PROJETO DE VIVEIRO- Silvicultura-Agricultura

Prévia do material em texto

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense 
– Câmpus Camboriú
Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio
 PROJETO DE VIVEIRO
 Corupá-SC 
Camboriú
2018
1. Cursando o terceiro ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio no Instituto Federal Catarinense, Câmpus Camboriú. 
2. Cursando o terceiro ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio no Instituto Federal Catarinense, Câmpus Camboriú. 
Sumário
1. Introdução
2. Objetivos
3. Aspectos técnicos
3.1 Localização do viveiro
3.2 Área do viveiro
3.3 Topografia
3.4 Disponibilidade de água
3.5 Distância em relação ao mercado
3.6 Acessibilidade
3.7 Solo
3.8 Ventos
3.9 Canteiro
3.10 Recipientes
3.11 Substratos
3.12 Semeadura
3.13 Abrigos para canteiros
3.14 Repicagem e/ou raleio
3.15 Adubação
3.16 Cercas
3.17 Instalações
3.18 Materiais necessários
4 Aspectos financeiros
4.1 Custos das instalações
4.2 Custos dos materiais e equipamentos
4.3 Custos dos insumos
5 Mão de obra
6. Cronograma de atividades
7. Conclusão
8. Planta baixa
9. Referências bibliográficas
1. Introdução
O termo silvicultura provém do Latim silva (floresta) e cultura (cultivo de árvores), e tem sido definida de várias formas: 
Ford-Robertson (1971) considera a silvicultura, como a ciência e arte de manipular um sistema dominado por árvores e seus produtos, com base no conhecimento da história da vida, e as características gerais das árvores e do sítio.
 Lamprecht (1990) define a silvicultura, como sendo o conjunto de todas as medidas tendentes a incrementar o rendimento económico das árvores até se alcançar quando menos, um nível que permita um maneio sustentável. 
Segundo Oldman (1990), silvicultura, é uma arte de planificação a longo prazo, com base em informação detalhada sobre as características da floresta com vista a alcançar o estado desejado.
 Para efeitos do presente manual, será usada a definição de Louman et al (2001) que combina a definição de Ford-Robertson (1971), considerando que a floresta é manejada para se alcançar o estado desejado (Oldman, 1990), e que essas atividades sejam economicamente rentáveis (Lamprecht, 1990).
2. Objetivos
Produzir mudas de espécies florestais de qualidade superior para atender a região de Corupá-SC. 
Produzir a quantidade total de mudas anualmente de:
· 1.100.00 mudas de Eucalipto. 
· Sendo das seguintes espécies: 
· 550.000 mudas de Eucalyptus saligna e 
· 550.000 mudas Eucalyptus dunnii 
· 600.000 mudas de Pinus. 
· Sendo da seguinte espécie: Pinus taeda 
· 150.000 mudas de Palmeira real australiana. 
· Sendo da seguinte espécie: Archontophoenix alexandrae
· 120.000 mudas de espécies nativas. 
· Sendo das seguintes espécies: 
· 4.800 mudas de Camboatá-branco: Matayba elaeagnoides 
· 4.800 mudas de Bugreiro: Lithrea brasiliensis 
· 4.800 mudas de Imbuia: Ocotea porosa 
· 4.800 mudas de Canela-sebo: Ocotea puberula 
· 4.800 mudas de Pessegueiro-do-mato: Prumus myrtifolia
· 4.800 mudas de Jacatirão-açu: Miconea cinnamomifolia 
· 4.800 mudas de Canjerana: Cabralea canjerana 
· 4.800 mudas de Angico: Parapiptadenia rígida 
· 4.800 mudas de Cedro: Cedrela fissilis 
· 4.800 mudas de Camboatá-vermelho: Cupania vernalis 
· 4.800 mudas de Araucária: Araucaria angustifolia 
· 4.800 mudas de Canela-amarela: Nectandra lanceolata 
· 4.800 mudas de Tanheiro: Alchornea triplinervia 
· 4.800 mudas de Vassourão-preto: Vernonathara discolor 
· 4.800 mudas de Ipê-amarelo: Tanbebuia umbellata 
· 4.800 mudas de Ipê-rosa: Tanbebuia heptaphylla 
· 4.800 mudas de Ipê-roxo: Tanbebuia heptaphylla 
· 4.800 mudas de Louro: Cordia americana 
