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19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/25 GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS NO ESOCIAL AULA 1 Profª Rubiane Bakalarczyk Matoso 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/25 CONVERSA INICIAL Na aula de hoje, falaremos sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), sistema idealizado pelo Governo Federal com o intuito de substituir uma gama de declarações que atenderá as necessidades de diversos órgãos fiscalizadores, como a Receita Federal, o Ministério da Economia, a Caixa Econômica Federal e a Justiça do Trabalho. Assim, nesta primeira aula, estudaremos os conceitos do eSocial, seus objetivos e obrigatoriedade, os princípios aplicados ao eSocial, legislação, mudanças em declarações e formulários, cronograma de implantação e documentação técnica. Bom estudo! CONTEXTUALIZANDO O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) foi idealizado com o objetivo de diminuir a sonegação de tributos e desburocratizar a prestação das informações relativas a eventos trabalhistas, previdenciários e fiscais geradas pelas empresas. O novo sistema substituirá diversas declarações, como Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD), entre tantos outros. Diante dessa afirmativa, surge o seguinte questionamento: a substituição das declarações será realizada de forma imediata, respeitando o cronograma de implantação do eSocial? TEMA 1 – CONCEITO, OBJETIVOS, OBRIGATORIEDADE E PRINCÍPIOS APLICADOS AO ESOCIAL 1.1 CONCEITO E OBJETIVOS 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/25 O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) é um projeto do Governo Federal criado por meio do Decreto n. 8.373/2014. Surgiu como um braço do Sistema Público de Escrituração Digital, conhecido como SPED. O SPED é composto por vários módulos, entre eles: EFD-Contribuições, EFD-Reinf, NF-e, CT-e, entre outros. A principal finalidade do novo sistema é unificar o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias. Não se trata de uma nova obrigação acessória, mas, sim, de uma nova forma de cumprimento das obrigações já existentes. O novo sistema não muda as legislações trabalhista e previdenciária, apenas estabelece uma nova forma de cumprimento das obrigações acessórias e vincula o cumprimento dos prazos legais pelo empregador/contribuinte. O art. 2º do Decreto n. 8.373/2014 nos traz de forma clara e objetiva o conceito, a finalidade e a estrutura do eSocial. Vejamos: Art. 2º O eSocial é o instrumento de unificação da prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional composto por: I - escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas; II - aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da escrituração; e III - repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração. As informações enviadas pelas empresas por meio do portal ficarão centralizadas em um ambiente virtual único, ao qual os órgãos envolvidos no projeto (Caixa Econômica, Ministério da Economia, Previdência Social, Receita Federal) poderão ter acesso de forma rápida. Assim, além da apuração dos tributos e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as informações serão utilizadas para fiscalizar o cumprimento das legislações trabalhista e previdenciária. Cumpre aqui dizer que o eSocial não é um novo programa (software), trata-se de um leiaute com base no qual as empresas poderão elaborar seu próprio sistema ou, então, adquirir um sistema de folha de pagamento adaptado de acordo com as orientações do leiaute. [1] 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/25 O objetivo principal do governo é simplificar o cumprimento das obrigações acessórias. Assim, as empresas deixarão de preencher os vários formulários e declarações (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social, o SEFIP, além de CAGED, RAIS etc.) para enviar apenas os arquivos do eSocial. 1.2 OBRIGATORIEDADE Estão obrigados a utilizar o eSocial os empregadores pessoas físicas e jurídicas, inclusive os órgãos públicos de administração direta, indireta, autarquias e fundações. Incluem-se nessa obrigação até mesmo as empresas sem empregados, MEIs, cooperativas, segurados especiais (produtor rural e pescador rural) e pequenos produtores rurais. Não podemos esquecer de mencionar que o empregador/contribuinte que estiver sem movimentação na folha de pagamento deverá apresentar declaração sem movimento. Ou seja, conforme orientações trazidas pelo Manual de Orientação do eSocial (MOS): Todo aquele que contratar prestador de serviço pessoa física e possua alguma obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica de trabalho, inclusive se tiver natureza administrativa, conforme a legislação pertinente, está obrigado a enviar informações decorrentes desse fato por meio do eSocial. A obrigação para os mencionados anteriormente está prevista no art. 2º, parágrafo1º, do Decreto n. 8.373/2014: Art. 2º [...] §1º A prestação das informações ao eSocial substituirá, na forma disciplinada pelos órgãos ou entidades partícipes, a obrigação de entrega das mesmas informações em outros formulários e declarações a que estão sujeitos: I - o empregador, inclusive o doméstico, a empresa e os que forem a eles equiparados em lei; II - o segurado especial, inclusive em relação a trabalhadores que lhe prestem serviço; III - as pessoas jurídicas de direito público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e IV - as demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou creditarem por si rendimentos sobre os quais tenha incidido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF, ainda que em um único mês do ano-calendário. