as vezes médio. (couro cabeludo) Submandibular (Risdon): tradicional para fraturars de copo e ramo de mandíbula. Retromandibulares (Hinds): Para colo de côndilo. (posterior à parótida) Submentual: Temporal (Gillies): Acesso ligeiramente acima do arco zigmático (incisao para romper as fibras do temporal que se inserem no arco), acesso com boa visibilidade, porém cicatriz feia. Princípios gerais para abordagem cirúrgica ao esqueleto facial Área de interesse cirúrgico Localização do acesso cirúrgico Respeito às estruturas anatômicas Fatores relacionados à cicatrização Idade do paciente Características anatômicas individuais - Lacerações pré existentes - Cicatrizes pré existentes - Características étnicas (cicatrizes hipertróficas, formação de queloide, história de hipo ou hiperpigmentação melânica) Expectativa do paciente - Decisões sobre abordagem cirúrgica estética - Informar o paciente sobre o tipo de abordagem indicado e suas consequências estéticas - Consentimento informado. Contenção e imobilização I, Odontossíntese Quando se usa os dentes para a síntese. quanto maior a quantidade de dentes melhor, maior a contenção/imobilização. Para realizar a odontossíntese, deve haver: dentes com boa ancoragem - com suporte periodontal (dentes com doença periodontal, fraturas e luxados não são bons). Molares são os melhores, quanto maior a fixação melhor para o cirurgião. Alinhamento no arco – em dentes desalinhados, como exemplo de mordida aberta anterior, se fizer um método nesses dentes, podem extruir. Dentes contíguos (contenção) - para nao ter movimentação dos dentes. Presença de dentes antagonistas (imobilização) - preciso ter os dentes para conseguir imobilizar. Ter coroa Não estar muito apinhados As Odontossíntes podem ser classificadas como contenção, imobilização ou contenção e imobilização 1.1. ODONTOSSÍNTESE DE CONTENÇÃO: Diminui dor, sangramento, porta de entrada de m-o e impede lesões a outras estruturas Amarrias realizadas entre os dentes de uma mesma arcada: (horizontal ou interdentária – unem dentes de um mesmo arco) a. Escada - Amarria em escada Indicação: fratura sinfisária e parassinfisária, em traumas dentoalveolares e em fraturas favoráveis e sem desvios. 8 Contra-indicação: dentes com apinhamento e luxados (podem avulsionar) confecção: deve abranger 2 a 3 dentes de cada lado da fratura, usando primeiro fio de aço nº 1 na (1) DV do último dente de um lado, (2) passando pela lingual e (3) saindo pela distal do último dente do outro lado. (4) Traciona pela vestibular até o ponto inicial e (5) torce os pontos no sentido horário. (6) Depois se introuduz em cada espalo interdental (menos o do traço de fraura, para não infectar ou deslocar a fratura) fios secundários nº 0 de anterior para posterior por baixo do principal e retorna para anterior poe cima do principal. Torcer os pontos no sentido horário, cortar o excedente e esconder os pontos nos espaços interdentais. b. Oito: Maior facilidade, Menos estável que amarais em escada. Fio de aço número 0. Exigem bom suporte periodontal dos incisivos. c. Risdon: Abrange maior número de dentes, estendendo até molar. Mais difícil. Indicada para pacientes que não tem dentes contíguos. Fio de aço número 1 e fio secundário número 2. 1.2. ODONTOSSÍNTESES DE IMOBILIZAÇÃO: Realizadas entre duas arcadas dentárias. Permitem uma imobilização adequada da oclusão (intermaxilar ou verticais). Necessita de dentes antagonistas para que não haja extrusão (também necessita de estabilidade da atm). Permite reparo da fratura, entretanto tem como desvantagens tem a necessidade de dieta líquida, pode levar à má higiene e há risco de asfixia em caso de vômito a. Ivy: 9 Chamada de odontossintese de anel. E através dos anéis se faz a imobilização do paciente. feita com fios de aço nos dois arcos dentários. confecção de alça através de um fio colocando ao redor de dois dentes adjacentes. realizada em incisivos, PM e molares, devendo haver pelo menos 3 pontos de BMM (o ideal é 4 pontos) Indicação: fraturas mandibulares sem desvio e maxilares sem grandes deslocamentos Confecção: Utilização de fio nº 1 ou 0 dobrado. (A) Torce o fio no meio no sentido horário de forma a se obter uma alça; (B) Passar as duas pontas do fio no sentido VL dos dentes de apoio, contornando-os com auxílio de porta- agulha; (C) tracionar uma ponta para mesial e outra para distal voltando para a vestibular. Tracionar a posta distal para mesial, passando entre os fios abaixo da alça, unindo-o à ponta mesial, torcendo as duas pontas. Posicionar a alça no espaço interdentário; (D) Cortar o exceso de fio e esconder a ponta no espaço interdentário; (E, F, G, H) Colocar o paciente em oclusão e realizar BMM passando fio de aço entre as alças b. Gilmore 1.3. ODONTOSSÍNTESE DE CONTENÇÃO E IMOBILIZAÇÃO a. amarria de gilmer sauer intermaxilar indireta, pois emprega fio e barra vestibular Indicação: fraturas com desvio e associação com osteossítese / para casos de ausência de dentes Deve-se procurar o apoio do maior número de dentes para distribuir as forças geradas pelo bmm Confecção: a barra é fixada aos dentes com fio de aço nº 1 para dentes posteriores e nº 0 para dentes anteriores. Insere-se o fio no espaço interdental mesial por baixo da barra, contornando a cúspide ligual ou palatina e retornando para vestibular pela ameia distal acima da barra. Torce-se então as duas pontas sobre a barra, corta o excesso e esconde a ponta. Coloca-se o paciente em oclusão e faz o bmm passando o fio entre aletas de dentes antagonistas Barras vestibulares é a mais utilizada . utilizado no trans operatório e como forma de tratamento. Barras: Erich, Jelenko e Winter. Desvantagens: dificulta a higiene, hiperplasia gengival e pode causar extrusão dentária (não usar em caso de mordida aberta). Necessita de adequado suporte periodontal 10 Indicação: imobiliação das fraturas de sínfise, corpo e ângulo com ou sem deslocamento; fraturas verticais de ramo, colo do côndilo; fraturas dentoalveolares – em dentados e desdentados parciais. Deve envolver de 1º ou 2°molar de lado a lado com amarrias em canino e posteriores b. aparelho ortodôntico: ideal indicações: utilizado em cirurgias ortognáticas. Fratura de processo alveolar, luxação e avulsão dentária, fratura de corpo, ângulo e condilo sem deslocamento significativo. arco vestibular = contenção. esporres no arco = imobilização. II. Goteiras dificil onfecção. mecanismos de síntese que usava quando o paciente não tinha dentes para contenção e imobilização. Reproduz relação maxilomandibular prévia ao trauma (visa mantê-la junto com a dv). Fixada por meio de suspensões e cerclagens. Atualmente são mais utilizadas placas e parafusos, que são mais práticos. *pode-se usar a pt como goteira – podem ser modificadas por adição da barra de erich na região vestibular posterior bilateral e anterior acima dos dentes (fixados com resina acrílica quimicamente ativada). Para facilitar a alimentação e impedir a obstrução de vias aéreas, podem ser feita a remoção dos incisivos centrais. Na pt superior, são feitos 3 orifícios com broca esférica para suspensão na espinha nasal anterior e arcos do zigomático. NA inferior, fixada com cerclagens circunmandibulares III. Suspensões e cerclagens: Suspensões: Consiste no uso de arcos ou goteiras conectados com fio de aço apoiados diretamente em um ponto fixo no esqueleto facial. A porção fraturada é mantida em contato e sustentada pela porção intacta do esqueleto facial. "'mesmo principio do suspensório”’- quanto mais alta a fratura, mais alta será a suspensão. o local de apoio da suspensão deve estar integro e não fraturado (2 regras). Utilizado para contenção das fraturas, para bmm, para fixação de goteiras ou próteses parciais ou removíveis quando estivesse lidando com paciente desdentado total. Ainda se utiliza em determinadas circunstâncias. Realizada na maxi-la, numa região anterior e posterior. Deve ser bilateral. Localizada acima da fratura. Os pontos de apoio são: espinha nasal anterior, abertura piriforme bilateramente, arco do zigomático bilateralmente, processo zigomático do frontal. 