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P3 Vet 171 INTRODUÇÃO Os sistemas mais importantes na clínica médica de equinos são locomotor e digestório; O tratamento de cólica deve ser imediato, uma vez que geram situações graves e intensas (algumas afecções têm que ser resolvidas em até 6 horas). Diferente disso, as afecções do aparelho locomotor podem ser tratadas sem caráter de emergência; O exame transretal é imprescindível no quadro de cólica (“divisor de águas”). Importante: não pode ser feito em potros de 30-60 dias de idade. As afecções do aparelho digestório podem levar a quadros agudos ou crônicos. Nos quadros crônicos o animal apresenta baio escore corporal (come pouco e perde peso) e usualmente o problema está em alguma estrutura do TGI. Nesses casos, é importante fazer exames laboratoriais, que serão associados aos sinais clínicos para obtenção do diagnóstico; Além da semiologia (anamnese e exame físico), os exames laboratorias, como o de líquido peritoneal é de extrema importância nessa área, informando variáveis que determinam se o caso é clínico ou cirúrgico, como % de lactato, coloração do líquido, presença de hemácias etc. Exemplo: liquido peritoneal com a presença de 40 mil hemácias indica alça intestinal em sofrimento, desvitalizada, em necrose, o que faz com que a parede do vaso não consiga mais segurar as hemácias dentro dele. Esse quadro só pode ser solucionado com cirurgia e a necropsia é de grande valia para o diagnóstico. CLÍNICA PROPEDÊUTICA É a parte da semiologia que ensina a agrupar e interpretar os sinais, de modo a formar base para o diagnóstico e prognóstico É o elemento de raciocínio! Importante: nos casos de potros com diarreia as alterações sistêmicas causadas são mais importantes do que a identificação do agente causador ou aspecto/característica e devem ser tratadas. Anamnese (ÁNÁ= trazer de volta, recordar; MNESIS =memória) Representa os dados mais precisos e completos possíveis, fornecidos pelo proprietário/tratador acerca de antecedentes, conduta do enfermo, origem e curso das enfermidades. Importante: a distensão abdominal é um quadro de emergência e ocorre por acúmulo de gases. Nesses quadros deve-se identificar de onde o gás está vindo, o que se pode fazer e os malefícios do cavalo ficar muito tempo distendido. o Pontos importantes para a realização da anamnese É no primeiro contato que reside a melhor oportunidade para se fundamentar a relação com o proprietário/tratador; Deve-se conhecer e compreender as condições culturais do proprietário/tratador; O tempo reservado para a anamnese distingue o profissional competente do menos competente (esse tende a cometer erros devido a negligenciar informações importantes); Sinais bem investigados e bem compreendidos abrem caminho para um exame físico objetivo Só se procura o que se acha; O proprietário/tratador não é obrigado a saber falar, mas veterinário é obrigado a saber retirar a informação. Importância do estudo do aparelho digestório de equinos 1) Sede de importantes disfunções clínicas; 2) Alta incidência de enfermidades; 3) A síndrome cólica é a principal causa de morte em equinos. Atendimento clínico Identificação, anamnese, exame físico geral e específico e exames laboratoriais. 1. Exame físico específico Apetite Tem apetite? Tem fome? Umas das primeiras perguntas é saber como está o apetite do animal. Geralmente o apetite está diminuído (inapetência) ou ausente (anorexia): Polifagia, bulimia: apetite aumentado/depravado. É raro e ocorre quando a dieta ofertada aos animais está desbalanceada e gera uma deficiência de algum nutriente. Além disso, os cavalos são animais seletivos em relação à alimentação, ou seja, sempre mantém a ingestão de pequena quantidade alimento ao longo do dia, sendo difícil perceber alterações de aumento da alimentação; Normorexia: normal; Inapetência: diminuído; Anorexia: ausente. Importante: O equino fica muito condicionado ao alimento fornecido sempre, por isso, quando há alterações na dieta costuma rejeitá-la num primeiro momento. É importante não confundir a recusa de alimento devido a falta de costume com a devido a debilidade causada pela alteração. Para que isso não ocorra deve-se fornecer/testar vários tipos de alimentos para saber como está o apetite. Após cirurgia de cólica ou tratamento de uma afecção do sistema digestório, o retorno do apetite é o sinal mais importante de melhora do animal (diferente de bovinos, onde é a volta da ruminação). o Deve-se oferecer alimentos ao animal e observá-lo quanto a: Preensão, mastigação e deglutição Pode-se observar sinais de disfagia. Importante: é importante observar os mecanismos acima, pois nem sempre as alterações estão relacionadas ao TGI. Algumas doenças virais e bacterianas podem causar encefalite, levando a alterações na preensão, mastigação ou deglutição