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/25 O decreto também prevê que para as microempresas e empresas de pequeno porte, regulamentadas pela Lei Complementar n. 123/2006, bem como o microempreendedor individual, prestarão as informações ao eSocial em sistema simplificado compatível com as especialidades de cada empresa. Cumpre ressaltar que para o empregador doméstico as informações são realizadas por meio de um módulo simplificado e desenvolvido especialmente para essa categoria. Ou seja, o empregador doméstico não precisa de um sistema de folha de pagamento para gerar as informações, e o preenchimento e o envio dos dados se dá diretamente pelo site do eSocial. No Portal do eSocial, encontramos todas as informações pertinentes ao módulo simplificado para o empregador doméstico: Fonte: Portal do eSocial. O acesso às empresas se dará por meio do certificado digital e, para o empregador doméstico, o microempreendedor individual e o segurado especial o acesso será realizado pelo módulo simplificado, com senha e código de acesso, conforme tela a seguir: 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/25 Fonte: Portal do eSocial. 1.3 PRINCÍPIOS APLICADOS AO ESOCIAL Assim como toda obrigação acessória, oeSocial rege-se pelos princípios elencados em seu decreto regulamentador, vejamos: Art. 3º O eSocial rege-se pelos seguintes princípios: I - viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; II - racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações; III - eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas; IV - aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias e tributárias; e V - conferir tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte. (Decreto n. 8.373/2014) Ao analisar os princípios anteriormente elencados, podemos dizer que para o trabalhador alguns direitos serão garantidos de imediato, já que haverá necessidade de envio das informações observando a legislação vigente para cada evento trabalhista. Podemos citar aqui, como exemplo, o trabalhador que realiza horas extras e o seu empregador que não paga o Descanso Semanal Remunerado (DSR). Nesse caso, preencher o eSocial sem a 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/25 incidência do reflexo sinalizará a irregularidade praticada, permitindo, assim, a fiscalização imediata da empresa. Cumpre dizer que o ato fiscalizador poderá abranger os últimos cinco anos, incluindo assim vários eventos trabalhistas não praticados pela empresa. Para as instituições e empresas que não estão atentas às obrigações trabalhistas e contam com a ineficiência dos órgãos fiscalizadores, a implantação do eSocial acarretará mudanças drásticas em seu modelo de gestão, e a cada arquivo enviado serão gerados os seus passivos trabalhista, fiscal e previdenciário. Já para o Governo Federal, a implantação do novo sistema permitirá um melhor controle das empresas, inclusive quanto aos recolhimentos das contribuições e demais tributos gerados pelos eventos, permitindo, assim, uma fiscalização mais efetiva. TEMA 2 – LEGISLAÇÃO, VIGÊNCIA E AS MUDANÇAS NAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Como vimos no tópico anterior, o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) foi criado por meio do Decreto n. 8.373/2014. Inicialmente essa legislação instituiu o Comitê Diretivo do eSocial e o Comitê Gestor do eSocial. Até a publicação do Decreto n. 10.087/2019 esses órgãos eram os responsáveis pela elaboração do sistema e pela edição das regras aplicáveis, além de por novos manuais e versões dos leiautes, alterações do cronograma de implantação, entre outros. A partir do Decreto n. 10.087/2019 passou a ser de responsabilidade da Caixa Econômica Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social e do Ministério do Trabalho e Emprego a regulamentação do sistema. Esses órgãos hoje compõem o Comitê Gestor do eSocial. O Comitê Gestor tem divulgado as alterações diretamente no Portal do eSocial, incluindo resoluções, notas técnicas, notas de documentação e evolutiva e notas orientativas sem que tais normas tenham sido publicadas no Diário Oficial e, portanto, o acesso frequente ao portal do eSocial se faz necessário para o acompanhamento das novidades. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/25 Fonte: Portal do eSocial. Além das legislações pertinentes ao sistema, o portal traz de forma compilada as legislações trabalhistas, previdenciárias e tributárias para um fácil acesso. Cumpre ressaltar que os órgãos que compõem o Comitê Gestor terão acesso compartilhado a todas as informações que integram o ambiente nacional do eSocial e farão uso delas respeitando o limite de suas competências e atribuições, não podendo transferir as informações a terceiros e nem as divulgar. TEMA 3 – CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO O cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), desde a sua divulgação, passou por diversas alterações. A última alteração foi proposta pela Portaria n. 1.419/2019, que trouxe as novas datas de obrigatoriedade para empresas, empregadores pessoas físicas e órgãos públicos. Os primeiros eventos foram transmitidos pelo eSocial em 8 de janeiro de 2018, sendo que as informações prestadas naquele momento tiveram caráter declaratório, constituindo instrumento hábil e suficiente para a cobrança de tributos e encargos trabalhistas. