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ANESTÉSICOS LOCAIS RESUMO-livro Farmacologia e Terapêutica Para Dentistas

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Ana Comin 
Resumindo Farmacologia e Terapêutica para dentistas: 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS: 
Anestésicos locais são agentes que bloqueiam de maneira reversível a condução nervosa quando 
aplicados em uma área circunscrita do corpo. 
Inibem, por certos mecanismos a abertura dos canais de sódio para que a célula fique 
despolarizada e o impulso seja propagado. 
 
Bloqueiam a sensação de dor por interferência na propagação dos impulsos nervosos periféricos. 
A geração e a condução dos potenciais de ação são inibidas. 
 
Segundo o livro, tem-se diversas hipóteses: 
- Podem interagir com os lipídeos das membranas plasmáticas, atrapalhando os canais de serem 
abertos; 
- Podem agir diretamente nos canais; 
- Outras teorias, como alterações alostéricas, onde há a mudança de afinidade do receptor/canal 
para seu substrato. 
 
Os anestésicos locais variam quanto à sua capacidade inerente relativa de bloquear fibras 
sensitivas versus motoras. 
Exemplo: bupivacaína e a etidocaína. Ambos os fármacos são agentes altamente lipossolúveis 
capazes de produzir bloqueio nervoso prolongado. 
A bupivacaína pode produzir anestesia sensorial com um terço da concentração necessária para 
o bloqueio motor, enquanto a 
etidocaína não mostra seletividade de efeito. 
 
Infelizmente, podem atravessar o SNC e a placenta. 
 
No SNC: Efeitos sistêmicos causados pelos anestésicos locais podem ocorrer com as 
concentrações plasmáticas atingidas em pacientes odontológicos. 
 
Os sinais e sintomas iniciais de um efeito tóxico são frequentemente de natureza excitatória e 
consistem em sensação de atordoamento e vertigem, seguida de distúrbios visuais e auditivos, 
apreensão, desorientação e atividade muscular involuntária localizada. 
 
Respostas depressoras, tais como fala arrastada, sonolência e inconsciência, também podem 
ocorrer e são especialmente importantes com certos fármacos (p. ex., lidocaína). 
 
Com doses excessivamente altas, manifesta-se a deficiência respiratória; se não tratada, pode 
resultar em morte por asfixia. 
A interrupção inicial das vias resulta em desinibição de neurônios excitatórios, manifestada 
clinicamente como uma estimulação. 
Estudos eletroencefalográficos  indicam que as convulsões por anestésicos locais iniciam-se na 
amígdala. A desinibição dessa parte do sistema límbico permite que ocorram descargas de alta 
voltagem, que se disseminam através do cérebro. Um achado mais recente de que os anestésicos 
locais podem bloquear uma família de canais de K+ (cuja inibição aumenta a excitabilidade 
neuronal) levanta a possibilidade de que a estimulação do SNC e as arritmias cardíacas possam 
surgir em parte por uma excitação neuronal direta. 
 
No sistema cardiovascular: Há vários efeitos a serem observados: 
No miocárdio, em concentrações não tóxicas: 
 Ana Comin 
Lidocaína: diminui o potencial de ação e o período refratário das fibras de Purkinje (Intervalo de 
tempo após o disparo de um potencial de ação, quando a MEMBRANA CELULAR foi alterada para 
um estado não excitável e está gradativamente voltando ao estado de repouso-excitável). 
Redução da responsividade miofibrilar ao Ca2+ disponível; 
 Com doses convencionais de lidocaína, esse efeito de redução é pequeno e os reflexos 
simpáticos e os efeitos vasculares diretos produzem um aumento compensatório na 
resistência periférica, o que impede a diminuição na pressão sanguínea. 
 Tanto ela como a procaina diminuem o automatismo cardíaco. 
 Mepivacaína em doses moderadas diminui a resistência vascular periférica e aumenta o 
débito cardíaco, o que sugere que os anestésicos locais em concentrações sanguíneas 
subtóxicas podem exercer padrões distintos de efeitos diretos e indiretos sobre o coração. 
Em doses TÓXICAS: Todo tecido cardíaco sofre com diminuição da excitabilidade da membrana 
e velocidade da condução! Relatos em humanos e experimentos em várias outras espécies 
confirmam que a bupivacaína e certos outros anestésicos locais altamente lipofílicos são 
cardiotóxicos comparados com os menos lipofílicos. Há maior probabilidade de arritmias 
ventriculares graves e colapso cardiovascular, e a ressuscitação é mais 
problemática. 
Demonstrou-se que os anestésicos locais afetam o metabolismo do ácido araquidônico e inibem 
a agregação plaquetária. 
 
