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Universidade Federal do Tocantins Campus Universitário de Palmas Curso: Medicina Disciplina: Anatomia Topográfica ANDREWS DO LAGO GILBERTO JÚNIOR GUILHERME AGUIAR JOÃO MARCOS SOUZA JOÃO VITOR NUNES CLIMACO JOANILSON JÚNIOR MARCELO PAULINO GALHARDO MATHEUS CASSIMIRO Palmas, 18 de Novembro de 2020. Considerações Gerais • Área de transição entre a base do crânio superiormente e as clavículas inferiormente. • Une a cabeça ao tronco e aos membros, atuando como importante conduto entre eles. • Presença de órgãos importantes. • O pescoço é relativamente delgado. Delimitações: Limites do Pescoço: Superior: - Margem inferior da mandíbula - Linha que se estende do ângulo da mandíbula ao processo mastóide. Inferior: - Clavícula. Anterior: - Linha mediana anterior do pescoço. Posterior: - Borda anterior do M. Trapézio. Por ser grande a complexidade e variedade de estruturas nesse espaço tão pequeno, a melhor abordagem para descrever os elementos anatômicos cervicais é aquela que segue o método da dissecação, obedecendo à divisão do pescoço em regiões ou trígonos. Esse é um método prático que facilita a identificação de estruturas, variações, lesões ou doenças. Trígonos: Triângulos tridimensionais, circundados por ossos, músculos, conjuntos de vasos sanguíneos e linfáticos. Trígono Cervical Anterior Limites: Margem inferior da mandíbula. Margem anterior do m. esternocleidomastóide. Linha mediana do pescoço. Conteúdo: Trígono submandibular. Trígono submentual. Trígono muscular. Trígono carótico. Trígono Cervical Posterior Limites: anterior: Margem posterior do m. esternocleidomastóideo. posterior: Margem anterior do m. trapézio. inferior: ⅓ intermédio superior da clavícula. superior: Osso occipital. Conteúdo: Trígono occipital. Trígono supra-clavicular. Visão geral (D) Trígono Anterior (5) Submentual (4) Submandibular (6) Carótico (7) Muscular (C) Trígono Posterior (2) Occipital (3) Supra-clavicular Trígono Submentual Limites: Osso hioide. Ventre anterior do m. digástrico. Fossa digástrica e Espinha geniana Conteúdo: Linfonodos submentuais. V. Submentual A. Submentual Trígono Submentual A V. Submentual drena para a V. Jugular anterior Trígono Submentual A. Submentual é ramo da artéria facial Trígono Submentual Trígono Submentual Passagem do tubo pelo soalho da cavidade bucal, lateral à língua, e, posteriormente, o seu trajeto segue semelhante à intubação orotraqueal. O acesso cirúrgico é realizado através de uma incisão cutânea na região submandibular medialmente à base da mandíbula, divulsão romba do músculo platisma e milo-hióideo, e penetração da mucosa do soalho bucal. Este acesso cria um túnel entre o periósteo lingual mandibular e os músculos digástrico e génio-hióideo. Intubação Submentual Trígono Submentual Esta técnica inicia-se com a realização da intubação orotraqueal convencional e, posteriormente, do acesso submental, sendo a cânula movida do interior para exterior da cavidade bucal e permitindo o livre acesso à cavidade bucal e a toda a face do paciente. O encerramento após a extubação é realizado por planos profundos e planos superficiais, não sendo necessário o fechamento da mucosa do soalho bucal. Intubação Submentual Trígono Submentual Localização da região de acesso e incisão cutânea Intubação Submentual Trígono Submentual Acesso Submental e Intubação Orotraqueal Intubação Submentual Trígono Submentual Inserção da cânula externamente à cavidade bucal e Intubação Submentual Intubação Submentual Trígono Submentual Intubação Submentual e pós-operatorio de 3 semanas Intubação Submentual Trígono Submandibular Limites: Margem inferior da mandíbula. Ventres anterior e posterior do m. digástrico. Conteúdo: Glândula submandibular. A. e v. lingual. A. e v. facial. A. e v. submentoniana. A. e v. sublingual. N. milo-hioideo. Linfonodos submandibulares. © 2020 