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AULA 1 - ROTINAS TRABALHISTAS COM E-SOCIAL

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19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/25
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE ROTINAS
TRABALHISTAS NO ESOCIAL
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Rubiane Bakalarczyk Matoso
19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/25
CONVERSA INICIAL
Na aula de hoje, falaremos sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), sistema idealizado pelo Governo Federal com o intuito de
substituir uma gama de declarações que atenderá as necessidades de diversos órgãos fiscalizadores,
como a Receita Federal, o Ministério da Economia, a Caixa Econômica Federal e a Justiça do Trabalho.
Assim, nesta primeira aula, estudaremos os conceitos do eSocial, seus objetivos e
obrigatoriedade, os princípios aplicados ao eSocial, legislação, mudanças em declarações e
formulários, cronograma de implantação e documentação técnica.
Bom estudo!
CONTEXTUALIZANDO
O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial)
foi idealizado com o objetivo de diminuir a sonegação de tributos e desburocratizar a prestação das
informações relativas a eventos trabalhistas, previdenciários e fiscais geradas pelas empresas.
O novo sistema substituirá diversas declarações, como Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Guia de Recolhimento do
FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT),
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD), entre
tantos outros.
Diante dessa afirmativa, surge o seguinte questionamento: a substituição das declarações será
realizada de forma imediata, respeitando o cronograma de implantação do eSocial?
TEMA 1 – CONCEITO, OBJETIVOS, OBRIGATORIEDADE E
PRINCÍPIOS APLICADOS AO ESOCIAL
1.1 CONCEITO E OBJETIVOS
19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/25
O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial)
é um projeto do Governo Federal criado por meio do Decreto n. 8.373/2014. Surgiu como um braço
do Sistema Público de Escrituração Digital, conhecido como SPED. O SPED é composto por vários
módulos, entre eles: EFD-Contribuições, EFD-Reinf, NF-e, CT-e, entre outros.
A principal finalidade do novo sistema é unificar o envio das informações trabalhistas, fiscais e
previdenciárias. Não se trata de uma nova obrigação acessória, mas, sim, de uma nova forma de
cumprimento das obrigações já existentes.
O novo sistema não muda as legislações trabalhista e previdenciária, apenas estabelece uma
nova forma de cumprimento das obrigações acessórias e vincula o cumprimento dos prazos legais
pelo empregador/contribuinte.
O art. 2º do Decreto n. 8.373/2014 nos traz de forma clara e objetiva o conceito, a finalidade e a
estrutura do eSocial. Vejamos:
Art. 2º O eSocial é o instrumento de unificação da prestação das informações referentes à
escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar
sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional
composto por:
I - escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas;
II - aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da
escrituração; e
III - repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração.
As informações enviadas pelas empresas por meio do portal ficarão centralizadas em um
ambiente virtual único, ao qual os órgãos envolvidos no projeto (Caixa Econômica, Ministério da
Economia, Previdência Social, Receita Federal) poderão ter acesso de forma rápida. Assim, além da
apuração dos tributos e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as informações serão
utilizadas para fiscalizar o cumprimento das legislações trabalhista e previdenciária.
Cumpre aqui dizer que o eSocial não é um novo programa (software), trata-se de um leiaute com
base no qual as empresas poderão elaborar seu próprio sistema ou, então, adquirir um sistema de
folha de pagamento adaptado de acordo com as orientações do leiaute.
[1]
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O objetivo principal do governo é simplificar o cumprimento das obrigações acessórias. Assim,
as empresas deixarão de preencher os vários formulários e declarações (Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social, o SEFIP, além de CAGED, RAIS etc.) para
enviar apenas os arquivos do eSocial.
1.2 OBRIGATORIEDADE
Estão obrigados a utilizar o eSocial os empregadores pessoas físicas e jurídicas, inclusive os
órgãos públicos de administração direta, indireta, autarquias e fundações. Incluem-se nessa
obrigação até mesmo as empresas sem empregados, MEIs, cooperativas, segurados especiais
(produtor rural e pescador rural) e pequenos produtores rurais.
