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NUTRIÇÃO ANIMAL: INTRODUÇÃO; DEFINIÇÕES E CONCEITOS; ANÁLISE DOS ALIMENTOS

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INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO ANIMAL
O estudo dos princípios de nutrição se direciona para as principais questões:
1. Qual é o destino/papel nutricional do alimento?
2. Quais os nutrientes o corpo precisa para funcionar normalmente?
3. Quais são as funções dos diferentes nutrientes no corpo?
4. O que o animal consome?
ALIMENTOS X NUTRIENTES
· Alimento
Veículo que deixa os nutrientes disponíveis para o animal (nem tudo é absorvido);
Composto por vários nutrientes;
Importante saber a composição do alimento para saber como ele irá funcionar (qual será o papel nutricional/destino) na dieta.
Importante:
· É necessário suprir a exigência/demanda nutricional do animal para alcançar os resultados desejados;
· Entender a interação alimento x animal Forma como o alimento gera energia não é igual a forma que o organismo gera.
3 PILARES
1. Objetivo da produção
Determina a exigência nutricional dos animais.
2. Conhecer a demanda nutricional dos animais
3. Conhecer a constituição dos alimentos: o que o alimento oferece.
*A partir desses pilares, cria-se um plano nutricional*
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
· NUTRIÇÃO
· É a soma dos processos pelo qual o animal ou planta apodera-se e utiliza as substâncias do alimento;
· Envolve várias atividades químicas e fisiológicas que transformam elementos contidos no alimento em elementos do corpo;
· É a ciência que interpreta a relação do alimento com o organismo vivo funcional (como o alimento se comporta em diferentes organismos).
Exemplos:
- Um indivíduo com intolerância a lactose não vai ter o mesmo ganho de peso tomando leite, se comparado a um sem intolerância;
- Um suíno não vai ter o mesmo ganho de peso recebendo silagem de milho, se comparado a um ruminante, devido a incapacidade de quebra da celulose (não possui bactérias fibrolíticas);
OBJETIVOS
· Porque é necessário consumir alimentos?
· O que é alimento e de que ele é composto que o corpo animal necessita?
· O que acontece ao alimento após ser consumido ou ingerido?
Importante:
Para definir a demanda nutricional de um animal, não podemos apenas considerar o teor nutricional do alimento, mas também a taxa de digestão e absorção do mesmo Assim podemos corrigir a quantidade ofertada.
· Conhecer a demanda nutricional dos animais;
· Atender a demanda nutricional para diferentes categorias de animais;
· Atender a demanda nutricional de acordo com as expectativas.
Entendimento básico sobre os nutrientes:
· Conceito de digestibilidade – alimentos são desmembrados em nutrientes e o coeficiente de digestibilidade de cada um é calculado;
· Avaliação;
· Composição de alimentos – alimentos sempre são desmembrados em nutrientes.
*Permite o entendimento do metabolismo de nutrientes e sua utilização pelo animal.
NUTRIENTES
Seis classes básicas:
1. Água
Nutriente mais importante;
Funções - meio pelo qual as reações químicas acontecem:
- Reações metabólicas;
- Transporte de nutrientes;
- Manutenção e/ou regulação de temperatura corporal.
Qual a relevância do conhecimento do teor de água dos alimentos para nutrição animal?
Determinar o teor de MS dos alimentos, onde estão contidos os nutrientes e com isso determinar a quantidade de nutrientes consumida pelo animal.
Financeiramente: poder comparar dois alimentos, calculando o custo da MS de cada um;
Nutricionalmente: poder comparar dois alimentos, calculando qual a % de MS o animal vai consumir, e com isso a % de PB e outros nutrientes.
Exemplos:
· Consumindo uma silagem de milho com maior teor de MS o animal atenderá sua demanda nutricional comendo menos;
· Uma silagem com maior teor de água fará com que o animal coma menos, devido ao enchimento promovido pela água, e com isso, absorva menos nutrientes, que já se encontram em menor % na mesma;
· Teor de água de uma forrageira verde é maior que do feno.
2. Carboidratos
Encontrados em tecidos animais e vegetais.
Simples
- Amido: polímero de glicose;
- Facilmente digerido;
- Alta densidade energética.
Complexos
- Celulose e hemicelulose – tipo de ligação presente entre esses monômeros não é facilmente quebrado, podendo trazer prejuízos para animais não ruminantes, que não possuem bactérias fibrolíticas/celulolíticas capazes de quebrá-las (produzindo a enzima exocelulose) para utilizar os carboidratos complexos para o seu metabolismo, enquanto o animal ruminante utiliza os resíduos desse metabolismo como fonte de C para a produção de ATP;
- Fonte de energia – principal para ruminantes;
- Presentes em parede celular de plantas.
3. Lipídeos
Presentes na forma de gorduras;
Duas formas físicas principais: sólida a temperatura ambiente e óleos (líquidos a temperatura ambiente);
Maior densidade energética que os carboidratos – devido a característica da molécula de ácido graxo, que possui muito mais C e H, que são oxidados para gerar energia.
*Célula possui demanda de ácido graxo e não de gordura.
