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MECANISMOS FÍSICOS E FISIOLÓGICOS NA NUTRIÇÃO ANIMAL

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Nutrição Animal 
Mecanismos físicos e fisiológicos 
• Entre os animais há uma grande diferença 
nos hábitos alimentares e na forma da 
apreensão dos alimentos. Os bovinos não 
possuem dentes incisivos superiores e para 
se alimentar eles enrolam sua língua na 
forragem, arrancam e levam até a 
cavidade oral. Os caprinos e ovinos usam 
seus dentes incisivos inferiores e sua língua 
para pegar o alimento, enquanto os equinos 
usam só o seu lábio superior. Os cães e 
gatos usam seus incisivos para cortar os 
alimentos. As aves não possuem dentes e 
apreendem pelo bico. 
• Para que um animal se alimente, é 
fundamental que ele tenha fome, mas as 
expressões fome e apetite na nutrição 
possuem significados diferentes: 
1. Fome: sensação manifesta pelo animal 
em déficit energético; 
2. Apetite: disposição fisiológica de um 
animal que manifesta o desejo de comer. 
(SAAD; SAAD,2004) 
• Alguns fatores são relacionados ao 
consumo voluntário de alimento pelos 
animais, como: processamento da dieta, 
energia presente no alimento, 
macronutrientes e palatabilidade (talvez um 
dos mais importantes). 
• A palatabilidade é um conjunto de elementos 
presentes no alimento como textura, odor 
e paladar que influenciam o desejo de 
ingestão do alimento. 
• A saciedade é o nível de balanceamento 
entre energia perdida e o alcance de um 
ótimo crescimento e produção. 
 
• Os cães e gatos apresentam neofilia e 
neofobia. Os cães têm facilidade em 
receber um alimento novo, diferente do de 
costume (neofilia). Já os gatos têm 
tendência para rejeitar uma nova dieta 
(neofobia). No caso dos gatos, é algo que 
precisa ter muita atenção, pois eles têm 
grande disposição para desenvolver lipidose 
hepática se ficar em jejum. 
• Os cães muitas vezes competem pelo 
alimento (dominância/submissão) e isso 
podem acarretar problemas na ingestão 
como rápida ingestão ou não alimentação. 
• Nos ruminantes pode-se observar distensão 
do rúmen devido a ingestão de alimentos. 
• O conceito de nível de alimentação refere-
se à disponibilidade imposta ao animal, como 
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por exemplo: se a disponibilidade de alimento 
é controlada, então a ingestão também é. 
• Há mecanismos neuroendócrinos que estão 
relacionados a regulação da ingestão, como 
neurotransmissores e peptídeos intestinais. 
Essas substâncias podem ter função 
orexígena (aumenta o consumo de 
alimento) ou anorexígena (redução de 
consumo de alimento). Outras substâncias 
também influenciam o consumo de 
alimentos como o peptídeo YY e o GLP-1 
que reduzem o esvaziamento gástrico e o 
trânsito do bolo alimentar no intestino. 
 
 
 
MECANISMOS QUE CONTROLAM A INGESTA 
 
• É de suma importância conhecer os 
fatores que irão afetar o consumo 
voluntário e corrigir problemas que afetem 
o comportamento ingestivo como o manejo 
alimentar, formulações e o ambiente para 
regular a ingestão e chegar a um nível 
fisiológico (ou homeostase nutricional). 
• O sistema nervoso central (SNC) irá 
controlar os efeitos do consumo voluntário 
de alimento. Uma série de sinais de 
feedback negativo do trato digestivo, 
fígado e outros órgãos controlará o 
consumo na presença dos nutrientes. Os 
animais têm a capacidade de recordar as 
propriedades sensoriais dos alimentos 
(sabor, textura e aparência) e escolher 
quais alimentos irá comer ou evitar devido a 
experiências prévias. 
• No hipotálamo ficam os centros de fome e 
saciedade, no início da ingestão o centro da 
fome é ativado e infere mecanismos de 
busca e apreensão do alimento através de 
receptores químicos e térmicos. Ao final da 
ingestão, o animal vai ficando mais seletivo 
e o centro de saciedade é acionado. 
 
• O controle de consumo tem fatores 
intrínsecos e extrínsecos. Os fatores 
intrínsecos são aqueles próprios do 
organismo (teoria glicostática, aminostática, 
gorduras, íons e temperatura): 
1. Teoria glicostática: níveis de glicose 
modulados pela insulina, essa teoria 
responde a necessidade do animal de 
querer consumir novamente o alimento. A 
glicose é um metabólito energético que 
possui glicorreceptores que depende de 
outros glicorreceptores como glucagon, 
insulina e glicose plasmática (hipotálamo e 
fígado). 
2. Teoria aminostática: a carência de 
aminoácidos faz com que o indivíduo tenha 
necessidade de ingerir alimentos para 
equilibrar alguma proteína em baixa 
quantidade (ou qualidade) no organismo. 
3. Teoria lipostática: essa teoria envolve a 
formação do tecido adiposo e setpoint 
(determina o ponto de controle conforme 
o teor de gordura animal) importante para 
os animais que realizam hibernação. 
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4. Teoria ionostática: presença de íons na 
alimentação. O sódio tem importante 
função no efeito de consumo do alimento 
porque traz palatabilidade. Nas aves há 
pouco efeito dessa teoria. Já os bovinos 
se interessam em alimentos mais salgados. 
Porém o excesso de sódio pode causar 
algumas patologias como cálculo renal em 
felinos. 
5. Teoria termostática: faz com que 
alguns indivíduos tenham produção de 
alguns hormônios como T3 e T4. Os 
animais apresentam um consumo 
inversamente proporcional à temperatura 
do ambiente, por exemplo: em ambientes 
mais quentes os animais comem menos e 
em ambientes mais frescos os animais 
comem mais. Nas aves é ao contrário. 
Para as vacas leiteiras, quanto mais calor 
maior o tempo de ócio e menor tempo de 
ruminação. 
• Os fatores extrínsecos são relacionados ao 
controle sensorial (visual, gustativo e 
olfatório): 
1. Visual: hierarquia, tamanho das partículas de 
alimento, cor do comedouro e bebedouro. 
2. Gustativo: dependendo de como o alimento 
está (salgado, temperado, amargo...), o 
animal irá se interessar ou não. 
3. Olfatório: as aves têm predileção ao cheiro 
de gordura (óleo) nos alimentos. 
• Alguns aspectos práticos são efeito do 
ambiente (utilizar estratégias para amenizar 
o estresse), formular dietas com proteína 
ideal e teoria termostática de forma mais 
presente no dia-a-dia. 
• Todas as teorias acontecem em conjunto. 
• A teoria da distensão do estômago acontece 
em ruminantes e não ruminantes. Há uma 
relação na quantidade de energia e alimento 
e quantidade de proteína. Essas reações 
podem estimular ou inibir o centro da fome. 
 
CURIOSIDADE 
 
• O foie gras é um prato desenvolvido por 
uma esteatose hepática adquirida via 
nutricional. É o próprio fígado de pato e não 
um patê. É feito por alimentação forçada 
em patos por criadores, fazendo com que 
seu fígado se torne hipertrofiado e 
gorduroso.

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