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/25 A implantação do sistema tem sido realizada em fases e, inicialmente, as empresas e demais obrigados foram divididos em quatro grupos para o envio das informações. A Portaria n. 1.419/2019 não apenas divulgou o novo cronograma de envio dos eventos, mas também desmembrou o Grupo 4 em outros dois grupos (5 e 6). Além disso, a portaria estabeleceu o escalonamento para o envio dos eventos periódicos para as empresas do Grupo 3, que levará em consideração o último dígito do CNPJ básico para a definição das datas. Vejamos as alterações propostas pela portaria e o novo cronograma: GRUPO 1 - Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões: Fase 1: 08/01/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas Fase 2: Março/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos Fase 3: Maio/2018 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento Fase 4: Agosto/2018 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 08/09/2020 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 2 - entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões) e que não sejam optantes pelo Simples Nacional: Fase 1: 16/07/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas Fase 2: 10/10/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos Fase 3: 10/01/2019 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de janeiro/2019) Fase 4: Abril/2019 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias - empresas com faturamento superior a R$4,8 milhões (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias - Demais obrigados, exceto órgãos públicos e organismos internacionais bem como empresas constituídas 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/25 após o ano-calendário 2017, independentemente do faturamento (ver Instrução Normativa RFB nº 1906, de 14 de agosto de 2019). (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 08/01/2021 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 3 - empregadores optantes pelo Simples Nacional, empregadores pessoa física (exceto doméstico), produtor rural PF e entidades sem fins lucrativos: Fase 1: 10/01/2019 - Apenas informações relativas aos órgãos e às pessoas físicas, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas Fase 2: 10/04/2019 - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos Fase 3: Escalonamento pelo último dígito do CNPJ base - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento: 08/09/2020- CNPJ básico com final 0, 1, 2 ou 3 08/10/2020 - CNPJ básico com final 4, 5, 6 ou 7 09/11/2020 - CNPJ básico com final 8, 9 e pessoas físicas Fase 4: (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (Instrução Normativa específica, a ser publicada) (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 08/07/2021 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 4 - órgãos públicos do âmbito federal e organizações internacionais: Fase 1: 08/09/2020 - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de Rubricas) Fase 2: 09/11/2020 - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos. 08/03/2021 - Devem ser informados os dados relativas à Tabela de Rubricas. Fase 3: 10/05/2021 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/25 Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 10/01/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) Grupo 5 - Entes públicos de âmbito estadual e o Distrito Federal Fase 1: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de Rubricas) Fase 2: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex.: admissões, afastamentos e desligamentos. Fase 3: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 08/07/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) Grupo 6 - Entes públicos de âmbito municipal, as comissões polinacionais e os consórcios públicos Fase 1: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas (exceto o evento S-1010 - Tabela de Rubricas) Fase 2: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Nesta fase, os entes passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex.: admissões, afastamentos e desligamentos. Fase 3: (Cronograma a ser estabelecido em ato específico) - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/25 Fase 4: (Resolução específica a ser publicada) - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) Fase 5: 09/01/2023 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) Fonte: Portaria nº 1.419, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, de 23/12/2019 De uma forma resumida, podemos elencar os eventos a ser enviados em cada fase do eSocial: 1ª Fase: eventos constantes da tabela S-1000 a S-1080 exceto os eventos S-1060. De acordo com o manual, não existe uma obrigatoriedade ou a necessidade de envio de todas as tabelas no primeiro