Não podemos esquecer de mencionar que o empregador/contribuinte que estiver sem
movimentação na folha de pagamento deverá apresentar declaração sem movimento. Ou seja,
conforme orientações trazidas pelo Manual de Orientação do eSocial (MOS):
Todo aquele que contratar prestador de serviço pessoa física e possua alguma obrigação
trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica de trabalho, inclusive se
tiver natureza administrativa, conforme a legislação pertinente, está obrigado a enviar informações
decorrentes desse fato por meio do eSocial.
A obrigação para os mencionados anteriormente está prevista no art. 2º, parágrafo1º, do
Decreto n. 8.373/2014:
Art. 2º [...]
§1º A prestação das informações ao eSocial substituirá, na forma disciplinada pelos órgãos ou
entidades partícipes, a obrigação de entrega das mesmas informações em outros formulários e
declarações a que estão sujeitos:
I - o empregador, inclusive o doméstico, a empresa e os que forem a eles equiparados em lei;
II - o segurado especial, inclusive em relação a trabalhadores que lhe prestem serviço;
III - as pessoas jurídicas de direito público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; e
IV - as demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou creditarem por si rendimentos sobre os
quais tenha incidido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF, ainda que em um
único mês do ano-calendário.
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O decreto também prevê que para as microempresas e empresas de pequeno porte,
regulamentadas pela Lei Complementar n. 123/2006, bem como o microempreendedor individual,
prestarão as informações ao eSocial em sistema simplificado compatível com as especialidades de
cada empresa.
Cumpre ressaltar que para o empregador doméstico as informações são realizadas por meio de
um módulo simplificado e desenvolvido especialmente para essa categoria. Ou seja, o empregador
doméstico não precisa de um sistema de folha de pagamento para gerar as informações, e o
preenchimento e o envio dos dados se dá diretamente pelo site do eSocial. No Portal do eSocial,
encontramos todas as informações pertinentes ao módulo simplificado para o empregador
doméstico:
Fonte: Portal do eSocial.
O acesso às empresas se dará por meio do certificado digital e, para o empregador doméstico, o
microempreendedor individual e o segurado especial o acesso será realizado pelo módulo
simplificado, com senha e código de acesso, conforme tela a seguir:
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Fonte: Portal do eSocial.
1.3 PRINCÍPIOS APLICADOS AO ESOCIAL
Assim como toda obrigação acessória, oeSocial rege-se pelos princípios elencados em seu
decreto regulamentador, vejamos:
Art. 3º O eSocial rege-se pelos seguintes princípios:
I - viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
II - racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações;
III - eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas;
IV - aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias e tributárias; e
V - conferir tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte. (Decreto n.
8.373/2014)
Ao analisar os princípios anteriormente elencados, podemos dizer que para o trabalhador alguns
direitos serão garantidos de imediato, já que haverá necessidade de envio das informações
observando a legislação vigente para cada evento trabalhista.
Podemos citar aqui, como exemplo, o trabalhador que realiza horas extras e o seu empregador
que não paga o Descanso Semanal Remunerado (DSR). Nesse caso, preencher o eSocial sem a
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incidência do reflexo sinalizará a irregularidade praticada, permitindo, assim, a fiscalização imediata
da empresa.
Cumpre dizer que o ato fiscalizador poderá abranger os últimos cinco anos, incluindo assim
vários eventos trabalhistas não praticados pela empresa.
Para as instituições e empresas que não estão atentas às obrigações trabalhistas e contam com a
ineficiência dos órgãos fiscalizadores, a implantação do eSocial acarretará mudanças drásticas em seu
modelo de gestão, e a cada arquivo enviado serão gerados os seus passivos trabalhista, fiscal e
previdenciário.
Já para o Governo Federal, a implantação do novo sistema permitirá um melhor controle das
empresas, inclusive quanto aos recolhimentos das contribuições e demais tributos gerados pelos
eventos, permitindo, assim, uma fiscalização mais efetiva.