VASOCONSTRITORES: 
 Diminuem risco de toxicidade do AL; 
 Diminuem absorção do AL-maior duração do efeito; 
 Reduzem a perda de sangue. 
 FÁRMACOS QUE APRESENTAM CAPACIDADE DE VASODILATAÇÃO PODEM SER ASSOCIADOS 
AOS VASOCONSTRITORES PARA REDUZIR SUA ABSORÇÃO. EX: LIDOCAÍNA E PROCAÍNA. 
 
DISTRIBUIÇÃO: 
A velocidade de absorção depende de diversos fatores, incluindo: 
1. A dose; 
2. O perfil farmacológico do fármaco utilizado; 
3. Presença de um agente vasoconstritor; 
4. Natureza do sítio de administração. 
5. Quanto mais fármaco for injetado, mais elevada é a concentração sanguínea resultante. 
6. A ligação às proteínas plasmáticas correlaciona-se diretamente com a hidrofobicidade do 
anestésico local. 
Após a distribuição pelo espaço intravascular, o fármaco não ligado está livre para difundir-se nos 
vários tecidos do corpo. As denominadas barreiras à difusão são ineficazes contra os anestésicos 
locais. 
Além de penetrarem no SNC, esses fármacos atravessam prontamente a placenta e 
ocasionalmente podem induzir uma depressão cardíaca grave no feto. 
 
METABOLISMO E ELIMINAÇÃO: 
O destino metabólico de um agente em particular depende em grande parte da ligação química 
entre o resíduo aromático e o restante da molécula. 
 
Podem ser classificados em ésteres e amidas: 
ÉSTER: HIDRÓLISE. 
Os derivados do ácido p-aminobenzóico (p. ex., procaína e tetracaína) são metabolizados no 
plasma pela pseudocolinesterase; para outros ésteres, a proporção entre hidrólise plasmática e 
tecidual é variável. 
 Ana Comin 
Podem ainda, depois, serem metabolizados pelo fígado. 
AMIDAS: O metabolismo dos fármacos do tipo amida ocorre essencialmente no fígado. O fluxo 
sanguíneo hepático parece ser o fator limitante que governa o metabolismo da lidocaína e 
algumas outras amidas. 
A articaína é atípica porque é inativada no sangue e outros tecidos por hidrólise de uma cadeia 
lateral éster necessária para a atividade anestésica local. Em 25 minutos, a articaína é removida 
da circulação mais rapidamente do que outras amidas injetadas. 
 
TOXICIDADE: 
A maioria dos efeitos tóxicos graves  Concentrações sanguíneas excessivas causadas por 
injeção intravascular inadvertida ou administração de grandes quantidades de fármaco. Os 
maiores perigos são convulsões, parada respiratória e colapso cardiovascular. Tais reações podem 
geralmente ser evitadas observando-se três precauções: 
1. Administrar a menor dose que proporcione anestesia eficaz; 
2. Usar técnicas de injeção apropriadas, incluindo aspiração; 
3. Na ausência de contraindicações pela história do paciente ou pela necessidade operatória, 
utilizar uma solução contendo vasoconstritor. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
 Seu efeito depressor do SNC soma-se aos efeitos de anestésicos gerais, barbitúricos e 
analgésicos opioides, produzindo interações com significado terapêutico e toxicológico! 
EX: A lidocaína combinada com outro fármaco antiarrítmico pode gerar distúrbios 
profundos no automatismo e condutibilidade cardíacos, muito 
maiores do que qualquer um dos compostos causaria se utilizado 
isoladamente. 
 
