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G R A D U A Ç Ã O
ME. FERNANDA GOMES LODI
Aromaterapia e 
Cromoterapia
Híbrido
GRADUAÇÃO
Aromaterapia e 
Cromoterapia
Me. Fernanda Gomes Lodi
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; GOMES, Fernanda. 
 
 Aromaterapia e Cromoterapia. Fernanda Gomes Lodi. 
 Maringá-PR.: Unicesumar, 2020. 
 136 p.
“Graduação - Híbridos”.
 
 1. Aromaterapia. 2. Cromoterapia. 3. Terapia 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-2121-9
CDD - 22 ed. 613
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos Santos 
Moraes.
Designer Educacional Janaina de Souza Pontes.
Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Erica 
Fernanda Ortega.
Editoração André Morais de Freitas.
Ilustração Welington Vainer Satin de Oliveira.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro da Silva e César 
Henrique Seidel
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite; Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza 
Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; 
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel 
F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos 
Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria 
Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão 
do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de 
Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais 
Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto 
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães 
Cripaldi; Fotos Shutterstock 
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a)! Você está iniciando a disciplina de Aro-
materapia e Cromoterapia, a qual trará o embasamento necessário para 
que, como futuro profissional da saúde, entenda o seu paciente de forma 
holística e utilize tratamentos integrativos e complementares, de forma 
isolada ou associando a outros recursos, em sua prática clínica.
Para isso, na Unidade 1, você começará entendendo o conceito de prin-
cípios ativos naturais, essências sintéticas e óleos essenciais; em seguida, 
conhecerá o universo dos Óleos Vegetais e, ao final, os principais óleos 
essenciaisda atualidade.
Na Unidade 2, estudará o conceito e a origem do termo “aromatera-
pia” bem como sua relação com os óleos essenciais e quais estruturas 
do corpo estão envolvidas na relação dos cheiros com os resultados em 
tratamentos clínicos. 
Para aplicar os óleos essenciais em protocolos de tratamento, na Uni-
dade 3, você conhecerá quais as principais técnicas de aplicação e como 
elas devem ser realizadas.
Na Unidade 4, você conhecerá a cromoterapia; verá sua aplicação na 
história, qual a definição e a importância da Luz e das Cores para agregá-
-lo em seus tratamentos, sendo abordado as sete cores do espectro solar, 
os chakras e a sua relação com estas cores; por fim, como aplicá-las em 
benefício e de seus clientes em tratamentos.
Todo este conteúdo te tornará um profissional melhor, capaz de ofe-
recer a cura e o entendimento que seu paciente necessita, com destaque 
entre os colegas de profissão por trazer sempre um diferencial para sua 
prática clínica.
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Fernanda Gomes Lodi
Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (2016-2017), especialista 
em Docência no Ensino Superior pela Unicesumar (2013-2014), graduada em Enfermagem 
pela Universidade Estadual de Maringá (2010-2013). Especialista em Biomedicina Estética, 
com Ênfase em Procedimentos Invasivos pela UniCesumar (2018-2019).
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/7966317517847247.
http://lattes.cnpq.br/7966317517847247
Óleos Essenciais, 
Vegetais e Essências 
Sintéticas
13
Aromaterapia
45
Técnicas de 
Aplicação dos 
Óleos Essenciais
69
Cromoterapia
101
60 Mecanismo Olfativo
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
Me. Fernanda Gomes Lodi
• Conhecer a definição de princípio ativo natural e de óleo 
essencial e apresentar o surgimento e a evolução dos 
óleos essenciais na história.
• Entender a diferença entre essências sintéticas e óleos 
essenciais.
• Apresentar a definição do termo óleo vegetal, conhecer 
sua composição química e biológica e as especificações 
exigidas no momento da escolha.
• Compreender a natureza funcional dos óleos essenciais e 
apresentar os mais comuns da atualidade e suas funções.
Óleos Essenciais
Essências Sintéticas Conhecendo os Óleos 
Essenciais
Óleos Vegetais
Óleos Essenciais, Vegetais 
e Essências Sintéticas
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Óleos
Essenciais
Olá, aluno(a)! Sei que muitos alunos já se apropriam 
dos vários benefícios que os óleos essenciais trazem 
para a melhora da qualidade de vida dos que estão à 
sua volta, mas é aqui que iniciaremos o estudo sobre 
os óleos essenciais e a aromaterapia, em nosso curso.
Nesta unidade, serão abordadas algumas de-
finições que te auxiliarão na compreensão deste 
tema. Você entenderá o que são princípios ativos 
naturais para, então, conhecer os óleos essenciais 
e sua origem histórica, bem como a definição de 
essências sintéticas, para quê são usadas e qual a 
importância de se conhecer o nome científico das 
plantas e a natureza dos óleos essenciais.
Exploraremos, ainda, o universo dos Óleos Ve-
getais: o que são, qual a diferença em relação aos 
óleos essenciais, para que são usados e como rea-
lizar a melhor escolha de acordo com a finalidade 
e, finalmente, você terá acesso aos principais óleos 
essenciais da atualidade, que são utilizados em di-
versos tratamentos clínicos.
Para iniciarmos os nossos estudos sobre os óleos 
essenciais, começaremos com o conhecimento 
sobre os princípios ativos naturais, pois, segundo 
Fernando Amaral (2016, p. 1) “Óleo Essencial é um 
Princípio Ativo Natural”.
15UNIDADE 1
Princípio Ativo Natural
Princípio ativo natural é toda substância que pode ser extraída e 
isolada de plantas medicinais com propriedades terapêuticas, cienti-
ficamente comprovadas. É possível detectar vários princípios ativos 
em uma mesma planta. Por exemplo, na calêndula, encontram-se 
taninos, flavonoides e saponinas; na malva, os óleos essenciais e os 
flavonoides (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010). 
Existem vários grupos, subgrupos e classes de princípios ativos 
naturais conhecidos e estudados pela ciência chamada farmacogno-
sia. Entretanto, na Tabela 1, estão apresentados os principais grupos 
e suas substâncias para um melhor entendimento por você, futuro 
profissional da saúde e bem-estar. 
Tabela 1 - Princípios Ativos Naturais Mais Comuns
GRUPO GENERALIDADE ILUSTRATIVA CONHECIMENTO POPULAR
Alcaloides Atividade ligada ao sistema nervoso Cafeína, Nicotina
Taninos Precipitação de Proteínas, tratamentos em mucosas Barbatimão, Hamamélis
Quinona Atividade Laxante, desintoxicante, estimulante Sene, cáscara-sagrada, ruibarbo
Flavonoides Atividade ligada ao sistema vascular, metabolismo gasoso Cítricos, Ginko, maracujá
Mucilagens Capacidade de retenção e transferência de água Babosa, plantas suculentas
Glucosídeos Transferência de energia para processos metabólicos Maioria das plantas medicinais
Saponinas Atividade detergente resistente a ácidos minerais diluídos Calêndula, quilaia, alcaçuz
Óleos Vegetais Atividade protetora e umectante Amêndoa doce, semente de uva, girassol
Óleos Essenciais Antissépticos, cicatrizantes, metabólicos, fungicidas, neurossupressores
Lavanda, eucalipto, alecrim, 
citronela
Fonte: adaptada de Amaral (2016).
16 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Agora que já foi descrito a qual grupo de princípio ativo natural 
pertencem alguns óleos essenciais, facilitando a nossa prática clí-
nica, por meio do conhecimento das características químicas e da 
ação farmacológica pelo qual um óleo é conhecido e pelos efeitos 
terapêuticos, vamos conhecer um pouco mais sobre suas caracte-
rísticas e especificidades.
O que São Óleos Essenciais?
Óleo Essencial é todo grupo de princípio ativo natural, de poder 
volátil e fragrância variável, proveniente de folhas, flores, caule, 
talos, haste, pecíolo, casca, raízes ou outros elementos produzidos 
por praticamente todas as plantas (AMARAL, 2016; CORAZZA, 
2010; FERRAZ, 2019).
Figura 1 - Frascos com exemplos de plantas de onde podem ser extraídos óleos essenciais. Da esquerda para a direita: 
Hortelã, Camomila, Lavanda, Manjericão, Alecrim.
17UNIDADE 1
Elas são constituídas por centenas de substâncias 
químicas, como álcoois, aldeídos, ésteres, fenóis 
e hidrocarbonetos e são chamados de voláteis, 
refringentes, etéreos ou essenciais, por que eva-
poram quando expostos ao ar, com temperaturas 
normais (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010).
O óleo essencial participa de várias atividades 
importantes para a vitalidade da espécie vegetal de 
onde é extraído, garantindo vantagens adaptativas 
no meio em que estão inseridos, por exemplo na 
defesa contra o frio e predadores, no metabolismo, 
na regeneração, na atração de polinizadores, no 
controle hídrico, na proteção e na conservação da 
planta (MIRANDA et al., 2016).
Caracteristicamente, possuem odores pró-
prios, têm densidade, em geral, menor que a 
da água, alto índice de refração, são sensíveis 
à luz e ao ar, a maioria é opticamente ativa, 
são relativamente fluidos (podendo se soli-
dificar a temperaturas mais baixas) e, quanto 
à coloração, variam de totalmente incolores 
a fortemente dourados, passando por nuances 
esverdeadas, âmbares e amareladas, como os óleos 
essenciais de patchouli, laranja e zimbro (AMA-
RAL, 2016; CORAZZA, 2010; FERRAZ, 2019; 
PRICE, 1996).
Gostaria de reforçar que óleos essências são 
apenas as substâncias naturais que se formam 
dentro das plantas. Quando cópias desses óleos 
são feitas em laboratórios, estas são chamadas 
de essências e podem ser identificadas com o 
nome da planta da qual se extraiu o óleo essen-
cial original.