TEMA 2 – LEGISLAÇÃO, VIGÊNCIA E AS MUDANÇAS NAS
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Como vimos no tópico anterior, o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) foi criado por meio do Decreto n. 8.373/2014. Inicialmente
essa legislação instituiu o Comitê Diretivo do eSocial e o Comitê Gestor do eSocial. Até a publicação
do Decreto n. 10.087/2019 esses órgãos eram os responsáveis pela elaboração do sistema e pela
edição das regras aplicáveis, além de por novos manuais e versões dos leiautes, alterações do
cronograma de implantação, entre outros.
A partir do Decreto n. 10.087/2019 passou a ser de responsabilidade da Caixa Econômica
Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do
Ministério da Previdência Social e do Ministério do Trabalho e Emprego a regulamentação do
sistema. Esses órgãos hoje compõem o Comitê Gestor do eSocial.
O Comitê Gestor tem divulgado as alterações diretamente no Portal do eSocial, incluindo
resoluções, notas técnicas, notas de documentação e evolutiva e notas orientativas sem que tais
normas tenham sido publicadas no Diário Oficial e, portanto, o acesso frequente ao portal do eSocial
se faz necessário para o acompanhamento das novidades.
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Fonte: Portal do eSocial.
Além das legislações pertinentes ao sistema, o portal traz de forma compilada as legislações
trabalhistas, previdenciárias e tributárias para um fácil acesso.
Cumpre ressaltar que os órgãos que compõem o Comitê Gestor terão acesso compartilhado a
todas as informações que integram o ambiente nacional do eSocial e farão uso delas respeitando o
limite de suas competências e atribuições, não podendo transferir as informações a terceiros e nem
as divulgar.
TEMA 3 – CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO
O cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), desde a sua divulgação, passou por diversas alterações. A
última alteração foi proposta pela Portaria n. 1.419/2019, que trouxe as novas datas de
obrigatoriedade para empresas, empregadores pessoas físicas e órgãos públicos.
Os primeiros eventos foram transmitidos pelo eSocial em 8 de janeiro de 2018, sendo que as
informações prestadas naquele momento tiveram caráter declaratório, constituindo instrumento
hábil e suficiente para a cobrança de tributos e encargos trabalhistas.
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A implantação do sistema tem sido realizada em fases e, inicialmente, as empresas e demais
obrigados foram divididos em quatro grupos para o envio das informações.
A Portaria n. 1.419/2019 não apenas divulgou o novo cronograma de envio dos eventos, mas
também desmembrou o Grupo 4 em outros dois grupos (5 e 6). Além disso, a portaria estabeleceu o
escalonamento para o envio dos eventos periódicos para as empresas do Grupo 3, que levará em
consideração o último dígito do CNPJ básico para a definição das datas. Vejamos as alterações
propostas pela portaria e o novo cronograma:
GRUPO 1 - Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões:
Fase 1: 08/01/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador
e tabelas
Fase 2: Março/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas
aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões,
afastamentos e desligamentos
Fase 3: Maio/2018 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento
Fase 4: Agosto/2018 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 08/09/2020 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
GRUPO 2 - entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$ 78.000.000,00
(setenta e oito milhões) e que não sejam optantes pelo Simples Nacional:
Fase 1: 16/07/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador
e tabelas
Fase 2: 10/10/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas
aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões,
afastamentos e desligamentos
Fase 3: 10/01/2019 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de
janeiro/2019)
Fase 4: Abril/2019 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias -
empresas com faturamento superior a R$4,8 milhões
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias - Demais
obrigados, exceto órgãos públicos e organismos internacionais bem como empresas constituídas
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após o ano-calendário 2017, independentemente do faturamento (ver Instrução Normativa RFB nº
1906, de 14 de agosto de 2019).
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 08/01/2021 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
GRUPO 3 - empregadores optantes pelo Simples Nacional, empregadores pessoa física
(exceto doméstico), produtor rural PF e entidades sem fins lucrativos:
Fase 1: 10/01/2019 - Apenas informações relativas aos órgãos e às pessoas físicas, ou seja,
cadastros dos empregadores e tabelas
Fase 2: 10/04/2019 - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos
servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos
seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos
Fase 3: Escalonamento pelo último dígito do CNPJ base - Torna-se obrigatório o envio das folhas
de pagamento:
08/09/2020- CNPJ básico com final 0, 1, 2 ou 3
08/10/2020 - CNPJ básico com final 4, 5, 6 ou 7
09/11/2020 - CNPJ básico com final 8, 9 e pessoas físicas
Fase 4: (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias
(Instrução Normativa específica, a ser publicada)
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 08/07/2021 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
GRUPO 4 - órgãos públicos do âmbito federal e organizações internacionais:
Fase 1: 08/09/2020 - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos
empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de Rubricas)
Fase 2: 09/11/2020 - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos
servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos
seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos.