11 Cerclagens: mesmo principio, porem feito na mandíbula. Realizadas na mandíbula, na região de canino e molar bilateralmente. Função: fixar goteiras e próteses, BMM com fixação esquelética, contenção de fraturas IV. Parafusos para BMM (monocorticais) Uso de parafuso na maxila e mandíbula unidos por fio de aço. Substitui uso de barras e amarrias, causando menos lesão gengival. Há menos risco de contaminação, menor tempo cirúrgico, mais simples e facili- ta a higiene. deve haver cui-dado com as raízes dentárias. O calor excessivo da broca pode levar à necrose tecidual, dor e instabilidade do parafuso. Deve haver cuidado também com estruturas nobbres na mandíbula. São contra-indicados em fraturas cominutivas e extensas. V. OSTEOSSÍNTESE osso como método de síntese. contenção direta da estrutura óssea fraturada. Pode associar com fixação esquelética 1. FIXAÇÃO INTERNA: Colocação de amarri- as, parafusos, placas, hastes, pinos ou outros dispositivos aplicados diretamente sobre os ossos para ajudar na estabilização da fratu- ra. 1.1. FIXAÇÃO INTERNA NÃO RÍGIDA: forma de fixação óssea que não seja forte o bas- tante para prevenir movimentação fragmen- tar ao longo da fratura na utilização ativa de estrutura esqueletal. Ex: Fio de Kirschner. Necessita odontossíntese + BMM associado Bloqueio ou contenção maxilomandibular realiza-se odontossíntese na maxila e na mandibula. tempo: variado - em média 45 dias. bloqueio elástico - semi rígidos (pode tirar e colocar, permitindo a higienização). bloqueio com fio de aço - rígido. Desvantagens: dificuldade de higiene, limitação social, dificuldade de fonação, limitação de dieta, extrusão dentária, retração gengival, risco de anquilose em fraturas de condilo. Contra-indicações: distúrbios convulsvos, distúrbios psiquiátricos, alcoolismo, deficiência imunológica, idade avançada, saúde deficiete com restrições alimentares Indicações: bruxomicos, impossibilidade de placa e parafuso (preferível atualmente) 12 1.2. FIXAÇÃO FUNCIONALMENTE ESTÁVEL Fixação não rígida forte o bastante para permitir o uso ativo do esqueleto durante a fase inicial curativa, mas não o suficiente para prevenir mobilidade interfragmentar técnica de traramento de fraturas de ângulo ou corpo de mandíbula com miniplaca única – * CHAMPY: miniplaca única de não com- pressão presa com parafusos monocorticais de 2 mm (2.0). a região ideal para osteossín- tese seria na borda superior da mandíbula (linha de força). Técnica: anesthesia geral, fixar a barra de erich para bloqueio transoperatório, acesso intraoral na região do trígono ao lado da fratura, divulsão, redução, adaptar miniplaca de 2.0 mm monocortical não compressive no bordo superior mandibular (geralmente 3 parafusos), sutura da mucosa Obs: se a fratura de ângulo for cominutica, com grandes deslocamentos em idosos e/ou edentulos utilizar fixação interna rígida 1.3. FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA: Qualquer forma de fixação aplicada diretamente aos ossos que seja resistente o bastante para prevenir movimentação fragmentar ao longo da fratura na utilização ativa da estrutura esquelética. Deve ser menos robusta (mais flexível – 2.4 ou 2.0) na zona de tensão e mais robusta (2.7) na zona de compressão. Pode seer associada com champy, Bmm ou odontossíntese. o pré requisito é a exposição cirúrgica para alinhar anatomicamente os fragmentos – redução aberta- e assegurar a fixação dos dispositivos Load sharing: carga compartilhada com o osso em cada lado da fratura - Placa compressiva - parafuso lag screw: as roscas do parafuso estão ancoradas em um só frag- mentos. Usado em fraturas bem oblíquas e que permi- tam a colocação de 2 pa- rafusos (se permitir só um, associar com miniplaca). Em cominutivas pode ajudar transformando-a em fratu- ra simples ao fixas vários fragmentos Placa: 2.0 mm - Semi rígida Placa: 2.7 mm - Rígida. 13 Load Bearing: carga suportada, onde o dispositivo é resistente e rígido o suficien- te para suportar toda a carga aplicada durante as funções. Indicado para fratu- ras cominutivas, mandíbulas atróficas e com grande perda de porção mandibu- lar. (em cominutivas usar placas e para- fusos mais robustos) Aplicações específicas: paciente com lsão neurológica, em que bmm é desa- conselhado; epilépticos; politraumati- zados; com fratura e desloca-mento importante; idosos com mandíbula a- trófica Aplicações clínicas: bilateral de côndilo, lf i, II ou III, cominutivas, fratura de ân- gulo, corpo e ramo Técnica: abordagem cutânea EB ou IO, descolamento mucoperiosteal, limpeza do tecido de granulação interposto entre os fragmentos, redução para alinhamento anatômico, escolha das placas (fratura simples ou favorável: pequena de 4 furos / oblíquas: mais compridas), perfuração de osso e irrigação com soro, colocação dos parafusos; avaliar imobilização VANTAGENS DA FIXAÇÃO INTERNA União e estabilização dos fragmentos em 3 dimensões, facilitando o reparo; permi- te hygiene e nutrição; não interfere na fala, evitando atrofia por desuso; minimia risco de obstrução das vias aéreas; em grandes des- locamentos, traz o fragment à posição pré- trauma; isenta ou reduz o tempo de bmm DESVANTAGENS DA FIXAÇÃO INTERNA Custo; tempo; técnica sensível; necessita de cirurgia e anesthesia geral; risco de infecção e mal união dos cotos; pode precisar de a- cesso extrabucal; pode causa injúrias a raí- zes. Outros métodos de fixação: - Bandagem: primeiros relatos de tentativa de tratamento. Atualmente é feita com uma banda elástica. Usado para uma contenção provisória - como em ambulâncias,em casos de sub luxação mandibular. - Capacete: Tinham uma fixação craniana, e usavam hastes para conter fraturas do paciente. Osteodestractores: atualmente ainda utilizado. - Mascara de tração facial: quando quer estimular o crescimento antero-posterior da maxila. Tracionamento e estabilização de fraturas da maxila. 1 ponto fixo e 1 ponto tracionável. Fratura de nariz – 1° Contenção é intranasal - gase ou balonete com soro para levantar e conter (contenção interna) – Vai levantar os ossos fraturados, tempo máximo de permanência 48h. 2° Contenção é extranasal (externa) - pode usar gesso, placas de titânio – Vai modelar a fratura do nariz, tempo de permanência de até 1 semana. Reação biológica e reparo ósseo: Contato direto - Remodelamento intracortical, remodelação haversiana (cicatrização primária). União primaria. Com Gap: Pequeno gap imobilizado: remodelamento com osso lamelar (cicatrização primária) Pequeno gap não imobilizante – remodalamento secundário (calo ósseo – o organismo tenta imobilizar a fratura) Gap largo: remodelamento secundário; reparo com osso trabecular (calo ósseo) Secundária - cicatrização óssea sob condição de mobilidade entre fragmentos ossos é de- nominada indireta ou secundária calo osseo. 