Sendo assim, somente os óleos essenciais na-
turais, que atendam a determinados critérios de 
qualidade, têm funcionalidade para a aplicação 
terapêutica. As essências não possuem tal fun-
cionalidade, podendo ser utilizadas apenas como 
agente de perfumação de produtos dehigiene pes-
soal, perfumes e saneantes.
Pecíolo é a parte estreita que liga o limbo de uma folha ao caule ou haste, perto do qual se alarga, 
muitas vezes, em uma bainha.
Âmbares/Cor âmbar é uma cor laranja-amarelo que recebeu seu nome devido ao material conhecido 
como âmbar. Este, apesar de ser chamado de pedra, é uma resina fossilizada de árvores de 50 milhões 
de anos, proveniente de uma grande variedade de pinheiros (o pinus succinites) que desapareceram 
há milênios de anos da superfície da terra.
Fontes: Dicio ([2019], on-line)1 e Âmbar Báltico ([2019], on-line)2.
18 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Um pouco de História
Uso de ervas em defumações e 
incenso e uso dos unguentos
O uso de ervas, incenso e unguentos durou até o ano 1000. Essa 
época era o momento em que as técnicas de destilação começaram a 
se desenvolver. Por isso, o homem não conhecia o óleo essencial na 
forma líquida, tampouco puro, como conhecemos hoje. Acredita-se 
que todas as referências feitas a óleos, unções e óleos essenciais eram, 
na verdade, menções a extratos oleosos ou alcoólicos de fermen-
tados, como o álcool de vinho, sendo, portanto, mais de extratos 
aromáticos do que óleos essenciais.
Durante todo esse período, os recursos utilizados por sacerdotes 
ou líderes religiosos eram 100% naturais. O que nos mostra que a 
busca pela ação dos princípios ativos dos óleos essenciais, como 
utilizamos hoje, vem desde o início das civilizações (AMARAL, 
2016; FERRAZ, 2019).
Óleos essenciais, álcool, perfumes e elixires
O segundo período do conhecimento dos óleos essenciais come-
çou por volta do ano 1000 d.C., quando a humanidade aprende a 
destilar (Figura 2). De acordo com os principais relatos, a destilação 
marcou o início de um novo conhecimento para a humanidade, 
e o protagonista desse evento tão importante foi Avicena (980-
1037), um polímata árabe, que ficou conhecido como o pai da 
destilação a vapor.
Esse período foi muito importante, pois os óleos essenciais se 
posicionaram e participaram efetivamente da vida moderna, aju-
dando, entre outras coisas, a desenvolver produtos de consumo que 
não existiam, como os perfumes e os cosméticos, assim como os 
produtos de higiene pessoal. 
Para entender melhor a história dos óleos essenciais, que se desenvolveu em con-
junto com a história do perfume e da aromaterapia, vamos dividi-la em três grandes 
momentos: uso de ervas em defumações e Incenso e Uso dos Unguentos; Óleos 
Essenciais, Álcool, Perfumes e Elixires; e Óleos Essenciais, Farmacologia e Química.
19UNIDADE 1
Óleos essenciais, 
farmacologia e química
O terceiro e último período teve início em meados 
de 1900 e se mantém até os dias atuais.
Alguns pesquisadores tiveram um papel muito 
importante no desenvolvimento e na formação 
industrial dos óleos essenciais, por exemplo os 
doutores René Gateffossé (Francês), Paolo Rovesti 
(Italiano) e Arthur Penfold (Australiano).
Esse desenvolvimento é constante e, mesmo no 
cenário atual, com modernidades nas indústrias 
químicas e farmacêuticas, na facilidade de acesso 
a informações e ao mundo virtual e com a neces-
sidade de viver melhor, o óleo essencial continua 
sendo uma novidade e grande fonte de inovações 
(AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010; FERRAZ, 
2019; PRICE, 1996).Figura 2 - Alambique antigo, utilizado para a destilação
Polímata é a pessoa que conhece ou estudou muitas ciências; cujo conhecimento não está restrito 
a um único âmbito científico. Possui um vasto conhecimento em muitas áreas.
Fonte: Dicio ([2019], on-line)3.
https://www.dicio.com.br/polimata/
20 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Essências 
Sintéticas
Como visto anteriormente, os óleos essenciais são 
princípios ativos naturais, extraídos diretamen-
te das plantas. As essências sintéticas, por outro 
lado, são uma sintetização de derivados do pe-
tróleo e dos componentes encontrados nos óleos 
essenciais originais, que não possuem o mesmo 
processo de formação e nem sua complexidade 
(AMARAL, 2016; FERRAZ, 2019).
As essências sintéticas são amplamente uti-
lizadas na indústria de perfume, cosméticos e 
saneantes (substâncias utilizadas para a higieni-
zação e desinfecção de ambientes e no tratamento 
de água), o que torna seu preço um pouco mais 
acessível que o dos óleos essenciais que, devido à 
forma de extração, encarece o produto. 
21UNIDADE 1
O objetivo da utilização de uma essência, na 
produção de algumas substâncias, é apenas o de 
perfumar, sem a pretensão de qualquer atividade 
farmacológica e terapêutica, ficando sua utilização 
restrita à aromatização de ambientes ou outras 
perfumações (AMARAL, 2016; FERRAZ, 2019).
Quando comparados quimicamente, os óleos 
essenciais possuem mais componentes que a es-
sência, e a diferença não está só na estrutura quí-
mica, mas também na orgânica, sendo os óleos 
essenciais imbatíveis em sua capacidade de co-
municação com organismos vivos (AMARAL, 
2016; FERRAZ, 2019).
Para exemplificar, observe a Tabela 2. Nela, 
estão expostas as diferenças na quantidade de 
componentes do Óleo Essencial de Lavanda e da 
Essência do mesmo perfume. 
Tabela 2 – Diferença na estrutura química entre óleos es-
senciais e essências
Componentes do 
Óleo Essencial de 
Lavanda
Componentes 
da Essência de 
Lavanda
• Ésteres
• Álcoois terpênicos
• Monoterpenos
• Sesquiterpenos
• Cetonas
• Cumarinas
• Ácidos
• Aldeídos
• Óxidos
• Elementos traços
• Ésteres
• Álcoois terpênicos
 
Fonte: Amaral (2016, p. 20).
Figura 3 – Aromatizador de ambientes com essência de lavanda
Por fim, deixo uma dica importante para sua vida e futura prática clínica: sabendo 
que os óleos essenciais têm afinidades com as células dos seres humanos, enquan-
to as essências não têm, e que substâncias sintéticas em tratamentos podem gerar 
resultados distorcidos, utilizem os dois com muito cuidado e sempre respeitando a 
indicação de cada um.
22 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Óleos 
Vegetais
Alguns tratamentos com óleos essenciais con-
sistem na aplicação destes na pele do paciente. 
Para essas técnicas, é preciso que o óleo essencial 
esteja associado a uma substância, chamada de 
base. Neste sentido, os óleos vegetais são bases 
importantes, pois possuem uma afinidade natural 
com o tecido cutâneo.
23UNIDADE 1
Figura 4 – Frascos com diferentes tipos de óleo vegetal
O que São Óleos Vegetais?
Os óleos vegetais são substâncias ricas em ácidos 
graxos, vitaminas e nutrientes como, por exemplo, 
os sais minerais. Eles são provenientes de plan-
tas oleaginosas, podendo ser extraídos por meio 
da técnica de prensagem a frio de grãos, como o 
milho e a soja; de castanhas, como a castanha-
-do-pará, o coco e a amêndoa doce; de sementes, 
como o gergelim, o girassol e a semente de uva; 
e de frutos, como a azeitona, o abacate e o argan 
(AMARAL, 2016).
Eles são capazes de promover maciez e umec-
tação da pele, pois penetram de forma rápida, leve 
e suave, além de auxiliar na manutenção da hidra-
tação natural e reduzir a velocidade da desidrata-
ção, diminuindo a perda de água transdérmica da 
pele (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010). 
Quando aplicados, são absorvidos de forma 
integral, pois se aderem e se misturam aos lipídeos 
produzidos pela pele, sem deixá-la oleosa, como 
ocorre quando se aplica um óleo mineral, que é 
mais oclusivo e impermeabilizante.
A maioria dos pacientes apresenta uma boa 
aceitação com a utilização dos óleos vegetais em 
tratamentos de Saúde e Bem-estar, por exemplo 
massagens corporais, massagem nos pés, trata-
mentos faciais e capilares etc.; no entanto, de um 
modo geral, acredita-se que a aplicação de óleos 
na pele e nos cabelos aumenta a oleosidade, o que 
prejudica sua aceitação por parte de algumas pes-
soas.
Essa informação não é verdadeira quando se 
trata da utilização de óleos vegetais puros, pois 
eles se integram rapidamente ao manto hidro-
lipídico, contribuindo para o controle da perda 
de água transdérmica e para o fornecimento de 
ácidos graxos como fontede energia para o meio 
celular, sem causar oclusão dos poros e, conse-
quentemente, sem deixar a pele (ou cabelo) oleosa.
Ao contrário dos óleos vegetais, quando apli-
camos óleos minerais, o paciente sente a sensação 
de excesso de oleosidade, isto porque estes óleos 
são semioclusivos, fechando os poros e evitando 
a penetração de água; daí sua utilização em bebês, 
nas trocas de fraldas.
24 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Na associação dos óleos essenciais com os 
óleos vegetais, eles se misturam imediatamente, 
sem a necessidade da utilização de um agente 
emulgador ou homogeneizador. Se a aplicação 
for na pele, os óleos essenciais se fixam nos óleos 
vegetais, sendo liberados lentamente para o sis-
tema cutâneo do indivíduo.
Convém lembrar que, em formulações cos-
méticas, para massagens e tratamentos diversos, 
a concentração de óleos essenciais no óleo vegetal 
não deve ultrapassar 2%, e nestas combinações, os 
óleos vegetais recebem o nome de óleos carreado-
res ou óleos bases (AMARAL, 2016).
