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TRABALHO ECOLOGIA - finalizado (1)

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7 
 
 
POLIANA TEIXEIRA DA SILVA 
RITA LETÍCIA LARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO OCUPADO POR AVES DA 
FAMÍLIA ARDEIDAE NA UNIVESIDADE FEDERAL DE 
LAVRAS - UFLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS- MG 
2020 
 
 
8 
 
 
POLIANA TEIXEIRA DA SILVA 
RITA LETÍCIA LARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO OCUPADO POR AVES DA FAMÍLIA ARDEIDAE NA 
UNIVESIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS- MG 
2020 
 
 
9 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................ 11 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13 
2 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 14 
2.1 Área de estudo .............................................................................................................. 14 
2.2 Coletas de dados ........................................................................................................... 15 
2.3 Análises de dados ......................................................................................................... 19 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 20 
3.1 Analise semestral .......................................................................................................... 20 
3.1.1 Amostragem horizontal ............................................................................................. 20 
3.1.2 Amostragem vertical ................................................................................................. 23 
3.2 Analise reprodutiva ...................................................................................................... 27 
3.2.1 Amostragem horizontal ............................................................................................. 27 
3.2.2 Amostragem Vertical ................................................................................................ 31 
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 35 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Delineamento da área de estudo na Universidade Federal de Lavras..................... 15 
Figura 2 - Setores da amostragem horizontal. ....................................................................... 16 
Figura 3 - Ponto de observação para contagem de garças na amostragem horizontal. ............ 17 
Figura 4 - Setores da amostragem vertical. ........................................................................... 18 
Figura 5 - Local de observação para contagem de garças na amostragem vertical. ............... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Número máximo de garças em cada semestre, independente de horário ou setor. . 20 
Tabela 2 - Abundância média de garças em cada semestre e faixa de horário. ...................... 21 
Tabela 3 - Abundância média de garças em cada semestre, nos setores 1, 2 e 3. ................... 21 
Tabela 4 - Abundância média de garças em cada semestre e data de monitoramento. ........... 22 
Tabela 5 - Número máximo de garças independente de horário ou setor. .............................. 24 
Tabela 6 - Abundância média de garças nos semestres, segundo as diferentes faixas de 
horário. ................................................................................................................ 24 
Tabela 7 - Abundância média de garças nos diferentes setores. ............................................ 25 
Tabela 8 - Abundância média de garças em cada semestre e data de monitoramento. ........... 25 
Tabela 9 - Abundância média de garças nos diferentes setores. ............................................ 27 
Tabela 10 - Número máximo em épocas não reprodutivas, 2017/1 e 2018/1. ........................ 27 
Tabela 11 - Abundância média de garças em épocas não reprodutivas, 2017/1 e 2018/1. ...... 28 
Tabela 12 - Abundância média de garças nos diferentes setores, em épocas não reprodutivas
 .......................................................................................................................... 28 
Tabela 13 - Abundância média de garças nos diferentes faixas de horários nas épocas 
produtivas. ......................................................................................................... 29 
Tabela 14 - Abundância média de garças nos diferentes faixas de horários nas épocas 
produtivas. ......................................................................................................... 29 
Tabela 15 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. ........................... 30 
Tabela 16 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. ........................... 31 
Tabela 17 - Número máximo de garças em épocas reprodutivas. .......................................... 32 
Tabela 18 - Número máximo de garças em épocas não reprodutivas..................................... 32 
Tabela 19 - Abundância média de garças nos diferentes setores em épocas reprodutivas ...... 32 
Tabela 20 - Abundância média de garças nos diferentes setores em épocas não reprodutivas 32 
Tabela 21 - Abundância média de garças nas diferentes faixas de horário em épocas 
reprodutivas. ...................................................................................................... 33 
Tabela 22 - Abundância média de garças nas diferentes faixas de horário em épocas não 
reprodutivas. ...................................................................................................... 33 
Tabela 23 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. ........................... 34 
Tabela 24 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. ........................... 35 
 