dia do prazo. Assim que a obrigatoriedade se inicia, o empregador possui três meses para o envio das tabelas e pode enviá-las ao longo desse período; 2º Fase: envio dos eventos não periódicos S-2190 a S-2400. São os eventos de admissões, afastamentos, término de contrato, entre outros. Somente serão enviados na medida de suas ocorrências; 3º Fase: envio dos eventos periódicos S-1200 a S-1300 que dizem respeito aos eventos mensais de folha de pagamento; 4ª Fase: eventos relativos à segurança e à saúde do trabalhador denominados como eventos SST. TEMA 4 – SUBSTITUIÇÃO DA GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS E DE INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL (GFIP) E OUTRAS DECLARAÇÕES E FORMULÁRIOS Um dos principais papéis do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), como já mencionamos, é a simplificação do envio de informações. Com isso, o sistema passará a substituir diversas obrigações acessórias, como o Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), o Livro de Registro, entre outros. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/25 A substituição acontecerá gradativamente e cada órgão possui a competência legal para determinar o momento dessa substituição, que deverá ser publicada por meio de ato normativo específico da autoridade competente a ser expedido de acordo com a oportunidade e a conveniência administrativa. As informações prestadas na forma estabelecida pelo Manual de Orientação do eSocial (MOS) e as encaminhadas por meio da EFD-Reinf substituirão as informações constantes do GFIP, conforme disposto no parágrafo 3º do art. 2º do Decreto n. 8.373/2014. A expectativa é que o eSocial substitua, pelos menos, 15 obrigações acessórias, sendo elas: Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP); Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) para controlar as admissões e demissões de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (Lei n. 5.452/1943); Relação Anual de Informações Sociais (RAIS); Livro de Registro de Empregados (LRE); Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT); Comunicação de Dispensa (CD); Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP); Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF); Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF); Quadro de Horário de Trabalho (QHT); Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD); Folha de pagamento; Guia de Recolhimento do FGTS (GRF); Guia da Previdência Social (GPS). As primeiras substituições publicadas pelo Secretário Especial de Previdência e Trabalho diziam respeito a RAIS, CAGED, Livro de Registro de Empregados e Carteira de Trabalho. Vejamos: Substituição do CAGED: o CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, era informado pela empresa nos casos de admissões e dispensas. A partir de janeiro de 2020 as empresas dos grupos 1,2 e 3, ou seja, as empresas ou pessoas físicas equiparadas a empresas, 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/25 deixaram de informar o CAGED e passaram a informar apenas o eSocial. O CAGED importará da base de dados do eSocial as seguintes informações: data da admissão e número de inscrição do trabalhador no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), que deverão ser prestados até o dia imediatamente anterior ao do início das atividades do trabalhador; salário de contratação, que deverá ser enviado até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a admissão; data da extinção do vínculoempregatício e motivo da rescisão do contrato de trabalho, que deverão ser prestados: até o décimo dia, contado da data da extinção do vínculo, nas hipóteses previstas nos incisos I, I-A, II, IX e X do art. 20 da Lei n. 8.036/1990; até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a extinção do vínculo, nos demais casos. último salário do empregado, que deverá ser prestado até o dia 15 (quinze) do mês seguinte em que ocorrer a alteração salarial; transferência de entrada e transferência de saída, que deverão ser prestadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte a ocorrência; reintegração, que deverá ser prestada até o dia 15 (quinze) do mês seguinte à ocorrência. Ou seja, sempre que um dos eventos anteriores acontecer, a empresa deverá informar ao eSocial dentro dos prazos estabelecidos pelo sistema para cumprimento das obrigações acessórias que utilizarão esses e outros dados da empresa e dos trabalhadores. Essas alterações foram propostas pela Portaria n. 1.127/2019. Substituição da RAIS: de acordo com a Portaria n. 1.127/2019, a RAIS, Relação Anual de Informações Sociais, passa a ser cumprida por meio do eSocial a partir do ano base de 2019, pelas empresas obrigadas à transmissão das seguintes informações de seus trabalhadores ao eSocial, referentes a todo o ano base: data da admissão, data de nascimento e CPF do trabalhador, que deverão ser prestados até o dia imediatamente anterior ao do início das atividades do empregado, salvo informações relativas aos servidores da administração pública direta, indireta ou fundacional, das esferas federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, não regidos pela CLT, as quais deverão ser enviadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do início de suas atividades; 