Visto isso, vamos conhecer as composições dos 
óleos vegetais e, em seguida, quais os critérios para 
que você faça escolha do melhor óleo vegetal para 
os tratamentos de seus clientes.
Composição dos Óleos Vegetais
Os óleos vegetais são também conhecidos como triacilgliceróis 
(triglicérides, triacilglicerídeo, triacilglicérido), que é o seu nome 
químico, e como óleos vegetais ou gorduras animais, que são seus 
nomes populares (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010; PRICE, 
1996). 
Eles pertencem à classe dos lipídeos e são formados por um 
glicerol e três ácidos graxos iguais ou diferentes, formando um tipo 
particular de éster (o triacilglicerol), conforme se observa na Figura 
5 (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010; PRICE, 1996).
H
H
H C OH
H O
H O C R1
H
H
H C O C R1
O
H C O C R2
O
H C O C R3
O
H O C R2
O
H O C R3
H C OH
H C OH
+
Glicerol
Ác. Graxos Triglicerídeos
Figura 5 - Uma molécula de glicerol, três moléculas de ácidos graxos e uma molécula de triglicerídeo
Fonte: a autora.
https://www.nutricaoproteica.com.br/editorial/66/gorduras
25UNIDADE 1
O glicerol é o componente comum em quase todos os óleos fixos, 
e o que estabelece a diferença entre eles é a natureza dos ácidos 
graxos que ele contém. Ele é um líquido viscoso incolor e inodoro, 
e seu nome é derivado da palavra grega glykos, que significa “doce”.
Sua importância no contexto dos óleos vegetais vem do fato 
de ser um dos precursores dos triglicerídeos – que são uma for-
ma lipídica especializada no armazenamento de energia – e dos 
fosfolipídeos – que são os principais constituintes das membranas 
biológicas das células e organelas. Ele pode ser, ainda, utilizado na 
formação da glicose e fornecimento de energia para o metabolismo 
celular (AMARAL, 2016). 
Os ácidos graxos são compostos orgânicos pouco solúveis em 
água, produzidos quando ocorre a quebra das gorduras, sendo tam-
bém considerados fonte de energia para as células.
Eles se dividem em saturados, monoinsaturados e poli-insatu-
rados, na qual os poli-insaturados (ácidos graxos essenciais) são os 
mais indicados como parte da dieta alimentar, pois conferem ao or-
ganismo uma série de benefícios, sendo chamados de “gorduras boas”.
Como Escolher os 
Óleos Vegetais
Para a escolha do melhor óleo vegetal, você, futuro 
profissional da saúde, precisa conhecer algumas 
características e especificações destes produtos e, 
em seguida, basear-se em dois critérios principais:
1. O tipo de pele e sua condição: lesada, sau-
dável, irritada, envelhecida, oleosa, lisa, po-
rosa, ressecada etc.
2. O tipo de tratamento: modelador, desli-
zante, penetrante, relaxante, hidratante, 
umectante etc. (AMARAL, 2016). 
Seguindo estes passos, você obterá os melhores 
resultados nos tratamentos propostos, garantindo 
a excelência de seu trabalho e, principalmente, a 
satisfação dos seus clientes.
Agora, vamos conhecer um pouco melhor as 
propriedades estruturais e singulares dos óleos 
vegetais que facilitarão seu reconhecimento e es-
colha.
É importante compreender que os óleos vege-
tais são compostos por substâncias que o corpo 
humano produz e por outras que ele não é capaz 
de produzir, e que existe uma grande semelhança 
na estrutura química dos óleos vegetais, deixando 
a impressão, ao toque, de que são muito parecidos 
e podem ser aplicados todos da mesma maneira, 
mas isto não é verdade (AMARAL, 2016; CO-
RAZZA, 2010).
Cada um apresenta teores de ácidos graxos, 
vitaminas e características únicas e, graças ao 
desenvolvimento tecnológico atual, nós conse-
guimos utilizar óleos vegetais de alta qualidade.
De acordo com Amaral (2016), no Brasil, po-
de-se adquirir óleos vegetais puros e de qualidade 
internacional, sendo estes encontrados em reven-
dedores especializados.
Ainda assim, para que o profissional tenha 
certeza da procedência e qualidade do óleo ve-
getal, ele deve identificar algumas normas e es-
pecificações. Estas estão apresentadas no rótulo 
do produto e serão detalhadas a seguir.
26 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Nome comercial ou nome popular
Trata-se do nome da planta ou parte da planta que fornece o óleo 
vegetal, por exemplo, óleo de coco, óleo de abacate, óleo de semente 
de uva etc. Apenas essa nomenclatura não define se o produto é 
realmente natural, se contêm substâncias químicas ou se a planta 
realmente é da espécie desejada; para obter essa informação com 
exatidão, é necessário buscar, no rótulo, o nome científico da planta 
e também o INCI name (International Nomenclature of Cosme-
tic Ingredient), caso contrário, ele não é puro (AMARAL, 2016; 
FERRAZ, 2019).
Nome científico
Nome apresentado no rótulo de um produto quando ele é de ori-
gem vegetal, por exemplo, Vitis vinifera, que é o nome científico 
do óleo da semente de uva (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010; 
FERRAZ, 2019). 
INCI name (International Nomenclature 
of Cosmetic Ingredient)
É a padronização e organização internacional de ingredientes cos-
méticos de forma segura e simplificada, facilitando a identificação 
de qualquer componente de uma formulação proveniente de qual-
quer país (AMARAL, 2016). 
27UNIDADE 1
Código CAS (Chemical Abstract Service)
São os números de registro designados às substâncias de maneira 
sequencial, à medida que estas são colocadas na Base de Dados do 
CAS. Assim, cada número de registro é um identificador numérico 
único que designa apenas uma substância e não possui nenhum 
significado químico (AMARAL, 2016). 
A tabela, a seguir, apresenta os principais óleos vegetais do mer-
cado e suas especificações e propriedades terapêuticas. O intuito é 
introduzi-lo ao conhecimento e à escolha correta do óleo vegetal 
que será usado como base de óleos essenciais ou de forma pura em 
alguns tratamentos.
28 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
ÓLEOS VEGETAIS INCI Name Código CAS Composição natural principal Ações epropriedades
ÓLEO DE 
ARGAN
Argania spinosa
299184-75-1
Cabelos: caspa, 
seborreia, queda, dar 
brilho, melhorar a 
densidade e 
flexibilidade dos fios, 
blindagem de escamas 
capilares, hidratação, 
umectação, resistência 
e força.
Face: rugas, manchas, 
asperezas, 
ressecamentos, 
hidratação e proteção.
Corpo: aplicação com 
outros óleos corporais 
como o de girassol, 
amêndoas doces e 
semente de uva.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): hidratação, 
regeneração, 
umectação, proteção.
Ácidos graxos 
monoinsaturados 
e poli-insaturados
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Argania Spinosa 
Karnel Oil
Hidratação
Regeneração
Umectação
Proteção
ÓLEO DE
AMÊNDOAS DOCES
Prunus amygdalus dulcis
8007-69-0
Cabelos: pontas 
ressecadas, hidratação. 
Face: área faial total, 
rugas, manchas, 
asperezas, ressecamentos, 
hidratação, umectação, 
drenagem linfática, 
nutrição, vitalização, base 
universal para uso dos 
óleos essenciais.
Corpo: penetração 
média, drenagem 
linfática, ultrassom, 
endermoterapia, alta 
frequência, massagem 
hidratante,maciez, 
hidratação, umectação, 
hipoalergênico, 
antiestrias, flexibilidade, 
tônus e proteção.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): Hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção.
Ácidos graxos
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Vitaminas A, B1, 
B6 e E
Prunus Amygdalus 
Dulcis Oil
Hidratação
Umectação
ÓLEO DE
GÉRMEN DE TRIGO
Triticum vulgare
68917-73-7
Cabelos: seco, com 
psoríase, couro cabeludo 
ressecado, pontas 
ressecadas, melhora a 
densidade da haste.
Face: hidratação profunda, 
umectação, fortalecimento, 
rosácea, vasos sanguíneos, 
drenagem linfática, rugas, 
flacidez, tônus, nutrição e 
reposição dos ácidos 
graxos. 
Corpo: pernas, celulite, 
circulação, sola dos pés, 
palma das mãos, cotovelos, 
joelhos, unhas, inflamação, 
frieira, dores, ressecamen-
tos, escamações, eczemas, 
irritações, varizes, 
recuperação, vitamina E.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): Hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção, frieiras e 
rachaduras.
Ácidos graxos
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Vitaminas A, B1, B2, 
B3, B6 e F
Minerais A, CL, Co, 
Cu, Fe, K, Mg, Mn, 
Na, S, Si e Zn
Triticum Vulgare 
Germ Oil
Hidratação
Umectação
ÓLEO DE
ABACATE
Persea gratíssima
8024-32-6
Cabelos: caspa, 
seborreia, queda, dar 
brilho, melhorar a 
densidade e flexibilidade 
dos fios, blindagem de 
escamas capilares, 
fortalecimento, 
hidratação e nutrição.
Face: rugas, manchas, 
asperezas, 
ressecamentos, 
hidratação, umectação, 
drenagem linfática, 
nutrição e vitalização.
Corpo: penetração rápida, 
drenagem linfática, 
ultrassom, 
endermoterapia, alta 
frequência, massagem 
hidratante, maciez e 
umectação.
Pés e mãos: Hidratação 
leve e reflexologia podal.
Ácidos graxos
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Vitaminas: A, B1, B2 
e D. Minerais: K, P, 
Mg, S, Ca, Na e Cu
Persea 
Gratissima Oil
Maciez
Umectação
Hidratação
ÓLEO DE
COPAÍBA
Copaifera officinalis
8001-61-4
Cabelos: inflamação, 
couro cabeludo, psoríase, 
seborreia.