 
13 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
As aves tiveram seu primórdio no tronco dos répteis por volta de 150 milhões de anos, 
logo após o surgimento de mamíferos (PETERSON, 1964). Essa afirmação foi feita através da 
fossilização que evidenciou semelhanças entre as aves e os répteis, a saber: ovos parecidos, 
alguns músculos e ossos. 
 No entanto, a pena, a qual a origem é ainda pesquisada, é a única característica das 
aves que a distingue de outros animais. De acordo com Favreto (2009), diversos campos de 
estudos, a saber: a filogenética, a osteologia, a oologia, a etologia, têm discutido acerca da 
origem das aves e apresentado diversas controvérsias além de demonstrar que a fossilização 
possibilitou informações aprazíveis para conceber o tema. 
A classe de aves abrange um grande número de espécies espalhadas pelo mundo. De 
acordo com Peterson (1964) o centro do Antártico é o único lugar na superfície terrestre onde 
não há vestígios do subgrupo de vertebrados aves. No entanto, sabe-se que existem regiões 
frias que abrigam uma parcela menor de aves, principalmente aves marinhas, que vivem em 
aglomerados de indivíduos. 
Dentre a quantidade de espécies mundiais de aves, o Brasil abriga 1919 espécies de aves 
(ICMBio, 2017) em seu território, fazendo com que o país fique entre os três primeiros países 
ricos em diversidade de aves do mundo. Isso ocorre por causa de sua vasta extensão territorial 
que oferece diferentes faixas de clima e, portanto, maior possibilidade de adaptabilidade para as 
mais diversas espécies. Além disso, a localização geográfica é propícia para a proliferação 
vegetale animal apresentando variedade de biomas, a saber: Amazônia, Mata Atlântica, 
Cerrado, Caatinga, Pampa e o Pantanal. 
Os diferentes tipos de fauna, flora, temperatura e clima ocasionaram o desenvolvimento 
de mecanismos para que as aves possam se adaptarem a todos os ecossistemas do Planeta. 
Portanto, algumas aves desenvolvem bicos, patas, caudas, tipo de alimentação e outros meios 
para sobreviverem aos diversos habitats. 
Dentre as famílias da classe de aves que vivem no Brasil, destarte a Ardeidae, que é 
composta principalmente por garças. Segundo Silva (2011) quase todas as garças vivem em 
ambientes aquáticos para captarem presas que vivem nesse meio e comporem sua alimentação. 
A maioria das aves aquáticas é oportunista e tende a ingerir itens alimentares abundantes no 
local de alimentação. (FRIAS, 2016). Apesar disso, a garça vaqueira se encontra tanto em 
ambientes terrestres quanto em aquáticos (SILVA, 2011). 
 
 
14 
 
Segundo Schloemp (1995), a formação de colônias pelas garças garante três fatores 
favoráveis, a saber: proteção contra predadores, facilidade para encontrar parceiros e 
alimentação. Isso é ressaltado por Bella (2003) que descreve que o que contribui para formação 
de colônia pelas garças é a predação e os recursos. No entanto, as garças podem também ser 
encontradas sozinhas. 
Os ardeídeos apresentam comportamento reprodutivo colonial ou solitário, sendo que o 
hábito solitário é mais característico (SILVA, 2011) . Após a reprodução, de acordo com 
Schloemp (1995), os locais podem ser ocupados por anos ou serem abandonados, mesmo 
depois de anos de ocupação. 
Observou-se que na Universidade Federal de Lavras, situada no município de Lavras em 
Minas Gerais, por Santos (2012) que predomina, em um fragmento florestal da Universidade 
Federal de Lavras, a espécie de garça- vaqueira Bubulcus ibis. Essa espécie é caracterizada por 
serem aves de vasta distribuição, sendo na sua maioria paludícolas. (BELLA, 2003) 
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a abundância de garças-vaqueiras no seu 
período de reprodução, na preferência de habitat durante a manhã, à tarde e a noite e, também, 
observar a variação de garças durante o ano nesse fragmento florestal. 
OBJETIVO 
O objetivo do trabalho será avaliar a abundância de garças-vaqueiras em um 
fragmento florestal da Universidade Federal de Lavras. As analises considerarão seu período 
de reprodução, na preferência de horários, manhã, tarde ou noite e, também, observar a 
variação de garças durante os semestres de 2017/1, 2017/2 e 2018/1. 
HIPÓTESES 
A priori, presuma-se que no período de reprodução ocorra um número maior de 
garças. Além disso, é esperado que nos locais mais afastados de atividades humanas observe-
se maior abundância de garças 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
2.1 Área de estudo 
A área de estudo encontra-se na Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediada no 
município de Lavras-MG, que se situa a 239 km de distância de Belo Horizonte, capital do 
estado de Minas Gerais. Segundo o IBGE, o clima é tropical de altitude, com precipitações 
distribuídas irregularmente ao longo do ano e precipitações intensas nos meses de verão. 
 
 
15 
 
Quanto à vegetação, há a transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado e pode-se inferir que a 
mata da universidade é arbórea, onde predominam eucaliptos na parte mais interna. 
A área está delimitada na Figura 1. 
Figura 1 - Delineamento da área de estudo na Universidade Federal de Lavras. 
 
Fonte 1 – Google Earth, 2020. 
2.2 Coletas de dados 
 Para a coleta dos dados foram feitas dois tipos de amostragens: horizontal e vertical. 
Na amostragem horizontal, a área de estudos foi dividida em três setores demonstrados na 
Figura 2. 
 
 
16 
 
Figura 2 - Setores da amostragem horizontal. 
 
Fonte 2 - Google Earth, 2020. 
No setor 1 encontram-se árvores altas, no setor 2 árvores de tamanho intermediário 
assim como árvores baixas e o setor 3 caracteriza-se por ser o local mais próximo ao 
movimento da rua, onde há fluxo de carros e de pessoas. 
A contagem de garças foi feita a olho nu de um ponto alto da área, apontado pela seta na 
Figura 3. 
Setor 
1 
Setor 
2 
Setor 
3 
 
 
17 
 
Figura 3 - Ponto de onde foi contabilizada a quantidade de garças na amostragem horizontal. 
 