Adensar energeticamente uma dieta: dieta possui alta quantidade de energia em pequeno volume de alimento.
Importante:
Ficar atento ao balanceamento da dieta, pois se o teor de energia da mesma for muito alto, excederá a demanda nutricional e o animal não comerá tudo, podendo ter déficit de outros nutrientes, como proteínas, vitaminas e minerais.
Papéis importantes:
Reserva energética;
Funções reprodutivas;
Precursor de prostaglandina;
Estrutura celular (membrana plasmática).
O organismo biossintetiza ácidos graxos a partir de outros compostos, por exemplo, carboidratos. Por isso, mesmo sem ingerir gordura diretamente, ainda depositamos tecido adiposo.
4. Proteínas
Unidade simples
Fonte de aa’s Importância: célula possui demanda por aa’s;
Essencial para formação de tecidos.
Nem sempre dizer que o alimento tem muita proteína quer dizer que ele é bom. É necessário também saber qual é o perfil aminoacídico da proteína, ou seja, os aa’s presentes, que podem classificar o alimento como bom ou ruim.
Para aves e suínos é possível adicionar proteína a alimentação e a mesma será absorvida (proteína dietética), já para ruminantes não, pois a mesma será convertida pelos MO presentes no rúmen, formando proteína microbiana, forma que será efetivamente utilizada pelo animal e é fonte de aa’s essenciais (assim como a proteína presente no leite) Por isso, os ruminantes conseguem pegar proteínas de baixo valor nutricional e transformá-las em produto de alto valor, como o leite.
*Pode-se fornecer proteína dietética a ruminantes, mas a mesma deve estar protegida.
Alimento proteico: há grande quantidade de proteína em pouca quantidade do mesmo.
Forma complexa
Glicoproteínas;
Lipoproteínas;
Hemeproteínas.
Aa’s essenciais
Devem ser fornecidos na dieta (alimentos para suínos e aves e proteína microbiana para ruminantes) e suprem a demanda por aa’s essenciais dos animais.
*Aa’s não essenciais são sintetizados endogenamente.
Minerais
Elementos químicos, exceto C, H, O2 e N.
Macrominerais
Requeridos em grandes quantidades;
Importantes para grande maioria das funções corporais.
Microminerais
Requeridos em pequenas quantidades;
Importantes para a síntese de vitaminas e hormônios.
Normalmente são fornecidos juntamente com outros nutrientes. Mas, para a suplementação de dieta, às vezes, é necessário fornecê-los puros/isolados para os animais.
Vitaminas
Nutrientes orgânicos requeridos para funções específicas do corpo.
Lipossolúveis
A, D, E e K.
*Maior quantidade de vitamina E no alimento altera o tempo de prateleira do mesmo devido a seu papel no metabolismo lipídico.
Hidrossolúveis
C, B12, B1 e niacina.
ANÁLISE DOS ALIMENTOS
5. Análise proximal
Análise química realizada com o objetivo de quantificar grupos de alimentos com valor alimentício;
Análise dos componentes do alimento;
Divide componentes dos alimentos em grupos de acordo com o valor alimentício;
Acurácia da análise: depende da acurácia da amostragem.
Componentes mensurados:
- Água ou MS;
- PB;
- Extrato etéreo (agrupamento de tudo que possui característica similar aos lipídeos, ou seja, solubilizados por solvente orgânico);
- Fibra (carboidratos complexos);
- Cinzas (matéria mineral): alimentoé separado em matéria orgânica (aquela que é oxidada para produção de energia) e matéria inorgânica/mineral (mensurada).
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
· Volumosos
Maior conteúdo fibroso;
Menor conteúdo energético.
Exemplos: pastos, forragem verde e silagens.
· Concentrados
Menor conteúdo fibroso;
Maior densidade energética.
Alimentos energéticos
<20% PB.
Exemplos: milho, trigo.
*O alimento energético pode ser utilizado como fonte de fibra, mas independente disso, o conteúdo fibroso é mais baixo.
Alimentos proteicos
>20% PB.
Exemplos: farelo de soja, farelo de algodão.
*A fibra pode ser utilizada como fonte de energia, mas independente disso, o conteúdo de energia é mais baixo.
*Importância: correlacionar a demanda do animal ao conteúdo dos alimentos fornecidos.
Suplementos minerais;
Suplementos vitamínicos.
Aditivos não-nutricionais:
- Antibióticos;
- Corantes;
- Aromatizantes.
OBS
São adicionados a dieta para melhorar o desempenho do animal, apesar de não possuírem nutrientes em sua composição. Porém, quando associados aos nutrientes da dieta, atuam na melhora do desempenho, que pode ser percebida com o maior ganho de peso. Os corantes e aromatizantes diminuem a seletividade animal, fazendo com que o mesmo tenha uma dieta mais balanceada.
Os antibióticos não atuam diminuindo a seletividade animal, mas selecionam MO (população bacteriana) cujo objetivo é similar aquele tipo de dieta. Exemplo: antibióticos com a finalidade atacar bactérias não fibrolíticas, fazendo com que haja predomínio de bactérias fibrolíticas e melhora do desempenho animal, já que a fibra será melhor digerida pelos MO. Não causam resistência no animal devido ao ciclo de vida ser pequeno.
