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@MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. Nutrição Animal Mecanismos físicos e fisiológicos • Entre os animais há uma grande diferença nos hábitos alimentares e na forma da apreensão dos alimentos. Os bovinos não possuem dentes incisivos superiores e para se alimentar eles enrolam sua língua na forragem, arrancam e levam até a cavidade oral. Os caprinos e ovinos usam seus dentes incisivos inferiores e sua língua para pegar o alimento, enquanto os equinos usam só o seu lábio superior. Os cães e gatos usam seus incisivos para cortar os alimentos. As aves não possuem dentes e apreendem pelo bico. • Para que um animal se alimente, é fundamental que ele tenha fome, mas as expressões fome e apetite na nutrição possuem significados diferentes: 1. Fome: sensação manifesta pelo animal em déficit energético; 2. Apetite: disposição fisiológica de um animal que manifesta o desejo de comer. (SAAD; SAAD,2004) • Alguns fatores são relacionados ao consumo voluntário de alimento pelos animais, como: processamento da dieta, energia presente no alimento, macronutrientes e palatabilidade (talvez um dos mais importantes). • A palatabilidade é um conjunto de elementos presentes no alimento como textura, odor e paladar que influenciam o desejo de ingestão do alimento. • A saciedade é o nível de balanceamento entre energia perdida e o alcance de um ótimo crescimento e produção. • Os cães e gatos apresentam neofilia e neofobia. Os cães têm facilidade em receber um alimento novo, diferente do de costume (neofilia). Já os gatos têm tendência para rejeitar uma nova dieta (neofobia). No caso dos gatos, é algo que precisa ter muita atenção, pois eles têm grande disposição para desenvolver lipidose hepática se ficar em jejum. • Os cães muitas vezes competem pelo alimento (dominância/submissão) e isso podem acarretar problemas na ingestão como rápida ingestão ou não alimentação. • Nos ruminantes pode-se observar distensão do rúmen devido a ingestão de alimentos. • O conceito de nível de alimentação refere- se à disponibilidade imposta ao animal, como @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. por exemplo: se a disponibilidade de alimento é controlada, então a ingestão também é. • Há mecanismos neuroendócrinos que estão relacionados a regulação da ingestão, como neurotransmissores e peptídeos intestinais. Essas substâncias podem ter função orexígena (aumenta o consumo de alimento) ou anorexígena (redução de consumo de alimento). Outras substâncias também influenciam o consumo de alimentos como o peptídeo YY e o GLP-1 que reduzem o esvaziamento gástrico e o trânsito do bolo alimentar no intestino. MECANISMOS QUE CONTROLAM A INGESTA • É de suma importância conhecer os fatores que irão afetar o consumo voluntário e corrigir problemas que afetem o comportamento ingestivo como o manejo alimentar, formulações e o ambiente para regular a ingestão e chegar a um nível fisiológico (ou homeostase nutricional). • O sistema nervoso central (SNC) irá controlar os efeitos do consumo voluntário de alimento. Uma série de sinais de feedback negativo do trato digestivo, fígado e outros órgãos controlará o consumo na presença dos nutrientes. Os animais têm a capacidade de recordar as propriedades sensoriais dos alimentos (sabor, textura e aparência) e escolher quais alimentos irá comer ou evitar devido a experiências prévias. • No hipotálamo ficam os centros de fome e saciedade, no início da ingestão o centro da fome é ativado e infere mecanismos de busca e apreensão do alimento através de receptores químicos e térmicos. Ao final da ingestão, o animal vai ficando mais seletivo e o centro de saciedade é acionado. • O controle de consumo tem fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos são aqueles próprios do organismo (teoria glicostática, aminostática, gorduras, íons e temperatura): 1. Teoria glicostática: níveis de glicose modulados pela insulina, essa teoria responde a necessidade do animal de querer consumir novamente o alimento. A glicose é um metabólito energético que possui glicorreceptores que depende de outros glicorreceptores como glucagon, insulina e glicose plasmática (hipotálamo e fígado). 2. Teoria aminostática: a carência de aminoácidos faz com que o indivíduo tenha necessidade de ingerir alimentos para equilibrar alguma proteína em baixa quantidade (ou qualidade) no organismo. 3. Teoria lipostática: essa teoria envolve a formação do tecido adiposo e setpoint (determina o ponto de controle conforme o teor de gordura animal) importante para os animais que realizam hibernação. @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 4. Teoria ionostática: presença de íons na alimentação. O sódio tem importante função no efeito de consumo do alimento porque traz palatabilidade. Nas aves há pouco efeito dessa teoria. Já os bovinos se interessam em alimentos mais salgados. Porém o excesso de sódio pode causar algumas patologias como cálculo renal em felinos. 5. Teoria termostática: faz com que alguns indivíduos tenham produção de alguns hormônios como T3 e T4. Os animais apresentam um consumo inversamente proporcional à temperatura do ambiente, por exemplo: em ambientes mais quentes os animais comem menos e em ambientes mais frescos os animais comem mais. Nas aves é ao contrário. Para as vacas leiteiras, quanto mais calor maior o tempo de ócio e menor tempo de ruminação. • Os fatores extrínsecos são relacionados ao controle sensorial (visual, gustativo e olfatório): 1. Visual: hierarquia, tamanho das partículas de alimento, cor do comedouro e bebedouro. 2. Gustativo: dependendo de como o alimento está (salgado, temperado, amargo...), o animal irá se interessar ou não. 3. Olfatório: as aves têm predileção ao cheiro de gordura (óleo) nos alimentos. • Alguns aspectos práticos são efeito do ambiente (utilizar estratégias para amenizar o estresse), formular dietas com proteína ideal e teoria termostática de forma mais presente no dia-a-dia. • Todas as teorias acontecem em conjunto. • A teoria da distensão do estômago acontece em ruminantes e não ruminantes. Há uma relação na quantidade de energia e alimento e quantidade de proteína. Essas reações podem estimular ou inibir o centro da fome. CURIOSIDADE • O foie gras é um prato desenvolvido por uma esteatose hepática adquirida via nutricional. É o próprio fígado de pato e não um patê. É feito por alimentação forçada em patos por criadores, fazendo com que seu fígado se torne hipertrofiado e gorduroso.
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