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/25 data e motivo da rescisão de contrato, bem como os valores das verbas rescisórias devidas; valores de parcelas integrantes e não integrantes das remunerações mensais dos trabalhadores, com a correspondente discriminação e individualização dos valores, que deverão ser prestadas até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao vencido. É importante mencionar que as substituições anteriormente trazidas são de aplicação imediata para as empresas que já estão transmitindo as informações por meio do eSocial; as demais somente estarão obrigadas a partir do momento que passarem a informar, de modo obrigatório, nos termos do cronograma, a base de dados do eSocial. Livro de Registro de Empregados: a substituição do Livro de Registro foi regulamentada pela Portaria n. 1.195/2019. Os empregadores poderão fazer a opção no eSocial para a utilização do Livro de Registro Eletrônico, ou seja, a utilização eletrônica não é obrigatória. A redação do art. 2º estabelece prazos diferenciados para cada grupo de informações. Vejamos: Art. 2º Compõem o registro de empregados os dados relativos à admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador que deverão ser informados nos seguintes prazos: I - até o dia anterior ao início das atividades do trabalhador: a) número no Cadastro de Pessoa Física - CPF; b) data de nascimento; c) data de admissão; d) matrícula do empregado; e) categoria do trabalhador; f) natureza da atividade (urbano/rural); g) código da Classificação Brasileira de Ocupações - CBO; h) valor do salário contratual; e i) tipo de contrato de trabalho em relação ao seu prazo, com a indicação do término quando se tratar de contrato por prazo determinado. II - até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao mês em que o empregado foi admitido: a) nome completo, sexo, grau de instrução, endereço e nacionalidade; 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/25 b) descrição do cargo e/ou função; c) descrição do salário variável, quando for o caso; d) nome e dados cadastrais dos dependentes; e) horário de trabalho ou informação de enquadramento no art. 62 da CLT; f) local de trabalho e identificação do estabelecimento/empresa onde ocorre a prestação de serviço; g) informação de empregado com deficiência ou reabilitado, devidamente constatado em exame médico, assim como se está sendo computado na cota de pessoa com deficiência; h) indicação do empregador para o qual a contratação de aprendiz por entidade sem fins lucrativos está sendo computada no cumprimento da respectiva cota; i) identificação do alvará judicial em caso de contratação de trabalhadores com idade inferior à legalmente permitida; j) data de opção do empregado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, nos casos de admissão anterior a 1º de outubro de 2015 para empregados domésticos ou anterior a 5 de outubro de 1988 para os demais empregados; e k) informação relativa a registro sob ação fiscal ou por força de decisão judicial, quando for o caso. III - até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da ocorrência: a) alterações cadastrais e contratuais de que tratam as alíneas "e" a "i" do inciso I e as alíneas "a" a "i" do inciso II; b) gozo de férias; c) afastamento por acidente ou doença relacionada ao trabalho, com duração não superior a 15 (quinze) dias; d) afastamentos temporários descritos no Anexo desta Portaria; e) dados de desligamento cujo motivo não gera direito ao saque do FGTS; f) informações relativas ao monitoramento da saúde do trabalhador; g) informações relativas às condições ambientais de trabalho; h) transferência de empregados entre empresas do mesmo grupo econômico, consórcio, ou por motivo de sucessão, fusão, incorporação ou cisão de empresas; e i) reintegração ao emprego. IV - no 16º (décimo sexto) dia do afastamento: a) por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com duração superior a 15 (quinze) dias; e 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/25 b) por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com qualquer duração, que ocorrerem dentro do prazo de 60 (sessenta) dias pela mesma doença e tiverem em sua totalidade duração superior a 15 (quinze) dias. V - de imediato: a) o acidente de trabalho ou doença profissional que resulte morte; e b) afastamento por acidente ou doença relacionados ou não ao trabalho, com qualquer duração, quando ocorrer dentro do prazo de 60 (sessenta) dias do retorno de afastamento anterior pela mesma doença, que tenha gerado recebimento de auxílio-doença. VI - até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência, o acidente de trabalho que não resulte morte, ou a doença profissional. VII - até o 10º (décimo) dia seguinte ao da sua ocorrência, os dados de desligamento cujo motivo gera direito a saque do FGTS (Portaria n. 1.195/2019, grifos nossos). É importante mencionar que o Livro de Registro Eletrônico é opcional, a empresa não está obrigada a utilizá-lo. Se a opção for pela não utilização, os livros físicos e fichas de registros deverão ser adaptados ao novo modelo estabelecido pela portaria. Carteira de Trabalho Digital: as alterações na CLT ocorreram por meio da Lei n. 13.874/2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica. Sua