14 Osteossíntese: Diferenças entre fio de aço e placa. FIO DE AÇO PLACA Necessário BMM Geralmente usa BMM Cicatrização (calo ósseo) Cicatrização melhor e mais rápida Baixo custo Alto custo Facilidade na técnica Técnica mais elaborada Facilidade no ensino Maior complexidade no ensino Infecção difícil Infecção (controverso) Percepção quase nula Fácil percepção externa Fácil Correção Deve ser removida e reposicionada 15 FRATURA DE MANDÍBULA Apesar de a mandíbula ser um osso resistente, sua fratura é frequente pela proeminência na face. Etiologia: Acidentes de carro, motos, bicicletas, esportivos, agressões (arma brancas ou de fogo), e quedas ao solo. Fraturas patológicas, geradas por lesões tumorais/císticas, que vai fragilizar a mandíbula e levar a riscos de fraturas. Fraturas geradas pelo dentista No tratamento de qualquer fratura óssea, os objetivos são: restaurar a função adequada (mastigação, fala e movimentos amplos), assegurando a união dos segmentos fraturados e restabelecendo a resistência pré-lesão. restaurar qualquer defeito de contorno que possa surgir como resultado da lesão. Impedir a infecção no sítio da fratura. Durante o tratamento, deve-se dar importân- cia à oclusão dentária, à posição dos côndi- los na fossa articular e à estética, sendo ne- cessária a redução mais precisa possível, sendo desníveis inaceitáveis. O osso alveolar é menos resistente, po- dendo ocorrer fratura dentoalveolar de forma independente da mandíbula. O colo do côndilo é uma região frágil, sujeito a fraturas muitas vezes resultantes de um impacto no mento. Alguns dentes podem levar a menor re- sistência em determinados locais da mandíbula (como os terceiros molares e as raízes dos caninos), entretanto estes também podem auxiliar na redução e imobilização da mandíbula através da oclusão. Durante o tratamento de fraturas mandibula- res, nunca se deve negligenciar a oclusão, pois isto pode levar a sequelas. Nem sempre no tratamento de fratura mandibular se bus- cará uma oclusão perfeita (chave de oclusão e classe I óssea), pois se deve restaurar a oclusão que o paciente já apresentava, pois, alcançando-a, alcança-se também a correta posição dos fragmentos ósseos. Nestes casos em que se suspeita de que a oclusão do pa- ciente não era perfeita, pode-se investigar a oclusão prévia através de facetas de des- gaste, modelos de gesso ou outros sinais clíni- cos. Envolvimento dentário Quando há presença de dentes o traço de fratura, pode-se considerar que é uma fratu- ra exposta, pois ocorre comunicação através do espaço do ligamento periodontal após a ruptura do epitélio juncional e inserção con- juntiva. Os dentes envolvidos em traço de fratura devem ser extraídos quando: Houver fratura ou mobilidade do ele- mento Houver grande separação dos fragmen- tos na região Quando o dente interferir na redução e fixação óssea Houver processo periapical no elemento Terceiro molares (com exceção dos que favoreçam a redução da fratura) – sem consenso Caso o traço de fratura esteja adjacente ao dente, pode-se tentar conservá-los. Em 5% dos casos de manutenção destes, podem ocorrer complicações como: infecção, consoli- dação viciosa (consolidação do osso em posi- ção incorreta) e perda dentária. Músculos Fragmentos que ficam na região do masseter geralmente ficam mais contidos pela presen- ça do músculo. A partir da borda anterior do masseter, os fragmentos apresentam menor cotenção. O fragmento em uma fratura bila- teral na região de caninos pode ser deslo- cado para posterior pela ação do digástrico, genio-hióideo e genioglosso, o que gera o deslocamento também da língua para pos- terior, fazendo com que a mesma obstrua a 16 passagem de ar, devendo este caso chamar atenção do cirurgião, podendo ser necessá- rio um tratamento imediato para a manu- tenção das vias aéreas. Vascularização Hematoma sublingual é patognomônica (ca- racterístico) de rompimento de periósteo em decorrência de fratura. Inervação A lesão do nervo alveolar inferior resulta em parestesia ou anestesia do lábio e região mentual, entretanto uma boa redução é ca- paz de permitir o retorno da sensibilidade da região. Princípios ortopédicos usados na cirurgia Redução: pode ser obtida por técnica aberta ou fechada Aberta (cruenta): o sítio da fratura é exposto, permitindo a visualização da área Fechada (incruenta): o sítio da fratura não é exposto cirurgicamente, mas a redução é considerada adequada pela palpação de fragmentos ósseos e pela restauração dos segmentos funcionais, por exemplo, pela restauração da oclusão dentária O acesso pode ser intra ou extrabucal Extrabucal: boa visão e possibilidade de ampliação da área, entretanto deve-se atentar à maior possibilidade de infec- ção e à cicatriz. Intraoral: realizado através de incisão do sulco vestibular, permitindo acesso à face vestibular da mandíbula na região dese- jada. Não oferece uma ampliação tão eficaz quanto a extrabucal, mas tem co- mo vantagem a menor chance de infec- ção e a ausência de cicatrizes antiestéti- cas. Cuidados de escovação e uso de co- lutórios. .Fixação: deve ser capaz de resistir às forças de deslocamento que agem sobre a mandíbula. pode ser direta ou indireta. Direta: o sítio da fratura é exposto, visualizado e reduzido, então a estabilização é aplicada no local. A rigidez da fixação direta pode variar de um fio simples de osteossíntese sobre a fratura (fixação não rígida), até uma miniplaca na área de tração da fratura (fixação semi-rígida), ou pela compressão da placa óssea (fixação rígida) ou ainda pela colocação de parafusos de compressão isolados (técnica do lag screw). Indireta: estabilização dos fragmentos ósseos proximal e distal num sítio distante da linha de fratura. O método mais comum usado para as fraturas é a fixação intermaxilar. Classificação das fraturas 1. Região Côndilo: intra ou extracapsular; com ou sem luxação Coronóide Ramo Ângulo: 3º molar ao ramo Corpo: canino ao 3º molar Parassínfise: sínfise ao canino Sínfise Processo alveolar 2. Muscular Favorável: sem deslocamento ósseo Desfavorável: descontinuidade óssea com necessidade de restaurar a anatomia 3. Lado 17 Unilateral Bilateral Múltiplas 4. Nº de traço de fratura Simples: traço único sem fragmentos in- termediários Cominutiva: vários fragmentos diminutos 5. Direção dotraço de fratura 6. Extensão Completa Incompleta: sem separação (inclui-se as fraturas em galho verde - mais comum em crianças) 7. Grau de deslocamento 8. Presença de dentes 9. Agente causador Traumática Patológica: ex - cistos, tumore 10. Comunicações com meio externo: exposta para a cavidade bucal apresenta pouca chance de in- fecção, ao contrário da fratura exposta em pele. 11. Envolvimento de tecidos moles 12. Presença de MO 13. Tipo de tratamento 14. Indicação do ato operatório Exame clínico Anamnese: História do trauma (quando? onde? como? perda de consciência?), direção do impacto (muitas vezes mostra a presença de alguns tipos de fraturas que não estão ligados diretamente ao impacto, como o trauma parassinfisário, que pode levar a fratura do côndilo do lado oposto), oclusão prévia, história de DTM, sintomas. Avaliação neurológica: lúcido, orientado, confuso. Escala de Glasgow (ECG): Avalia o nível da consciência e não a magnitude da lesão cerebral. Limitações: operador, tipo de estímulo doloroso, local de avaliação, intubação do paciente. Ex: pupila do paciente com estímulo de luz: ambos os olhos devem contrair conjuntamente. Existem 2 quadros preocupantes: quando a pupila não responde na maioria das vezes é devido a um traumatismo craniano grave; ou quando as pupilas reagem de forma diferente, DENOMINADO Amisocoria pupilar (embora, existem pessoas que apresentam amisocoria congênita) Perguntar ao paciente: Qual seu nome? Orientado na sua identidade. Onde está? Está orientado no espaço. Que dia é hoje? Localização dentro do tempo. Identidade, espaço e tempo. Muitas vezes eles falham nas respostas, exigindo maior atenção ao paciente (trauma craniano). Sinais vitais: Abertura ocular Resposta Verbal Resposta motora 6 Obedece comandos 5 Orientado Localiza a dor 4 Espontâne o Confuso Flexão normal 3 à estimulo doloroso Palavras inapropria das Flexão anormal. 