Fonte 3 - Google Earth, 2020. 
 Já na amostragem vertical (Figura 4), também houve a divisão em três setores, sendo o 
primeiro setor a parte das árvores de 0 a 3m, o segundo setor de 3 a 6m e o terceiro setor de 
6m para cima. 
 
 
18 
 
Figura 4 - Setores da amostragem vertical. 
 
Fonte 4 - Bager, Alex. 
O ponto de observação para a contagem de garças foi feitas a partir do ponto indicado 
pela seta na Figura 5. 
SETOR 
1 
SETOR 
2 
SETOR 
3 
 
 
19 
 
Figura 5 - Local de observação para contagem de garças na amostragem vertical. 
 
Fonte 5 - Google Earth, 2020. 
 
Os dados foram coletados nos semestres: 2017/1, 2017/2 e 2018/1 por três grupos 
diferentes. Cada grupo coletou 6 períodos de amostragem em cada faixa de horário, a saber: 6 
- 7h; 7 - 10h; 10 - 14h; 14 - 17h; 17 - 18h e 18 - 20h. Além disso, realizou-se 3 contagens em 
cada período de amostragem horizontal e vertical, contagens que eram separadas por um 
tempo de 10 minutos cada uma. 
 
2.3 Análises de dados 
 A priori, foi criado um banco de dados no Google planilhas para cada dia de coleta 
que abrangia em cada coluna ano e semestre, data de monitoramento, tipo de observação 
(vertical ou horizontal), setor, amostragem e os respectivos dados coletados em cada linha. 
A análise de dados foi feita através de informações da aplicação de um questionário a 
partir dos objetivos específicos propostos, válido para as amostragens horizontal e vertical. A 
partir das perguntas respondidas foram geradas tabelas, também no Google planilhas, para 
 
 
20 
 
explorar as variáveis quantitativas e qualitativas acerca da ocupação do fragmento de garças 
na Universidade Federal de Lavras. 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3.1 Analise semestral 
3.1.1 Amostragem horizontal 
3.1.1.1 Número máximo de garças independente do horário ou setor. 
Ao analisar o número máximo de garças, independente de horário ou setor, observa-se 
uma grande diferença entre os semestres, a saber: no semestre de 2017/1 contou-se 415 
garças, já no semestre de 2017/2 o número máximo caiu para 146, além disso, o número 
reduziu novamente no semestre 2018/1, sendo seu número máximo de garças 71. Esses dados 
são demonstrados na Tabela 1. 
Tabela 1 - Número máximo de garças em cada semestre, independente de horário ou setor. 
 Semestre 
 2017/1 2017/2 2018/1 
N. Máx. 415 146 71 
Fonte 6 - Autoral, 2020. 
 É evidente que o número de garças decresceu ao passar dos semestres. Isso pode ser 
justificado por Santos (2012) que diz que a área habitada pelas garças na Universidade 
Federal de Lavras é atípica, pois é de fácil acesso e com fluxo relativamente constante de 
pessoas. No entanto, não foi constatado se houve um aumento na quantidade de alunos da 
região ou docentes e funcionários. Assim, outras situações podem ter gerado a queda nos 
números como algum desequilíbrio ecológico súbito ou mudança nos hábitos das garças. 
Além disso, de acordo com Frias (2016) as garças coloniais podem ser utilizadas como 
indicadores biológicos da qualidade ambiental, apesar de colonizar vários locais com vasta 
alteração antrópica, como canais de esgoto, por exemplo. 
3.1.1.2 Faixa de horário com número máximo médio de garças 
 A priori, analisando os semestres a faixa de horário que obteve maiores valores foi a 
de 6-7h e também em 2017/2 na faixa de horário de 18-20h teve uma média alta de garças, a 
saber: 49,4. Isso é demonstrado na Tabela 2. 
 
 
 
 
 
21 
 
Tabela 2 - Abundância média de garças em cada semestre e faixa de horário. 
 Semestre 
Faixa de horário 2017/1 2017/2 2018/1 
6 - 7 37,8 32,7 6,77 - 10 0,0 16,5 0,0 
10 - 14 0,0 17,9 0,0 
14 - 17 0,0 21,9 0,0 
17 - 18 22,1 27,9 10,3 
18 - 20 0,0 49,4 0,2 
Fonte 7 - Autoral, 2020. 
 A média maior de números de garças na faixa de horários de 6-7h pode ser 
justificada pelo fato desse horário ser o com menor fluxo de pessoas próximo ao garçal 
localizado na Universidade Federal de Lavras, já que não há aulas que começam antes das 7 
horas da manhã. Sendo assim, os resultados encontrados corroboram com a pesquisa feita por 
Mader (2010) que, ao analisar os efeitos da antropização em uma zona costeira sobre as 
assembleias de aves, obteve que as atividades humanas causam redução na abundância de 
aves. 
3.1.1.3 Setor com maior abundância média de garças 
 O setor que teve maior abundância média de garças nos semestres 2017/1 e 
2018/1 foi o setor 3, já no semestre de 2017/2 o setor que teve mais garças foi o setor 
1. Esses valores são demonstrados na Tabela 3. 
Tabela 3 - Abundância média de garças em cada semestre, nos setores 1, 2 e 3. 
 Semestre 
Setor 2017/1 2017/2 2018/1 
1 0,0 32,7 0,9 
2 2,7 18,5 2,3 
3 33,2 31,9 5,4 
Fonte 8 - Autoral, 2020. 
A priori, o setor 3 é caracterizado por ser mais próximo ao local onde ocorrem 
atividades humanas e, também, mais próximo ao ponto de observação para coleta de dados. 
No entanto, sabe-se que atividades humanas podem afastar as aves. Dessa forma, uma 
hipótese a ser levantada que justifique os valores de abundância média de garças maiores no 
setor 3 é que na realização da coleta de dados por meio da contagem foi mais acessível 
 