 INIBIÇÃO ENZIMÁTICA: CYP3A4 e CYP1A2 -->inibidores dessas enzimas, tais como a 
eritromicina (CYP3A4) e a fluvoxamina (CYP1A2), podem aumentar ligeiramente as 
concentrações plasmáticas de lidocaína! 
A procaína e alguns outros anestésicos locais (benzocaína, tetracaína) são metabolizados, 
gerando ácido p-aminobenzóico. Este  Inibe a ação bactericida das sulfonamidas. 
 
 Catecolaminas podem induzir alterações indesejáveis no desempenho cardíaco e na pressão 
arterial em pacientes que fazem uso de: 
1. Antidepressivos tricíclicos; 
2. Inibidores correlatos do transporte de norepinefrina; 
3. Cocaína; 
4. Bloqueadoresβ-adrenérgicos não seletivos; 
5. Digoxina; 
6. Inibidores da catecol-O-metiltransferase; 
7. Fármacos bloqueadores de neurônios adrenérgicos (p. ex., guanetidina). 
TRANSMISSÃO: 
A inibição da transmissão em porções circunscritas do sistema nervoso periférico é realizada 
através das técnicas de infiltração, bloqueio de campo e bloqueio nervoso. 
 
Anestesia terminal infiltrativa; 
Antestesia de bloqueio/regional; 
 
 Ana Comin 
SEQUÊNCIA DO BLOQUEIO? ANATOMIA -->SENSAÇÃO TÉRMICA-->SENSAÇÃO DOLOROSA--
>TÁTIL-->PRESSÃO-->VIBRAÇÃO-->PROPRIOCEPTIVA-->MOTORA; 
A recuperação é de modo inverso. 
 
CLORIDRATOS: 
 CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA A 2%. Gel, solução e spray. 
 CLORIDRATO DE MEPICAVAÍNA A 2/3%; 
 CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA A 3%; *Com citocaína. 
 CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA A 0,5%. 
ÉSTERES: 
-->Menor risco de toxicidade; 
-->Inativação mais rápida; 
-->Menor efeito sistêmico; 
-->Maior potencial alérgico. 
 
ÁCIDO BENZÓICO: COCAÍNA, BENZOCAÍNA, TETRACAÍNA; 
ÁCIDO PABA: PROCAÍNA, CLOROPROCAÍNA, PROPOXICAÍNA. 
 
AMIDAS: 
-->MAIOR risco de toxicidade; 
-->Inativação mais lenta; 
-->MAIOR duração de efeitos sistêmicos; 
*Metabolização hepática. 
-->Raras reações alérgicas. 
XILIDINA: LIDOCAÍNA, MEPICAVAÍNA, BUPIVACAÍNA, ROPIVACAÍNA; 
TOLUIDINA: PRILOCAÍNA, ARTICAÍNA. 
 
LIDOCAÍNA: 
Ela é muitas vezes mais potente e tóxica do que a procaína e fornece anestesia local 
comparativamente mais rápida, mais extensa e de maior duração. 
A administração de cloridrato de lidocaína a 2% com epinefrina 1:100.000 é mais adequada para 
uso odontológico de rotina. 
Fármaco também está disponível como solução sem vasoconstritor OU com epinefrina 1:50.000. 
A lidocaína é a única amida comercializada como agente isolado para 
anestesia tópica em Odontologia. 
 
MEPIVACAÍNA: 
Similar em muitos aspectos à lidocaína, o cloridrato de mepivacaína é comercializado em uma 
concentração de 2% com levonordefrina 1:20.000 e como solução a 3% sem vasoconstritor. 
 
BUPIVACAÍNA: 
A bupivacaína é aproximadamente 4X mais potente e mais tóxica do que a mepivacaína! 
Apresenta um pKa ligeiramente maior (Quanto maior o PKa de uma base fraca-como no caso dos 
AL: MAIS FORTE) e início de ação mais lento. 
Para a Odontologia, o cloridrato de bupivacaína a 0,5% está disponível com epinefrina 
1:200.000. 
 
 
PRILOCAÍNA: 
Menos potente do que a lidocaína, o cloridrato de prilocaína é comercializado como solução a 4% 
com e sem epinefrina 1:200.000. 
Toxicidade sistêmica: METADE da lidocaína; Seus efeitos tóxicos em base volumétrica (em mL) 
são essencialmente iguais. 
 Ana Comin 
ARTCAÍNA: 
A articaína é a única entre as amidas que apresenta um anel tiofeno. 
Comercializada na América do Norte em uma concentração a 4% com epinefrina 1:100.000 ou 
1:200.000, a articaína tornou-se um agente popular para uso rotineiro na Odontologia. 
 