2 A estimulo doloroso Sons incompree nsíveis Extensão 1 Sem resposta Sem resposta Sem resposta 18 Paciente traumatizado: aumenta frequência cardíaca e respiratória e diminui a pressão sanguínea e temperatura Importante investigar se o paciente apresenta alguma lesão mais grave, como hemorragia cerebral, pois, caso apresente, será esta a prioridade de tratamento, uma vez que raramente uma fratura mandibular apresentará risco de vida ao paciente. Apenas após esta investigação, realizada no exame clínico, o paciente poderá ser submetido a uma cirurgia para o tratamento da fratura mandibular. *Em pacientes idosos, importante investigar a causa do trauma, como quedas causadas por problemas neurológicos ou cardíacos. Exame físico Inicia-se com limpeza cuidadosa da face para verificar as lesões, seguido pela limpe- za intrabucal. Inspeção extrabucal: pode haver a pre- sença de equimoses, edemas, lacerações do tecido mole, deformações ósseas. Po- de haver a presença de hematomas, que são meios de cultura e podem comprimir estruturas nobres. Caso haja grande des- locamento ósseo, o paciente pode apre- sentar dificuldade de oclusão, mantendo a boca aberta ou semiaberta. Palpação extrabucal: região condilar, ramo, corpo. Sobre o local fraturado ha- verá sensibilidade à palpação e pode haver a presença de degraus ósseos. Havendo lesão do nervo alveolar inferi- or, ocorre anestesia do lábio inferior e do mento, principalmente em fratura de corpo Inspeção intrabucal: equimose no soalho da boca é sinal próprio de fratura da mandíbula por sua intima ligação com o periósteo. Pode haver a presença de hematomas, que são meios de cultura e podem obstruir vias aéreas. Examina-se o plano oclusal/rebordo alveolar. De- graus são sinais de fratura. Observa-se também a presença de fraturas, luxações ou avulsões dentária. žPalpação intrabucal: busca por áreas de sensibilidade e degraus. Verifica-se a mobilidade dos dentes. Em fragmentos ósseos, deve-se movimentar com delicadeza para verificar o grau de mobilidade e a crepitação óssea. Sinais e sintomas Dor à movimentação: sempre presente em fraturas, sendo exacerbada durante os movimentos, fazendo com que haja li- mitação de abertura de boca Alteração da oclusão dentaria: presente em quase todas as fraturas de mandíbu- la, podendo ocorrer degraus no plano oclusal Interferências funcionais: interferência na abertura/fechamento de boca, presença de contatos prematuros na oclusal, desvio de linha média (principalmente em fratu- ra condilar) Deformidade facial: ex - afundamento da região. Visíveis por pouco tempo, pois são mascaradas pela presença de ede- ma e equimose Edema e equimose - edema quase ime- diato em fraturas. Equimose pode se ma- nifestar em ate 24 horas. (Equimose Pressão Arterial Máx Min Normal < 120 <80 Pré- Hipertens ão 120-139 80-89 Estágio I 140-159 90-99 Estágio II >160 >100 FC-Bpm Crianças 80-100 Adultos 60-100 Temperatura Axilar 35,5-37 Bucal 36-37,4 FR- Rpm Crianças 30-40 Adultos 12-20 19 sublingual é sinal patognomônico de fratura) Crepitação óssea (ruído/sensação tátil decorrente do atrito entre fragmentos ós- seos) Mobilidade anormal (dente/osso) Disfagia Parestesia - uma parestesia ao longo no nervo alveolar inferior, indica fratura por deslocamento na região do corpo ou do angulo da mandíbula no lado afetado. Desvio em abertura bucal Fratura do processo alveolar (DENTOAL- VEOLAR): qualquer fratura limitada a aérea de suporte dentário da mandíbula, sem rompimento da continuidade da estrutura óssea subjacente. É aberta, pelo rompimento do lp e EJ. Se for desdentado e não romper mucosa, é fechado. Redução fechada: recoloca os fragmentos em posição com pressão digital sobre a face l/p Contenção (3 a 4 semanas): fio de nylon e rc (rígida pode levar à anquilose), amarrias (escada, risdon, ivy), barra de erich, goteiras Fratura de sínfise/parassínfise: Etiologia: maioria das vezes trauma direto ao mento (Existe possibilidade do músculo milo-hióideo fazer o cavalgamento dos fragmentos osseos). *Lembrar da possibilidade de fraturas indiretas no côndilo. Sinais e sintomas: o Extrabucais: Edema, hematoma e equimose em região mentoniana, submentoniana e lábio inferior. Abrasão, escoriação, laceração na região do trauma. o Intrabucais: Lesão de língua frequente. Observar clinicamente má-oclusão, edema, hematoma, equimose em assoalho de boca e fundo de vestibulo, dificuldade na fala e deglutiçao, degrau (musculos mastigatórios puxam a área posterior para cima e os suprehióides e ventre anterior do digástrico para baixo) e crepitação a manipulação. Exames de imagem: Tomografia; lateral oblíqua da mandíbula, PA mandíbula, panorâmica, oclusal inferior e periapical. Tratamento: Redução cruenta (aberta) é a mais indicada com fixação de placas, miniplacas ou parafusos. Geralmente é feito acesso intra-oral com incisão ampla na altura de pré-molares, bilateralmente, para permitir acesso adequado. Mas se o trauma já gerou laceração nos tecidos extra orais é preferível fazer o acesso extra oral (submentual). – 2 miniplacas de 2.0 mm (zona de tensão/compressão) / ou mini-placa de 2.0 mm (zona T) + 2.4 mm (zona c) / ou 2 parafusos lag screw Fraturas condilares Grande frequência (15%), tendo como prin- cipais causas acidentes automobilísticos e motociclísticos. Podem ser: Técnica cirúrgica de FIR 1. Acesso - IO: evita cicatriz e lesão de estruturas no- bres. Indicado para fraturas posteriores (corpo e ângulo), permitindo a colocação perpendicu- lar dos parafusos – faz-se pequenasincisões no local por vestibular (acesso de Obwegeser) - EO: maior exposição, favorece redução. Pode ser Risdon (submandibular) para corpo, ângulo e côndilo; Linds (retromandibular) para ramo e côndilo; pré-auricular para côndilo; submentoniano 2. Estabelecer oclusão 3. Incisão, deslocamento da superfície externa 4. Escolher miniplacas e fizar 5. Remover BMM e reavaliar oclusão 20 Intra (fratura alta) ou extracapsulares (alta, baixa ou de base condilar) quanto mais baixa for a fratura, mais fá- cil é o acesso e colocação de placa). Nas fraturas baixas, o côndilo pode sofrer deslocamento para diferentes posições, ocorrendo mais comumente o desloca- mento para medial em decorrência da inserção do feixe inferior do músculo pte- rigóideo lateral no côndilo Uni ou bilaterais Exame extrabucal: geralmente neste tipo de fratura ocorre edema na região da ATM (pré-auricular) e pode haver