08/03/2021 - Devem ser informados os dados relativas à Tabela de Rubricas.
Fase 3: 10/05/2021 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento
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Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) - Substituição da GFIP para recolhimento de
Contribuições Previdenciárias
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 10/01/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
Grupo 5 - Entes públicos de âmbito estadual e o Distrito Federal
Fase 1: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Apenas informações relativas aos
órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de
Rubricas)
Fase 2: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Nesta fase, os entes passam a ser
obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não
periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex.: admissões, afastamentos e
desligamentos.
Fase 3: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Torna-se obrigatório o envio das folhas
de pagamento
Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) -  Substituição da GFIP para recolhimento de
Contribuições Previdenciárias
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 08/07/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
Grupo 6 - Entes públicos de âmbito municipal, as comissões polinacionais e os consórcios
públicos
Fase 1: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Apenas informações relativas aos
órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de
Rubricas)
Fase 2: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Nesta fase, os entes passam a ser
obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não
periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex.: admissões, afastamentos e
desligamentos.
Fase 3: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Torna-se obrigatório o envio das folhas
de pagamento
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Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) - Substituição da GFIP para recolhimento de
Contribuições Previdenciárias
(Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº
926/2019)
Fase 5: 09/01/2023 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no
trabalho (SST)
Fonte: Portaria nº 1.419, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, de 23/12/2019
De uma forma resumida, podemos elencar os eventos a ser enviados em cada fase do eSocial:
1ª Fase: eventos constantes da tabela S-1000 a S-1080 exceto os eventos S-1060. De acordo
com o manual, não existe uma obrigatoriedade ou a necessidade de envio de todas as tabelas
no primeiro dia do prazo. Assim que a obrigatoriedade se inicia, o empregador possui três
meses para o envio das tabelas e pode enviá-las ao longo desse período;
2º Fase: envio dos eventos não periódicos S-2190 a S-2400. São os eventos de admissões,
afastamentos, término de contrato, entre outros. Somente serão enviados na medida de suas
ocorrências;
3º Fase: envio dos eventos periódicos S-1200 a S-1300 que dizem respeito aos eventos mensais
de folha de pagamento;
4ª Fase: eventos relativos à segurança e à saúde do trabalhador denominados como eventos
SST.
TEMA 4 – SUBSTITUIÇÃO DA GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS E
DE INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL (GFIP) E OUTRAS
DECLARAÇÕES E FORMULÁRIOS
Um dos principais papéis do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), como já mencionamos, é a simplificação do envio de
informações. Com isso, o sistema passará a substituir diversas obrigações acessórias, como o Guia de
Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), o Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (CAGED), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a Declaração do Imposto
de Renda Retido na Fonte (DIRF), o Livro de Registro, entre outros.
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A substituição acontecerá gradativamente e cada órgão possui a competência legal para
determinar o momento dessa substituição, que deverá ser publicada por meio de ato normativo
específico da autoridade competente a ser expedido de acordo com a oportunidade e a conveniência
administrativa.
As informações prestadas na forma estabelecida pelo Manual de Orientação do eSocial (MOS) e
as encaminhadas por meio da EFD-Reinf substituirão as informações constantes do GFIP, conforme
disposto no parágrafo 3º do art. 2º do Decreto n. 8.373/2014.
A expectativa é que o eSocial substitua, pelos menos, 15 obrigações acessórias, sendo elas:
Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP);
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) para controlar as admissões e
demissões de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (Lei n.
5.452/1943);
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS);
Livro de Registro de Empregados (LRE);
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT);
Comunicação de Dispensa (CD);
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP);
Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF);
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF);
Quadro de Horário de Trabalho (QHT);
Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD);
Folha de pagamento;
Guia de Recolhimento do FGTS (GRF);
Guia da Previdência Social (GPS).