devido a alterações no controle nervoso desses mecansimos. SEMIOLOGIA APARELHO DIGESTÓRIO DE EQUÍDEOS o Relação nutrição, dieta e doença Sempre há uma relação entre estado nutricional, alimentação (dieta) e doença, ou seja, o estado nutricional dependente da alimentação e do funcionamento do organismo. Os quadros agudos não costumam alterar o estado nutricional, pois possuem curso e resolução rápidos, porém, quando associados a diarreia (colite) os animais podem perder peso. Ingestão de água Está ingerindo água? Adipsia: ausência de ingestão; Polidipsia: ingestão excessiva. Importante: bebedouros automáticos não permitem saber a quantidade de água ingerida pelo animal, por isso, deve-se utilizar baldes se for necessário observar esse parâmetro Um cavalo adulto ingere em média 60ml/kg/dia, podendo chegar até 100 ml/kg/dia e ser de 2-3x maior em dias quentes. Estado nutricional/ECC 0 – Mau: Garupa muito encurvada; espinhaço, costelas e pelve muito proeminentes; pescoço de cervo bem pronunciado; e, cavidade profunda na garupa e causa; 1 – Pobre: garupa encurvada; costelas visíveis, espinhaço e garupa proeminentes; pescoço de cervo delgado e firme; e, cavidade sob a cauda; 2 – Moderado: garupa plana; costelas apenas visíveis; pescoço delgado; e, espinhaço bem coberto. 3 – Bom: garupa arredondada; costelas apenas cobertas, mas facilmente palpáveis; e, sem crista, pescoço firme; 4 – Gordo: garupa bem arredondada; sulco ao longo do dorso; costelas e pelve difíceis de palpar; e, leve crista; 5 – Muito gordo: garupa bastante proeminente; sulco profundo ao longo do dorso; costela não palpáveis; e, crista arredondada com acúmulo localizado de gordura; Importante: Muitas das laminites são causadas por sobrepeso, pois os animais com escore 5 são resistentes a insulina e, consequentemente, hiperglicêmicos, sendo a glicose tóxica para as células. Além disso, apresentam cicatrização de feridas retardada. Para animais magros, o exame físico não conclui nada e apenas possibilita diagnósticos presuntivos, não sendo possível chegar ao etiológico. Por exemplo, algumas plantas são tóxicas ao fígado dos equinos, como a Crotalária (‘’guizo de cascavel’’). Esta costuma ser ingerida pelos animais na época da seca e leva à insuficiência hepática e DRC (perda de peso, EPO em déficit) Importância dos exames laboratoriais para obtenção de diagnóstico. Exame da boca Lábios, bochechas, dentes (problemas muito comuns), gengivas (úlceras decorrentes de azotemia), palatos duro e mole, língua e faringe. Importante: lesões na boca, principalmente em lábios e gengiva podem indicar azotemia, pois os equinos são animais sensíveis. o Para esse exame é necessário: Contenção do animal; Abertura da boca do animal com ou sem auxílio de abridor de boca Permite a inspeção visual e deve-se utilizar fonte de luz para as regiões caudais da boca, que possuem difícil visualização. Importante: pode ser necessário sedar o animal parausar o abridor de boca, a depender do seu temperamento. Exame do esôfago Aumentado de volume: obstrução por corpo estranho ou alterações na motilidade (megaesôfago); Refluxo de alimento pelas narinas: ocorre nas situações de obstrução do esôfago ou de alteração na motilidade. Também podem ocorrer nos casos de ruptura de estômago, flebite nas veias jugulares ou aumento de linfonodos (garrotilho). Exemplo: quadro neurológico (esôfago possui inervação motora importante). Inspeção Palpação Sonda Raio-X Endoscopia Importante: os aparelhos mais importantes são sonda e endoscópio, sendo a sonda mais comum e usada, e tendo função não só diagnóstica, mas também terapêutica (utilizada para administração de alimento ou remédio diretamente no estômago do animal). o Situações - Animal não consegue deglutir devido a aumento dos linfonodos ou flebite nas 2 jugulares. - Secreção nasal com sangue ou sangramento pelas narinas: a causa pode ser endotoxemia, que provoca trombocitopenia acentuada com redução dos fatores de coagulação Durante a passagem da sonda (afeta alguns vasos) ocorre hemorragia. Exame do abdome o Exame externo Formato/diâmetro abdominal; Distensão uni ou bilateral; Dor a palpação e percussão (não é importante devido ao tamanho do TGI dos equinos). Quadros de distensão: Intervenção necessária, pois pode levar a morte do animal devido a compressão do diafragma e parada respiratória, antes mesmo da ruptura das vísceras (víscera distendida = vaso distendido não há passagem de sangue de forma correta, o que leva a desvitalização da parede) Realiza-se Tiflocentese (punção para saída de gás do lado direito). Importante: Na maioria das vezes o problema está no cólon menor Presença de fibra não digerível leva a parada do peristaltismo no cólon maior e distensão por acúmulo de gás. Também deve-se fazer a avaliação do escroto nos garanhões, principalmente dos mais