hemorragia proveniente da orelha devido ao rompimento da parede anterior do meato acústico exter- no. Em casos mais raros, pode ocorrer o deslocamento intracraniano do côndilo para a fossa média, o que também pode gerar hemorragia pelo ouvido (SINAL DE BATTLE) ou perda de liquor. Deste modo, a orelha deve ser examinada cuidadosamen- te. Palpação: em caso de fratura, ocorre sensibi- lidade na região pré-auricular, principalmen- te nas primeiras horas após o trauma. Após o edema, pode-se verificar através da palpa- ção se houve deslocamento do côndilo (atra- vés de sua presença ou ausência na fossa articular) e a presença de crepitações ou estalos. - Exame intrabucal (fratura unilateral): presença de má-oclusão com desvio da arcada dentária para o lado afetado (FAZER QUADRO COM REVISAO DE AATOMIA), principalmente durante a abertura de boca (Desvia só após 19mm de abertura, devido a translação do côndilo na cavidade glenóide, pois antes tem apenas a rotação). No movimento de lateralidade contrario ao lado afetado ou a protrusão ocorre muita dor. Quando ocorre deslocamento anterior e medial do côndilo, o paciente fica impossibilitado de fechar a boca. Perde dimensão vertical do lado fraturado. Toque prematuro do lado fraturado e mordida posterior aberta do outro lado. * Fraturas condilares bilaterais: ocorrem os mesmo sinais, porém bilateralmente. Ausência desvio da oclusão, entretanto ocorre mordida aberta anterior decorrente da inclinação mandibular. Paciente Não faz protrusão nem lateralidade. (não há ação do m. Pt lateral) Localização: 1- Fratura intracapsular: 2- Fratura subcondilar alta: 3- Fratura subcondilar baixa: 4- Fratura de base condilar: Exames de imagem: Panorâmica, PA/AP de mandíbula desde que seja de boca aperta para não sobrepor o mastóide, Towne (subcondilares), transfacial Revisão anatômica: O feixe inferior do músculo pterigóideo lateral se insere no côndilo mandibular. Quando este múscu- lo atua bilateralmente, sua função é realizar a protrusão da mandíbula (uma vez que a sua ori- gem está anterior em relação à sua inserção). Quando atua unilateralmente, faz lateralidade para o lado contrário ao músculo que está contra- indo, uma vez que a origem Está medial em rela- ção à inserção, fazendo com que a mandíbula seja deslocada medialmente (ou seja: desvia para o lado que não contrai). Sendo assim, quando ocorre a fratura do côndilo, quando o paciente faz abertura de boca, o músculo do lado fratura- do atua apenas no côndilo fragmentado, enquan- to o do outro lado atua sobre a mandíbula toda, fazendo com que a mandíbula desvie para o lado fraturado. 21 de Schuller (intra-capsulares), transorbitária de Zimmer (intra-capsulares) e TC. 1. Fratura intracapsular Se não houver alteração na oclusão, realizar fisioterapia + analgésicos e anti-inflamatório para dor e edema Tratamento cirúrgico: realizado em casos de fratura exposta ou com comprometimento funcional que não evolui com a fisioterapia. Acesso é pré-auricular (cuidado com parótida, veias temporais superficiais, nervo facial e auriculotemporal). As fraturas altas de côndilo são tratadas de forma conservadora e quando abre (muita restrição), é para colocar uma prótese 2. Fraturas subcondilares ou extracapsulares Tratamento conservador usado principalmente em crianças, que têm grande potencial osteogênico BMM com fio de aço (por 10 dias) ou com elásticos (total de 3 a 4 semanas) para manter a oclusão do paciente e evitar que a abertura aumente a inflamação. Com o bloqueio de aço, quanto mais tempo deixar o bloqueio, maior o risco de anquilose do côndilo pela ausência de movimentação muscular. 10 dias depois do uso do bloqueio com aço, ele já tem menor inflamação e se inicia o trabalho de fisioterapia, colocando os elásticos, que são removidos para realizar a fisioterapia ficando com o bloqueio num tempo de 3 a 4 semanas no total. Esse tratamento pode ser realizado junto com o tratamento cirúrgico também. Riscos: desvio mandibular, anquilose da ATM, trismos, DTM, má-oclusão Benefícios: ausência de cicatriz, ausência de paralisia facial. sucesso no tratamento - critérios : restabelecimento da oclusão prévia ao trauma, abertura bucal maior ou igual a 40mm, ausência de dor em ATM (não desenvolver DTM). Tratamento cirúrgico: Indicações: Deslocamento Anterior e Medial do Côn- dilo (paciente não fecha a boca) Fraturas bilaterais Deslocamento do côndilo para o interior da fossa craniana Penetração de corpo estranho em ATM Fraturas em desdentados (bilateral) Tipos de acesso: Intrabucal - muita restrição, mais usados com cirurgias por vídeo. Pré-auricular - a frente da orelha. Submandibular (para extracapsular baixo) Retromandibulares (mais utilizada) - que pode ser Retroparotídeo e transparotídeo. Riscos: paralisia facial, cicatriz, hemorragia, dificuldade de redução, difícil visibilidade Benefícios: redução + fixação, ausência de BMM (nem todos os profissionais), oclusão satisfatória, restabelecimento anatômico. Recomendações: 2 placas de 2.0mm + parafusos bicorticais (cuidado com a ponta muito projetada dos parafusos que pode lesar estruturas nobres). Uma placa mais próxima da borda anterior e outra mais próxima da borda posterior. (+ fisioterapia e dieta) Complicações pós-operatórias: Alteração oclusal + assimetrias; reabsorção condilar (tratadas como assimetrias e corrigidas através de tratamento orto- cirúrgico). Fraturas condilares em crianças: - potencial osteogênico e de reparação óssea é maior em crianças = menor tempo de imobilização. - maior tempo de imobilizado = maior potencial de anquilose da ATM. —> necessidade de acompanhamento mínimo por 6 meses. Complicações da anquilose de ATM: - diminuição de abertura bucal. - diminuição de função muscular. - deficiencia fonética. - deficiencia nutricional. - assimetria facial - perfil de classe II. 22 - deficiência de via aérea. Nas fraturas de côndilo, o côndilo sofre remodelação ou reabsorção; nas crianças o tecido ósseo tende a “criar” um novo côndilo. Sempre ficará um côndilo deformado Fratura do processo coronóide Raras (0,2%) e de difícil diagnostico. geral- mente ocorrem por impacto direto. Deslo- camento do fragmento para superior para a fossa temporal por ação do músculo tempo- ral. Edema na região parotídea, sensibilida- de a palpação e equimose e pode haver pequena limitação durante a protrusão man- dibular. Trismo, má oclusão, desvio da man- díbula para lado contrário (fragmento puxa- do para posterior e superior pelo m. Tempo- ral e o resto da mandíbula pelo músculo tem- poral do outro lado) a primeira opção é não realizar a cirurgia, ficando com desvio,e se começar com limitação de abertura de boca, tem-se que remover a coronóide, pois pode haver anquilose entre a coronóide e o arco zigomático epseudoartrose com o ramo. *Atualmente com a fixação rígida pode-se optar por esse tratamento, porém é muito complexo Fratura de corpo Alta prevalência na fratura de corpo pelo fato do corpo da mandíbula ter grande extensão e também pelo reflexo de virar o rosto frente ao trauma Edema, deformação e equimose evidentes extra e intrabucal, além de degraus na oclu- são (toque prematuro no lado fraturado) ou no rebordo. Pode haver paresetesia do lábio inferior e mento. Dor e limitação dos movi- mentos. *Na radiografia panorâmica, deve- se atentar às fraturas biseladas, que mostram dois traços de fratura (um vestibular e um lingual), podendo levar a um erro de locali- zação da fratura. Acesso cirúrgico: Pode ser intrabucal: mais difícil. Extra bucal: Submandibular - risco de lesar o ramo do facial e cicatrizes (mais seguro). Tratamento: BMM raramente vai ser usado. Geralmente fixação interna rígida. 