BioDigital, Inc. All rights reserved © 2020 BioDigital, Inc. All rights reserved © 2020 BioDigital, Inc. All rights reserved © 2020 BioDigital, Inc. All rights reserved ©2020 Google Trígono Muscular Limites: Superior: Osso hioide Lateral superior: Ventre superior do M. omo-hioideo. Lateral inferior: M. esternocleidomastóideo. Medial: Linha mediana do pescoço. Inferior: Incisura supra-esternal Conteúdo: M. esterno-hioideo. M. tireo-hioideo. M. esterno-tireoideo. Istmo da gl. Tireoide. Laringe. Traqueia. O trígono muscular apresenta-se revestido por um assoalho muscular, daí a sua denominação. Composto pela maioria dos músculos infra hioideos, como o esterno hioideo, o tireo-hioideo, o esterno-tireoideo e parte do omo-hioideo. Além disso na linha mediana há a presença dos órgãos ocos, localizados mais anteriormente e no plano mediano, pertencentes ao sistema respiratório, a laringe e a traqueia cervical, e também as glândulas tireoide e paratireoide. Dessa forma, essas vísceras podem ser abordadas cirurgicamente por meio desse trígono muscular. Nervo laríngeo recorrente Ramo importante do nervo vago, passa por baixo da A. subclávia do lado direito e por baixo do arco da aorta do lado esquerdo. passa ânterolateralmente à traquéia e à Gl.tireóide, portanto deve-se tomar cuidado em cirurgias nessa região. Nervo motor responsável pela fonação, lesões nele podem acarretar em perda da voz e posteriormente dificuldade respiratória. Drenagem linfática Cricotireoidostomia *Emergência (Edema de Quinke, trauma de via aérea superior) *Conversão à Traqueostomia em 24-72h *Criança maior que 12 anos Visão Lateral na ultrassonografia Trígono carótico •O trígono carótico é uma área vascular de grande importância clínica e cirúrgica. •Limites: 1) Ventre superior do músculo omo-hioideo 2) Ventre posterior do músculo digástrico 3) Margem anterior do músculo esternocleidomastoideo Estruturas importantes •Pelo trígono carotídeo passam: •1) Artéria carótida comum •2) Veia jugular interna •3) Nervo glossofaríngeo (NC IX) •4) Nervo vago (NC X) •Estruturas de importância fisiológica: •Seio carotídeo •Glomo carotídeo Oclusão da artéria carótida comum •O espessamento da túnica íntima da artéria carótida interna pode obstruir o fluxo sanguíneo local. •Pode ocorrer obstrução total ou parcial. Endarterectomia carotídea •É um procedimento cirúrgico indicado para casos de estenose da artéria carótida ou oclusão por placa de ateroma. •O objetivo principal é evitar a ocorrência ou recorrência de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT). •Em geral, os sintomas de AIT são de natureza neurológica: hemiparesia contralateral à lesão e disartria. Trígono Cervical Posterior Trígono occipital Trígono Occipital Limites: M. esternocleidomastóideo. M. trapézio. Ventre inferior do m. omo-hioide. Conteúdo: A. occipital. V. jugular externa. N. frênico. N. acessório. No trígono occipital é importante observar o trajeto do nervo acessório, XI par, o qual faz um trajeto descendente e superficial, portanto susceptível à lesão. Esvaziamentos cervicais de linfonodos Emergência dos quatros ramos sensitivos do plexo cervical, composto pelo nervo occipital menor, n. aurícular magno, n. cervical transverso, e os ramos supraclaviculares mediais, intermédios e laterais. Isto faz um importante local de abordagem para o bloqueio anestésico da pele da região antero-lateral do pescoço. Principais procedimentos cirúrgicos realizados na região do pescoço que podem lesar o nervo acessório (XI par craniano): ressecção de linfonodos ressecção de tumores cervicais cirurgias plásticas da face e do pescoço cirurgias radicais no pescoço procedimentos neurocirúrgicos LESÃO IATROGÊNICA Lesão iatrogênica do nervo acessório responsável pela maioria dos casos de paralisia do NAE resultado inevitável de uma dissecçãoradical da região o NAE geralmente é lesado acidentalmente em procedimentos