velhos O mesentério dos equinos é extenso, permitindo o movimento das alças intestinais e aumentando a facilidade de entrada das mesmas no anel inguinal Ocorre estrangulamento da víscera, gerando isquemia e necrose Gera cólica com dor intensa no animal. Pode ser percebida pelo exame transretal e a intervenção deve ser feita no máximo em 6 horas Exame do estômago Usa-se sonda nasogástrica ou endoscópio: Sonda: material, diâmetro e comprimento, flexibilidade, lubrificação e manuseio Prognóstica (permite a observar do conteúdo fisiológico) e terapêutica. o Particularidades anatômicas do estômago Nos equinos, o estômago fica escondido impossibilitando a palpação (diferente das outras espécies). Dessa forma, a avaliação sempre é feita de forma indireta (sonda, endoscópio ou ultrassom) O estômago pequeno em relação ao tamanho corporal do animal faz com que ele coma pouca quantidade em maior frequência (está se alimentando pelo menos 20 hora/dia). Devido a isso, secreta substâncias gástricas o dia todo e, caso o animal fique 12h sem se alimentar (por exemplo, animal em baia comendo apenas 2x por dia), pode desenvolver gastrites e úlceras; Dor intensa quando alterado – Importante: equinos são indivíduos emocionais e apresentam sofrimento nas mucosas A dor gera aumento de secreção gástrica, levando a gastrites e lesões na mucosa no estômago. Importante: a capacidade média do estômago gira em torno 10-12L nos animais de porte médio (manga-larga marchadores) de 350-380 kg, chegando no máximo a 15L Para esses animais, a perda de 17L de conteúdo do estômago é muito. Exame dos intestinos Usa-se auscultação, palpação, percussão e ultrassom (imagem). Importante: Cólon maior equivale ao rúmen do bovino – produção de muito gás; Em equinos a digestão química ocorre antes da digestão fermentativa (ceco). o A motilidade do trato gastroentérico é classificada em 2 tipos: 1. Movimento segmentar: movimento de mistura continuado (permite a digestão contato das partículas com a mucosa), de baixa frequência e pouco audível; 2. Movimento propulsivo ou progressivo (borborigmos): ausculta ceco (lado direito), cólon maior e delgado (lado esquerdo). o Ausculta do abdome A ausculta abdominal revela ruídos próprios do trato gastrintestinal, os borborigmos, provocados pelo deslocamento de gás e líquido no tubo gastrintestinal. Costumam está ausente quando o trato está vazio, ao passo que, durante o processo de digestão, é possível auscultar ruídos ininterruptos, baixos e pouco intensos. Borborigmos frequentes, fortes e com ruídos variáveis indicam motilidade intensa. No estado hígido, a passagem de gás e líquido pelas dobras intestinais produz um ruído leve, difícil de ser percebido. Nas obstruções intestinais, pode tornar-se exagerado e, por vezes, sibilante. Em peritonites e inflamações crônicas do revestimento peritoneal do fígado, estômago e baço, podem ocorrer ruídos de atrito. Lado esquerdo: Fossa paralombar: cólon menor; Região média: intestino delgado – só é palpável quando está distendido por líquido e gás; Região ventral: cólon maior ventral e dorsal esquerdos; Baço, rim esquerdo, aorta e flexura pélvica (5 a 10 cm de diâmetro). Lado direto: Fossa paralombar e região média: ceco. Importante: segmento de maior frequência de rompimento devido a compactação sensação de uma bolsa de elástico; Região ventral: cólon maior ventral e dorsal direitos. Importante: ceco compacta menos que o cólon maior, mas rompa mais, pois é mais sensível. Exame transretal Contenção do animal; Cuidados pessoais e da equipe; Materiais; Lubrificação da luva de palpação; Palpação e manipulação das alças – Importante: exame limitante, ou seja, só permite a palpação apenas de 1/3 do trato O restante é visto pela ultrassonografia. o Caminho do alimento no trato Sequência: intestino delgado ceco colón maior (ventral direito) flexura esternal cólon maior (ventral esquerdo) flexura pélvica cólon maior (dorsal direito) cólon maior (dorsal esquerdo) colón transverso colón menor reto. Importante: A flexura pélvica é uma estrutura de diâmetro menor que interliga duas estruturas com diâmetro maior. Além de ser um ponto de estreitamento, tem outra característica que favorece alterações no local, a presença de marca-passo fisiológico que gera movimento retropropulsivo (no sentido aboral-oral), que vai contra o movimento peristáltico normal, que é propulsivo (no sentido oral-aboral). Apesar de ser fisiológico e ter a função de dar tempo para o alimento voltar e passar de novo, o movimento retropropulsivo favorece alterações no local. o Alterações Deslocamento dorsal a esquerda/direita do cólon maior; Encarceramento do cólon maior no ligamento rinoesplênico Encarceramento reno ou nefroesplênico; Retroflexão da flexura pélvica; Vólvulo do cólon maior – deve-se operar rapidamente; O segmento mais afetado por