02 mini-placas 2.0mm (zona tensão/compressão) mini-placa 2.0mm (zona z) + placa 2.4mm (zona c) “Load-Sharing” carga compartilhada. Usar load bearing em mandíbulas atróficas com perda ou reconstrução Fratura de ângulo Da distal do último dente erupcionado até a subida do ramo. Etiologia: traumas laterais Ou trauma parassinfisário (neste caso ocorre a fratura de ângulo do lado oposto) Sinais e sintomas: edema mais próximo ao ângulo da mandibula; Muitas vezes sofrem grande deslocamento, sem sinal na oclusão; Assimetria facial; Crepitação; Dor; Limitacão de movimentos mandibulares e de abertura bucal; Trismo; Parestesia de lábio inferior e mento. Exame de imagem: Panorâmica, lateral oblíqua de mandíbula, PA mandibula, TC. Presença de dente incluso ou mesmo erupcionado pode interferir na abordagem da fratura. Se tiver dente incluso só depois de 6 meses pode extrair se não extrair na hora. Considerações: Terceiro molar no traço de fratura: 85% das fraturas no ângulo - 3M presente. Maior risco: 3 M parcialmente inclusos 3M no traço de fratura: Riscos X Benefícios. Se extrair no momento: tem que fazer osteotomia e isso vai acarretar em perda de referência anatômica na redução; pode aumentar a morbidade da fratura (ex. Se romper o n. Alveolar inferior). Se não extrair no momento: risco de infecção, principalmente se estiver parcialmente eripcionado; posicionamento. Extrair: ápice exposto na linha de fratura, raiz fraturada, parcialmente erupcionado. 23 Não há consenso, prognóstico duvidoso que comprometa o reparo Tratamento: Redução fechada X Aberta: Redução fechada: usado quando há ausência ou pouco deslocamento, sem mobilidade, com oclusão mantida em situações favoráveis à redução em que o dente no traço de fratura possa ser mantido. Tratamento mais conservador. Redução aberta Acesso cirúrgico: Pode ser intra-bucal - mais difícil. Extra-bucal (submandibular) Redução aberta: casos: - fraturas simples: 1 miniplaca 2.0 - fraturas complexas: 2 placas (2.0) (basal triangle) ou placa de reconstrução (2.7) (basal triangle). Fratura do ramo Infrequentes (1,3%) pela proteção do tecidos moles. Ocorre edema na região sem grande limitação dos movimentos. Etiologias: Geralmente impacto direto. Por traumas laterais. Sinais e sintomas: assimetrias faciais (lado fraturado com edema maior), crepitação quando paciente abre e fecha a boca, a dor por causa da miosite, limitação dos movimentos mandibulares, limitação de abertura bucal, trismo, má-oclusão que nem sempre desoclui pois está fora da área dentada, parestesia do lábio inferior e mento. Exames de imagem: melhor opção panorâmica ou lateral oblíqua de mandíbula (especificando o lado direito ou esquerdo) ou a tomografia (TC). A fratura do ramo mandibular tem características interessantes: não sofre grandes deslocamentos (exceto em fraturas cominutivas de arma de fogo), tem consolidação rápida, pela proteção dos mm. masseter e pterigoideo medial. não é uma fratura muito comum e normalmente sem deslocamento importante; o tratameno é conservador e geralmente não se abre esse tipo de fratura, apenas repouso (redução fechada). Se a fratura for cominutiva, faz-se acesso retromandibular e usa placa de reconstrução 2.7 mm (fir) Exames de imagem: panorâmica + oclusal inferior; TC (principalmente em fraturas de côndilo, biseladas ou cominutivas); periapical (fraturas dentoalveolares); PA de mandíbula (pode pedir o paciente para abrir um pouco a boca para diminuir a sobeposição no côndilo); PA de face ou frontal (paciente em oclusão. Consegue visualizar bem o ramo, o ângulo e corpo da mandíbula, mas não visualiza bem o côndilo); Lateral oblíqua E e D (observar o ramo, ângulo e corpo de mandíbula); Towne (usada para visualizar a cabeça do condilo); Perfil de face ( inconveniente de não saber o lado da fratura pois tera sobreposição de estruturas) 24 25 26 FRATURA DE MAXILA Atendimento imediato: pode ter lesões neurológicas e de coluna cervical – pri- meiro estabiliza hemodinamicamente. Limpar, lavar e comprimir ferimento em TM, pois causam hemorragia Hemorragia nasal (fratura do septo) – fazer tamponamento anterior ou poste- rior (nível de rinofaringe) Avaliação oftalmológica: avaliar visão presente ou não. Avaliar lesão no n. Óptico (urgência) Entubação nasotraqueal é a escolha quando não houver necessidade de re- paro das estruturas nasais e nasoetmoi- dais. Caso contrário, faz submentonia- na. Tratar mandíbula antes para ter mais estabilidade. Se as hemorragias não cessarem, reali- zar angiografia e embolização da a. Maxilar lesionada. Objetivo do tratamento: restabelecer a oclusão Pilares (zona de resistência) Verticais: Canino Nasomaxila Zigomatimaxilar Pterigomaxilar Horizontais: Frontal Zigomático Mandíbula Exame clínico Palpação dos ossos simultânea e bimanual- mente para comparar com o lado oposto margens orbitarias, processos nasais, arco zigomático, crista zigomático e rebordo alveolar superior Fratura do processo alveolar O resultado é diretamente proporcional ao tempo que se leva pra atender o paciente (tanto quanto ao posicionamento ósseo, quanto ao dentário) – mais tempo = mais perda óssea, dentaria e de gengiva inseri- da A. Fratura em bloco (bloco de anterior - canino a canino - superior é o mais co- mum) B. Fratura da tabua óssea com fratura em bloco Fraturas verticais ou sagitais Na linha média do palato por trauma ou expansão ortocirúrgica. Sinais e sintomas: mordida cruzada posteri- or uni ou bilateral, toque prematuro em molar (mordida aberta anterior) Imagem: oclusal superior / periapical se alcançar ligamento do ic Tratamento: redução, odontossíntese em escada, contenção com barras de Erich e BMM. Obs: se for desdentado usar placas 2.0 Se o mucoperiósteo estiver intacto, a fra- tura posterior pode ser reduzida de modo fechado. Caso contrário, usar fio transós- seo Le fort i (horizontais) Base da estrutura piriforme, vai horiontal- mente (e bilateralmente) pela parede ante- rior do seio maxilar até o tuber. Para ser completa deve haver disjunÇÃO PTERIGO- MAXILAR: SE SEPARAR DO SEPTO NASAL E LÂMINA PTERIGOIDE DO ESFENÓIDE 27 SS: ALARGAMENTO DA ASA DO NARIZ, MENOR EXPOSIÇÃO DO LÁBIO SUPERIOR, APLAINAMENTO DO SULCO NASOLABIO- GENIANO, PERFIL MAIS CÔNCAVO, ÂN- GULO NASOLABIAL MAIS OBTUSO (IN- TRUSÃO MAXILAR); VERIFICAR SE HÁ MO- BILIDADE DENTÁRIA, EDEMA, EQUIMOSE E LACERAÇÃO SUPERIOR, PARANASAL E ORBITÁRIA. FRATURAS E AVULSÕES. CLAS- SE III ESQUELÉTICA E DENTÁRIA OU TOPO A TOPO. AUMENTO DO 1/3 MÉDIO VER- TICAL. SE O SEGMENTO POSTERIOR DES- CER, OCORRE CONTATO PREMATURO DOS DENTES POSTERIORES E MORDIDA ABERTA ANTERIOR. IMAGEM: TC, PERFIL DE FACE, WOKES TRATAMENTO: REDUÇÃOCRUENTA, ACESSO INTRAORAL NO FUNDO DE VES- TÍBULO DE MOLAR A MOLAR. FÓRCEPS DE ROULE: FIXA BARRA DE ERICH, DESIMPACÇÃO COM FÓR- CEPS, BMM (FIO OU ELÁSTICO), SUS- PENSÃO SE USAR PRÓTESE OU FOR DESDENTADOS (APOIO EM ABERTU- RA PIRIFORME, ESPINHA NASAL AN- TERIOR, MARGEM INFRAORBITAL, REGIÃO FRONTOMOLAR, AZ). MAN- TER O BMM POR 30 DIAS EM MÉDIA FIR – MENOR TEMPO OU NÃO SE FAZ A BMM. MÉTODO MAIS USADO. 