regulamentação foi realizada por meio da Portaria n. 1.065/2019 e da Portaria n. 1.195/2019. Tais portarias regulamentam a forma de anotação e informações da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) por meio digital. Para os novos contratos firmados a partir de 24/09/2019, o empregador não precisa mais exigir a Carteira de Trabalho física. Agora, a apresentação do CPF pelo trabalhador ao empregado equivale a apresentação da CTPS. As anotações anteriores à vigência da nova regra deverão ser realizadas no documento físico do trabalhador; somente as anotações a partir de 24/09/2019 estarão disponíveis no ambiente digital. O trabalhador terá acesso aos dados no prazo de 48 horas a partir da anotação, quedeverá ser realizada no prazo de 05 (cinco) dias. A consulta será realizada por meio de um aplicativo ou, ainda, pelo site do governo. TEMA 5 – DOCUMENTOS TÉCNICOS E EVENTOS DO ESOCIAL 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/25 A documentação técnica é composta por manuais de orientação e manuais para os desenvolvedores dos programas, notas orientativas, leiautes, esquemas XSD, notas de documentação evolutiva, notas técnicas. O principal documento que orienta a utilização do sistema para os empregadores em geral é o Manual de Orientação do eSocial (MOS), que inclui leiautes, regras de validação e tabelas. Vejamos em mais detalhes: Manual do eSocial (MOS): traz as regras básicas de utilização e envio de cada um dos eventos do eSocial; Leiautes do eSocial: oferecem a estrutura dos arquivos, ou seja, neles constam os detalhes de cada campo a ser preenchido de forma obrigatória ou não, ou seja, cada campo do programa desenvolvido deve considerar as regras previstas nesses arquivos; Regras de validação: atualmente, o sistema possui mais de cem regras de validação que deverão ser observadas pelos programadores e empregadores. Tais regras objetivam a validação dos dados enviados pelas empresas. Um exemplo é a validação utilizada no cruzamento das informações enviadas mensalmente pelos empregadores com as informações existentes no banco de dados do eSocial. Se existir qualquer incoerência, o eSocial irá reportá- la ao empregador para a realização das devidas correções. Vejamos: Tabela 1 – eSocial: regras de validação 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/25 Fonte: Portal do eSocial. Tabelas do eSocial: são as tabelas de horários, estabelecimentos, tributos, categoria de trabalhadores, entre outras. Serão utilizadas para alimentar os eventos enviados pela empresa. Vejamos um exemplo de tabela: Tabela 2 – Exemplo de tabela do eSocial 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/25 Todos os documentos técnicos encontram-se disponíveis no Portal do eSocial: Fonte: Portal do eSocial. Fonte: Portal do eSocial. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/25 5.1 EVENTOS DO ESOCIAL O eSocial é composto por informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas que estão agrupadas em eventos. Esses eventos são informações enviadas pelas empresas e estão agrupadas em tabelas, eventos não periódicos e periódicos. Cada evento possui um leiaute específico que não pode ser alterado pela empresa ou por desenvolvedores de programas de folha. Os eventos estão divididos em: Cadastro do empregador/órgão público e tabelas de empregador: consistem em informações relacionadas à identificação de empregadores pessoas física e jurídica, bem como órgão público; inclusive suas filiais e estabelecimento, obras de construção civil também serão informadas. Já as informações relativas às tabelas do empregador são informações necessárias para a validação dos eventos do eSocial, como as rubricas de folha de pagamento, informações de processos judiciais e administrativos, lotações, cargos e funções, entre outros. De acordo com as informações divulgadas pelo governo esses eventos e mesmo as tabelas passarão por simplificação; Eventos de tabelas, validades de informações do empregador e tabelas do empregador: esse é o primeiro grupo de informações que deve ser enviado pelas empresas, pois são os eventos que identificarão a empresa e incluem dados básicos quanto à sua classificação e à sua estrutura administrativa. Tais eventos validam os eventos não periódicos e periódicos que são enviados pelas empresas. São eventos que complementam a base nacional de dados do eSocial. É importante frisar que a manutenção dessas tabelas, com atualizações constantes, é fundamental para a recepção dos eventos periódicos e não periódicos, bem como para a adequada apuração das contribuições. É importante também que a empresa administre corretamente a validade das informações, pois isso impactará diretamente nos demais eventos. A base de dados no eSocial mantém as informações das tabelas de forma histórica, logo, não são permitidas informações conflitantes para um mesmo período; Eventos não periódicos: são aqueles que não possuem uma data estabelecida para acontecer, como admissão, demissão, alteração salarial, exposição do trabalhador a agentes nocivos, afastamentos por doenças, entre outros. O envio dessas informações respeitará as regras que asseguram os diretos dos trabalhadores, como no caso da admissão e do acidente de trabalho 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/25 