colite é o cólon dorsal Causa diarreia com fezes amolecidas e em jatos e é mais difícil de ser tratada (costuma levar a morte), desequilíbrio eletrolítico e óbito Cavalos adultos com enterite têm dois sinais clínicos marcantes: atonia e hipersecreção Quando a víscera está inflamada, ocorre hipomotilidade do intestino com acúmulo de secreção e refluxo do conteúdo para o estômago. A diarreia também é um sinal clínico, porém não é o mais importante. o Fígado Lado direito (6ª a 15ª costela): Mais explorado pelo ultrassom e biopsia. Avalia-se também pelo exame laboratorial (marcadores hepáticos). Avaliação das fezes o Defecação e fezes Frequência, tenesmo, formato, consistência, cor (não indica muita coisa), odor (pútrido indica presença de proteína – tecido), umidade, endoparasitas e partículas (melena, muco, arenosas). Importante: Partículasmaiores do que 0,8 cm nas fezes significam que a fibra é indigerível; Muco nas fezes: sinal de inflamação ou motilidade retardada (tempo de trânsito intestinal aumentado); Colite pode resultar em diarreia, principalmente no pós-operatório; Fezes ressecadas com muco (geralmente fétidas): motilidade retardada. HIDRATAÇÃO DOS EQUINOS Relação desidratação x sistema digestório O sistema digestório tem um papel importante na absorção de água e eletrólitos. Nos equinos, a absorção ocorre no intestino grosso, sobretudo no ceco. 2/3 da água corporal passa diariamente pelo IG. Exemplo: um equino com 400 kg, quantos litros de água passa pelo IG? Resolução: 60% do peso corporal é água e 65% dessa água passa pelo IG 60% do peso corporal = 240 L de água corporal x 0,65 (65%) = 156 L de água no IG. A maior parte desse volume de água é secretado no ID junto a eletrólitos e absorvida pelo ceco em menor quantidade no cólon maior. Portanto, se o cavalo tiver um problema no sistema digestório que dificulte/diminua ou cesse essa absorção, em 24h o animal entra em choque hipovolêmico. Variáveis afetadas na desidratação: 1) Coloração da mucosa, viscosidade, brilho e TPC. Exemplo: desidratação mucosa seca; 2) Mucosa do globo ocular é mais precisa. Exemplo: endoftalmia (globo ocular fora da órbita e colado na conjuntiva) indica desidratação. o Coloração da mucosa (gengiva) Mucosa hipocorada com halo cianótico/endotoxêmico é um dos sinais de choque séptico ou endotoxemia nos cavalos (quadros extremamente graves) A cor azulada/arroxeada é devido à hipóxia (hipoperfusão). Causas: processo inflamatório ou infeccioso. Outra forma de observar endotoxemia no equino é através do hemograma, que indica basofilia citoplasmática (cor mais intensa e com vacúolos) Sinal patognomônico. o Avaliação da cavidade oral Úlceras, erosões, uremia (lesões), lesões na língua, palato, dentes e gengiva. Os equinos têm susceptibilidade para lesões renais, por isso, quando ocorre algum processo como desidratação intensa e lesões renais significativas, os compostos nitrogenados começam a acumular no sangue, e isso gera lesões nas mucosas. Importante: Embora a língua seja extremamente sensível, possui um epitélio que se cicatriza rapidamente; As lesões resultam em menor consumo de alimento; Azotemia (exame laboratorial). A presença de pontas de esmalte dentário é comum nos equinos devido a mordida inclinada e gera feridas na língua e na bochecha (mucosa vestibular). Nos dentes inferiores, a ocorrência dessas pontas lesa a língua. Já nos dentes superiores as pontas ficam em contato com a bochecha. Animal que mastiga de maneira inadequada, por exemplo devido a lesões na cavidade oral, é mais susceptível à cólica. Sonda nasogástrica O primeiro objetivo da sondagem nasogástrica é a descompressão gástrica através da eliminação de gases e, com isso, atua como analgésico, aliviando a dor e evitando a ruptura gástrica. Além disso: Confirma uma obstrução de esôfago; Útil para administrar medicações; Útil para drenar líquido no interior do estômago (casos de refluxo); Importante: Sabe-se que está no esôfago ao sentir a resistência que este proporciona após a deglutição do animal; A utilização da sonda nasogástrica no equino com cólica tem múltiplos objetivos, e pode servir para a descompressão gástrica e diminuir a dor, como meio auxiliar de diagnóstico e via de tratamento; Ao aproximar-se da marca da glote, deve-se assoprar a sonda com a intenção de promover a deglutição e, simultaneamente, introduzir a sonda. Pode-se também esperar pela deglutição espontânea do animal para introduzir a sonda. Auscultação dos intestinos Lado esquerdo: cólon menor (fossa paralombar), intestino delgado, cólon maior dorsal e ventral esquerdos, flexura pélvica (usualmente não é palpável, pois fica localizada em região mais ventral quando ocorrem alterações como compactação intensa, se torna mais dorsal e palpável); Lado direito: ceco (ausculta das descargas ileocecais: 2 a 5 descargas em 