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Meningite Professora Carla Moreira de Souza A meningite é um processo inflamatório do espaço subaracnóide e das membranas leptomeninges (pia aracnoide) que envolve o encéfalo e a medula espinhal. A infecção pode atingir também estruturas do sistema nervoso central constituído pela meningomielite e meningoencefalite. O comprometimento infeccioso do sistema nervoso central e de suas membranas pode ser agudo – quando causada por bactérias ou vírus – e crônico – quando for causada por protozoários, espiroquetas, helmintos, fungos ou microbactérias. Doença de notificação compulsória Epidemiologia • No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. • Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. • A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono- inverno e das virais na primavera-verão. • O risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco anos, principalmente até um ano, no entanto pode acontecer em qualquer idade. • Na doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis, além das crianças, os adolescentes e adultos jovens têm o risco de adoecimento aumentado em surtos. • Na meningite pneumocócica (causada pelo Streptococcus pneumoniae) idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras também apresentam maior risco de adoecimento. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença. Sinais e sintomas Característicos no quadro são de infecção, (caracterizada por febre, mal-estar generalizado, mialgia e anorexia), de síndrome da hipertensão intracraniana (cefaleia intensa, náuseas e vômito em jato, zumbido, transtorno do equilíbrio, edema de papila) e síndrome radicular (posição meningítica ou em gatilho de espingarda, com rigidez de nuca e sinais de Kerning, Brudzinski e Leségue), fotofobia. Diagnóstico • Se o médico suspeita de meningite, ele solicita a coleta de amostras de sangue e líquido cerebroespinhal (líquor). O laboratório então testa as amostras para detectar o agente que está causando a infecção. A identificação específica do agente é importante para o médico saber exatamente como deve tratar a infecção. • Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de meningite são: exame quimiocitológico do líquor; bacterioscopia direta (líquor); cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes); contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro); aglutinação pelo látex (líquor e soro). • O aspecto do líquor, embora não considerado um exame, funciona como um indicativo. O líquor normal é límpido e incolor, como “água de rocha”. Nos processos infecciosos, ocorre o aumento de elementos figurados (células), causando turvação, cuja intensidade varia de acordo com a quantidade e o tipo desses elementos. Prevenção • A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia. As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são: • Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C; • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. • BCG: protege contra as formas graves da tuberculose. • Já a quimioprofilaxia medicamentosa está indicada para contatos de casos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae. A equipe médica que acompanha o caso, junto com a vigilância epidemiológica local são os responsáveis pelas orientações e aplicação da quimioprofilaxia medicamentosa nos contatos. • Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos Meningite viral • As meningites virais são, na maioria dos casos, de bom prognóstico. O agente etiológico pode decorrer de causas não infecciosas, como neoplasias, acidente vascular encefálico, além de outras infecções não virais, como leptospirose, toxoplasmose, sífilis entre outros. Os agentes mais frequentes implicados na etiologia da meningite viral são os enterovírus, como o vírus da caxumba, do herpes simples, citomegalovírus e outros. Causas • Enterovírus, tais como ecovírus e coxsackievírus • Vírus do herpes simples (HSV), geralmente tipo 2 (HSV-2) • Vírus da varicela zóster • Vírus transmitidos por mosquitos (chamados arbovírus), tais como o vírus do Nilo Ocidental, vírus da encefalite St. Louis e vírus da encefalite da Califórnia • Vírus da coriomeningite linfocítica • Vírus da imunodeficiência humana (HIV) https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/encefalite Sinais e Sintomas • Febre • Dor de cabeça • Rigidez no pescoço • Náusea • Vômito • Falta de apetite • Irritabilidade • Sonolência ou dificuldade para acordar do sono • Letargia (falta de energia) • Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) • Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico (falta de energia) ou irresponsivo a estimulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais. Transmissão • As meningites virais podem ser transmitidas de diversas maneiras a depender do vírus causador da doença. • No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e os vírus podem ser adquiridos por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, trocar fraldas de uma pessoa infectada, depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Já os Já os Arbovírus são transmitidos por meio de picada de mosquitos contaminados. Tratamento • Na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente. Porém alguns vírus como herpesvírus e influenza podem vir a provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico. A devida conduta sempre é determinada pela equipe médica que acompanha o caso. Meningite bacteriana • Meningite bacteriana, também chamada de meningite meningocócica, é a inflamação das meninges causada por bactérias. Mais de 80% dos casos de meningite são provocados por infecção bacteriana. • É o tipo mais grave • A doença geralmente ocorre quando a bactéria entra na corrente sanguínea, e migra até o cérebro. • Além disso, pode acontecer da enfermidade ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após alguma cirurgia. Meningite meningocócica A meningite meningocócica é causada pela Neisseria meningitidis ou pelo meningococo e é uma das mais importantes do ponto de vista da saúde pública devido ao seu potencial epidêmico e a alta letalidade, além da presença relativamente comum de sequelas. A fonte de infecção é o homem doente ou portador, único reservatório do meningococo. A Neisseria meningitidis pode ser encontrada nas vias aéreas superiores dos seres humanos sem que apresentem sintomas, caracterizando o estado de portador. Causas • Três bactérias podem causar meningite bacteriana. Elas são Neisseria meningitidis, Hemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae. Essas três encontram-se normalmente no meio ambiente e podem inclusive viver no nariz ou no aparelho respiratório deuma pessoa sem provocar qualquer dano. De maneira ocasional, estes organismos infectam o cérebro sem que se possa identificar a razão disso. Em outros casos, a infecção se dá por meio de uma ferida na cabeça, ou pode ser provocada, ainda, por uma anomalia do sistema imunológico. Sinais e Sintomas Início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sintomas, como: • Mal estar • Náusea • Vômito • Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) • Status mental alterado (confusão) • Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma. Na septicemia meningocócica (também conhecida como meningococemia) que é uma uma infecção na corrente sanguínea causada pela bactéria Neisseria meningitidis, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como: • Fadiga • Mãos e pés frios • Calafrios • Dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdomen (barriga) • Respiração rápida • Diarréia • E, manchas vermelhas pelo corpo Transmissão • Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli. • É importante saber que algumas pessoas podem transportar essas bactérias dentro ou sobre seus corpos sem estarem doentes. Essas pessoas são chamadas de “portadoras”. A maioria dessas pessoas não adoece, mas ainda assim pode espalhar as bactérias para outras pessoas. Tratamento • Faz-se uso de antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso; Meningite fúngica • É rara e sua principal causa são os fungos do tipo Cryptococcuse Coccidioides, que se propagam através do sangue para as Meninges. • Esta propagação pode acarretar um quadro crônico da doença, o que origina sérias complicações como, hidrocefalia e interrupção do fluxo sanguíneo. • Geralmente, este tipo da doença raramente tem cura e a taxa de mortalidade é bastante alta, podendo atingir 90% dos casos. Causas • Existem outros agentes fúngicos que também podem causar a doença, como os fungos Candida, Aspergillus, Histoplasma, Blatomyces e Mucor. Sinais e Sintomas • São parecidos com os causados por outros tipos de agentes etiológicos, como segue: febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, náusea, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz), e status mental alterado (confusão). Transmissão • A meningite fúngica não é transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos por meio da inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal). Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos. • Já um outro fungo, chamado Candida, que também pode causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar. Tratamento • O tratamento é mais longo, com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica, escolhida de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente. A resposta ao tratamento também é dependente da imunidade da pessoa, e pacientes com história de HIV/AIDS, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras são tratados com maior rigor e cuidado pela equipe médica. Meningite por parasitas • Meningite eosinofílica (angiostrongilíase cerebral) é uma inflamação que afeta as meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso central. Causas • A doença é causada por um verme chamado Angiostrongylus cantonensis,que foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2006. Ela é transmitida para os humanos por crustáceos (por exemplo, caranguejos, camarões e o tatuzinho de jardim, que vira uma bola quando se sente acuado) e por moluscos (animais de corpo mole protegido, em geral, por uma concha). • O caramujo gigante africano (Achatina fulica) é o vetor mais frequente desse verme. Sinais e sintomas • Tal como acontece com a meningite causada por outras infecções, as pessoas que desenvolvem este tipo de meningite podem apresentar dores de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e/ou estado mental alterado (confusão). Transmissão • Os parasitas que causam meningite não são transmitidos de uma pessoa para outra, e normalmente infectam animais e não pessoas. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos contaminados que tenha a forma ou a fase infecciosa do parasita Tratamento • Tanto o medicamento contra a infecção como as medicações para alívio dos sintomas são administrados por equipe médica em paciente internado. Nestes casos, os sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes, e assim a medicação de alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento contra o parasita. CRISE CONVULSIVA • As convulsões são o resultado de descargas paroxísticas anormais no córtex cerebral, que, em seguida, manifestam-se como alteração em sensação, comportamento, movimento, percepção ou consciência. A duração é curta e pode ocorrer por 1 segundo, no qual a pessoa mantém olhar fixo e vago. A atividade convulsiva reflete a área do cérebro afetada e as convulsões podem ocorrer por eventos isolados, como quando são induzidas por febre alta, abstinência de álcool ou de substâncias e hipoglicemia. • Pode ser de maior duração, como a crise tônico-clônico, podendo chegar a minutos. A fase tônica se caracteriza por endurecimento dos músculos, já a fase clônica envolve movimentos repetitivos e rítmicos que envolvem ambos os lados do corpo ao mesmo tempo. • O status epilepticus (SE) constitui uma emergência médica associada à alta mortalidade e requer tratamento imediato, pois uma atividade convulsiva prolongada pode levar a dano neural permanente e a complicações sistêmicas, tais como edema pulmonar, pneumonia aspirativa, arritmias cardíacas, hipertermia e colapso cardiovascular. Em 90% dos casos fatais, a morte deve ser a causa que levou ao SE e não ao status em si, portanto, a causa do status deve ser rapidamente esclarecida. O SE é definido como uma crise suficientemente prolongada e repetitiva para causar uma condição fixa e duradoura. • Na grande maioria das crises convulsivas, a atividade tônico-clônico dura de 1 a 2 minutos, e há evidências de que atividade convulsiva mais prolongada pode levar a dano neural, por isso alguns autores sugerem um limite de 5 minutos para uma crise tônico-clônica isolada. • As crises com atividade tônico-clônica maior que 5 minutos devem ser tratadas como SE, cerca de 30 a 60% dos casos ocorrem em pessoas que já têm epilepsia, os demais não têm história de epilepsia prévia, nesses casos as crises podem ser associadas a dano cerebral estrutural ou bioquímico. • As causas do SE são numerosas como: retirada de droga anticonvulsivante, abstinência alcoólica, doença cerebrovascular, metabólica, trauma, toxicidade, infecção do sistema nervoso central, tumor, lesão congênita epilepsia prévia e causa não esclarecida. Fisiopatologia das crises convulsivas • A fisiopatologia do estado de mal epilético não é completamente conhecida, parece haver falência dos mecanismos que normalmente abortam a atividade convulsiva como resultado de excesso de excitação e ou redução da inibição. Sinais e sintomas • contraturas musculares, • movimentos descoordenados e involuntários, • trismo, • rebaixamento do nível de consciência, • liberação do esfíncter, • sialorreia Diagnóstico • eletroencefalograma, • exames laboratoriais como glicemia, • eletrólitos, • cálcio, • gasometria, • hemograma