· Composição nutricional dos alimentos
O objetivo da análise nutricional é predizer a capacidade produtiva do alimento, ou seja, quanto esse alimento vai gerar em produto animal.
· Tabelas de composição de alimento (valor médio)
Usadas em casos da não possibilidade da análise. Porém, não consideram valores acima ou abaixo da média.
· Análise dos alimentos (mais acurado)
Sempre que possível, recomenda-se.
· Por quê fazer?
1. Conhecer a composição da matéria-prima e do produto acabado;
*Normalmente, os produtos comercializados possuem a mesma matéria-prima e o que altera é a forma como a indústria a trata, tentando deixá-la mais apta ao consumo animal.
2. Determinar o padrão de identidade e qualidade dos alimentos;
3. Controlar e garantir a qualidade da matéria-prima e do produto;
4. Estabelecer a composição nutricional dos rótulos;
5. Obter dados para o planejamento dietético;
6. Segurança no consumo de alimentos;
7. Gerar banco de dados e validação de processo;
8. Desenvolver novos produtos e padrões de qualidade;
9. Conhecer os efeitos do processamento e da estocagem na qualidade do produto.
10. Determinar a qualidade dos alimentos
Principal aspecto a ser observado em programas de alimentação animal;
Não está relacionado a relação do alimento com animal, somente ao alimento isolado;
Qualidade em termo de teor de nutrientes (entidade nutricional) no alimento isolado, pode não ser bom quando em relação com o organismo.
11.Classificação dos alimentos
A variação da composição dos alimentos pode ser decisiva em determinar o sucesso ou o fracasso de um programa nutricional;
Pode ser originária da fazenda, anual, variedades diferentes, amostragem e época do ano.
Exemplo:
Silagem de milho
- Com alta [ ] de grãos: maior teor de MS, menor fibra bruta e maior NDT;
- Com baixa [ ] de grãos: menor teor de MS, maior fibra bruta e menor NDT.
Agrupados em:
· Alimentos volumosos:
>18% de fibra bruta (FB);
Baixa concentração de energia;
Secos: fenos, palhas, cascas, etc.
Úmidos: pastagens, silagens, capineiras, etc.
· Alimentos concentrados:
1. Energéticos
<20% de PB;
Origem vegetal: grãos e cereais;
Origem animal: sebos e gorduras.
2. Proteicos
>20% de PB;
Origem vegetal: resíduos de oleaginosas;
Origem animal: resíduos de frigoríficos.
Minerais
Compostos minerais utilizados na alimentação animal:
- Cloreto de potássio (K);
- Fofasto bicálcico (Ca e P);
- Cloreto de sódio (Na e Cl);
- Óxido de zinco (Zn);
- Óxido de magnésio (Mg);
- Sulfato de cobre (Cu).
· Tipos de análises:
1. Física
Método pouco preciso;
Rápido, simples, de fácil mensuração;
1º passo da avaliação;
Exemplo: aroma, granulometria, aparência, etc.
Exemplos:
Silagens: odor, coloração, umidade, ausência de fungos;
Fenos: relação haste/folha (quanto maior a % de haste, pior o feno, pois o animal não consegue selecionar e comer só as folhas, onde estão os nutrientes), coloração, umidade, ausência de fungos;
Grãos: umidade, ausência de fungos, ausência de danos causados por insetos, roedores, pureza (livre de objetos estranhos).
2. Química
Também conhecida como Bromatológica.
- Avalia os constituintes químicos dos alimentos;
- Divide os alimentos em 6 componentes.
Análise proximal (ou de Weende):
1) % de água, umidade e/ou teor de matéria seca (MS);
2) % de cinzas ou matéria mineral (MM) – inversamente proporcional ao teor de matéria orgânica;
3) % de proteína bruta (PB);
4) % de extrato etéreo ou gordura (EE) – entidade nutricional, ou seja, um conjunto de nutrientes;
5) % de fibra bruta (FB)
Sistema fibra em detergente neutro e ácido.
Importante: fibra causa efeito diluidor de energia na dieta. Quando se considera a parte da fibra bruta que pode ser utilizada como energia, esse efeito diminui. Para não sub ou superestimar o teor de energia da dieta, é importante saber exatamente qual é a parte da fibra utilizada e não utilizada.
6) % de extrativo não nitrogenado (ENN)
Carboidratos não fibrosos.
PASSOS
1. Escolha do método analítico
Alimentos: amostras complexas, onde os vários constituintes podem estar interferindo entre si. Em muitos casos, um determinado método pode ser apropriado para um tipo de alimento e não fornecer bons resultados (prejudicar) a análise de outros A escolha do método analítico vai depender do produto a ser analisado!
Exemplo:
Para determinar a porcentagem de ureia no alimento não se deve utilizar os métodos que usem calor, pois o nitrogênio presente na mesma volatiliza facilmente. Quando se deseja saber o teor de ureia dos alimentos deve-se misturá-los a água.