4 PLACAS 2.0 – 2 EM CADA PILAR. EM L, Y, SEMILUNAR OU RETA * SE OCORRER FRATURA A 5 MM DO ÁPI- CE DO DENTE, NÃO HÁ NECROSE LE FORT II (PIRAMIDAL) Início na junção frontonasal, passa pelo processo frontal da maxila, desce pelo osso lacrimal, parede medial e soalho da orbita, sutura zigomaticomaxilar, desce posterior até o tuber. Para ser completo tem que quebrar o septo próximo à parte superior do etmoide SS: epistaxe nasal, desvio do septo e pirâ- mide nasal, laceração do lábio superior, anosmia (ausência de olfato por fratura da lâmina crivosa do etmoide), diplopia (bila- teral. Se for uni houve luxação do cristalino) 28 DISJUNÇÃO CRANIOFACIAL (LE FORT III) Sutura frontonasal processo frontomaxi- lar lateralmente osso lacrimal, pare- de medial e soalho da órbita sutura frontozigomática arco z desce pela fossa temporal parede posterior da maxila fossa pterigoidea SS: aumento do comprimento da face, ede- ma generalizado na face, epistaxe, anos- mia, parestesia região IO, mordida aberta anterior, característica de LF II, telecanto traumático , concavidade em região nasal e maxilar, rompe meninges, mobilidade dos elementos fraturados em deglutição e fala, velamento do SM bilateralmente. Se fratu- rar AZ há afundamento. Enoftalmia (deslo- camento do globo para dentro) (pode ha- ver exoftalmia por edema), dacriocistite (obstrução do ducto nasolacrimal com escor- rimento da lagrima pela pálpebra), hipoes- tesia dos ramos IO, fístula liquorica (rompe Duramater – risco de meningite. Ocorre pela fratura da lamina crivosa), que sai pelas narinas Imagem: TC, HITZ, perfil, Water, Perfil de face, oclusal superior Tratamento: buscar relação maxilomandibular, se houver impactação usar fórceps de Rowe até oclusão normal. Depois realizar BMM Redução cruenta: incisão IO e periorbital, FIR no pilar zigomatico e nasomaxila (em Y ou reta) com placas 1.5 ou 2.0 (em co- minutiva 2.0 mm) Odontossítese a fio ou barra de Erich, BMM, suspensão na sutura frontozigomá- tica, FIR 29 FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO ORBITÁRIO Considerações A posição e contornos do osso zi- gomático tornam-no altamente suscetível a lesões. Devido à sua posição projetada na face, é sede frequente de traumatismos, sendo considerado uma das estruturas ós- seas faciais mais sujeitas à fratura. Constitui parte do assoalho e pare- de lateral da orbita. Possui sutura com ma- xila, com osso frontal, com temporal. Apre- senta estrutura côncava convexa, forma quadrilátera/pirâmide, a face externa forma a bochecha. Envolve a ruptura dos ossos que se articulam com o zigoma – toda vez que há fratura do zigomático, ocorre deslocamento, muitas vezes em direção ao seio maxilar (pela direção do impacto e por ser um pon- to mais frágil - espaço vazio). Raramente as rupturas ocorrem o local exato das suturas. Existem diversas classificações para as fraturas de zigoma. Pode ser chamado também de “Fraturas malares”. Pelos vários pontos de união que se consolidam após a fratura, quando se dei- xa pra tratar mais tarde (depois do prazo de 5 a 7 dias), se torna um osso difícil de refraturar para reposicionar. Osso zigomático Forma piramidal, com face externa irregular e côncava e interna côncava. Sutu- ra com frontal, maxilar, temporal e esfenoi- de (dentro da orbita) O forame infraorbitário comumente está envolvido na fratura do zigomático, mesmo se localizando na maxila, pois possui um canal no interior da orbita, sendo comum hipoestesia da pálpebra inferior, asa do nariz, gengiva, etc por causa do nervo infraorbitário Revisão anatômica: N. infra-orbital se divide em n. alveolar superior médio (sensibilidade da raíz MV do 1MS, 2PMS, 1PMS, osso alveolar que envolve esses dentes e essa raíz, gengiva V desses dentes e dessa raíz) e n. alveolar superior anterior (reco- lhe sensibilidade de ICs, ILs, CS, osso alveolar desses dentes, gengiva v desses dentes, parede anterior e mucosa do seio maxilar, pele da asa do nariz, pele e mucosa do lábio superior) A fratura do zigomático frequen- temente pode levar a limitação da abertu- ra da boca pela limitação da cursão anteri- or da coronóide 30 Deve-se preocupar com a reconstru- ção da parede orbital do paciente Devido à alta presença de deslocamento do zigomático para o interior do seio maxi- lar, muitas vezes haverá presença de he- mosimuss, que é drenado pelo meato mé- dio da cavidade nasal, gerando epistaxe. Radiograficamente ocorre o velamento na radiografia do seio maxilar, pela presença de sangue. Ocorrem alterações oculares e de visão Cavidade orbitária Zigomático forma parede lateral e inferior da orbita. Fraturas do rebordo infra orbitário e do soalho da órbita podem estar ligados a fratura do zigomático (a maioria destas fraturas têm essa relação com o zigomático, mas podem acontecer sozinhas). As fraturas da parte medial do soalho da órbita geralmente estão ligadas a le fort Comumente há presença de de- graus palpáveis nos rebordos orbitários e em região de sutura em outros ossos que estão em contato com o zigomático. Para verificar isto, o paciente não pode estar com a pálpebra muito edemaciada, porque não dá pra palpar. Neste caso de muito edema, pode-se tentar palpar o arco zigo- mático (que também fica prejudicado pelo edema), ou pilar zigomático por dentro da boca (fundo do vestíbulo na altura do pri- meiro molar com dedo indicador) Etmóide – ruptura da lâmina crivosa, enfi- sema e distúrbios do olfato (anosmia). Anosmia não é muito comum. Enfisema (penetração do ar nos tecidos) de pálpebra inferior (principalmente)é muito comum, porque ocorre abertura do seio maxilar, fazendo com que, quando o individuo inspire, o ar circule no seio, o ar descola a fascia, e penetra por ali e chega a pálpebra inferior. O enfisema da pál- pebra superior também pode ocorrer quando há fratura da lâmina orbitária do etmoide e o seio frontal, acontecendo o mesmo processo, entretanto é menos comum. Considerações Processo coronóide está medialmente ao arco zigomático,. Muitas vezes ao quebrar e se deslocar medialmente, limita os mo- vimentos da coronóide (nem sempre) Pode ocorrer lesão ou compressão do nervo infraorbitário – hipoestesia. A maio- ria das vezes que o paciente tem a pálpe- bra inferior dormente, há fratura, mas não é obrigatório Classificação Grupo I – fratura sem deslocamento As observações radiográficas indicam a fratura (no exame clinico não se consegue palpar o degrau, principalmente se o paci- ente estiver com edema ou hematoma). Sem 31 evidência clinica de deslocamento (degrau). Sendo assim, não tem alteração funcional. Não há necessidade de tratamento. A ten- dência da fratura do zigomático é ficar instável. Grupo II – fratura de arco Golpes ou impactos diretos no arco. Arco dobra para dentro sem envolver paredes de seio ou da órbita. Normalmente há mais de um fragmento no arco. “amassamento” lateral – deformidade facial. Trismo / risco de anquilose com coronóide por aproxi- mação dos dois. Tomada radiográfica: hirtz (submento ver- tex) III – deslocamento sem rotação Golpes/impacto diretos sobre a proeminên- cia zigomática. Fratura e deslocamento para o interior do seio. Deficiência Antero posterior do lado afetado. Degrau palpá- vel na margem infraorbitáriae pilar zo- gomatico-facial IV- deslocamento com rotação medial Golpes/impacto direto sobre a proeminên- cia zigomatica. Fraturas e deslocamento da proeminência. Deslocamento da mar- gem