Face: pequenas áreas 
faciais, lábios, inflamações, 
furos de brinco, herpes, 
ressecamentos, rugas, 
manchas, asperezas, 
hidratação, umectação, 
regeneração, cicatrização, 
tonificação, proteção.
Corpo: áreas pequenas do 
corpo, cotovelos, joelhos, 
unhas, inflamação, frieira 
nos pés, ressecamentos, 
escamações, eczemas, 
irritações, tendinites, 
tensão nervosa, picada de 
inseto. 
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): Hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção, frieiras, micoses, 
inflamações.
Ácidos graxos
Ácido palmítico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Copaifera 
Officinalis Resin
Anti-inflamatória
Analgésica
Hidratação
INDICAÇÕES
29UNIDADE 1
ÓLEO DE
JOJOBA
Simmondsia chinensis
61789-91-1
Cabelos: couro 
cabeludo, caspa, 
seborreia, queda de 
cabelo, dar brilho, 
melhorar a densidade e 
flexibilidade dos fios, 
blindagem de escamas 
capilares, fortalecimento 
das pontas e maciez.
Face: áreas pequenas da 
face, rugas, manchas, 
asperezas, 
ressecamentos, 
hidratação, proteção, 
acne, drenagem, lábios.
Corpo: aplicado 
associado a outros óleos 
corporais como de 
abacate, amêndoas 
doces, semente de uva, 
girassol.
Pés e mãos: hidratação.
Ácidos graxos
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Simmondsia 
Chinensis Seed Oil
Hidratação
Umectação
Desobstrução
Limpeza
ÓLEO DE ROSA
MOSQUETA WNF
Rosa rubiginosa
84603-93-0
Cabelos: inflamação, couro 
cabeludo, psoríase, cicatrização, 
pontas quebradiças, 
ressecamento.
Face: pequenas áreas faciais, 
lábios, inflamações, furos de 
brinco, herpes, ressecamentos, 
rugas, manchas, asperezas, 
hidratação, umectação, 
regeneração, cicatrização, 
tonificação, proteção, 
demaquilante, pós-cirúrgico, 
queimadura, eczema e feridas.
Corpo: pequenas áreas, 
cotovelos, joelhos, unhas, 
inflamação, dores, ressecamen-
tos, escamações, eczemas, 
irritações, tendinites, tensão 
nervosa, picada de inseto, 
cortes, cicatrizes, pós-cirúrgico, 
queimadura, feridas.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção, frieiras, micoses, 
inflamação, cicatrização, unhas 
quebradiças e ressecadas.
Ácidos graxos
Ácido láurico
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido eicosanóico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Rosa Rubiginosa 
Seed Oil
Regeneração
Hidratação
Cicatrização
ÓLEO DE
GIRASSOL
Helianthus annuus
8001-21-6
Cabelos: pontas ressecadas, 
pontas duplas, hidratação.
Face: área facial total, rugas, 
manchas, asperezas, 
ressecamentos, hidratação, 
umectação, nutrição, 
vitalização, base universal para 
uso dos óleos essenciais, 
manobras intensas, base nas 
terapias ayurvédicas.
Corpo: penetração lenta, 
ultrassom, endermoterapia, 
alta frequência, massagem 
hidratante, maciez, hidratação, 
umectação, base universal 
para uso de óleos essenciais, 
hipoalergênico, antiestrias, 
flexibilidade, tônus, proteção, 
modeladora, escaras, pés ou 
mãos ressecadas.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção, frieiras e rachaduras.
Ácidos graxos
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido lignocérico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido eicosanóico
Ácido erúcico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Helianthus 
Annuus Seed Oil
Umectação
Proteção
Regeneração
Nutrição e hidratação
ÓLEO DE
MACADÂMIA
Macadamia ternifolia
128497-20-1
Cabelos: dar brilho, 
melhorar a densidade da 
haste capilar, flexibilidade 
dos fios, blindagem de 
escamas capilares, 
fortalecimento das pontas, 
maciez e hidratação.
Face: áreas pequenas da 
face, rugas, manchas, 
asperezas, ressecamentos, 
hidratação, proteção, acne, 
drenagem, lábios, 
anti-aging, flacidez, 
umectação, hipoalergêni-
co, alta penetração.
Corpo: alta penetração, 
maciez, flexibilidade, 
massagem relaxante, 
massagem detox, 
drenagem linfática. 
Pés e mãos: hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção, frieiras, 
rachaduras.
Ácidos graxos
Ácido láurico
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido eicosanóico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Vitaminas B1, B2 e B3
Minerais K, Ca, Mg, P, 
Fe, Zn
Macadamia 
Ternifolia Seed Oil
Hidratação
Umectação
Conservação
Proteção
ÓLEO DE
SEMENTE DE UVA
Vitis vinifera
8024-22-4
Cabelos: pontas ressecadas, 
hidratação.
Face: área facial total, rugas, 
manchas, asperezas, 
ressecamentos, hidratação, 
umectação, drenagem 
linfática, nutrição, 
vitalização, base universal 
para uso dos óleos 
essenciais, flexibilidade.
Corpo: penetração 
média/rápida, drenagem 
linfática, ultrassom, 
endermoterapia, alta 
frequência, massagem 
hidratante, maciez, 
hidratação, umectação, base 
universal para uso de óleos 
essenciais, flexibilidade.
Pés e mãos (unhas e 
cutículas): Hidratação, 
regeneração, umectação, 
proteção.
Ácidos graxos
Ácido mirístico
Ácido palmítico
Ácido esteárico
Ácido araquídico
Ácido behênico
Ácido palmitoleico
Ácido oleico
Ácido linoleico
Ácido linolênico
Vitamina E
Vitis Vinífera 
Seed Oil
Regeneração
Hidratação e umectação
Hipoalergênico 
Flexibilidade
INDICAÇÕES
Infográfico 1 - Nomes, conceitos, composição natural e principais indicações dos óleos vegetais
Fonte: adaptado de Amaral (2016).
30 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Principais Diferenças entre Óleos 
Essenciais e Óleos Vegetais
Umectação: ocorre pela utilização de substâncias capazes de absorver água do ambiente, reter 
água da formulação do cosmético e reter a água que está sendo perdida pela camada córnea. Essas 
substâncias umectantes não permeiam a camada córnea.
Psoríase: é uma doença crônica que afeta apele com períodos de exacerbação e remissão. É de 
causa desconhecida e está relacionada à baixa imunidade e fatores genéticos. Existem vários tipos 
de psoríase, contudo, a mais comum se apresenta por placas eritematosas, descamativas e o indi-
víduo pode apresentar prurido.
Seborreia: é o aumento do fluxo sebáceo no folículo piloso de origem genética ou hormonal, princi-
palmente a testosterona, que aumenta o volume das glândulas sebáceas. Na apresentação clínica, 
os poros se encontram dilatados e podem estar presentes em lesões pustulosas (características da 
hiperplasia da glândula sebácea). As regiões mais afetadas são a face e o couro cabeludo.
Eczema ou Dermatite: é uma doença inflamatória crônica da pele, intensamente pruriginosa, que 
acomete todas as faixas etárias, porém é mais comum na infância. Quanto às lesões, na fase aguda 
predominam pápulas eritematosas, vesiculação com exsudato seroso, erosão e escoriações tipo 
crosta. Na fase crônica, observam-se placas descamativas espessas e liquenificação.
Fontes: Borges e Scorza (2016); Clinica Médica (2016).
Figura 6 – Óleo essencial e Óleo vegetal de capim-limão (capim-cidreira)
Para finalizar este tópico, serão 
apresentadas algumas diferen-
ças dos óleos essenciais e ve-
getais. Qualquer um dos dois, 
como já visto anteriormente, 
são produzidos por plantas e 
não se misturam em água. No 
entanto, apesar dessa seme-
lhança básica, existem muitas 
diferenças naturais entre ambos.
A Tabela 3, a seguir, apre-
senta algumas funções, carac-
terísticas e finalidades dos óleos 
essenciais e vegetais.
Estude-a com muita aten-
ção, pois estas informações 
são primordiais para sua apli-
cação prática.
31UNIDADE 1
Tabela 3 - Funções, características e finalidades dos óleos essenciais e dos óleos vegetais
CONCEITOS GERAIS ÓLEO VEGETAL ÓLEO ESSENCIAL
Ácidos Graxos Sim Não
Afinidade com a pele Fisiológica Metabólica
Aplicação em cosmético Até 30% da fórmula Até 2% da fórmula
Aplicação média no corpo 10 ml / aplicação 8 gotas / aplicação
Armazenagem Frasco âmbar, pet ou vidro Franco âmbar vidro
Aroma Óleo de cozinha Aroma da planta
Atividade Base Princípio ativo
Capilaridade Boa Maior
Conservação Necessita de antioxidante Autoconservante
Contaminação Sim Não
Deslizamento Alto Baixo
Durabilidade sem conservante 3 anos Imperecível
Emoliente Sim Não
Espalhabilidade Boa Menor
Hidratante Sim Não
Misturam em água Não Não
Misturam-se entre si Sim Sim
Natureza física Óleo fixo Etérea
Preço Menor Maior
Puro sobre a pele Sim Não, com raras exceções
Solúvel em álcool Não Sim
Termo resistência Alta Baixa
Umectante Sim Não
Volatilidade Não Sim
Fonte: adaptado de Amaral (2016).
32 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Cada óleo essencial possui suas propriedades te-
rapêuticas, sendo assim, como um profissional 
promotor da saúde, devemos conhecer bem o re-
curso que está em nossas mãos associado com um 
anamnese detalhado de nosso paciente/cliente, 
para não cometermos erros simples, tais como 
aplicar um óleo indicado para dores de cabeça 
em um indivíduo com esta queixa, mas que não 
gosta do aroma da planta.