Fatores determinantes na escolha do método analítico
· Quantidade do componente analisado:
Classificação dos componentes em relação ao peso total da amostra.
Maiores: >1%
Métodos convencionais: gravimetria ou volumetria.
Menores (0,01-1%), micro (<0,01%) ou traços (ppm e ppb)
Métodos instrumentais: equipamentos (pHmetro, espectrofotômetro, HPLC, etc)
· Exatidão requerida
Métodos clássicos
Exatidão de até 99,9% quando o analito encontra-se em mais de 10% na amostra. Em quantidades <10%, a exatidão cai significantemente, necessitando de métodos mais exatos e sofisticados.
· Composição química da amostra
Presença de interferentes;
Determinação de um componente predominante – não oferece grandes dificuldades;
Material de composição complexa – necessidade de efetuar a separação dos interferentes potenciais antes da medida para redução ou anulação da interferência.
Exemplo: quanto maior a quantidade de água no alimento, mais difícil é retirar a gordura do mesmo quando se utiliza solvente orgânico. Nesses casos, deve-se retirar a água do alimento em estufa.
2. Preparo de amostras
- Importância;
- Coleta de amostra – pegar amostras de pontos diferentes do silo Representatividade – se a amostra não representar o todo, a análise também não representará.
*Se o material for coletado sem representatividade, os dados utilizados para realização do plano nutricional do animal estarão errados, fazendo com que haja sub ou superestimação dos nutrientes fornecidos.
- Processamento das amostras – deve-se manter os mesmos padrões de representatividade.
Exemplo: se uma amostra malfeita faz com que a análise acuse alto teor de PB no alimento, a quantidade de silagem ofertada ao animal será menor, mas como a quantidade de PB está superestimada, o mesmo receberá menos PB do que sua demanda.
· Animais à pasto- Corte em vários pontos do pasto – dividir a região em várias regiões menores (glebas) e instituir número de amostras a serem coletadas em cada uma delas. Dessa forma a amostra não será viesada/viciada;
- Observação da preferência do animal – regiões de predileção e possíveis regiões de difícil acesso;
- Obtenção de partes das plantas que são preferidas pelo animal – não utilizar as partes não consumidas pelo animal para evitar vício na amostra;
OBS
É importante saber quanto a forragem está fornecendo de nutrientes antes de formular suplementação;
Falta de chuvas: diminui [ ] de água na planta e os teores de MS e nutrientes (sejam bons ou ruins) aumentam;
Forrageiras: a composição de nutrientes muda ao longo do ano, principalmente devido as mudanças climáticas (seca-chuvas).
· Silagens
- Amostragem de todo perfil do silo – é necessário realizar amostras periódicas (7-10 dias), principalmente quando a dieta dos animais é reformulada muitas vezes em período pequeno;
- Evitar amostragens próximas às extremidades devido a maior ação da umidade e maior presença de contaminantes;
- Sofre muito com intempéries, devido a estar concentrado em um local só.
· Grãos e farelos
- Utilização de caladores (amostradores);
- Amostragem aleatória de locais diferentes;
- Amostragem de todo o perfil vertical devido a estratificação do material – partículas menores tendem a se acumular nas partes superiores e as maiores nas inferiores;
- Amostragem a certa distância das bordas do container (caminhão);
- Contaminações durante o transporte – bordas do container, pois sofrem maior ação de intempéries;
- Amostragem de número representativo de sacarias;
- Utilização de caladores manuais para e retirada da amostra sem abertura da sacaria.
3. Adequação do tamanho da amostra
- Medida necessária para o envio da amostra ao laboratório;
- Análises requerem pequenas quantidades;
- Redução do tamanho da amostra deve ser feita sem perda de representatividade, mantendo-se a aleatoriedade Quarteamento das amostras;
- Método mais simples: quarteamento.
*Alimentos concentrados sofrem menores alterações de composição devido a terem alto teor de MS.
4. Processamento físico
Importância:
· Adequação da amostra para análise;
· Sem alteração da constituição do material;
· Alteração mínima possível;
· Envolve processos de secagem (água altera composição do alimento) e moagem (diminui granulometria para conseguir fazer a análise).
· Pré-secagem:
Processo feito com quase todos os volumosos úmidos (>15% de umidade);
Farelos, grãos e fenos geralmente não necessitam do processo;
Silagens, capins são materiais úmidos que precisam ser pré-secados;
É necessário saber quanto de água o alimento possui antes de determinar a MS, para conseguir determinar qual a % dos nutrientes MN.
OBS
Materiais que não tem alto teor de umidade não têm a necessidade de serem pré-secos (por exemplo: feno, milho, farelo de soja) e já podem ser moídos sem o processo de pré-secagem.
· Redução da umidade ou liofilização
Necessária para:
- O processamento físico do material;
- A conservação de materiais com umidade acima de 15%.
- Realizada em estufa de ventilação forçada a 55-65 graus para mimetizar o que aconteceria naturalmente.
OBS
Se no alimento seco tiver 10% de proteína bruta significa que o animal vai ingerir 10% de PB? Não, pois ele ingere o alimento verde, sem estar seco.