infraorbitária para baixo e desloca- mento da proeminência para fora ou para dentro. Degrau palpável na margem in- fraorbitário e pilar zigomatico-maxilar. V – deslocamento com rotação lateral (me- nos comum) Golpes impactos diretos abaixo da proemi- nência zigomatica. Fratura e deslocamento da proeminência para baixo. Deslocamen- to da margem infra-orb pra cima (em vez de afundar fica projetado). Degrau palpá- vel na margem infraorb e pilar zigomati- co-maxilar. VI – fratura complexa – aquelas que não seguem uma linha de classificação seguindo as linhas de tensão da face. Golpes impactos diretos e violentos. Fratu- ra e deslocamento na proeminência. Des- locamento da margem infraorb. Degrau 32 palpável na margem infra obrt e pilar zigomático maxilar Exame físico do paciente 1. Inspeção frontal, lateral, superior, inferior Presença frequente de edema, hematoma e equimose palpebrais (tanto na inferior quanto na superior). Comumente também enfisema. Como diferenciar: Hematoma: coloração arroxeada/escurecida com consis- tência (sente endurecido); edema: pálpebra afunda, é amolecida. Enfisema: parece estar pressionando uma esponja molhada (aperta e nota-se que está vazando ar). Equimose: enegração / arroxeamento sem volume. Quando começa a regredir edema, come- ça-se a observar o afundamento na visão frontal, superior (observa-se que uma área está mais plana q a outra), inferior ou lateral. Posição da orbita/globo ocular. – altera a órbita e consequentemente altera a posi- ção do globo ocular em relação ao outro. Pode-se observar o desnível do globo ocular (distopia) – quando o assoalho da órbita quebra, a tendência do globo ocu- lar é descer em direção ao seio, junto com os músculos inferiores e a gordura, carac- terizando uma hérnia no interior do seio. Diplopia Pode haver fratura do assoalho da orbita sem o corpo do zigomatico (incomum). Quando há edema no globo, há tendência a exoftalmia. Enoftalmia pode ser encon- trada depois que acaba o edema pela relação conteúdo continente (o conteúdo diminuiu ou continente aumentou) (mais pra trás ou pra baixo em relação ao outro). Diplopia bilocular. Distopia – definição: dys = alterado; topos + ops = olho Mudança do plano do globo ocular. As orbitas não estão no mesmo eixo horizon- tal. Outro detalhe importante é ver se o pacien- te tem algum tipo de limitação de movimen- to do globo ocular. Um teste comumente feito é pedir para o paciente focar no de- do (obsevar se tem diplopia). Faz-se dois testes: testar o movimento (reto medial, reto lateral, etc) pode descrever dois qua- dros: o paciente relatar que tem diplopia (sintoma) ou um olho pode não acompa- nhar (sinal) – pinçamento ou aprisiona- mento de um dos músculos extracone . Como na maioria das vezes se quebra o assoalho, quem fica pinçado é o obliquo inferior e reto inferior. Mas se houver fratu- ra de outra parede, pode envolver outros músculos. Abdução testa reto lateral e adução reto medial Reto superior se testa olhando para cima e inferior olhando para baixo Obliquo superior e inferior se testa na rotação (oblíquo superior faz movimento de abdução e depressão e oblíquo inferi- or faz movimento de abdução e eleva- ção) Outro quadro que frequente visualiza é a equimose subconjuntival. – apesar de ser feio, não é um quadro que vai levar à ce- gueira e prejudicar o paciente. Apenas pedir para lavar com soro ou água borica- da e proteger o olho. 33 Oftalmoplegia: limitação ou paralisia da motilidade ocular. Oftalmoplegia x pinçamento Pinçamento – está preso por uma fratu- ra; Plegia – lesão nervosa. Musculatuea extrínseca ocular – inervação orbicular dos olhos – facial reto lateral – abducente obliquo superior – troclear reto medial, superior, iderior, oliquo inferior, ligamento palpebral superior – oculomotor Acuidade visual Diplopia: visão dupla. Pode ser monocular – afeta um olho e persiste quando se fecha o outro. Geralmente por luxação do crista- lino geralmente. Bilocular – Imagem mal formada devido a desvio ou dsalinhamento de um olho. Distopia 2. Palpação Região periorbitaria, região de suturas zigomáticas, rebordo infra-orbitário, pilar zigomático (intra-bucal) Nariz – frequentemente pacientes sofrem fratura do zigomatico, fratura do processo frontal da maxila e do nariz. Frequente- mente apresentam epistaxe por causa da fratura do seio, que drena para o nariz. Testar a mandíbula. Se o arco afundar, ele trava o movimento da coronóide. Normalmente se encontra Alteração de contorno, crepitação (fragmentos ósseos se tocam e faz som), degrau ósseo e enfisema – quando se tem enfisema na pálpebra inferior muitas vezes significa fratura com afundamento, mas pode acontecer no supe- rior pelo seio frontal e lamina do etmoide. Na palpação observaremos: - equimoses periorbitarias - hematomas e edema - distopia - oftalmoplegia Pode-se observar presença da ptose pal- pebral (queda) – paciente não consegue abrir. Pode ser por edema, hematoma ou enfisema. Hematoma é duro e não cede. Edema cede e na hora que solta volta ao tamanho origi- nal. Enfisema é que nem apertar uma es- ponja molhada Perda de projeção zigomática ou deformi- dade da margem infra-orbitaria. Primeiro acesso é o infrabucal com o pilar zigomatico (intrabucal) Pupila: avaliar pelo risco de traumatismo craniano. Quando incide a luz contrai, quando tira dilata. Pode-se encontrar o quadro em que uma pupila reage e outra pupila reage diferente – anisocoria pupi- lar. Se não contrai com luz (pupila não fotoreagente) e paciente não tem histórico de isso acontecer anteriormente, isso é grave – tce grave. se isso acontecer e o paciente não tiver reflexo plantar, lesão medular importante (isocoria reage igual, anisocoria reage diferente) Midriaticas, mioticas 34 Dor, parestesia do lábio superior e asa do nariz (n. infraorbitário), limitação de aber- tura bucal, anosmia (perda do olfato – traumas mais extensos), sinusite Quemose: derrame/extravazamento de liquido. Edema da conjuntiva. Característica física na qual as membranas que revestem as pálpebras e a superfície do olho se en- contram inchadas, - não é preocupante, mas deve-se chamar o oftalmologista. Radiografias: PA de Waters (mentonaso), axial de hirtz (mento vertex - suficiente para diagnostico e planejamento), tomografias computadori- zadas, PA de face Tratamento Pode ser classificado em dois grupos: 1. Quando se faz redução aberta (incisar, deslocar planos anatômicos para ter acesso à fratura, reduzir a fratura e fazer conten- ção com placa) Acesso intraoral Temporal Supra-orbital Intrapalpebral Coronal 2. Quando se faz redução fechada - quan- do faz incisão e não faz deslocamento, coloca-se um parafuso para redução (NÃO PODE USAR O TERMO CRUENTO OU IN- CRUENTO, porque é fechada, mas não incruenta). Faz PEQUENA incisão, encaixa o parafuso no osso e traz o osso para o seu lugar – forma de tratamento mais conser- vadora. Só funciona em casos de fratura de fácil redução, se não, não vem para posi- ção. Tem que ser estável (puxou pro lugar, ela ficou) – não adianta fazer em fratura cominutiva ou com ruptura de vários pilares. Na maioria das vezes o tratamento será conservador Carrol-girard: perfuração, fixa o osso com o parafuso e puxa pra posição – fechada, mas cruenta Gancho barros 35 Pode também ser classificado como – do corpo, arco zigomático ou envolvendo asso- alho da orbita. Podem estar em conjunto
Compartilhar