 
22 
 
observar as garças no setor 3, por causa da menor distância entre o ponto de observação e 
setor 3, quando comparadas ao setor 1 e 2. 
3.1.1.4 Abundância média de garças a cada dia 
 A abundância média de garças variou nos três semestres de 0 a 62,8. Isso é 
demonstrado na Tabela 4. 
Tabela 4 - Abundância média de garças em cada semestre e data de monitoramento. 
 
Semestre 
Data de monitoramento 2017/1 2017/2 2018/1 
11/3/2017 0 18 0 
31/5/2017 18,1 0 0 
1/6/2017 0 0 0 
7/6/2017 0 0 0 
8/6/2017 0 0 0 
9/6/2017 0 0 0 
15/6/2017 0 0 0 
22/6/2017 33,1 0 0 
29/6/2017 46,7 0 0 
6/7/2017 0 0 0 
7/7/2017 0 0 0 
14/7/2017 7,7 0 0 
11/9/2017 0 45,5 0 
13/10/2017 0 18,6 0 
20/10/2017 0 15,6 0 
24/10/2017 0 22,7 0 
25/10/2017 0 18,4 0 
26/10/2017 0 21,2 0 
31/10/2017 0 28,8 0 
3/11/2017 0 18,7 0 
8/11/2017 0 24,8 0 
10/11/2017 0 22,1 0 
13/11/2017 0 39,7 0 
16/11/2017 0 62,8 0 
 
 
23 
 
17/11/2017 0 9,6 0 
23/11/2017 0 40 0 
4/3/2018 0 0 0 
10/4/2018 0 0 0,3 
13/4/2018 0 0 0 
18/4/2018 0 0 0,5 
19/4/2018 0 0 12,3 
25/4/2018 0 0 0 
26/4/2018 0 0 12,7 
27/4/2018 0 0 0 
4/5/2018 0 0 0 
14/5/2018 0 0 0 
18/5/2018 0 0 3,1 
19/5/2018 0 0 0,1 
25/5/2018 0 0 0 
5/6/2018 0 0 11,2 
Fonte 9 - Autoral, 2020. 
 A variação consideravelmente alta entre os dias de amostragem podem ser justificados 
por causa dos diferentes horários em que os dados foram coletados. Nessa perspectiva, de 
acordo com Bella e Azevedo-Júnior (2004) as garças-vaqueiras podem se alimentar a certa 
distância da colônia. Logo, em algumas datas de monitoramento, dependendo do horário, 
levanta-se a hipótese de que as aves haviam saído para procurar alimento em outros locais 
próximos ao garçal na UFLA. 
3.1.2 Amostragem vertical 
3.1.2.1 Número máximo de garças independente de horário ou setor 
A maior abundância de garças nos diferentes semestres da amostragem vertical foi 
muito heterogênea, já que houve uma diminuição de 384 garças do primeiro ao último 
semestre de amostragem. O semestre 2018/1 foi o que apresentou menor número máximo, 
com 104 indivíduos (Tabela 5). 
 
 
 
 
 
24 
 
Tabela 5 - Número máximo de garças independente de horário ou setor. 
 
Semestre 
 
2017/1 2017/2 2018/1 
N. Máx. 488 148 104 
Fonte 10 - Autoral, 2020. 
Os resultados foram distintos com aqueles encontrados por Oliveira (2006) no 
Pantanal, onde o autor identificou uma similaridade na abundância de garças, em que, nos 
dois anos de amostragem, três espécies foram menos abundantes e duas espécies tiveram um 
maior número de indivíduos. 
3.1.2.2 Faixa de horário com número máximo médio de garças 
 A princípio, percebe-se que a faixa de horário das 17 às 18 obteve maior abundância 
média, com 50,8 indivíduos. No entanto, houve uma redução relevante do número médio de 
animais na faixa de horário das 10 às 14, uma vez que em dois semestres as garças 
ausentaram-se. Assim, a abundância média foi de 1,1 indivíduos (Tabela 6). 
Tabela 6 - Abundância média de garças nos semestres, segundo as diferentes faixas de 
horário. 
 