Se tiver 10% de PB no capim seco também terá 10% em capim verde? Não, pois a mesma estará diluída na água.
Temperaturas muito elevadas causam:
- Alterações químicas do material;
- Perda de compostos voláteis;
- Não representatividade do material.
Após a secagem, o material deve ser pesado assim que entrar em equilíbrio com a temperatura ambiente.
· Liofilização
- Processo de secagem de amostras congeladas que consegue retirar água do material sem calor;
- A água é removida diretamente por sublimação;
- O material é mantido congelado durante todo o processo.
Cálculo do valor da umidade perdida
Denominação = Amostra seca ao ar (ASA).
%ASA = (ASA/MN) x 100
MN = (T+MN) – T
ASA = (T+ASA) – T
T: tara ou peso do recipiente utilizado.
· Moagem do material
Procedimento necessário para realização das análises.
Objetivos principais:
· Redução do tamanho de partículas;
· Diminuir a heterogeneidade do material – as amostras contêm várias regiões do mesmo material;
· Manter a representatividade da amostra;
· Aumentar a superfície específica no material;
· Possibilitar o seu armazenamento por longo período de tempo.
· Moinho de facas Willey
- Possui um conjunto de facas fixas e um de facas rotativas;
- Peneira determina o tamanho da partícula desejada;
- Serve para materiais fibrosos.
· Moinho de bolas
- Não possui peneira, por isso, é necessário utilizar peneira separada;
- Serve para materiais rígidos.
5. % de MS da amostra
Água: a amostra é colocada em estufa até atingir peso constante;
Dado muito importante;
A comparação entre alimentos é feita sempre em % de MS!
O custo dos alimentos deve ser determinado sempre em MS.
Exemplos:
Silagem de Milho
Material A: 33% de MS e R$75,00/ton MO
x
Material B: 28% de MS e R$65,00/ton de MO
Pergunta: qual a silagem mais barata???
Material A:
33% de MS e R$75,00/ton MO
100 kg MO - 33 kg MS
1000 kg MO – x
x = 330 kg MS
R$75,00 - 330 kg MS
 y - 1 kg MS
y = R$0,22727/kg MS ou R$227,27/ton MS
Material B:
100 kg MO - 28 kg MS
1000 kg MO – x
x = 280 kg MS
R$65,00 - 280 kg MS
 Y - 1 kg MS
y = R$0,23214/kg MS ou R$232,14/ton MS
LOGO: devemos comparar o preço dos alimentos sempre em % de matéria seca (MS)!!!
Alimentos Concentrados
· Melhor padronização;
· Qualidade constante;
· Teores constantes;
· % de MS constante.
Alimentos volumosos
· Teor de MS bastante variável;
· Qualidade dos materiais pode variar muito;
· Maior possibilidade de erros;
· Necessidade de maiores cuidados – o correto seria avaliar a % de MS e calcular o custo comparado sempre em matéria seca.
MATÉRIA SECA DEFINITIVA
· DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA SECA DEFINITIVA (MST)
Umas das medidas mais importantes:
- Estabilidade do alimento;
- Qualidade;
- Composição.
Em termos laboratoriais:
- Utilizado para determinação do teor dos demais nutrientes da MS;
- Erros de análise = Erro sistemático (da % dos nutrientes do alimento).
Nos casos de alimentos com teor de umidade >15%
*A pré-secagem não retira toda a umidade do alimento, por isso, não podemos definir as % de nutrientes presentes no alimento após o processo como corretas. É necessário saber quanto de umidade ainda se manteve no alimento após a pré-secagem para realizar o processo de Secagem Definitiva (análise gravimétrica como a pré-secagem, mas o material não é processado/moído):
Matéria seca: Pré-secagem Silagem (55-60ºC ventilação: 72h);
 Estufa 105ºC: 16h (uma noite). 
Procedimento necessita de balança de precisão, pois a amostra será menor.
ASA = Amostra seca no ar (PRÉ-SECAGEM)
Estufa 55-65ºC por 72h;
Material verde (MS + H2O) Pré secagem Saída de parte da água (MS + H2O).
ASE = Amostra seca em estufa (SECAGEM DEFINITIVA)
Amostra que sobrou após a secagem na estufa;
Estufa 105ºC por 16h.
MS + H2O Secagem definitiva Saída do restante de água ASE.
Acondicionamento da amostra
Utilização de pesa-filtro com tampa:
Colocado entreaberto dentro da estufa de secagem;
Após o período de secagem, é fechado (ainda dentro da estufa);
Após removido da estufa deve ser resfriado livre de umidade: Dessecador.
Dessecador:
Possibilita o resfriamento do pesa-filtro (com ou sem a amostra) sem que o mesmo obtenha umidade do ar durante o processo.
CÁLCULO DE ASE
Exemplo:
PF (g) = 35,5318
PF + ASA (g) = 36,5578
PF + ASE (g) = 36,4872
(PF + ASA) – PF = 1,026g (ASA)
(PF + ASE) – PF = 0,9554g (ASE)
1,026g – 100%
0,9554 – X
%ASE = 93,1%: quantidade de MS do material pré-seco Não é a matéria seca do material em sua forma natural, pois o mesmo foi pré-seco antes do processo.