As primeiras substituições publicadas pelo Secretário Especial de Previdência e Trabalho diziam
respeito a RAIS, CAGED, Livro de Registro de Empregados e Carteira de Trabalho. Vejamos:
Substituição do CAGED: o CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, era
informado pela empresa nos casos de admissões e dispensas. A partir de janeiro de 2020 as
empresas dos grupos 1,2 e 3, ou seja, as empresas ou pessoas físicas equiparadas a empresas,
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deixaram de informar o CAGED e passaram a informar apenas o eSocial. O CAGED importará da
base de dados do eSocial as seguintes informações:
data da admissão e número de inscrição do trabalhador no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF), que deverão ser prestados até o dia imediatamente anterior ao do início das
atividades do trabalhador;
salário de contratação, que deverá ser enviado até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em
que ocorrer a admissão;
data da extinção do vínculoempregatício e motivo da rescisão do contrato de trabalho,
que deverão ser prestados:
até o décimo dia, contado da data da extinção do vínculo, nas hipóteses previstas nos incisos I,
I-A, II, IX e X do art. 20 da Lei n. 8.036/1990;
até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a extinção do vínculo, nos demais casos.
último salário do empregado, que deverá ser prestado até o dia 15 (quinze) do mês
seguinte em que ocorrer a alteração salarial;
transferência de entrada e transferência de saída, que deverão ser prestadas até o dia 15
(quinze) do mês seguinte a ocorrência;
reintegração, que deverá ser prestada até o dia 15 (quinze) do mês seguinte à ocorrência.
Ou seja, sempre que um dos eventos anteriores acontecer, a empresa deverá informar ao eSocial
dentro dos prazos estabelecidos pelo sistema para cumprimento das obrigações acessórias que
utilizarão esses e outros dados da empresa e dos trabalhadores.
Essas alterações foram propostas pela Portaria n. 1.127/2019.
Substituição da RAIS: de acordo com a Portaria n. 1.127/2019, a RAIS, Relação Anual de
Informações Sociais, passa a ser cumprida por meio do eSocial a partir do ano base de 2019,
pelas empresas obrigadas à transmissão das seguintes informações de seus trabalhadores ao
eSocial, referentes a todo o ano base:
data da admissão, data de nascimento e CPF do trabalhador, que deverão ser prestados
até o dia imediatamente anterior ao do início das atividades do empregado, salvo
informações relativas aos servidores da administração pública direta, indireta ou
fundacional, das esferas federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, não regidos
pela CLT, as quais deverão ser enviadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do início
de suas atividades;
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data e motivo da rescisão de contrato, bem como os valores das verbas rescisórias
devidas;
valores de parcelas integrantes e não integrantes das remunerações mensais dos
trabalhadores, com a correspondente discriminação e individualização dos valores, que
deverão ser prestadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao vencido.
É importante mencionar que as substituições anteriormente trazidas são de aplicação imediata
para as empresas que já estão transmitindo as informações por meio do eSocial; as demais somente
estarão obrigadas a partir do momento que passarem a informar, de modo obrigatório, nos termos
do cronograma, a base de dados do eSocial.
Livro de Registro de Empregados: a substituição do Livro de Registro foi regulamentada pela
Portaria n. 1.195/2019. Os empregadores poderão fazer a opção no eSocial para a utilização do
Livro de Registro Eletrônico, ou seja, a utilização eletrônica não é obrigatória.
A redação do art. 2º estabelece prazos diferenciados para cada grupo de informações. Vejamos:
Art. 2º Compõem o registro de empregados os dados relativos à admissão no emprego, duração e
efetividade do trabalho, férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do
trabalhador que deverão ser informados nos seguintes prazos:
I - até o dia anterior ao início das atividades do trabalhador:
a) número no Cadastro de Pessoa Física - CPF;
b) data de nascimento;
c) data de admissão;
d) matrícula do empregado;
e) categoria do trabalhador;
f) natureza da atividade (urbano/rural);
g) código da Classificação Brasileira de Ocupações - CBO;
h) valor do salário contratual; e
i) tipo de contrato de trabalho em relação ao seu prazo, com a indicação do término quando se
tratar de contrato por prazo determinado.