Semestre 
Faixa de horário 2017/1 2017/2 2018/1 
6 - 7 25,4 20,9 9,8 
7 - 10 0,0 7,5 0,1 
10 - 14 0,0 3,3 0,0 
14 - 17 0,1 10,9 0,1 
17 - 18 97,7 21,1 33,5 
18 - 20 110,2 37,3 3,1 
Fonte 11 – Autoral, 2020. 
 Ao longo do dia, a distribuição dos indivíduos foi o inverso da observada por Manoel 
et al. (2011) no Saco da Fazenda, onde a abundância média de aves teve seu máximo durante 
a tarde e diminui a partir das 16h. No entanto, é importante ressaltar que a Manoel et al. 
(2011) realizaram seus estudos em um sítio de alimentação, podendo ser essa a explicação 
pelos dados se contradizerem. 
3.1.2.3 Setor com maior abundância média de garças 
Ao analisar a abundância média de garças nos diferentes setores, observa-se que 
durante dois semestres, 2017/2 e 2018/1, houve maior abundância média no setor 2. Contudo, 
 
 
25 
 
é visto que, no semestre 2017/1, a maioria das garças se concentrou no setor 3, sendo o maior 
número de todas as amostragens, com 92,9 indivíduos (Tabela 7) 
Tabela 7 - Abundância média de garças nos diferentes setores. 
 
Semestre 
Setor 2017/1 2017/2 2018/1 
1 0,0 3,3 3,1 
2 23,8 27,5 13,2 
3 92,9 19,8 7,1 
Fonte 12 - Autoral, 2020. 
 A preferência pelos setores 2 e 3 pode ser justificada pelas suas necessidades de 
defesa e proteção ou de uso de substrato para a construção de ninhos, já que são setores mais 
altos, acima de três metros do solo. Desse modo, o dado do estudo presente é similar ao de 
Lemos et al.(2013) no parque urbano em São Paulo, onde indivíduos da família Ardeidae 
utilizaram frequentemente a ilhota com vegetação arbórea de um dos lagos do parque. 
3.1.2.4 Abundância média de garças a cada dia 
A abundância média de garças variou nos três semestres de 0 a 94,7. Percebe-se que 
apenas no semestre 2017/2 houve um número constante de indivíduos, em que nenhum dia 
houve a ausência de garças no local (Tabela 8). 
Tabela 8 - Abundância média de garças em cada semestre e data de monitoramento. 
 
Semestre 
Data de monitoramento 2017/1 2017/2 2018/1 
11/3/2017 0,0 3,6 0,0 
31/5/2017 35,8 0,0 0,0 
1/6/2017 0,0 0,0 0,0 
7/6/2017 0,0 0,0 0,0 
8/6/2017 0,0 0,0 0,0 
9/6/2017 0,0 0,0 0,0 
13/6/2017 50,4 0,0 0,0 
14/6/2017 90,9 0,0 0,0 
15/6/2017 0,0 0,0 0,0 
22/6/2017 28,4 0,0 0,0 
29/6/2017 80,3 0,0 0,0 
6/7/2017 0,0 0,0 0,0 
7/7/2017 94,7 0,0 0,0 
 
 
26 
 
14/7/2017 84,2 0,0 0,0 
11/9/2017 0,0 28,2 0,0 
13/10/2017 0,0 11,4 0,0 
20/10/2017 0,0 2,8 0,0 
24/10/2017 0,0 5,2 0,0 
25/10/2017 0,0 9,4 0,0 
26/10/2017 0,0 6,8 0,0 
31/10/2017 0,0 25,1 0,0 
3/11/2017 0,0 4,1 0,0 
8/11/2017 0,0 11,6 0,0 
10/11/2017 0,0 15,1 0,0 
13/11/2017 0,0 60,2 0,0 
16/11/2017 0,0 23,6 0,0 
17/11/2017 0,0 4,2 0,0 
23/11/2017 0,0 30,3 0,0 
4/3/2018 0,0 0,0 0,0 
10/4/2018 0,0 0,0 9,2 
13/4/2018 0,0 0,0 0,0 
18/4/2018 0,0 0,0 13,9 
19/4/2018 0,0 0,0 40,2 
25/4/2018 0,0 0,0 0,0 
26/4/2018 0,0 0,0 1,6 
27/4/2018 0,0 0,0 0,0 
4/5/2018 0,0 0,0 0,3 
6/5/2018 0,0 0,0 72,5 
14/5/2018 0,0 0,0 0,0 
18/5/2018 0,0 0,0 0,0 
19/5/2018 0,0 0,0 0,0 
25/5/2018 0,0 0,0 0,0 
5/6/2018 0,0 0,0 42,9 
Fonte 13 – Autoral, 2020. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3.2 Analise reprodutiva 
3.2.1 Amostragem horizontal 
3.2.1.1 Maior abundância de garças independente do horário ou setor 
A priori, é importantedizer que se considera período reprodutivo 2017/ 2 e período 
não reprodutivo 2017/1 e 2018/1. Dessa forma, houve maior abundância de garças nas épocas 
não reprodutivas, isso é demonstrado na Tabela 9 e Tabela 10. 
Tabela 9 - Abundância média de garças nos diferentes setores. 
 