· 4.800 mudas de Jatobá: Hymenaea coubaril 
· 4.800 mudas de Peroba-rosa: Aspidosmera cylindrocarpon
· 4.800 mudas de Mangabarana: Austroplenckia populnea 
· 4.800 mudas de Castanha-vace: Packystroma longifolium 
· 4.800 mudas de Canela-parda: Octea adorifa
· 4.800 mudas de Sibipiruna: Caesalpinia peltophoroides 
· 4.800 mudas de Bracatinho: Mimosa scabrella 
· Total: 1.870.000 mudas em geral.
3. Aspectos técnicos
3.1 Localização do viveiro: Corupá-SC, bairro seminário, rua Roberto Seidel, número 3672 que fica na rota das cachoeiras, e próximo ao pasto do Seminário Sagrado Coração de Jesus. 
Área do viveiro: Terão quatro estufas com 173 m², serão reservados aos canteiros 2.548m², uma casa com 58 m², um galpão com 374 m², e 2.123,21 m² para ampliação. No total 5.103m².
3.2 Topografia: Local de topografia praticamente plana com uma inclinação de 2% suficiente para drenar a água da chuva e da irrigação, apena uma limpeza superficial do terreno, sem necessidade de modificações. 
3.3 Disponibilidade de água: Possui um açude e no território também possui um rio que utilizamos para irrigação. 
3.4 Distância em relação ao mercado: Tem uma madeireira e áreas de reflorestamento próximos. 
3.5 Acessibilidade: Segue 3km da Br-280, e até o viveiro segue rua pavimentada. 
3.6 Solo: fertilidade do solo é razoável necessitando de substrato e composto para complementação de nutrientes necessários para as mudas. Boa drenagem e características de porosidade.
3.7 Ventos: baixa predominância de ventos fortes, porém, será implantado barreiras verdes em volta do viveiro por prevenção caso haja ventos fortes e também para a limitação de área. 
3.8 Canteiro: Os canteiros serão suspensos para Pinus e Eucaliptos, tendo 1m de largura e 10m de comprimento sendo 230 canteiros de Eucalipto e 125 de Pinus. Já as nativas e palmeira real serão cultivadas no chão sendo 38 canteiros de Palmeira real e 59 canteiros de nativas. 
3.9 Recipientes: Vai ser utilizado saquinhos para as nativas e Palmeira real, e tubetes para Eucaliptos e Pinus. 
3.10 Substratos: O substrato será um conjunto da mistura de casca de arroz carbonizada, ¼ terra vermelha e ¼ cama de aviário curtida. 
3.11 Pinus e eucalipto: comprado
3.12 Semeadura: Pinus, Eucaliptos e Palmeira real serão semeadas diretamente nos recipientes (tubetes) e as plantas nativas de baixa germinação serão semeadas nas bandejas. 
3.13 Abrigos para canteiros: Haverá sombrite por canteiro de mudas mais novas e estufa para as bandejas. 
3.14 Repicagem e/ou raleio: Será feita a repicagem sempre antes de fazer os transplantes para os saquinhos ou tubetes. O raleio será feito nas épocas de crescimentos para manter a uniformidade e qualidade das plantas. 
3.15 Adubação: Será acrescentado na proporção de 4 kg de fertilizante para 1m3 de substrato.
Para Eucalipto: 220 Kg de fertilizante 
Para Pinus: 120 Kg de fertilizante
Para Palmeira Real: 150 Kg de fertilizante 
Para Nativas: 369,6 Kg de fertilizante 
3.16 Cercas: Será cercada toda a área em volta da propriedade, com cercas simples. 
3.17 Instalações: casa do viveirista, escritório, viveiros, ranchos, galpões, sala de fertilizantes e agrotóxicos se necessário, banheiros, sala de ferramentas. 
3.18 Materiais necessários: Carrinho de mão, bandejas, tubetes, irrigadores manuais e mecânicos, pá, inchadas, sombrite, tesouras, facas, martelo, pregos, plásticos transparentes para a estufas, 
3.19 Insumos: substrato, fertilizantes, defensivos, sementes, saquinhos. 
4. Aspectos financeiros: 
 4.1 Custos das instalações:
	Instalações 
	Custo 
	4 estufas 
	20.000,00
	Casa do viveirista 
	25.000,00
	Galpão 
	70.000,00
	Poço artesiano 
	4.500,00
	Cisterna 
	12.000,00
	Total
	131.500,00
 