MS presente na MN ou MST (matéria seca total) = %ASA x %ASE
Exemplo:
0,3905 x 0,9301 = 36,3% - se o valorde MS presente na MN for maior do que o valor da pré-secagem a conta estará errada! Justifica porque deve-se realizar o processo de secagem definitiva, se apenas o valor de MS do material pré-seco for utilizado, a %MS estará superestimada.
A %MS da amostra será usada para achar a % dos outros nutrientes No caso do exemplo, não usar 100%, mas sim 93,1%.
Exemplo:
%PB = 20%
%ASE = 93,1%
MS (MN) = 36,4%
%PB (MN) = 20% PB – 93,1% MS no ASE
 X – 36,4% MS na MN
 X = 7,819% - esse valor nunca pode ser maior do que a %PB na MS do ASE!
· DETERMINAÇÃO DA GORDURA BRUTA OU EXTRATO ETÉREO 
· Gorduras ou lipídeos: substâncias insolúveis em água, mas solúveis em alguns solventes organismos, como éter, clorofórmio e benzeno;
· EE (extrato etéreo): fração mais energética dos alimentos (2,25x mais energético do que os carboidratos, porque tem muitos ácidos graxos em sua estrutura, produzindo muito energia quando ocorre a oxidação dos mesmos;
· Extração com éter, além dos compostos lipídicos, extrai também clorofila, xantofila, resinas, etc.
É feita a lavagem da amostra com éter de petróleo (solvente orgânico). Ao entrar em contato com a amostra, ele solubiliza todos os componentes que possuem a mesma solubilidade que ele, o que inclui a gordura. Portanto, não solubiliza apenas a gordura, e sim, todos os componentes com a mesma polaridade que o éter.
Análise gravimétrica (diferença de peso) é feita para quantificar a gordura da amostra (diferença de peso entre antes e depois)
Análise de gordura bruta
Extrato etéreo: extração com éter – além dos compostos lipídicos, extrai também clorofila, xantofila e resinas (têm a mesma polaridade que o solvente).
ANÁLISES
1. Extração com solvente a quente: utilizado para quantificar gordura;
2. Extração com solvente a frio: utiliza a gordura extraída para uma análise qualitativa, porque o aquecimento da gordura alteraria as características químicas, como o perfil de ácidos graxos;
3. Extração de gordura ligada a outros componentes.
1. Etapas da extração com solvente a quente
A. Extração da gordura da amostra com solvente;
B. Eliminação do solvente por evaporação;
C. A gordura extraída é quantificada por pesagem.
· A eficiência depende de:
· Natureza do material a ser extraído. Por exemplo, materiais ricos em gorduras têm eficiência diminuída;
· Tamanho da partícula: partículas grandes dificultam o processo;
· Teor de umidade da amostra: quanto mais umidade, mais difícil é a retirada da gordura;
· Natureza do solvente;
· Semelhança entre a polaridade do solvente e da amostra;
· Circulação do solvente pela amostra;
· Quantidade relativa do solvente.
· Tipos de solvente:
- Éter de petróleo/hexano (mais usados);
- Éter etílico: mais amplo (esteróis, reninas, pigmentos, vitaminas), porém, mais caro, perigoso e acumula água;
- Mistura de solventes.
· Tipos de equipamentos com refluxo de solvente para amostras sólidas
1. GOLDFISH (CONTÍNUO):
- Constituído de fonte de aquecimento, copo coletor, serpentina e amostra (fica dentro de envelope fechado) Quando o solvente é colocado no copo e sofre ação do aquecimento, ele condensa e depois volta para a fase líquida. Ao voltar para o estado líquido, goteja sobre a amostra, retirando a gordura.
- Forma de quantificação: diferença de peso do copo;
*Método a quente: possui fonte de aquecimento que aquece apenas a gordura e não a amostra como um todo. Por isso, esse tipo de extração só quantifica o total de gordura presente na amostra.
Etapas:
1. Extração
2. Remoção
3. Pesagem
2. SOXLEHT (INTERMITENTE):
- Extração por imersão. Utiliza o mesmo princípio, com a diferença de que ao invés do gotejamento lavar a amostra de uma só vez, nesse método, a lavagem é intermitente. A amostra fica um tempo em imersão no éter: equipamento tira o éter sujo adiciona-se um novo éter elimina o solvente e retém apenas a gordura.
- Limitações: variação de peso do cartucho, maior tempo de extração e maior necessidade de reagente.
- Extrator com refluxo;
- Processo de extração intermitente;
- Evita temperaturas elevadas do solvente na amostra;
- Quantidade maior de solvente para atingir o sifão;
- Pode ocorrer saturação do solvente.
OBS
- Nesse método, somente o solvente e a gordura ficam aquecidos (igual ao método anterior);
- Método mais demorado, pois a amostra precisa de mais tempo de imersão para a extração da gordura.