Tabela 10 - Número máximo em épocas não reprodutivas, 2017/1 e 2018/1. 
Épocas Não Reprodutivas 
N. Máx. 415 
Fonte 15 - Autoral, 2020. 
Segundo Oppliger et al. (2019) aves podem ser usadas como indicadoras de qualidade 
ambiental. Dessa forma, uma suspeita acerca do menor número encontrado na coleta de dados 
seria o fato de que a área ocupada pelas garças na UFLA haveria passado por algum 
desequilíbrio ecológico no fragmento que causasse o deslocamento das garças para outras 
regiões com melhores condições ambientais para que assim elas pudessem estabelecer seus 
ninhos e reproduzir. 
3.2.1.2 Setor com maior abundância média de graças 
A maior abundância média obtida em épocas reprodutivas foi no setor 1, no entanto 
com uma pequena diferença do setor 3 (Tabela 11). Já em épocas não reprodutivas a maior 
média foi obtida no setor 3, tendo uma ampla diferença quando comparado ao setor 1 e 2 
(Tabela 12). 
 
 
 
 
 
Épocas Reprodutivas 
N. Máx. 146 
Fonte 14 - Autoral, 2020. 
 
 
28 
 
Tabela 11 - Abundância média de garças em épocas não reprodutivas, 2017/1 e 2018/1. 
Épocas Reprodutivas 
Setor Média 
1 32,7 
2 18,5 
3 31,9 
Fonte 16 - Autoral, 2020. 
Tabela 12 - Abundância média de garças nos diferentes setores, em épocas não reprodutivas. 
Épocas Não Reprodutivas 
Setor 
 
1 0,6 
2 2,6 
3 19,7 
Fonte 17 - Autoral, 2020. 
A maior média de abundância de garças no setor 1 em épocas reprodutivas podem ser 
justificados por esse setor se caracterizar como o mais distante da rua onde há atividades 
humanas. Pois na pesquisa feita por Mader (2010) que, ao analisar os efeitos da antropização 
em uma zona costeira sobre as assembleias de aves, obteve que as atividades humanas causam 
redução na abundância de aves. 
Além disso, o setor 1 é caracterizado por ter árvores mais altas. Dessa forma, as garças 
ao nidificar, potencialmente, fizeram a escolha de árvores altas para protegerem seus filhotes 
de possíveis predadores. 
Os números altos de abundância de garças no setor 3 tanto em épocas reprodutivas e 
não reprodutivas, pode ter sido resultado da menor distância entre o setor 3 e o ponto de 
observação utilizado na metodologia de coleta de dados. Logo, as garças que estavam no setor 
3 estiveram mais visíveis para contagem. No entanto, em uma análise ampla pode ser que haja 
algum diferencial nesse setor, como fonte de comida, que esteja atraindo as garças. 
3.2.1.3 Faixa de horário com maior abundância média de graças 
Em épocas reprodutivas a faixa de horário com maior abundância média de garças foi 
o das 18-20h (Tabela 13). Já em épocas reprodutivas a maior média foi encontrada na faixa de 
horário das 17-18h (Tabela 14). 
 
 
29 
 
Tabela 13 - Abundância média de garças nos diferentes faixas de horários nas épocas 
produtivas. 
Épocas Reprodutivas 
Faixa de horário Média 
6 – 7 32,7 
7 – 10 16,5 
10 – 14 17,9 
14 – 17 21,9 
17 – 18 27,9 
18 – 20 49,4 
Fonte 18 - Autoral, 2020. 
Tabela 14 - Abundância média de garças nos diferentes faixas de horários nas épocas 
produtivas. 
Épocas Não Reprodutivas 
Faixa de horário Média 
6 – 7 24,2 
7 – 10 0,0 
10 – 14 0,0 
14 – 17 0,0 
17 – 18 17,0 
18 – 20 0,3 
Fonte 19 - Autoral, 2020. 
A priori, as faixas de horário de 17-18h e 18-20h são caracterizadas por ser o começo 
da diminuição do sol. Dessa forma, uma dos motivos pelos quais houve um aumento de 
abundância médio de aves nesses horários pode ser a redução da temperatura ou da luz no 
fragmento de mata onde se localiza o garçal da UFLA. Segundo a EMBRAPA (2005) aves 
podem sofrer com estresse térmico. Logo, os horários que tem maior incidência de raios de 
solares e consequentemente sejam mais quentes, podem fazer com que as garças se afastem e 
procurem regiões mais frescas, já que o garçal fica próximo a uma rua de asfalto. 
3.2.1.4 Abundância média de garças a cada dia 
A abundância média de garças a cada dia variou em épocas reprodutivas de 9, 7 a 62,9 
como demonstrados na Tabela 15. Já para épocas não reprodutivas a variação foi de 0 a 46,8, 
isso é demonstrado pela Tabela 16. 
 