II - até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao mês em que o empregado foi admitido:
a) nome completo, sexo, grau de instrução, endereço e nacionalidade;
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b) descrição do cargo e/ou função;
c) descrição do salário variável, quando for o caso;
d) nome e dados cadastrais dos dependentes;
e) horário de trabalho ou informação de enquadramento no art. 62 da CLT;
f) local de trabalho e identificação do estabelecimento/empresa onde ocorre a prestação de serviço;
g) informação de empregado com deficiência ou reabilitado, devidamente constatado em exame
médico, assim como se está sendo computado na cota de pessoa com deficiência;
h) indicação do empregador para o qual a contratação de aprendiz por entidade sem fins lucrativos
está sendo computada no cumprimento da respectiva cota;
i) identificação do alvará judicial em caso de contratação de trabalhadores com idade inferior à
legalmente permitida;
j) data de opção do empregado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, nos casos de
admissão anterior a 1º de outubro de 2015 para empregados domésticos ou anterior a 5 de
outubro de 1988 para os demais empregados; e
k) informação relativa a registro sob ação fiscal ou por força de decisão judicial, quando for o caso.
III - até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da ocorrência:
a) alterações cadastrais e contratuais de que tratam as alíneas "e" a "i" do inciso I e as alíneas "a" a
"i" do inciso II;
b) gozo de férias;
c) afastamento por acidente ou doença relacionada ao trabalho, com duração não superior a 15
(quinze) dias;
d) afastamentos temporários descritos no Anexo desta Portaria;
e) dados de desligamento cujo motivo não gera direito ao saque do FGTS;
f) informações relativas ao monitoramento da saúde do trabalhador;
g) informações relativas às condições ambientais de trabalho;
h) transferência de empregados entre empresas do mesmo grupo econômico, consórcio, ou por
motivo de sucessão, fusão, incorporação ou cisão de empresas; e
i) reintegração ao emprego.
IV - no 16º (décimo sexto) dia do afastamento:
a) por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com duração superior a 15 (quinze)
dias; e
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b) por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com qualquer duração, que ocorrerem
dentro do prazo de 60 (sessenta) dias pela mesma doença e tiverem em sua totalidade duração
superior a 15 (quinze) dias.
V - de imediato:
a) o acidente de trabalho ou doença profissional que resulte morte; e
b) afastamento por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com qualquer duração,
quando ocorrer dentro do prazo de 60 (sessenta) dias do retorno de afastamento anterior pela
mesma doença, que tenha gerado recebimento de auxílio-doença.
VI - até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência, o acidente de trabalho que não resulte
morte, ou a doença profissional.
VII - até o 10º (décimo) dia seguinte ao da sua ocorrência, os dados de desligamento cujo motivo
gera direito a saque do FGTS (Portaria n. 1.195/2019, grifos nossos).
É importante mencionar que o Livro de Registro Eletrônico é opcional, a empresa não está
obrigada a utilizá-lo. Se a opção for pela não utilização, os livros físicos e fichas de registros deverão
ser adaptados ao novo modelo estabelecido pela portaria.
Carteira de Trabalho Digital: as alterações na CLT ocorreram por meio da Lei n. 13.874/2019, a
chamada Lei da Liberdade Econômica. Sua regulamentação foi realizada por meio da Portaria n.
1.065/2019 e da Portaria n. 1.195/2019. Tais portarias regulamentam a forma de anotação e
informações da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) por meio digital.
Para os novos contratos firmados a partir de 24/09/2019, o empregador não precisa mais exigir a
Carteira de Trabalho física. Agora, a apresentação do CPF pelo trabalhador ao empregado equivale a
apresentação da CTPS.
As anotações anteriores à vigência da nova regra deverão ser realizadas no documento físico do
trabalhador; somente as anotações a partir de 24/09/2019 estarão disponíveis no ambiente digital.
O trabalhador terá acesso aos dados no prazo de 48 horas a partir da anotação, quedeverá ser
realizada no prazo de 05 (cinco) dias. A consulta será realizada por meio de um aplicativo ou, ainda,
pelo site do governo.