- Forma de quantificação: diferença de peso do cartucho (envelope que envolve a amostra);
- Como ambos os métodos utilizam extração a quente, não são usados para análise qualitativa, apenas quantitativa;
CÁLCULO
EE = (copo + EE) – copo
 
Exemplo:
Peso amostra = 2,0 g
Peso do copo = 20,0 g
Peso do copo + gordura: 20,5 g
Qual é a %EE da amostra?
EE = 20,5 – 20 = 0,5 (massa de gordura extraída)
2,0 g – 100% da massa para análise
 0,5 – X
X = 25% de EE na amostra pré seca que tem MS = 93,1% Isso não significa que a forrageira que o animal consome tem isso de EE, porque o material foi pré seco!
MS da amostra: 93,1%
MS da MN (forrageira): %ASE x %ASA = 93,1% x 39,1% = 36,4%
Qual a %EE na MS da MN?
EE MS
25% – 93,1%
 X – 36,4% (adicionou água)
X = 9,77% de EE Como há água, a porcentagem deve ser sempre menor na MN, devido ao efeito de diluição!
Qual a %EE encontrada na MS do alimento?
Resolução:
%EE MS
 25% – 93,1%
 X – 100% (retirou água – totalmente seco)
X (EEMS) = 26,85% de extrato etéreo presente no alimento Sempre maior que na matéria pré-seca, pois ainda tem umidade!
PARA COMPARAR AS DUAS FORRAGEIRAS DEVE-SE COMPARAR O MATERIAL NA MS, OU SEJA, O VALOR DE 26,85% (EEMS). A AMOSTRA COM MAIS EXTRATO ETÉREO SERÁ MELHOR!
Em uma situação em que o animal está consumindo 5 kg da forragem (MN), quantos kg de EE ele está consumindo?
9,77% de 5kg = 0,488kg = 488g
Amostra verde Pré-secagem (55-65ºC 72h) ASA Processada (moída) (retirada de %EE, %PB) ASE Secagem definitiva (105ºC 16h) MS
3. MÉTODO DE BLICH-DYER
Extração com mistura de solvente a frio.
Vantagens em relação a extração do quente:
- Os lipídeos são extraídos sem aquecimento e os extratos podem ser utilizados para avaliação da deteriorização dos lipídeos através dos índices de peróxidos, ácidos graxos livres, carotenoides, vitamina E, composição de ácidos graxos, etc.;
- Extrai todas as classes dos lipídeos, inclusive os polares que representam alto teor em produtos de trigo e soja;
- Uso em produtos com alto teor de umidade, além de secos;
- Determinação em tubos de ensaio (não necessidade de equipamentos especializados).
Mistura três solventes (clorofórmio – metanol – água)
Funil de separação separa o extrato gorduroso da fase aquosa e a descarta, sobrando apenas a fração gordurosa. A separação é imprecisa, pois não há nenhum equipamento que discrimina a quantidade total de extrato gorduroso obtido. Mesmo assim, o método pode ser utilizado para retirada de alíquota para análise qualitativa.
1. Extração com mistura de solvente a frio
A extração a frio NÃO deve ser utilizada para quantificação do total de gordura:
Método não preciso;
Subjetividade na forma de obtenção do extrato gorduroso.
Nesse método tem-se por objetivo obter uma alíquota da fração extraída:
Utilização para análises qualitativas;
Manutenção a da integridade da amostra.
· DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA BRUTA (PB)
Método Kjeldahl: envolve 3 etapas (digestão, destilação e titulação)
Proteína = grande grupo de substâncias com características semelhantes. Ou seja, não quantifica proteína e sim nitrogênio Contabiliza nitrogênio proteico e nitrogênio não proteico, por isso, a proporção de PB é aproximada da quantidade de proteína verdadeira do alimento.
Etapas:
1. Digestão
- Acondicionamento da amostra em tubos de ensaio;
- Adição de ácido sulfúrico;
- Adição de mistura catalizadora (Sulfato de sódio e sulfato de cobra);
- Aquecimento de amostras (400ºC);
- Nitrogênio da proteína é sulfato de amônia.
*Permite que o nitrogênio seja destilado e transferido.
2. Destilação
Sulfato de amônio é tratado com NaOH;Aquecimento da solução para que ocorra a liberação de amônia;
Liberação de amônia em ácido bórico Solução de borato de amônio é básica.
3. Titulação
Operação analítica utilizada em análise volumétrica com objetivo de determinar a concentração de soluções Análise volumétrica.
- Borato ácido de amônia é titulado;
- Utiliza-se ácido clorídrico;
- Pelo volume de ácido utilizado obtém-se o teor de N na amostra.
Análise de N total
A maioria dos alimentos possui média de 16% de nitrogênio, portanto:
16g N – 100g proteínas
 1g N – X(g)
X(g) = 6,25
N x 6,25 = PB
Exemplo:
%NAMOSTRA(ASA) = 1,25%
%PB(ASA) = 1,25% x 6,25 = 7,81%
Cada alimento possui um fator de conversão diferente:
PB(%MS):
7,81% PB – 93,1%MS
 X – 100%
X = 8,4% PBMS – % maior do que a encontrada quando havia água na amostra (CORRETO)!