Conhecendo os 
Óleos Essenciais
33UNIDADE 1
A Importância da Nomenclatura Botânica das Plantas 
Aromáticas para a Aplicação Correta dos Óleos Essenciais 
Anteriormente, vimos que, para a correta identificação dos óleos vegetais e para atestar sua pureza, 
devemos atentar-nos com o nome científico da sua planta de origem e também o INCI name presentes 
no rótulo (AMARAL, 2016; FERRAZ, 2019). 
Para os óleos essenciais não é diferente, pois é por meio da taxonomia e da nomenclatura botânica 
das plantas aromáticas (seu nome científico) que conseguimos identificar as propriedades terapêuticas 
de cada óleo essencial de forma individual.
A nomenclatura popular dos óleos essenciais possui muitos sinônimos, que acabam confundindo 
os usuários e trazem insegurança na aplicação. Além disso, duas plantas do mesmo gênero podem 
produzir óleos essenciais diferentes. Por isso, é importante conhecermos o nome científico da espécie 
de uma planta que nada mais é do que a junção do seu gênero seguido de um único epíteto específico.
Por exemplo:
EUCALYPTUS (gênero) + GLOBULUS (epíteto) = Eucalyptus globulus.
EUCALYPTUS (gênero) + RADIATA (epíteto) = Eucalyptus radiata.
Note que, apesar de serem do 
mesmo gênero, são espécies 
diferentes e, portanto, podem 
produzir óleos essenciais dife-
rentes com propriedades tera-
pêuticas diferentes (AMARAL, 
2016; FERRAZ, 2019).
Outro exemplo muito im-
portante é o da Lavanda. Ela 
é uma planta encontrada em 
quintais do Brasil e também 
cultivada na França; no entanto, 
a primeira é rica em substâncias 
estimulantes do Sistema Nervo-
so Central (SNC), enquanto a 
segunda é rica em substâncias 
sedativas do SNC:
• Lavanda cultivada no Brasil: LAVANDULA (gênero) + 
DENTATA (epíteto) = Lavandula dentata. Seu óleo essen-
cial é rico em substâncias estimulantes do SNC.
• Lavanda cultivada na França: LAVANDULA (gênero) + AN-
GUSTIFOLIA (epíteto) = Lavandula angustifólia. Seu óleo 
essencial é rico em substâncias sedativas do SNC.
Existem inúmeros exemplos, por isso reforço que os interessados 
que pretendam trabalhar com os óleos essenciais devem buscar mais 
informações e aprofundar-se no estudo de cada um (AMARAL, 
2016; FERRAZ, 2019).
Não é possível garantir que um óleo essencial seja eficaz em um 
tratamento se ele não estiver enquadrado no padrão da literatura 
internacional que indica o seu uso.
É necessário evitar, a qualquer custo, a aquisição de óleos es-
senciais sem o nome científico da planta de origem (informação 
que deve ser apresentada no rótulo), pois só assim você conseguirá 
classificar corretamente seu óleo para utilização.
34 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
Principais Óleos 
Essenciais da Atualidade
Agora que você conheceu um pouco sobre a história dos óleos essenciais, suas características, as princi-
pais diferenças com essências sintéticas e óleos vegetais, será apresentado os principais óleos essenciais 
da atualidade e suas indicações terapêuticas. Vamos lá?
A mistura de dois ou mais óleos essenciais resulta em um blend ou sinergia.
Fonte: Amaral (2016, p. 24).
Tabela 4 - Óleos essenciais de A a Z 
Óleo Essencial
Nome 
Botânico 
(Científico)
Propriedades / 
Ações
Usos / Indicações 
Terapêuticas
Frase que 
representa o óleo
ALECRIM Rosmarinus officinalis
- Tônico;
- Estimulante;
- Atua no sistema 
circulatório.
- Pernas;
- Celulite;
- Pressão baixa;
- Fraqueza;
- Queda de Cabelo;
- Caspa;
- Transformação;
- Autoconfiança;
- Decisão.
Alecrim é ação, 
movimento e 
mudança.
CEDRO Juniperus virginiana
- Protetor;
- Fortalecedor;
- Atua no sistema 
circulatório;
- Antisséptico.
- Varizes;
- Hemorroida;
- Celulite;
- Queda de Cabelo;
- Caspa;
- Acne;
- Contra traças e 
insetos;
- Meditação.
Cedro é solidez, 
purificação e 
integridade.
CIPRESTE Cupressus sempervirens
- Tônico;
- Adstringente;
- Atua no sistema 
circulatório;
- Antisséptico aéreo;
- Antigripal;
- Purificador.
- Pernas;
- Celulite;
- Hemorroida;
- Edema;
- Tendinite;
- Dores;
- Reumatismo;
- Gengivite.
Cipreste é limpeza, 
expansão, rigidez e 
fortalecimento.
35UNIDADE 1
CITRONELA Cymbopogon nardus
- Anti-infeccioso;
- Bactericida;
- Espasmolítico;
- Antisséptico aéreo;
- Fungicida.
- Repelente;
- Artrite;
- Dores;
- Reumatismo;
- Sinusite;
- Congestão nasal.
O óleo de citronela 
simboliza o verão, o 
pôr do Sol, aquele fim 
de tarde agradável nos 
climas tropicais.
CRAVO FOLHA Eugenia caryophyllus
- Anestésico local;
- Analgésico;
- Antisséptico;
- Viricida;
- Fungicida.
- Tratamentos dentários;
- Gengiva;
- Dores;
- Artrite;
- Reumatismo;
- Verrugas;
- Fungos.
Cravo é força e 
recuperação física, 
atitude e confiança 
emocional.
EUCALIPTO Eucalyptus globulus
- Mucolítico;
- Expectorante;
- Descongestionante.
- Melhorar e expandir a 
respiração;
- Rinite;
- Sinusite;
- Gripo;
- Resfriado;
- Congestão nasal;
- Sauna. 
Eucaliptoé liberdade, 
é expansão, ele renova 
a energia e mantém o 
olho aberto com foco 
na vida.
ERVA-DOCE Foeniculum vulgare
- Espasmolítico;
- Galactogênico;
- Regulador e 
facilitador da 
produção de 
hormônios 
(mulheres);
- Emenagogo.
- Sistema digestivo;
- Flatulência;
- Dispepsia;
- Gastralgia;
- Parasitose;
- Dispneia nervosa;
- Asma;
 -Bronquite;
- Dores lombares;
- Dores Estomacais;
- Cólica.
Erva-Doce é carinho, 
paz e equilíbrio. Ela 
ajuda a encontrar o 
conforto e o prazer 
físico e emocional.
GERÂNIO Pelargonium graveolens
- Clareador;
- Rejuvenescedor;
- Anti-idade;
- Homogeneizador;
- Hidratante;
- Antidepressivo.
- Rugas;
- Manchas;
- Hidratação;
- Ressecamento;
- Maciez;
- Limpeza;
- Envolvimento;
- Maturidade;
- Menopausa;
- Agitação;
-Ansiedade;
- Eczema;
- Depressão;
- Medo;
- Situações de perda e 
luto. 
Gerânio é a 
maturidade feminina, 
alinhada, nobre e 
sofisticada.
36 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
GRAPEFRUIT
Citrus grandis, 
Citrus máxima, 
Citrus paradise
- Lipolítico;
- Antidepressivo;
- Revigorante;
- Digestivo;
- Diurético;
- Desintoxicante;
- Enrijecedor.
- Celulite;
- Tônus;
- Detox;
- Gordura localizada;
- Flacidez;
- Sistema linfático;
Inapetência;
- Depressão;
- Acne;
- Oleosidade;
- Convalescença;
- Circulação.
Grapefruit é energia 
pura, tem afinidade 
com o sol, com o 
verão, com a vitalidade 
e saúde.
LARANJA DOCE Citrus aurantium dulcis
- Lipolítico;
- Desintoxicante;
- Antidepressivo;
- Antisséptico;
- Hipotensor;
- Emoliente;
- Adstringente.
- Sistema digestivo;
- Celulite;
- Tônus;
- Detox;
- Gordura localizada;
- Flacidez;
- Sistema linfático;
Inapetência;
- Depressão;
- Acne;
- Oleosidade;
- Manchas;
- Medo;
- Equilíbrio;
- Convalescença;
- Circulação.
O óleo de Laranja 
Doce é leveza, doçura 
infantil que conquista 
a alegria e a felicidade 
brincando.
LAVANDA
Lavandula 
augustifolia, 
Lavandula 
officinalis, 
Lavandula vera.
- Antisséptico;
- Cicatrizante;
- Regenerador 
Celular;
- Calmante;
- Tranquilizante;
- Relaxante muscular.
- Estresse;
- Insônia;
- Tensão nervosa e 
muscular;
- Cólicas;
- Dores;
- Inflamações;
- Queimaduras;
- Assaduras;
- Cortes;
- Feridas;
- Pancadas;
- Coceiras;
- Eczemas;
- Úlceras;
- Harmonização;
- Relaxamento;
- Repouso.
Lavanda é o colo da 
mãe num abraço 
harmonioso, 
incondicional, afetivo e 
carinhoso. É cuidar, é 
limpar.
37UNIDADE 1
LEMONGRASS
Cymbopogon 
schoenanthus, 
Cymbopogon 
citratus
- Lipolítico;
- Diurético;
- Desintoxicante;
- Tônico Digestivo;
- Vasodilatador;
- Antiviral;
- Lipolítico;
- Desinfetante;
- Repelente;
- Equilibrante.
- Oleosidade;
- Celulite;
- Equilíbrio;
- Criatividade;
- Memória;
- Concentração;
- Raciocínio;
- Purificação;
- Renovação.
Lemongrass é 
atitude, é trabalho, é 
transformação pelo 
conhecimento.