ou, ainda, que possibilitam o recolhimento de contribuições e direitos que possuam prazos diferenciados, como o desligamento de um trabalhador. Existem também alguns eventos não periódicos sem prazos diferenciados (previstos em lei), portanto, esses deverão ser enviados antes do fechamento da folha de pagamento com o objetivo de evitar inconsistências entre a folha de pagamento e os eventos de tabelas e aqueles não periódicos. TROCANDO IDEIAS Neste estudo, sugiro uma discussão sobre as substituições das declarações pelo envio das informações pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), em especial sobre a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) digital e seus reflexos na relação do trabalhador e a formalização do vínculo por meio das informações enviadas ao eSocial. NA PRÁTICA Voltamos ao questionamento inicial sobre a substituição das declarações e obrigações acessórias pelas empresas a partir da vigência do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). A partir de nosso estudo, podemos concluir que a substituição das declarações acessórias como Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) será realizada de forma imediata a partir da vigência do eSocial? Como vimos, a substituição das declarações ocorrerá de forma gradual e de acordo com cada órgão competente. Cada substituição será publicada para as empresas antes da ocorrência. Por exemplo, a substituição de RAIS, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Carteira de Trabalho e Livro de Registro já ocorreram de acordo com a Portaria n. 1.127/2019 e a Portaria n. 1.195/2019. FINALIZANDO Nossa aula versou sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) em especial, sobre sua criação, conceito, objetivos, cronograma de 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/25 implantação, substituição das declarações acessórias e documentação técnica que traz as diretrizes do sistema e a sua forma de utilização. Como vimos, as declarações acessórias estão sendo substituídas de forma gradativa e, por isso, é importante que você busque estar atualizado e atento ao Portal do eSocial. REFERÊNCIAS BRASIL. Comitê Diretivo do eSocial. Manual de Orientação do eSocial: versão 2.5.01, janeiro de 2019. Disponível em: <https://portal.esocial.gov.br/ manuais/mos-2-5-01.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2019. _____. Decreto n. 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema de Escrituração Digital das obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 12 dez. 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8373.htm>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. DiárioOficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 ago. 1943. Disponível em: <http://www.planalto .gov.br/ccivil_03/decreto- lei/del5452.htm>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 14 maio 1990. Disponível em: <http://www.planalto .gov.br/ccivil_03/leis/l8036consol.htm>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 set. 2019. Disponível em: <http://www.in. gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.874-de-20- de-setembro-de-2019-217365826>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria n. 1.065, de 30 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 2019. Disponível em: <http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-1.065-de-23-de-setembro-de-2019-217773828? inheritRedirect=true&redirect= %2Fweb%2Fguest%2Fsearch%3FqSearch%3DPortaria%2520n%25C2%25BA%25201.065%252C%2520 de%252023%2520de%2520setembro%2520de%25202019>. Acesso em: 24 fev. 2020. 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/25 _____. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria n. 1.127, de 14 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 out. 2019. Disponível em: <http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.127-de-14-de-outubro-de-2019-221811213>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Ministério da Economia. Secretaria Especial da previdência e Trabalho. Portaria n. 1.195, de 30 de outubro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1º nov. 2019. Disponível em: <http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.195-de-30-de-outubro-de-2019-*-224956334>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Resolução do Comitê Gestor do eSocial n. 2, de 30 de agosto de 2016. Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 ago. 2016. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/institucional/ legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016-consolidada>. Acesso em: 24 fev. 2020. _____. Resolução do Comitê Gestor do eSocial n. 5, de 2 de outubro de 2018. Altera a Resolução CDES n. 2, de 30 de agosto de 2016, do Comitê Diretivo do eSocial, que dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 2018. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/instituci onal/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-5-de-2-de-outubro-de-2018>. Acesso em: 24 fev. 2020. Você poderá acessar o site <http://sped.rfb.gov.br/> e conferir todo o conteúdo referente ao SPED. [1] 19/11/2020 UNINTER - GESTÃO DE ROTINAS TRABALHISTAS COM O ESOCIAL https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/25
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