5 minutos), cólon maior dorsal e ventral direitos. Importante: delgado e cólon possuem frequência de 4 a 10 movimentos/minuto. PRÁTICA Importante: Na fase inicial de uma obstrução intestinal haverá hipermotilidade cranial a obstrução na tentativa de empurrar o corpo estranho. A realização de força levará a rápida exaustão da víscera, e consequentemente, hipomotilidade. Na maioria das vezes, os animais com processos inflamatórios e infecciosos já chegam ao hospital com hipomotilidade ou ausência de motilidade intestinal. Fezes Expressam o grau de hidratação (70% corresponde a água em um animal saudável). Normalmente possuem odor não repugnante (ausência de proteína) e formato de síbala (as fibras vegetais nas síbalas normais devem ter em média 3 mm de comprimento). Alterações Distensão abdominal: indica problema no intestino grosso; Refluxo: caracteriza problema no intestino delgado. INTRODUÇÃO Ruminare (latim): mastigar mais de uma vez; Segurança: escapar dos predadores, não mastigando os alimentos; Importante: conhecer a anatomia topográfica e microscópica e fisiologia da espécie Alimentação adequada. Vantagens da fermentação no início do TGI: favorece a maior utilização dos nutrientes. Conjunto de órgãos responsáveis Capitação, digestão e absorção. Importante: A utilização de concentrado visando o menor uso de volumoso visa aumentar a eficiência produtiva do animal com economia, já que se utiliza menor quantidade de ração (carboidratos fermentáveis e baixo índice de umidade: alta MS, energia e nutrientes) quando comparado a quantidade de capim necessária para promover o mesmo ganho e produção. Apesar do desenvolvimento papilar promovido, a grande utilização de concentrado aumenta a incidência de processos de acidose, pois os animais produzem mais ácidos graxos voláteis do que a capacidade de absorção pela parede ruminal, o que favorece seu acúmulo e redução do pH ruminal, com consequente morte das bactérias da flora normal. É composto pelo tubo digestório Boca, esôfago, rúmen, retículo, omaso, abomaso, intestinos, reto e ânus. Além de glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. ANATOMIA TOPOGRÁFICA Lado direito Intestinos, abomaso, omaso. Lado esquerdo Rúmen e retículo, bolsa omental, baço, parte do intestino, reto e ânus. Anatomia macroscópica Rúmen: papilas – Importante: animal que não come concentrado possui papilas menores e mais claras; Omaso: “folhas”; Abomaso: “favos-de-mel”. MECANISMO DE PROTEÇÃO BEZERROS LACTENTES Goteira esofágica – leite vai do esôfago direto para o abomaso; Acidez do conteúdo do abomaso – formação de coágulo de leite; Fatores de proteção da mucosa do abomaso contra autodigestão e infecção (muco, bicarbonato, prostaglandinas); Permeabilidade da mucosa intestinal – maior após o nascimento, favorecendo a absorção de imunoglobulinas (responsáveis por quase 100% da imunidade passiva); Equilíbrio entre a flora sacarolítica e proteolítica do IG. Importante: Doenças que estão ocorrendo com maior frequência em bezerros: úlceras ruminais, deslocamento de abomaso e ruminite. Exemplo bezerro com úlcera na região do piloro e presença de tricobezoar (bolas de pelo): A presença de bolas de pelo no rúmen se deve a lambedura excessiva pelo animal, que pode ocorrer nos casos de estresse (excesso de moscas), feridas ou dor (úlcera gástrica). Para ser ingerido o leite precisa ir para o abomaso via goteira esofágica, onde formará um coágulo a partir do pH ácido, forma pela qual será digerido. O principal estímulo que faz com que o leite passe pela goteira é a temperatura do mesmo, que deve estar morno. Além disso, quando se utiliza produtos alcalinizantes (hidratação com bicarbonato), o pH maior impede a formaçãode coágulo e faz com que o leite fermente no abomaso, levando a acúmulo de gás. A pressão pelo maior ganho de peso dos bezerros em menor tempo, visando um desmame mais rápido para maior economia, levou a aumento do uso de concentrado na dieta de bezerros, o que favorece quadros de acidose ruminal e úlceras gástricas. MECANISMO DE PROTEÇÃO NOS RUMINANTES Barreira mucosa nos proventrículos – impede a absorção de bactérias e protozoários provenientes do trato e quadros de bacteremia A acidose lesa essa barreira; Sistema de regulação do pH no conteúdo reticuloruminal – controlado via saliva (bicarbonato); SEMIOLOGIA SISTEMA DIGESTIVO DE RUMINANTES Decomposição de substância tóxicas pela flora ruminal; Sistema de eructação – elimina o excesso de gás produzido na fermentação; Função de filtragem no orifício reticulomasal – partículas maiores do que o orifício não passam e retornam a boca para serem remastigadas Contração bifásica: uma que devolve as partículas grandes para o rúmen e boca, e outra que empurra o mesmo para o omaso Quando há substâncias estranhas (arames, pregos, madeira etc.) favorecem a perfuração