MELALEUCA (TEA 
TREE)
Melaleuca 
alternifolia
- Antisséptico;
- Antiviral;
- Fungicida;
- Parasiticida;
- Bactericida;
- Germicida;
- Cicatrizante;
- Vermífugo;
- Hipotérmico;
- Regenerador;
- Estimulante.
- Sistema Imunológico;
- Caspa;
- Seborreia;
- Candidíase;
- Onicomicose;
- Analgesia;
- Acne;
- Oleosidade;
 - Calos;
- Frieiras; 
- Fungos. 
O óleo de Melaleuca é 
a regeneração, a volta 
ao estado natural da 
saúde.
MENTA Mentha piperita
- Adelgaçante;
- Refrescante;
- Constritor;
- Analgésico;
- Hipotérmico;
- Anti-inflamatório;
- Cefálico;
- Bactericida.
- Flatulência;
 - Repelente de 
mosquito;
- Vômito;
- Enjôo;
- Náusea;
- Enxaqueca;
- Cansaço;
- Inchaço;
- Dor de cabeça;
- Halitose.
O óleo de Menta é 
a compactação, a 
renovação da energia, 
o frio refrescante e 
renovador.
PALMAROSA WNF Cymbopogon martini
- Emoliente;
- Clareador;
- Tônico para a pele;
- Flexibilizante;
- Antirrugas;
- Antiflacidez;
- Hidratante.
- Face;
- Rugas;
- Manchas;
- Ressecamento;
- Maciez;
- Limpeza;
- Envolvimento;
- Maturidade;
- Menopausa;
- Agitação;
- Ansiedade;
- Flacidez.
Palmarosa é a 
brisa fortalecedora, 
impregnada de 
esperança e altivez.
38 Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas
 PATCHULI Pogostemon cablin
- Antisséptico;
- Cicatrizante;
- Citofilático;
- Febrífugo;
- Bactericida;
- Fungicida;
- Anti-inflamatório;
- Tônico;
- Calmante;
- Relaxante;
- Afrodisíaco;
- Regenerador;
- Hidratante;
- Umectante.
- Varizes;
- Hemorroida;
- Eczemas;
- Dermatoses 
seborreicas;
- Rachaduras nos pés e 
mãos;
- Escaras;
- Escamações;
- Acne;
- Alergias;
- Parasitoses;
- Alinha o físico e o 
emocional.
O Patchuli é como uma 
película protetora que 
envolve o nosso corpo 
e a nossa alma.
ROSA 
Rosa damascena, 
Rosa centifolia, 
Rosa anatolia
 - Antiaging;
- Antirrugas;
- Homogeneizador;
- Emoliente;
- Clareador.
- Face;
- Rugas;
- Manchas;
- Hidratação;
- Ressecamento;
- Maciez;
- Limpeza;
- Envolvimento;
- Maturidade;
- Menopausa;
- Agitação;
- Ansiedade;
- Eczema;
- Depressão;
- Medo;
- Perda;
- Luto.
Rosa é nobreza, 
delicadeza e poder 
transformador para 
percepção da verdade.
SÂNDALO AMYRIS Amyris Balsamifera
- Hidratante;
- Descongestionante;
- Desintoxicante;
- Flebotônico.
- Face;
- Rugas;
- Manchas;
- Hidratação;
- Ressecamento;
- Maciez;
- Limpeza;
- Envolvimento;
- Maturidade;
- Menopausa;
- Agitação;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Medo;
- Perda;
- Luto.
Sândalo amyris é 
o prazer, a doçura, 
a autoconfiança, 
sentidos de forma 
sólida e profunda.
39UNIDADE 1
TOMILHO Thymus vulgaris
- Antifúngico;
- Antisséptico;
- Cicatrizante;
- Imunoestimulante.
- Onicomicoses;
- Fungos;
- Verruga plantar;
- Calos;
- Acne;
- Furúnculos;
- Estresse; 
- Fadiga;
- Insônia;
- Bronquite;
- Dor de cabeça;
- Amigdalite;
- Tosse;
- Laringite;
- Halitose;
- Sinusite.
Tomilho é desinfecção, 
força que limpa, 
purifica e recupera a 
vitalidade natural. 
YLANG-YLANG Cananga odorata
- Hipotensivo;
- Sedativo;
- Afrodisíaco;
- Emoliente;
- Antidepressivo;
- Euforizante;
- Hipotensivo;
- Sedativo.
- Menopausa;
- Pele ressecada;
- Frigidez;
- Diabetes;
- Palpitação;
- Raiva;
- Hiperpneia;
- Depressão;
- Regular o ciclo 
menstrual;
- TPM.
Ylan-Ylang é uma brisa 
mágica e misteriosa, 
que seduz, atrai e 
envolve. Harmoniza 
quem se entrega a ele.
ZIMBRO (Junípero) Juniperus communis
- Tônico;
- Adstringente;
- Diurético;
- Antisséptico aéreo;
- Antigripal;
- Purificador.
- Sistema circulatório;
- Sistema linfático;
- Edemas;
- Hemorroida;
- Celulite;
- Tendinite;
- Dores;
- Reumatismo.
Zimbro é rigidez, 
força e acerto. Foco 
na objetividade e na 
presença de espírito.
Fonte: elaborada pela autora.
Existem inúmeros outros óleos essenciais tão importantes e conhecidos quanto os apresentados. 
Agora, convido você a buscar esses óleos (nas referências indicadas neste livro) e estudar muito para 
aprofundar-se e especializar-se cada vez mais neste mundo maravilhoso da aromaterapia.
Com isso, chegamos ao fim da nossa primeira unidade. Aqui, você aprendeu um pouco sobre os 
óleos essenciais, óleos vegetais e essências sintéticas. Você obteve uma base teórica para avançarmos 
no conteúdo e aplicarmos as propriedades dos óleos essenciais nos tratamentos clínicos, ou seja, para, 
de fato, utilizarmos a Aromaterapia.
40
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. O Óleo Essencial é todo grupo de princípio ativo natural, de poder volátil e 
fragrância variável, proveniente de partes das plantas. Na espécie vegetal em 
que se encontra, ele participa de várias atividades importantes, por exemplo, o 
metabolismo, a proteção e a conservação.
Diante do exposto e a respeito das características dos óleos essenciais, analise 
as afirmações a seguir:
I) São relativamente fluidos e a maioria é opticamente ativa.
II) Todos têm densidade menor que a da água e coloração preta.
III) Sua coloração é variável e seu índice de refração é alto.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
2. Alguns tratamentos com óleos essenciais consistem na aplicação destes na pele 
do paciente. Para essas técnicas, é preciso que o óleo essencialesteja associado 
a uma substância, chamada de base, como os óleos vegetais.
Diante do exposto e do conteúdo estudado nesta unidade, aponte três carac-
terísticas dos óleos vegetais.
3. No mercado atual, existem inúmeros óleos essenciais disponíveis para tratamen-
tos. Cada um com suas propriedades e indicações terapêuticas específicas. Um 
bom profissional sabe avaliar bem o seu paciente e escolher o óleo essencial 
que melhor se enquadra em suas necessidades.
Diante do exposto e dos conteúdos apresentados nesta unidade, escolha dois 
óleos essenciais e, para cada um, aponte duas propriedades e duas indicações 
terapêuticas.
41
O Guia Completo dos óleos Essenciais. Como usar os óleos essenciais para 
a saúde, a beleza e o bem-estar
Autor: Gill Farrer-Halls
Editora: Pergaminho
Sinopse: nesse livro, a especialista Gill Farrer-Halls ensina você a usufruir de 
todos os benefícios dos óleos extraídos de plantas aromáticas para tranquilizar 
o corpo e a mente, aliviar os males mais comuns e preparar seus próprios cos-
méticos e tratamentos de pele em casa. São 40 receitas passo a passo, como 
creme antienvelhecimento para o rosto, repelente de insetos, tônico capilar e 
receitas culinárias. Um livro indispensável para todos que querem integrar o 
mundo fascinante dos aromas ao dia a dia e ter uma vida mais saudável, natural 
e equilibrada.
LIVRO
42
AMARAL, F. Técnicas de Aplicação de Óleos Essenciais – Terapias de Saúde e Beleza. São Paulo: Cengage 
Learning, 2016.
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em Estética: Conceitos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2016.
CLÍNICA MÉDICA. Alergia e imunologia clínica, doenças da pele, doenças infecciosas e parasitárias. 
2. ed. Barueri: Manole, 2016. Volume 7.
CORAZZA, S. Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros. São Paulo: Editora Senac, 2010.
FERRAZ, A. Guia Completo da Aromaterapia para Iniciantes. Como usar a Aromaterapia para Transformar 
sua Saúde e Equilibrar suas Emoções. Viver de Aromas, on-line. Disponível em: https://viverdearomas.com.
br/wp-content/uploads/2019/10/Guia_completo_da_aromaterapia_para_iniciantes_2019-2_compresso.pdf. 
Acesso em: 05 dez. 2019. 
MIRANDA, C. A. S. F.; CARDOSO, M. das G.; BATISTA, L. R.; RODRIGUES, L. M. A.; FIGUEIREDO, A. C. da 
S. Óleos essenciais de folhas de diversas espécies: propriedades antioxidantes e antibacterianas no crescimento 
espécies patogênicas. Revista Ciência Agronômica, v. 47, n. 1, p. 213-220, 2016.
PRICE, S. Guia Prático da Aromaterapia: Como usar os óleos essenciais para ter saúde e vitalidade. 6. ed. São 
Paulo: Siciliano, 1996.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: https://www.dicio.com.br/peciolo/. Acesso em: 05 dez. 2019.
2Em: https://www.ambarbaltico.com.br/o-que-e-ambar-baltico. Acesso em: 05 dez. 2019.
3Em: https://www.dicio.com.br/polimata/. Acesso em: 05 dez. 2019.
https://www.dicio.com.br/peciolo/
https://www.ambarbaltico.com.br/o-que-e-ambar-baltico
https://www.dicio.com.br/polimata/
43
1. D.
2. 