ROPIVACAÍNA: 
DERIVADA DA MEPICAVAÍNA 
Em contraste com os agentes anteriores, a ropivacaína não está atualmente disponível na forma 
de tubetes odontológicos. 
Em Odontologia, demonstrou-se que a ropivacaína a 0,75% produz anestesia local prolongada 
após bloqueio do nervo alveolar inferior. 
A ropivacaína pode ser útil quando os vasoconstritores são contraindicados e se deseja uma 
duração de ação mais longa do que a produzida pela mepivacaína a 3%. 
 
USO TÓPICO: 
As formulações comercializadas como sprays pressurizados produzem anestesia tópica em ampla 
área, apropriada para moldagens ou radiografias intraorais. Tais preparações são potencialmente 
perigosas; 
USAR SOMENTE produtos com válvula medidora para evitar uma superdosagem inadvertida. 
Os líquidos tópicos, que evitam a possibilidade de inspiração do aerossol, também podem ser 
usados para cobertura anestésica superficial de áreas amplas. 
As preparações tópicas não aquosas são adequadas à maioria dos outros procedimentos. Os 
veículos dos anestésicos locais comuns incluem lanolina, vaselina, carboximetilcelulose sódica e 
polietilenoglicol. 
 
A benzocaína: Derivado da procaína  Terminação amina está ausente. 
 Pouco solúvel em meio aquoso; 
 Tende a permanecer no sítio de aplicação e não é prontamente absorvida na circulação 
sistêmica. 
Devido ao seu baixo potencial tóxico, é especialmente útil para anestesia de grandes áreas superfi 
ciais na cavidade oral. 
A benzocaína está disponível em uma variedade de preparações; para uso intraoral o mais 
comumente indicado é uma concentração a 20% na forma de spray aerossol, gel, pomada, pasta 
e solução. Um adesivo em gel para mucosa (contendo 36 mg por 2 cm de comprimento × 1 cm de) 
também está disponível. 
Entretanto, a benzocaína não é totalmente inócua; Há casos de metemoglobinemia após a 
administração de doses muito grandes, especialmente na forma de sprays sem medidor. 
Cloridrato de tetracaína: 
A tetracaína é um derivado éster do ácido p-aminobenzóico  Cadeia butil substitui um dos 
hidrogênios do grupamento p-amino. 
O fármaco tem aproximadamente 10 X a toxicidade e a potência da procaína. 
 Não está mais disponível para injeção em Odontologia; 
 Para aplicação tópica é mais comumente comercializado na forma de sal cloridrato a 2% em 
combinação com benzocaína a 14% e butambeno a 2% em spray aerossol, solução, gel e 
pomada sob o nome comercial Cetacaínaiv. 
 A tetracaína é um dos anestésicos tópicos mais eficazes, mas seu potencial tóxico após 
aplicação superficial deve determinar cautela em seu uso. 
Cloridrato de diclonina: 
A diclonina é incomum  Ligação cetona entre a parte aromática e o restante da molécula do 
anestésico. 
 Ana Comin 
 Disponível na forma de pastilhas para uso tópico, o cloridrato de diclonina não é administrado 
por injeção devido à sua propensão à produção de irritação tecidual. 
 A diclonina pode ser usada em pacientes alérgicos aos derivados do ácido p-aminobenzóico. 
Clorobutanol: 
 O clorobutanol é um anestésico local pouco potente, geralmente formulado com outros 
agentes. 
 O fármaco é utilizado principalmente em curativos obtundentes para aliviar pulpite aguda e 
dor alveolar pós-extração. 
Lidocaína/prilocaína: 
Comercializada sob o acrônimo EMLA. 
 Mistura eutética de lidocaína a 2,5% e prilocaína a 2,5%, está disponível na forma de um creme 
para anestesia tópica da pele. 
 Quando colocado sob um curativo oclusivo por uma hora, o EMLA diminui a dor da punção 
venosa e é útil em crianças pequenas e outros pacientes intolerantes à inserção da agulha.

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