da parede do retículo. ANAMNESE Perguntas: Queixa principal; Tipo de alimento; Quantidade de alimento; Natureza do alimento; Composição da ração (onde é formulada? onde é armazenada? de onde vem os ingredientes? como é feita a conservação dos mesmos? mudou alguma coisa?); Quantidade de leite ingerida (refeição/dia); Utiliza substituto do leite? (tipo e quantidade) – sucedâneo de qualidade! (produtos ruins não apresentam boa quantidade de proteína do leite, causando diarreia e distúrbios de flora); Houve mudança recente na alimentação? – Exemplo: retirada do tamponante (bicarbonato), maior quantidade de concentrado, composição do sal mineral (atrativo e limitante). Importante: animais que comem cama e terra podem estar indicando deficiência de minerais como fósforo (urina vermelha) e sódio. Importante: A quantidade de ração depende da quantidade de produção e a adaptação da vaca a dieta. Se houver excesso de carboidratos e/ou não adaptação o animal pode desenvolver acidose (excesso e acúmulo de ácidos graxos voláteis) Consequências: pH urinário baixo e fezes amolecidas (sinais de acidose ruminal), sola dupla, hematoma de sola, lesão na parede, ruminite química, problemas de casco, queda de produção. A utilização de gordura protegida é uma alternativa: passa direto no rúmen e fornece alta quantidade de energia. EXAME CLÍNICO GERAL Apetite, ingestão de alimentos, sede, ingestão de líquidos, ruminação, eructação, timpanismo, regurgitação ou vômito e defecação (muco, estrias de sangue, amolecidas (indicam acidose). Importante: geralmente as alterações relacionadas a acidose aparecem no aparelho locomotor dos animais (laminite). EXAME ESPECÍFICO De acordo com a passagem de alimento pelo tubo digestivo: Boca-Faringe-Esôfago-Rúmen-Retículo-Omaso- Abomaso-Intestino; Fígado-Cavidade abdominal- Parede abdominal; amostras do alimento; líquido ruminal; sangue; e, fezes. Exemplos de lesões: Boca: língua de pau (Actinobacilose); Esôfago: lacerações, lesões e obstruções por corpo estranho; Rúmen: lesões de nervo vago (neurológicas) Indigestão vagal (para o abomaso, que pode se deslocar, fazendo com que o rúmen fique cheio de gás livre e, além disso, pode ocorrer a formação de eletrólitos por compactação; Retículo: reticulite traumática (ruptura), reticulopericardite traumática (corpos estranhos); Abomaso: deslocamento, úlceras; Intestinos: enterólito, compactação. Avaliação da alimentação Tipo de alimentação; Quantidade; Consistência – ideal é que a dieta seja misturada; Composição; Composição percentual da ração – até 60% da MS; Teor necessário de nutrientes (MS, proteína, carboidratos, lipídios); Macroelementos (Ca, Mg, Na, K, P, Cl e S); Microelementos (Fe, Cu, Co, Se, Mn, Mo e Zn); Quantidade mínima de partículas fibrosas/volumosas; Teor de fibra bruta: Gado de engorda – 12%; Gado de leite – 18%. Bezerros: quantidade, qualidade, forma de aleitamento, preparo (aquecimento). Observar Ingestão de alimento, ingestão de água, ruminação e eructação. Fome x Apetite Fome: necessidade de alimento; Apetite: desejo por alimento. Avaliação do apetite Anamnese e inspeção: tipo de alimento (avaliar as pastagens), forma de preparo, forma de administração e frequência; Oferecer diversos alimentos; Observar normorexia e alterações no apetite (aumentado, diminuído ou depravado (relacionado a deficiências, como a de fósforo (osteofagia – relacionada ao Botulismo) ou doenças, como a Raiva); Polifagia (animal come em maior quantidade): Fisiológico – reparação de perdas; Patológico – parasitismo; Inapetência ou anorexia: Aparente – animal tem fome, mas não consegue se alimentar; Real – animal não tem fome. Apetite depravado, parorexia, alotriofagia ou pica (animal começa a ingerir objetos não digestíveis): Osteofagia – relacionada ao Botulismo; Infantofagia – ingestão das crias mortas ou não (muito relacionada a Raiva); Fitofagia; Pilofagia/Tricofagia – plantas não comestíveis; Pterofagia; Xilofagia, lignofagia – ingestão de madeira; Geofagia; Aerogafia; Coprofagia. Ingestão de alimentos Observação em local habitual; Comparar com os demais; Apreensão; Mastigação: Fragmentação; Superficial; Mastigação lenta; Mastigação vazia e persistente (bruxismo). Deglutição: Observado do lado esquerdo do pescoço; Salivação – 100 a 200L de saliva/dia (ingestão de água: 50-100 mL/kg/dia); Ânsia de vômito; Gemidos – ingestão crônica de samambaia leva a carcinomas de esôfago (dor); Tosse; Acúmulo de alimento nas bochechas e faringe (mascas); Queda de alimento da boca das narinas. Sede Varia de acordo com o clima – climas temperados: 50-80 L/dia; Aumento do consumo: alta produção, diarreia, febre e IR; Comparar com os outros animais do rebanho; Avaliar consumo (fechar o bebedouro) – oferecer água em balde. o Ingestão de água Varia de acordo com temperatura ambiente (época do ano), espécie