• Ricos em ácidos graxos;
• Ricos em vitaminas;
• Ricos em nutrientes, como os sais minerais;
• Promovem maciez e umectação na pele;
• Penetram de forma rápida leve e suave na pele;
• Auxiliam na manutenção da hidratação natural da pele;
• Auxiliam na redução da velocidade de desidratação, diminuindo a perda de água transdérmica da pele;
• Não deixam a pele oleosa.
3. Exemplos:
1)
• Óleo essencial: Alecrim.
• Propriedades: tônico e estimulante.
• Indicações terapêuticas: para celulite e para melhorar a autoconfiança do paciente.
2)
• Óleo essencial: Gerânio
• Propriedades: clareador e antidepressivo.
• Indicações terapêuticas: para manchas na pele e para pacientes com depressão.
3)
• Óleo essencial: Melaleuca
• Propriedades: antisséptico e fungicida.
• Indicações terapêuticas: para caspa e fungos.
44
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conhecer a origem e a evolução da aromaterapia na 
história.
• Associar a aromaterapia com o uso dos óleos essenciais 
e entender a definição desse termo.
• Compreender a diferença de aromaterapia e aromacologia.
• Conhecer a ciência chamada osmologia, bem como 
entender a relação do olfato com os sentimentos de 
bem-estar.
• Apresentar as estruturas do nariz e do sistema límbico 
responsáveis pela captação, processamento e resposta 
aos odores. 
A Origem da 
Aromaterapia
Aromaterapia e o Uso 
dos Óleos Essenciais
Osmologia
O OlfatoAromacologia
Me. Fernanda Gomes Lodi
Aromaterapia
A Origem da 
Aromaterapia
Olá, aluno(a)! Agora que você conheceu os óleos 
essenciais e suas propriedades terapêuticas, en-
tenderá um pouco sobre a ciência que utiliza as 
essências para benefício da saúde e bem-estar.
Primeiramente, estudaremos o conceito e a 
origem do termo “aromaterapia”, bem como sua 
relação com os óleos essenciais.
Em seguida, você será apresentado ao estudo 
dos cheiros, ou seja, como nosso corpo se com-
porta com determinados odores, quais estruturas 
estão envolvidas e qual a relação com os resulta-
dos em tratamentos clínicos. 
O uso de substâncias aromáticas para fins te-
rapêuticos e de embelezamento é relatado desde 
muitos anos a.C. Diversas culturas orientais uti-
lizavam plantas, defumação e incensos em seus 
rituais e em sua medicina.
47UNIDADE 2
Inúmeros relatos e dados históricos são encontra-
dos na literatura e, de forma sucinta, serão apre-
sentados a seguir.
Começaremos com indícios do uso destas 
substâncias de, aproximadamente, 7 mil anos a.C., 
em que peças de cerâmica, que seriam utilizadas 
para guardar líquidos e incensórios para a quei-
ma de ervas, foram encontradas nas civilizações 
chamadas de Oriente Próximo (Mesopotâmia, Irã 
e países do Levante, que se estendia da índia ao 
Mar Mediterrâneo) (AMARAL, 2016; ANDREI; 
DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
No período chamado Neolítico (4 mil anos 
a.C.), os homens das tribos cultivavam plantas e 
extraíam óleos graxos vegetais através da pressão 
aplicada por meio de pedras. Nessa época, já era 
conhecida a toxicidade de algumas plantas que 
passaram a ser usadas com cuidado (AMARAL, 
A defumação é o processo de expor alguns tipos de alimentos à fumaça proveniente da queima de 
partes de plantas, com o objetivo de os conservar e modificar o seu sabor.
Fonte: adaptado de Gava, Da Silva e Frias (2008).
2016; ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREI-
RA, 2014).
Anos depois, aproximadamente 3 mil anos a.C., 
estudos demonstram, diversas atividades aromáti-
cas no Antigo Egito. Essas variam desde o uso de 
incensos em rituais até a mumificação – procedi-
mento feito com bandagens contendo substâncias 
provenientes de plantas aromáticas, destinadas 
à conservação do corpo, ou seja, substâncias de 
óleos essenciais que, milhares de anos depois, 
puderam ser identificadas, tamanho seu grande 
poder de conservação (AMARAL, 2016; ANDREI; 
DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
Esta cultura (Figura 1) é descrita como a mais 
aromatizada do passado e foi marcada pelo uso 
de diversas plantas, óleos e resinas – substâncias 
consideradas valiosíssimas e de uso restrito de 
sacerdotes e faraós.
Figura 1 - Representação da cultura egípcia em um mural com hieróglifos e símbolos egípcios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fuma%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o_de_alimentos
48 Aromaterapia
Entre 2551 e 28 a.C., foram datados os primeiros registros sobre o 
uso das ervas na medicina, após o desenvolvimento da técnica de 
fabricação do papiro (AMARAL, 2016; ANDREI; DEL COMUNE, 
2005; FERREIRA, 2014).
Na tumba do faraó Quefén, guardada pela esfinge de Gizé, eram 
realizadas oferendas devocionais de incenso e olíbano. Na tumba 
de Tutancamon (1550-1295 a.C.), foram encontrados óleos aro-
máticos de cedro, coentro, mirra, olíbano e zimbro (ANDREI; DEL 
COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
O olíbano é uma resina aromática usada para ritos religiosos, 
incensos e perfumes. Na Figura 2, podemos observar uma resina 
de olíbano de alta qualidade de Dhofar, Omã e Mirra da Etiópia.Figura 2 - Olíbano
Em meados do século V, os registros referem-se às culturas Gregas, 
Etruscas e Romanas. O uso de aromas nesta época ainda é demons-
trado nas castas nobres e nos rituais religiosos (AMARAL, 2016; 
ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
Aponta-se a presença de incensórios e defumadores em obras de 
arte e na decoração doméstica, assim como vasos e recipientes para 
o armazenamento de unguentos, pomadas, mel e, provavelmente, 
óleos vegetais. Nessa época, materiais como o bronze, a terracota, 
a prata, entre outros aparecem como matéria-prima (AMARAL, 
2016; ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
Até aqui, não se tem relatos de destilação. No entanto, essas in-
formações auxiliam na compreensão de como a cultura do perfume, 
da higiene pessoal, do conhecimento das ervas, da farmácia e da 
medicina foram, aos poucos, sendo desenvolvidas.
49UNIDADE 2
A partir do século VII, na Idade Média, por meio de registros 
das antiguidades Islâmicas, percebemos a evolução dos materiais 
metálicos e, com ela, o surgimento dos destiladores, dando início à 
era do perfume sólido, da fumaça, do unguento e da resina (AMA-
RAL, 2016; ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
A destilação, descoberta por Avicena, como vimos na Unidade 1, 
permitiu chegar aos princípios ativos de forma líquida que, quando 
provenientes de plantas aromáticas, são óleos essenciais; com a as-
sociação destes a outras substâncias, formam os perfumes líquidos 
(AMARAL, 2016; ANDREI; DEL COMUNE, 2005; CORAZZA, 
2010; FERREIRA, 2014).
Não podemos, historicamente, separar o óleo essencial do perfu-
me, como vocês puderam perceber. Um sempre dependeu do outro, 
tanto na busca pelo prazer como em seu entendimento e ligação 
com o comportamento humano. Primeiro, veio Avicena, com a 
extração do óleo essencial mais parecido com o que temos. Em 
seguida, os alquimistas, com a refrigeração dos produtos destilados 
e, por fim, descobriu-se o álcool, dando origem ao perfume líquido.
A palavra perfume tem sua origem no latim “per fumum”, que 
quer dizer “através da fumaça”. Isto porque, desde a antiguidade, o 
homem cultivava plantas e fazia fogo para assar a caça e se aque-
cer, e passou a sentir cheiros à medida que usava o fogo, pois cada 
madeira, cada erva, cada folha ou flor que contenha um pouco de 
óleo essencial em sua estrutura vegetal libera uma névoa aromáti-
ca e duradoura no ambiente quando queimada (AMARAL, 2016; 
ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
Com este longo percurso, finalizando na criação do perfume, 
a humanidade concluía uma de suas etapas na busca pela posse 
do aroma agradável para a manutenção de seu corpo e ambientes.
Seguindo esse caminho do perfume, para chegar aos dias atuais 
e finalizar nosso tour pela história, é importante ressaltar que, por 
volta do ano de 1200, os perfumistas foram reconhecidos como 
profissionais pelo rei Felipe Augusto II, que concedeu licença à 
abertura de locais para a comercialização de essências (AMARAL, 
2016; ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
Em 1492, com a descoberta da América, muitas plantas até en-
tão desconhecidas chegaram à Europa, mas foi apenas no século 
XVII que a perfumaria foi difundida pelo mundo (AMARAL, 2016; 
ANDREI; DEL COMUNE, 2005; FERREIRA, 2014).
50 Aromaterapia
Nesta mesma época, os óleos essenciais caíram em desuso, pois 
devido ao avanço da pesquisa científica, foram substituídos por 
substâncias sintéticas com maior poder de cura em menor tempo 
e passaram a ser vistos apenas por sua propriedade em perfumar.
Apenas no século XIX, em meados de 1928, os óleos essenciais 
voltam a ser reconhecidos por seus poderes curativos. Isto porque 
o francês René Maurice de Gattefossé sofreu queimaduras em um 
acidente ocorrido em seu laboratório e, sem perceber, mergulhou 
as mãos em um recipiente contendo óleo essencial de Lavanda, 
pensando que fosse água. Para sua surpresa, a dor passou e ocorreu 
cicatrização do ferimento sem infecção (AMARAL, 2016; ANDREI; 
DEL COMUNE, 2005; CORAZZA, 2010; FERREIRA, 2014).