 4.2 Custos dos materiais e equipamentos:
	Materiais necessários
	Custos 
	5 carrinhos de mão
	449,50
	5 Pás de juntar
	175,00
	5 pás de corte 
	250,00
	10 Enxadas 
	299,85
	Sacos plásticos
	9.553,6
	Tubetes 20.000 unidades
	7.000
	Sombrites
	15.651,00
	7 tesouras
	111,02
	10 regadores manuais
	79,00
	10 mangueiras
	141,50
	2 mesas
	10.400,00
	Aspersores
	10.800,00
	Caminhão basculante 
	78.300,00
	3 Roçadeira lateral
	1.482,00
	Total 
	133817.97
4.3 Custos dos insumos:
Estima-se utilizar 60kg de Osmocote 14-14-14 que custará em torno de R$ 2100,00, 60 kg de substrato, constituído por húmus de minhoca, casca de arroz, areia e terraque custarão cerca de R$ 1500,00. 
 
5. Mão de obra: 
	Funcionários
	Quantidade
	Salário
	Empregados
	10
	1.800,00
	Contador
	1
	3.750,00
	Motorista
	2
	2.400,00
	Técnico em Agropecuária 
	1
	2.800,00
	Total 
	14
	10.750,00
 6. Cronograma de atividades
	
	J
	F
	M
	A
	M
	J
	J
	A
	S
	O
	N
	D
	Semeadura 
	
	
	x
	
	
	x
	x
	
	x
	x
	
	x
	Adubação 
	
	
	x
	
	
	x
	x
	
	x
	x
	
	x
	Raleio
	x
	
	
	x
	
	
	X
	x
	
	x
	x
	
 7. Conclusão
O trabalho prescrito envolve uma série de variáveis que devem ser consideradas quando se decidir instalar um viveiro de mudas. Os aspectos locais, a disponibilidade de materiais e de mão-de-obra, podem definir o tamanho e a finalidade do empreendimento. Este trabalho serve como referência para que produtores e técnicos tenham as informações mínimas dos procedimentos e custos de montagem do modelo proposto.
 8. Planta baixa
 9. Referências bibliográficas
FLORIANO, E. P. Germinação e dormência de sementes florestais, Caderno Didático nº 2, 1ª ed. Santa Rosa, 2004.
FOWLER, A.J.P.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Colombo: Embrapa Florestas, 2000. 27p. (Embrapa Florestas. Documentos, 40).
HAHN, C. M.; et. al. Recuperação florestal: da semente à muda. São Paulo, SP: Secretaria do Meio Ambiente para a Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo, 2006. 144p.
KELLER, L.; et. AL. Sistema de blocos prensados para produção de mudas de três espécies arbóreas nativas. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 2, 2009.
SANTARELLI, E.G. Produção de mudas de espécies nativas para florestas ciliares. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares conservação e recuperação. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/Fapesp, 2004. p. 313-317
SCALON, S. P. Q. Efeito do álcool e substrato na germinação de sementes de sibipiruna (Caesalpinia pelthophoroides benth.) colhidas no chão e retiradas da vagem. Ciênc. agrotec., Lavras. V.27, n.2, p.389-392, mar./abr., 2003
SILVA, P.H.M.; STEIN L. M. Produção de Mudas e Recomendações de Adubação no Viveiro para Pequenos Produtores. Disponível em: http://www.ipef.br/silvicultura/producaomudas. Acesso em 20 de novembro de 2011
SIMÕES, J.W.; Problemática da produção de mudas em essências florestais. Série. Técnica. – Piracicaba: IPEF. v.4 n.13 p. 1 – 29 Dez. 1987
VIEIRA, I.G.; Informativo Sementes IPEF - Novembro de 1997
Israel Gomes Vieira - Coordenação Técnica - Setor de Sementes IPEF. Disponível em http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp. Acessado em outubro de 2011.
WENDLING, I.; GATTO, A.; PAIVA, H. N.; GONÇALVES, W. Planejamento e instalação de viveiros. Viçosa: Aprenda fácil, 120p. 2001.
WENDLING, I.; FERRARI, M.P.; GROSSI, F. Curso intensivo de viveiros e produção de mudas. Colombo: Embrapa Florestas, Documentos, 79/2002. 48 p.