menores “Síndrome Ombro-mão” Adenopatia cervical trata-se do aumento do volume dos gânglios linfáticos cervicais geralmente são de origem inflamatória ou infecciosa, podendo ser também por causa neoplásica e embrionária adenopatias progressivas e persistentes devem ser biopsiadas lesão do N. acessório durante o processo de biópsia Adenopatias cervicais inflamatórias: agudas e crônicas Agudas: têm como principais causas infecções virais e bacterianas Crônicas: Linfadenite reacional, Tuberculose, Micobacteriose atípica, Blastomicose, Sarcoidose Trígono Supra-clavicular Limites: M. esternocleidomastódeo. Clavícula. Ventre inferior do m. omo-hioideo. Conteúdo: A. subclávia. Tronco tireocervical. Plexo braquial. O trígono supra-clavicular apresenta algumas estruturas importantes, como a passagem de parte do músculo escaleno anterior e do nervo frênico sobre esse músculo, assim como parte dos troncos do plexo braquial e os vasos subclávios, a veia subclávia e a terceira divisão da artéria subclávia. Há também a passagem da artéria supraescapular que é ramo do tronco tireocervical. Dessa forma, a veia subclávia ou a veia jugular interna podem ser abordadas por meio de um cateter, nos casos de necessidade de controle venoso central, exatamente por meio desse trígono. Fonte: Gray’s Anatomy. Trígono Posterior Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Fonte: Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Referências Bibliográficas DÂNGELO, José G; FATTINI, Carlos A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar: para o estudante de medicina. 2a ed. Ed Ateneu, São Paulo, 2003.p 392-402. GARDNER, E; GRAY, Donald J; RAHILLY, O. Anatomia: Estudo regional do Corpo Humano e métodos de dissecação .4a ed. Ed Guanabara koogan, Rio de Janeiro, 1988. p 672- 674. MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F. Anatomia Orientada para Clínica. 5a ed. Ed Guanabara Koogan, Rio de janeiro, 2007.p 966-994. NETTER, Frank H; Atlas de Anatomia Humana.3a ed. Ed Artmed, Porto Alegre, 2004. p 22-29. TESTUT, l; LATARJET, A; Anatomía Humana.Vol II.Ed. Salvat, Barcelona,Esp, 1977.p 460-464. WARWICK, Roger; WILLIAMS, Peter L. Gray Anatomia.35a ed. Vol I. Ed Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1979. p 598-600. DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHEL, Adam W. M. Gray's anatomia clínica para estudantes. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 SOBOTTA, Johannes et al.. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3 v. SCHÜNKE, Michael. Prometheus atlas de anatomia: órgãos internos. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 3 v. LONGO, Dan L. et al. Medicina interna de Harrison. 18.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 2 v. ALONSO, JOSÉ L. and REIS, ROGER G.. Neuropatias do nervo acessório espinhal secundárias a cirurgias cervicais: estudo clínico e eletrofisiológico de sete casos. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2000, vol.58, n.3A [cited 2020-11-16], pp.704-712. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2000000400017&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1678-4227. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2000000400017. LECH O, FERREIRA A, SILVA LHP, SEVERO A. Paralisia do trapézio por lesão do nervo espinhal acessório. Rev Bras Ortop. 1994;29() VAZ FERREIRA, GILBERTO. https://cepeme.paginas.ufsc.br/files/2017/08/traqueostomia-e-cricotireoidostomia-2018-ilovepdf-compressed.pdf Guia de Medicina de Urgência, Higa EMS, Atallah NA, UNIFESP-EPM, 2ª Edição. Cirurgia Ambulatorial, Guanabara Koogan, Franklin Pinto Fonseca e Paulo Roberto Savassi Rocha, 3ª edição; Tubos, Sondas e Drenos, Guanabara Koogan, Frederico Filgueira Pohl e Andy Petroianu; ATLS - Manual do Curso de Alunos, Colégio Americano de Cirurgiões- Comitê de Trauma 8ª edição.
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