completo, • função renal e hepática, • a dosagem de droga antiepiléptico, caso o paciente utilize esta droga, • eletroencefalograma e neuroimagem. Tratamento • cessaçãoimediata da atividade convulsiva com benzodiazepínicos, • fenitoína, fenobarbital e tiopental, • garantir oxigenoterapia e vias aéreas pérvias, • além de manter a pressão arterial estável. DOENÇAS NEUROMUSCULARES Definição • Doenças neuromusculares são aquelas que afetam o sistema nervoso periférico, isto é, os músculos, a junção neuromuscular (que são estruturas que conectam os nervos aos músculos) e nervos periféricos. Esse tipo de doença, na maioria dos casos, não altera as funções cerebrais, como consciência, memória, raciocínio e linguagem, mas podem trazer dificuldades para locomoção e uma série de outras atividades que antes eram consideradas rotineiras. Sinais e sintomas • Fraqueza, • Alteração de sensibilidade A fraqueza muscular pode ser constante ou variar ao longo do dia e pode ou não ser acompanhada de atrofia, que é a perda de massa muscular. As alterações de sensibilidade podem ir desde diminuição da percepção até uma percepção anormal, como dormência, formigamento, queimação e dor. Diagnóstico • obtenção de uma história detalhada sobre a vida e a família do paciente • exames físicos • exames complementares incluem eletroneuromiografia (estudo da função dos nervos e músculos através de estímulos e registros da atividade elétrica destas estruturas), • exames laboratoriais, • biópsias de nervo e músculo. Tratamento • O tratamento vai depender de qual doença neuromuscular o paciente apresenta e qual sua causa. Pode envolver medicamentos que alteram diretamente o curso da doença e outros que agem sobre os sintomas. Técnicas de reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia também são bastante utilizadas. Síndrome de Guillain-Barré • A SBG é uma doença inflamatória, caracterizada patologicamente por infiltrado inflamatório mononuclear no endoneuro e na bainha de mielina. Resulta de resposta imune exagerada e alterada contra componentes do sistema nervoso periférico, porém o mecanismo exato de lesão imunomediada não está totalmente esclarecido. A desmielinização segmentar multifocal está presente ao longo dos nervos periféricos. • Por ser causada por um problema no sistema imunológico do próprio indivíduo, a síndrome de Guillain-Barré faz parte das doenças consideradas autoimunes. • Existem três fases bem definidas: a progressão, estabilidade ou plateau e convalescença. Causa • Um desenrolar ou uma complicação de algum processo infeccioso anterior, pelo qual o paciente pode ter passado. Doenças como zika vírus, dengue, sarampo e HIV, por exemplo, são consideradas capazes de acabar fazendo com que o paciente desenvolva a síndrome de Guillain-Barré. Sinais e sintomas • Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré começam por meio de uma dormência ou de um formigamento ascendente que é sentido nas extremidades do corpo, como as mãos e os pés. – dor lombar ou nas pernas; – fraqueza progressiva dos músculos, que surge de fora para dentro (primeiro as extremidades, depois os braços e pernas, depois o abdômen até atingir cabeça e pescoço); – redução ou ausência dos reflexos musculares; – pressão arterial baixa; – alterações da sensibilidade da pele; – cãibras constantes; – perda da coordenação motora; – arritmia; e – dificuldade para movimentar o rosto. Diagnóstico • Coleta de líquor, • eletroneuromiografia, • bioquímica, • hemograma, • função renal e hepática, • sorologias, • provas reumatológicas, • exames para detecção de toxinas. Tratamento • garantir a ventilação do paciente, • imunoglobulina, • plasmaferese. Miastenia gravis • Trata-se de uma doença autoimune causada por anticorpos contra os receptores de acetilcolina, localizados na porção pós-sináptica da junção neuromuscular, levando à redução do número desses receptores. • É uma doença comum em mulheres com idade média de 50 a 70 anos. Sinais e sintomas • O mais comum é começar por músculos dos olhos, mas não é uma regra: é possível que qualquer músculo de controle voluntário seja impactado. Ou seja, os sintomas podem levar à ptose palpebral (pálpebra caída), à visão dupla ou borrada, a dificuldades para engolir, mastigar, falar, segurar algum objeto e até respirar. Diagnóstico • quadro clínico, • os resultados de testes farmacológicos (prostigmina), • laboratoriais (anticorpos de acetilcolina), • Eletroneuromiografia. Tratamento • garantir a ventilação do paciente, • imunoglobulina, • plasmaferese, • corticoide, • piridostigmina.
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