animal, tipo de trabalho, idade e quantidade de água presente nos alimentos. Avaliar: Oferecer água de boa qualidade no balde para verificar a quantidade ingerida. Importante: em touros com argola há dificuldades; Adaptação; Distúrbios da deglutição (escoamento da boca); Doenças dolorosas da cavidade oral (muito volume de uma só vez); Não fornecer água de má qualidade (salobra, contaminação por esterco etc.); Hidrofobia – relacionada a distúrbios neurológicos; Normodipsia; Polidipsia; Adipsia. Preensão dos alimentos Varia de acordo com a espécie: Equinos, ovinos e caprinos – lábios e línguas favorecendo maior seletividade dos alimentos; Bovinos – utilizam apenas a língua, o que favorece menor seletividade e maior incidência de ingestão de objetos estranhos. Mastigação Importância; Herbívoros (trituram) x Carnívoros (rasgam); Idade – desgaste dos dentes molares devido ao movimento temporomandibular. Deglutição Processo de levar o alimento da boca até o rúmen via faringe-laringe-esôfago. Divisão: Tempo bucal – tempo de mastigação, processamento e movimentação do alimento no interior da boca. Na ruminação é maior do que na preensão e mastigação; Tempo faríngeo; Tempo esofágico – deficiência locomotora (neurológica) ou lesão na parede. Importante: os tempos faríngeo e esofágico são curtos e quando estão aumentados indicam disfunção motora ou lesão na parede desses órgãos. o Alterações Disfagia – dificuldade de deglutição; Anorexia Odinofagia – dor durante a deglutição. Trajeto dos alimentos e líquidos deglutidos(bezerros) Saudável Leite direto para o abomaso; Fechamento da goteira esofágica – muito relacionado a temperatura; Contato do líquido com receptores na faringe; Ingestão voluntária; Influências externas e internar; Não fechamento da goteira esofágica Leite para o rúmen; Reflexo da goteira esofágica diminui no início da ingestão de alimentos sólidos – diminui com a idade, mas as vezes observa-se animais mais velhos/novilhas mamando em vacas e esse leite vai para abomaso Não fecha a goteira porque não parou de fazer a sucção. Com a parada de sucção essa goteira vai atrofiando e se fecha. Ruminação Início em 2-3 semanas de idade; Processo indispensável para Processo digestivo nos proventrículos; Redução do pH do rúmen; Indicativo de grau de bem-estar animal; Valor prognóstico; Deve ser avaliada em ambiente tranquilo e com paciência. o Avaliação Início de 30 a 60 minutos após a alimentação; Varia de acordo com a dieta; 4-24 ciclos de 10-60 minutos (até 7 horas/dias); Número de bolos: 360-790/dia; Tamanho: 80-120 gramas; Movimentos mastigatórios: 40-70/min. o Padrão de movimento ruminal Avaliar ao longo do dia: Regularidade; Início tardio; Número ou duração reduzidos; Tempo de mastigação (reduzido/aumentado); Mastigação superficial, interrompida ou ausente; Perda do bolo; Ruminação vazia. Eructação Descarga audível de gases; Vital para os ruminantes; Eructam 600L/dia. o Pré-requisitos Presença de gás livre Estimulação de receptores na proximidade do cárdia Cárdia livre (conteúdo alimentar líquido e sólido) Contração do saco ruminal dorsal Relaxamento do cárdia Esôfago apto a funcionar Eructação. o Estratificação do rúmen Gás, fibras mais longas, líquido e alimentos sólidos no fundo. Importante: na regurgitação ocorre contração do saco ventral do rúmen para subir o alimento e promover o retorno de partículas maiores. o Frequência depende da alimentação 15-20/hora; Na alimentação verde é maior (60-90/hora). o Causas de deficiência na eructação Estenose e obstrução do esôfago; Timpanismo espumosos; Reticuloperitonite/pericardite – aderência compromete o nervo vago; Timpanismo espumoso; Distúrbio de inervação. Regurgitação x Vômito Fenômeno raro; Sinais: animal inquieto, recua e geme com a cabeça estendida muitas vezes com a língua projetada para fora da boca; Repentinamente líquido jorra pela boca e narinas (5-20 litros); Avaliação do conteúdo. Vômito Conteúdo proveniente dos proventrículos; Consistência líquida ou pastosa; Componentes reduzidos com cor e odor característicos de conteúdo ruminal. Regurgitação Conteúdo proveniente do esôfago – muitas vezes volta pelas narinas; Misturados com saliva; Bolos de ração mal mastigados (frescos); Misturados com sangue, pus ou fragmentos de tecido. Defecação 10-20 vezes/dia; Adultos 30-50 kg/dia; Consistência pastosa; Dorso levemente arqueado, cauda levemente levantada. Importante: o escore de fezes ideal (barulho de “palma” sem se espalhar quando cai no chão) é importante para avaliação de alterações metabólicas (acidose). o Alterações Tenesmo; Sintomas de cólica; Acúmulo de fezes no reto; Cauda constantemente levantada: inflamação do reto; Processo doloroso na cavidade pélvica – decorrente de parto ou trauma); Cauda flácida: paralisia de ânus, algesia de ânus; Ausência completa de defecação: paresia grave do omaso, cólica biliar, obstrução gastrointestinal; Paralisia intestinal (íleo paralítico); Defecação frequente com fezes líquidas (jato curvado) em todo rebanho: inflamação do abomaso e intestino (relacionado a alimentação); Presença de parasitas; Presença de infecção (bezerros); Diarreia secundária a algum tipo de lesão/inflamação. o Após a defecção, observar: Sucção de ar, pressão para expelir ar, irritações do reto (acúmulo de ar mostra flacidez) e irritações do sistema genital feminino. Cavidade oral e faringe Evitar manipular a boca de animal com suspeita de raiva, pois mesmo estando de luva, os dentes podem cortar ali e como a língua é áspero, pode rasgar a luva. Lembrando que a saliva é o maior condutor do vírus. o Avaliação Inspeção; Palpação externa; Palpação interna (sedação); Avaliação do odor. Inspeção e palpação externa Ptialismo (salivação em abundância): falha na deglutição X Produção aumentada o Observar salivação Volume; Viscosidade; Cor. Presença de alimento, sangue, pus, tecido etc. na saliva Importante: buscar o motivo da salivação Observar se tem obstrução esofágica, o pH (deve ser alcalino) pH 7,9 -8,6. o Alterações Aumento de volume; Lesões em bochecha, mandíbula e espaço mandibular; Edema, flegmão, gangrena gasosa, abcesso e tumefação óssea; Ferida com comunicação Importante: queixo volumoso indica actinobacilose (língua de pau). Olhos bem fundos, animal desidratado, magro Animal problemático. Inspeção e palpação interna Afastamento da língua Instrumentos – abridor de boca; Presença de alimento ou ferida. o Alterações no Odor; Avaliação das mucosas; Dentes; Língua. Retículo Principais afecções: RETICULITES, que levam a deposição de fibrina e aderência Redução da movimentação ruminal Compactação Compressão do nervo vago e indigestão vagal; Dor na região do reticulo: Animal com arqueamento de dorso e membros abertos. Realizar testes dolorosos: de beliscamento, esforço em rampa (descendo), teste do bastão (levantar a vaca por baixo), percussão dolorosa Métodos não dolorosos: ferroscopia (detector de metais), imã, raio-X (não tem penetração suficiente em vaca) e ultrassom. Rúmen Estratificação ruminal: parte mais digerida (partículas menores) embaixo - fibra mais grosseira (meio) - gás (cima) Som timpânico Não adianta percutir, a menos que tenha abcesso; Auscultação (som de trovoada – auscultar por 5 minutos para quantificar os movimentos) e percussão. o Timpanismo Espumoso: primário; Gasoso: secundário. o Coleta de líquido ruminal (exame complementar) Sonda de coleta é introduzida de forma oral, pois não cabe no nariz. Deve-se utilizar guia de sonda para vaca não morder. Além disso possui um filtro na ponta para segurar as partículas de alimento e puxar apenas líquido. Fazer análise do líquido com pHmetro. O pH varia de acordo com a dieta do animal, para animais a pasto gira em torno de 7, para animais que recebem concentrado é mais baixo (5,5 – limite máximo). Primeiro fica azulado. Normalmente as bactérias consomem esse azul de metileno, por isso fica verde novamente. pH mais elevado (alcalino) pode indicar intoxicação por ureia, enquanto pH mais baixo (ácido) indica acidose e deve ser corrigido com o fornecimento de bicarbonato. o Teste a campo Utilização de azul de metileno (3 gotas) Se não ficar verde: significa que a flora está comprometida. o Microscopia Presença de protozoários (pequenos, médios e grandes). Os grandes tendem a morrem primeiro. Se houver morte excessiva da flora deve-se fazer transfloração (retirada do líquido de outro animal para colocação via sonda). Omaso Fica em posição quase que central na cavidade abdominal, do lado direito e acima do abomaso; Tem como auscultar, puncionar, percutir? Não! Identificação de alterações avaliação através da rumenotomia ou laparotomia exploratórias Abomaso Identificação de alterações através do rúmen, pois quando ele está repleto pode significar deficiência na válvula reticulomasal; Piloro torcido leva a isquemia e alcalose metabólica, pois todo o cloreto proveniente do ácido clorídrico fica preso no abomaso; Auscultação: som de liquido mexendo – abcesso com produção de gás também pode dar som metálico. o Deslocamento Acúmulo de gáse som fica metálico), torção e úlcera de abomaso; Deslocamento de abomaso a esquerda: origem hipocalcemia ou fermentação excessiva (pH normal: 5 a 6) Acúmulo de gás e dilatação (tem gás por cima e conteúdo em baixo) Quadro de hipocloremia, hiponatremia e hipocalcemia Deve-se utilizar catárticos e laxantes pra dilatação ou abrir para voltá-lo a posição normal. Intestinos delgado e grosso Percussão é pouco importante Realizar auscultação e palpação para avaliar motilidade. Ceco Lado direito, som timpânico. Reto Análise das fezes: coloração, odor, composição. PRÁTICA
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