TEMA 5 – DOCUMENTOS TÉCNICOS E EVENTOS DO ESOCIAL
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A documentação técnica é composta por manuais de orientação e manuais para os
desenvolvedores dos programas, notas orientativas, leiautes, esquemas XSD, notas de documentação
evolutiva, notas técnicas.
O principal documento que orienta a utilização do sistema para os empregadores em geral é o
Manual de Orientação do eSocial (MOS), que inclui leiautes, regras de validação e tabelas. Vejamos
em mais detalhes:
Manual do eSocial (MOS): traz as regras básicas de utilização e envio de cada um dos eventos
do eSocial;
Leiautes do eSocial: oferecem a estrutura dos arquivos, ou seja, neles constam os detalhes de
cada campo a ser preenchido de forma obrigatória ou não, ou seja, cada campo do programa
desenvolvido deve considerar as regras previstas nesses arquivos;
Regras de validação: atualmente, o sistema possui mais de cem regras de validação que
deverão ser observadas pelos programadores e empregadores. Tais regras objetivam a
validação dos dados enviados pelas empresas. Um exemplo é a validação utilizada no
cruzamento das informações enviadas mensalmente pelos empregadores com as informações
existentes no banco de dados do eSocial. Se existir qualquer incoerência, o eSocial irá reportá-
la ao empregador para a realização das devidas correções. Vejamos:
Tabela 1 – eSocial: regras de validação
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Fonte: Portal do eSocial.
Tabelas do eSocial: são as tabelas de horários, estabelecimentos, tributos, categoria de
trabalhadores, entre outras. Serão utilizadas para alimentar os eventos enviados pela empresa.
Vejamos um exemplo de tabela:
Tabela 2 – Exemplo de tabela do eSocial
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Todos os documentos técnicos encontram-se disponíveis no Portal do eSocial:
Fonte: Portal do eSocial.
Fonte: Portal do eSocial.
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5.1 EVENTOS DO ESOCIAL
O eSocial é composto por informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas que estão agrupadas
em eventos. Esses eventos são informações enviadas pelas empresas e estão agrupadas em tabelas,
eventos não periódicos e periódicos.
Cada evento possui um leiaute específico que não pode ser alterado pela empresa ou por
desenvolvedores de programas de folha.
Os eventos estão divididos em:
Cadastro do empregador/órgão público e tabelas de empregador: consistem em
informações relacionadas à identificação de empregadores pessoas física e jurídica, bem como
órgão público; inclusive suas filiais e estabelecimento, obras de construção civil também serão
informadas. Já as informações relativas às tabelas do empregador são informações necessárias
para a validação dos eventos do eSocial, como as rubricas de folha de pagamento, informações
de processos judiciais e administrativos, lotações, cargos e funções, entre outros. De acordo
com as informações divulgadas pelo governo esses eventos e mesmo as tabelas passarão por
simplificação;
Eventos de tabelas, validades de informações do empregador e tabelas do empregador:
esse é o primeiro grupo de informações que deve ser enviado pelas empresas, pois são os
eventos que identificarão a empresa e incluem dados básicos quanto à sua classificação e à sua
estrutura administrativa. Tais eventos validam os eventos não periódicos e periódicos que são
enviados pelas empresas. São eventos que complementam a base nacional de dados do
eSocial. É importante frisar que a manutenção dessas tabelas, com atualizações constantes, é
fundamental para a recepção dos eventos periódicos e não periódicos, bem como para a
adequada apuração das contribuições. É importante também que a empresa administre
corretamente a validade das informações, pois isso impactará diretamente nos demais eventos.
A base de dados no eSocial mantém as informações das tabelas de forma histórica, logo, não
são permitidas informações conflitantes para um mesmo período;
Eventos não periódicos: são aqueles que não possuem uma data estabelecida para acontecer,
como admissão, demissão, alteração salarial, exposição do trabalhador a agentes nocivos,
afastamentos por doenças, entre outros. O envio dessas informações respeitará as regras que
asseguram os diretos dos trabalhadores, como no caso da admissão e do acidente de trabalho
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ou, ainda, que possibilitam o recolhimento de contribuições e direitos que possuam prazos
diferenciados, como o desligamento de um trabalhador. Existem também alguns eventos não
periódicos sem prazos diferenciados (previstos em lei), portanto, esses deverão ser enviados
antes do fechamento da folha de pagamento com o objetivo de evitar inconsistências entre a
folha de pagamento e os eventos de tabelas e aqueles não periódicos.