*Quando se quer achar a % de algum componente na MS do alimento, aumenta-se a mesma para 100%, para eliminar toda a água do mesmo!
PB(%MN):
7,81% – 93,1%MS Pode-se utilizar também a relação de %PB encontrada em 100% de MS!
 X – 36,4%
X = 3,06%PBMN – % menor do que a encontrada na MS, pois houve a adição de água (CORRETO)!
· DETERMINAÇÃO DE CINZAS OU MATÉRIA MINERAL
Obtida por incineração da amostra, geralmente 600ºC por 4h.
A análise de matéria mineral não é análise de minerais!
MS – Cinzas = Matéria orgânica
Determinação dos Macrominerais (Ca, P, Mg, Na e K)
1º passo: preparo de solução mineral
- Via seca;
- Via úmida.
Ca (absorção atômica);
P (espectrofotometria colorimétrica);
Mg (absorção atômica);
Na (espectrofotometria de chama);
K (espectrofotometria de chama).
· DETERMINAÇÃO DA FIBRA
Fibra bruta
- Originalmente desenvolvido para separar carboidratos vegetais: Frações menos digestíveis;
 Frações prontamente digestíveis.
Análise:
1. Amostra seca e desengordurada é submetida a digestões ácida (H2SO4) e básica (NaOH) por 30 minutos cada para mimetizar o que ocorre com o alimento quando ele é digerido pelo animal;
2. Após o processo de digestão o resíduo orgânico é transferido para cadinho filtrantes. Resíduo é formado por fibra, carboidratos e minerais, devido a isso, é queimado em mufla a 500ºC para separar a matéria mineral da fibra e não contabilizar a mesma. Por diferença de peso calcula-se o teor de FB.
- Nutricionalmente não é muito relevante, pois não discrimina o teor das frações (celulose, hemicelulose e lignina). Celulose e hemicelulose (carboidratos complexos) são degradadas pelos MO ruminais Devido a isso o termo Fibra Bruta não é mais utilizado.
*Lignina: composto fenólico, tem sua quantidade aumenta dentro do composto da fibra a medida que o alimento envelhece. Isso ocorre porque a lignina é fundamental para dar sustentação para a planta e quando a planta envelhece ela precisa de mais luz e aumenta sua área folear para aumentar sua capacidade de captação luminosa, precisando de mais sustentação e rigidez, conferida pela lignina. Quanto maior o teor de lignina, menor é a digestibilidade do alimento e menor taxa de passagem no rúmen.
Quanto maior o teor de fibra do alimento, menor é a densidade energética do alimento. Por quê? Pensando apenas no alimento, porque existem frações da fibra que são utilizadas e frações não utilizadas.
O % total de fibra do alimento não é suficiente para saber o quanto o animal irá aproveitar. É necessário achar as % das frações que compõe a fibra bruta. Por exemplo: quando se diz que um alimento tem 50% de fibra bruta intui-se que ele tem 50% de energia, porém, quando se sabe qual é a quantidade de fibra metabolizável (por exemplo 20%), o teor de energia do alimento não é mais subestimado.
Fibra bruta: tudo aquilo presente no alimento como fibra
x
Fibra metabolizável: apenas a fração que o animal consegue metabolizar (considera as perdas)
Também serve para energia!
Sistema fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA)
- Separa as frações da fibra;
- Utiliza de reagente específicos, denominados detergentes.
- Análise fundamental para formulação de dietas de animais ruminantes: Valores de FDN e FDA relacionam-se com a idade da forragem > % de fibra, < qualidade da forragem Limitante de consumo de MS e energia. Com isso, pode-se recomendar alturas de entrada e saída dos animais, pois a altura está relacionada a idade da forragem e, consequentemente, com a % de lignina.
1. Análise de FDN
Solubiliza o conteúdo celular composto principalmente por:
- Proteínas;
- Gorduras;
- Carboidratos solúveis;
- Pectina.
Parte insolúvel em detergente neutro (resíduo):
Principalmente:
Celulose;
Hemicelulose;
Lignina.
Proteína danificada por calor;
Proteína de parede celular;
Minerais.
*Deve-se corrigir o valor a partir da % de outras substâncias, para não superestimar o teor de fibra do alimento.
Alimento com 1% ou 5% de FDN, qual é o melhor? O que possui 1%, porque no alimento com 5% a quantidade de celulose e hemicelulose será maior, mas a de lignina também.
2. Análise de FDA
Parte insolúvel em detergente ácido:
Celulose;
Lignina.
*Solubiliza a hemicelulose. Por isso, por diferença, acha-se a % de hemicelulose, ou seja:
FDN – FDA = %Hemicelulose
Proteína danificada por calor;
Proteína de parede celular;
Minerais.
Resíduo de FDA pode passa por:
- Oxidação por KMnO4 (permanganato de K): retira a lignina (oxidada), possibilitando saber a % de celulose do alimento.
- Digestão por celulose H2SO4: retira a celulose (dissolvida), possibilitando saber a % de lignina do alimento.
*Sempre há presença de resíduo mineral, por isso, é necessário queimar as amostras na mufla por 500ºC para retirá-lo.

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