 
30 
 
Tabela 15 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. 
 
Épocas Reprodutivas 
Data de monitoramento Média 
11/9/2017 45,6 
13/10/2017 18,7 
20/10/2017 15,7 
24/10/2017 22,8 
25/10/2017 18,4 
26/10/2017 21,2 
31/10/2017 28,9 
3/11/2017 18,8 
8/11/2017 24,9 
10/11/2017 22,1 
13/11/2017 39,8 
16/11/2017 62,9 
17/11/2017 9,7 
23/11/2017 37,6 
Fonte 20 - Autoral 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Tabela 16 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. 
Épocas Não Reprodutivas 
Data de monitoramento Média 
31/5/2017 18,1 
1/6/2017 0,0 
7/6/2017 0,0 
8/6/2017 0,0 
9/6/2017 0,0 
15/6/2017 0,0 
22/6/2017 33,1 
29/6/2017 46,8 
4/3/2018 0,0 
10/4/2018 0,4 
18/4/2018 0,5 
25/4/2018 0,0 
27/4/2018 0,0 
4/5/2018 0,0 
14/5/2018 0,0 
18/5/2018 6,3 
19/5/2018 0,1 
5/6/2018 11,2 
Fonte 21 - Autoral, 2020. 
A variação alta poder ser justificada por hábitos irregulares de garças vaqueiras, de 
acordo com Bella e Azevedo-Júnior (2004) as garças-vaqueiras podem se alimentar a certa 
distância da colônia. Ou seja, elas podem se deslocar para buscarem alimentos e retornarem a 
copa de árvores para dormir e nidificar. No entanto, esperava-se encontrar um número maior 
de garças em épocas reprodutivas, pois as aves ficariam nas arvores para poderem construir 
seus ninhos. 
3.2.2 Amostragem Vertical 
3.2.2.1 Maior abundância de garças independente de horário ou setor 
Em épocas não reprodutivas, 2017/1 e 2018/1, houve a maior abundância média, com 
488 garças (Tabela 18). Já o número máximo das épocas reprodutivas, 2017/2, foi somente 
148 indivíduos (Tabela 17). 
 
 
32 
 
Tabela 17 - Número máximo de garças em épocas reprodutivas. 
Épocas Reprodutivas 
N. Máx. 148 
Fonte 22 – Autoral, 2020. 
Tabela 18 - Número máximo de garças em épocas não reprodutivas. 
Épocas Não Reprodutivas 
N. Máx. 488 
Fonte 23 – Autoral, 2020. 
Uma possível explicação para que a abundância de garças tenha caído 
significativamente nas épocas reprodutivas pode estar associada ao estudo feito por Pulliam 
(1988), que afirma que o sucesso reprodutivo das espécies é afetado por fatores abióticos. 
Logo, a mata da Universidade de Lavras do estudo presente pode não ser propícia durante 
essa época. 
3.2.2.2 Setor com maior abundância média de garças 
Nos períodos reprodutivos, 2017/2, observa-se uma maior abundância média de garças 
no setor 2, com altura a partir de três metros até seis metros acima do solo (Tabela 19). 
Contudo, o setor número 3 teve maior abundância média durante as épocas não reprodutivas, 
2017/1 e 2018/1, com 59,1 garças (Tabela 20). 
Tabela 19 - Abundância média de garças nos diferentes setores em épocas reprodutivas 
Épocas Reprodutivas 
Setor Média 
1 3,3 
2 27,5 
3 19,8 
Fonte 24 – Autoral, 2020. 
Tabela 20 - Abundância média de garças nos diferentes setores em épocas não reprodutivas 
Épocas Não Reprodutivas 
Setor Média 
1 1,3 
2 19,5 
3 59,1 
Fonte 25: Autoral, 2020. 
 
 
33 
 
 Nossos resultados foram parcialmente o inverso daqueles encontrados por Si Bachir et 
al. (2008) no vale de Soummam, onde garças-vaqueiras se reproduziram nas árvores mais 
altas e, preferencialmente, perto dos seus troncos. Entretanto, vale ressaltar que os autores 
observaram apenas uma espécie de garça, podendo ser essa a explicação para a divergência 
dos resultados. 
3.2.2.3 Faixa de horário com maior abundância média de garças 
Ao longo dos períodos de reprodução, 2017/2, observa-se que a menorabundância 
média foi das 10 às 14 horas, com 3,3 garças, não havendo ausência de indivíduos em 
nenhuma faixa de horário (Tabela 21). Já nos períodos não reprodutivos, 2017/1 e 2018/1, a 
menor abundância média também ocorreu na faixa de horário das 10 às 14, com 0 indivíduos 
(Tabela 22). 
Tabela 21 - Abundância média de garças nas diferentes faixas de horário em épocas 
reprodutivas. 
Épocas Reprodutivas 
Faixa de horário Média 
6 - 7 20,9 
7 - 10 7,5 
10 - 14 3,3 
14 - 17 10,9 
17 - 18 21,1 
18 - 20 37,3 
Fonte 26 – Autoral, 2020. 
Tabela 22 - Abundância média de garças nas diferentes faixas de horário em épocas não 
reprodutivas. 
Épocas Não Reprodutivas 
Faixa de horário Média 
10 - 14 0,0 
14 - 17 0,1 
17 - 18 70,7 
18 - 20 68,0 
6 - 7 20,8 
7 - 10 0,1 
Fonte 27 – Autoral, 2020 
Os resultados encontrados estão associados ao estudo feito por Lehmann (1959), o 
qual afirmou que as garças vão à procura de alimento ao amanhecer, deixando o local de 
 