TROCANDO IDEIAS
Neste estudo, sugiro uma discussão sobre as substituições das declarações pelo envio das
informações pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas (eSocial), em especial sobre a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) digital e
seus reflexos na relação do trabalhador e a formalização do vínculo por meio das informações
enviadas ao eSocial.
NA PRÁTICA
Voltamos ao questionamento inicial sobre a substituição das declarações e obrigações acessórias
pelas empresas a partir da vigência do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). A partir de nosso estudo, podemos concluir que a
substituição das declarações acessórias como Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à
Previdência Social (GFIP), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Declaração do Imposto de
Renda Retido na Fonte (DIRF) será realizada de forma imediata a partir da vigência do eSocial?
Como vimos, a substituição das declarações ocorrerá de forma gradual e de acordo com cada
órgão competente. Cada substituição será publicada para as empresas antes da ocorrência. Por
exemplo, a substituição de RAIS, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Carteira
de Trabalho e Livro de Registro já ocorreram de acordo com a Portaria n. 1.127/2019 e a Portaria n.
1.195/2019.
FINALIZANDO
Nossa aula versou sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas (eSocial) em especial, sobre sua criação, conceito, objetivos, cronograma de
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implantação, substituição das declarações acessórias e documentação técnica que traz as diretrizes
do sistema e a sua forma de utilização.
Como vimos, as declarações acessórias estão sendo substituídas de forma gradativa e, por isso, é
importante que você busque estar atualizado e atento ao Portal do eSocial.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Comitê Diretivo do eSocial. Manual de Orientação do eSocial: versão 2.5.01, janeiro de
2019. Disponível em: <https://portal.esocial.gov.br/ manuais/mos-2-5-01.pdf>. Acesso em: 24 fev.
2019.
_____. Decreto n. 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema de Escrituração Digital das
obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Poder Executivo, Brasília, DF, 12 dez. 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil
_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8373.htm>. Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. DiárioOficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 9 ago. 1943. Disponível em: <http://www.planalto .gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF,
14 maio 1990. Disponível em: <http://www.planalto .gov.br/ccivil_03/leis/l8036consol.htm>. Acesso
em: 24 fev. 2020.
_____. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 20 set. 2019. Disponível em: <http://www.in. gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.874-de-20-
de-setembro-de-2019-217365826>. Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria n. 1.065, de
30 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 2019. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-1.065-de-23-de-setembro-de-2019-217773828?
inheritRedirect=true&redirect=
%2Fweb%2Fguest%2Fsearch%3FqSearch%3DPortaria%2520n%25C2%25BA%25201.065%252C%2520
de%252023%2520de%2520setembro%2520de%25202019>. Acesso em: 24 fev. 2020.
19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL
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_____. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria n. 1.127, de
14 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 out. 2019. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.127-de-14-de-outubro-de-2019-221811213>.
Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Ministério da Economia. Secretaria Especial da previdência e Trabalho. Portaria n. 1.195, de
30 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1º nov. 2019. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.195-de-30-de-outubro-de-2019-*-224956334>.
Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Resolução do Comitê Gestor do eSocial n. 2, de 30 de agosto de 2016. Dispõe sobre o
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 31 ago. 2016. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/institucional/
legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016-consolidada>.
Acesso em: 24 fev. 2020.
_____. Resolução do Comitê Gestor do eSocial n. 5, de 2 de outubro de 2018. Altera a Resolução
CDES n. 2, de 30 de agosto de 2016, do Comitê Diretivo do eSocial, que dispõe sobre o Sistema de
Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 5 out. 2018. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/instituci
onal/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-5-de-2-de-outubro-de-2018>. Acesso
em: 24 fev. 2020.
 
 
 
 Você poderá acessar o site <http://sped.rfb.gov.br/> e conferir todo o conteúdo referente ao
SPED.
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