 
34 
 
pernoite, e aquelas com prole retornam para alimentar seus filhotes durante o dia. É o que 
ocorre nos dados das épocas não reprodutivas e nas épocas reprodutivas, respectivamente. 
3.2.2.4 Abundância média de garças a cada dia 
A abundância média de garças a cada dia variou em épocas reprodutivas de 2,8 a 60,2, 
porém nenhum dia houve ausência de garças (Tabela 23). A variação foi ainda maior nos 
períodos não reprodutivos, de 0 a 80,3 indivíduos (Tabela 24). 
Tabela 23 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. 
Épocas Reprodutivas 
Data de monitoramento Média 
11/9/2017 3,6 
13/10/2017 28,2 
20/10/2017 11,4 
24/10/2017 2,8 
25/10/2017 5,2 
26/10/2017 9,4 
31/10/2017 6,8 
3/11/2017 25,1 
8/11/2017 4,1 
10/11/2017 11,6 
13/11/2017 15,1 
16/11/2017 60,2 
17/11/2017 23,6 
23/11/2017 4,2 
Fonte 28 - Autoral, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Tabela 24 - Média de abundância de garças a cada dia de coleta de dados. 
Épocas Não Reprodutivas 
Data de monitoramento Média 
31/5/2017 35,8 
1/6/2017 0,0 
7/6/2017 0,0 
8/6/2017 0,0 
9/6/2017 0,0 
13/6/2017 50,4 
14/6/2017 90,9 
15/6/2017 0,0 
22/6/2017 28,4 
29/6/2017 80,3 
4/3/2018 0,0 
10/4/2018 9,2 
18/4/2018 13,9 
25/4/2018 0,0 
27/4/2018 0,0 
4/5/2018 0,3 
6/5/2018 72,5 
14/5/2018 0,0 
18/5/2018 0,0 
19/5/2018 0,0 
5/6/2018 42,9 
Fonte 29 – Autoral, 2020. 
A abundância média constante dos períodos reprodutivos se justifica pelo estudo 
realizado por Rothenbach e Kelly (2012) na Reserva Martin Griffin, onde os autores 
observaram que os ninhos com atendimento pós-guarda das garças tiveram maior sucesso 
reprodutivo, já que reduzia o risco de predação. 
 
4 CONCLUSÃO 
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou a análise de como fatores 
intrínsecos podem influenciar a colonização e nidificação das garças em um fragmento de 
mata. 
 
 
36 
 
 O número de garças decresceu do semestre 2017/1 para 2017/2 e 2018/1. Assim, 
consequentemente em épocas reprodutivas também houve uma diminuição no número de 
garças no fragmento de mata. 
 Portanto, tendo em vista o exposto, é necessário novas pesquisas que buscam explorar 
resultados que justifiquem o fato do número de garças no fragmento de mata da Universidade 
Federal de Lavras terem reduzido. 
 
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	RESUMO
	SUMÁRIO
	LISTA DE TABELAS
	1 INTRODUÇÃO
	2 MATERIAL E MÉTODOS
	2.1 Área de estudo
	2.2 Coletas de dados
	2.3 Análises de dados
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	3.1 Analise semestral
	3.1.1 Amostragem horizontal
	3.1.1.1 Número máximo de garças independente do horário ou setor.
	3.1.1.2 Faixa de horário com número máximo médio de garças
	3.1.1.3 Setor com maior abundância média de garças
	3.1.1.4 Abundância média de garças a cada dia
	3.1.2 Amostragem vertical
	3.1.2.1 Número máximo de garças independente de horário ou setor
	3.1.2.2 Faixa de horário com número máximo médio de garças
	3.1.2.3 Setor com maior abundância média de garças
	3.1.2.4 Abundância média de garças a cada dia
	A abundância média de garças variou nos três semestres de 0 a 94,7. Percebe-se que apenas no semestre 2017/2 houve um número constante de indivíduos, em que nenhum dia houve a ausência de garças no local (Tabela 8).
	3.2 Analise reprodutiva
	3.2.1 Amostragem horizontal
	3.2.1.1 Maior abundância de garças independente do horário ou setor
	3.2.1.2 Setor com maior abundância média de graças
	3.2.1.3 Faixa de horário com maior abundância média de graças
	3.2.1.4 Abundância média de garças a cada dia
	3.2.2 Amostragem Vertical
	4 CONCLUSÃO
	5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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