A partir deste evento, estudiosos passaram a investigar, por meio 
de pesquisas, as atividades terapêuticas dos óleos essenciais, sendo 
assim, instituída finalmente no mundo, o termo Aromaterapia, que 
é a cada dia mais valorizada, devido às comprovações científicas de 
sua eficácia para a saúde. 
Após este fato, podemos encontrar relatos de diversas práticas 
aromaterápicas usadas na Segunda Guerra Mundial para tratar os 
feridos no livro Aromatherapie, escrito em 1964 por Jean Valnet (AN-
DREI; DEL COMUNE, 2005; CORAZZA, 2010; FERREIRA, 2014).
Pudemos observar que, na história da humanidade, à medida 
que as civilizações progrediam, procuravam por formas de obter e 
armazenar os preciosos produtos aromáticos.
Nas últimas décadas, houve um aumento significativo na busca 
dos aromas e seus poderes terapêuticos. Este fato pode ser confir-
mado com o surgimento de instituições dedicadas apenas ao estudo 
e divulgação das propriedades dos óleos essenciais.
Hoje, no mundo civilizado, todas as pessoas têm acesso a algum 
tipo de perfume e/ou óleo essencial, o que é importante e reforça a 
necessidade do nosso conhecimento e constante atualização sobre 
suas ações, efeitos e propriedades terapêuticas.
51UNIDADE 2
Agora que conhecemos um pouco da história 
do uso das plantas aromáticas, vamos entender 
o que significa o termo “AROMATERAPIA”.
Aromaterapia é um ramo da ciência chama-
da fitoterapia e consiste no conjunto de técni-
cas de inalação, administração oral e tópica de 
aplicação de óleos essenciais com finalidades 
terapêuticas, de bem-estar e de embelezamento 
(AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010; PENTEA-
DO, 2019; PRICE, 1996).
São práticas naturais e não invasivas capazes 
de atuar não só no sintoma ou na doença, mas 
também na manutenção do equilíbrio físico 
e emocional do organismo, dando a esta tera-
pêutica uma característica holística (AMARAL, 
2016; CORAZZA, 2002; FERRAZ, 2016; PEN-
TEADO, 2019).
Esta abordagem complementar tem por base a 
complexa relação entre o sistema nervoso, o olfato 
e o resto do organismo, assunto que será discutido 
mais adiante.
Aromaterapia e o Uso
dos Óleos Essenciais
52 Aromaterapia
Diante disso, quando falarmos em aromaterapia, devemos, primeiramente, remeter à função 
odorífera e, em seguida, lembrar das seguintes características (AMARAL, 2016):
1. Só é aromaterapia aquela prática de saúde ou beleza na qual se utiliza o óleo essencial como 
ativo principal da técnica.
2. A técnica não pode conter nenhuma outra substância que altere a característica natural da 
atividade do óleo essencial.
3. O resultado esperado deve ser a atividade da propriedade do óleo essencial.
Reforçamos, com isto, a informação de que o 
uso de óleos essenciais e a aromaterapia andam 
de mãos dadas em um caminho de crescimento 
contínuo desde muito tempo.
Pode-se dizer que a década de 80 representou o 
renascimento da aromaterapia, sendo o momento 
de conhecimento fármaco-químico, de aprimora-
mento, aperfeiçoamento e expansão das atividades 
com óleos essenciais.
No Brasil, a aromaterapia começou a popula-
rizar-se, de fato, em 1995, época em que se conso-
lidou o trabalho de empresas e profissionais que 
sustentam esse setor no nosso País (ANDREI; DEL 
COMUNE, 2005; BRITO et al., 2013; CORAZZA, 
2010; FERREIRA, 2014).
Para a prática do uso de óleos essenciais por 
profissionais de saúde e beleza, estes devem en-
tender bem o que é a aromaterapia e sua relação 
com o óleo essencial e vice-versa.
O universo dos óleos essenciais é maior que o 
da Aromaterapia, pois eles, como vimos até aqui, 
são os princípios ativos amplamente utilizados pela 
indústria; são matérias-primas das indústrias far-
macêuticas, de cosméticos e de perfumes, e tam-
bém das indústrias veterinária, saneante e agrícola 
(ANDREI; DEL COMUNE, 2005; BRITO et al., 
2013; CORAZZA, 2002; FERREIRA, 2014).
O fato de os óleos essenciais constituírem um 
universo tão abrangente é positivo para a aromate-
rapia,pois todos esses setores estão constantemen-
te se expandindo e desenvolvendo cada vez mais 
suas pesquisas e estudos sobre o tema.
53UNIDADE 2
Atualmente, alguns países, como a Inglaterra e a 
França, são os que mais realizam pesquisas sobre o 
uso dos óleos essenciais na terapêutica, mas países 
como os Estados Unidos, o Brasil, a Austrália e o 
Egito também têm feito a sua parte (ANDREI; 
DEL COMUNE, 2005; BRITO et al., 2013; CO-
RAZZA, 2010; FERREIRA, 2014).
No Brasil, em 1985, foi realizado o I Simpó-
sio Brasileiro de Óleos Essenciais (SBOE), com a 
finalidade de avaliar o desenvolvimento das pes-
quisas daquela época e colher subsídios para os 
próximos anos.
Muitos eventos aconteceram depois deste e 
acontecem até hoje. Eles visam apresentar novos 
estudos sobre os óleos essenciais, bem como os 
tratamentos propostos. 
Junto a este crescente interesse pela área, au-
mentou também a indústria de produtos sintéticos, 
os quais não podem ser comparados aos naturais, 
por não possuírem os mesmos efeitos terapêuticos.
Todo esse conhecimento está na base do desen-
volvimento da aromaterapia, sinalizando que, cada 
vez mais, devemos estudar os recursos oferecidos 
pelas plantas aromáticas e seus óleos essenciais, 
assim como desvendar os mistérios do corpo hu-
mano em suas relações com o universo dos odores 
(ANDREI; DEL COMUNE, 2005; BRITO et al., 
2013; CORAZZA, 2010; FERREIRA, 2014).
O tratamento aromaterápico oferece inúme-
ras possibilidades, que relacionam problemas 
diversos, como indigestão, infecções, fadiga ou 
insônia, aos óleos essenciais e aos diversos mé-
todos de aplicação mais indicados para cada uso 
(CORAZZA, 2010).
Para finalizar este tópico, é importante destacar 
que muitas pessoas entendem como sendo iguais 
a aromaterapia e aromacologia. No entanto, apesar 
de os dois termos se referirem a estudos relacio-
nados ao aroma, a aromacologia não se propõe a 
aplicações terapêuticas, dedicando-se, principal-
mente, às questões sensoriais.
Veremos um pouco mais sobre esta ciência 
a seguir.
54 Aromaterapia
Aromacologia é o termo utilizado para definir a 
psicologia do olfato e descrever as inter-relações 
entre os aromas e seus efeitos psicofisiológicos, 
ou seja, estuda o que nós chamamos de cheiros 
relaxantes, estimulantes, polarizantes, mascu-
linos, femininos, infantis, alegres, refrescantes, 
entre outros adjetivos (AMARAL, 2016; CO-
RAZZA, 2010).
Segundo Corazza (2010), este termo foi criado 
em 1989, pelo Sense of Smell Institute, de Nova 
York, que é uma fundação de pesquisa do olfato, 
sendo uma área de conhecimento bastante nova, 
que dará fundamento científico à aromaterapia.
A aromacologia é, portanto, uma ciência em 
pleno desenvolvimento, que promoverá a inte-
gração entre diversas áreas, tais como a neurofi-
siologia, a química, a cosmetologia etc., trazendo 
avanços tecnológicos para as fragrâncias e levan-
do à elaboração de compostos aromáticos capazes 
de trazer bem-estar e harmonia para as pessoas, 
além, é claro, de agradar o olfato (AMARAL, 2016; 
CORAZZA, 2010).
Aromacologia
55UNIDADE 2
Como comentado anteriormente, é comum a confusão dos ter-
mos aromacologia e aromaterapia, no entanto, existem duas dife-
renças básicas entre ambas: quanto à aplicação e quanto ao foco 
(AMARAL, 2016).
1ª. Quanto à aplicação:
a) A aromaterapia utiliza apenas óleos essenciais puros e na-
turais, preconizando sua aplicação no corpo e no ambiente 
de forma terapêutica.
b) A aromacologia utiliza óleos essenciais, essências e fragrân-
cias sintéticas, preconizando sua aplicação no corpo e no 
ambiente para fins de perfumação funcional. O objetivo é 
o desenvolvimento de um produto para o consumo, no qual 
o aroma esteja alinhado a uma função, de modo a comple-
mentar a funcionalidade do produto.
2ª. Quanto ao foco:
a) O foco da aromaterapia é a melhora do estado físico e psí-
quico e/ou emocional de um indivíduo, por meio de técnicas 
específicas de aplicação.
b) O foco da aromacologia é entender como uma fragrância 
ou essência podem influenciar o humor e o comportamento 
dos indivíduos por meio de produtos de consumo habituais 
e da perfumação do corpo ou do ambiente.
Todas as fragrâncias, naturais ou sintéticas, podem receber uma 
classificação, e com o avanço da aromacologia, teremos um en-
tendimento mais profundo da linguagem destas fragrâncias e das 
respostas físicas e emocionais que provocam no ser humano.
Agora que vimos a diferença de aromacologia e aromaterapia, 
vamos complementar nosso conhecimento estudando a anatomia, 
neurofisiologia e a química do olfato, mostrando como a ciência 
moderna explica esse engenhoso caminho que o aroma percorre 
até chegar ao nosso cérebro, onde, mais precisamente no sistema 
límbico, causará reações psicofisiológicas inconscientes.
56 Aromaterapia
Osmologia, do grego “os” = cheiro e “logos” = ló-
gica, é um ramo da ciência que estuda o olfato e 
os odores. Por meio da compreensão dos meca-
nismos da influência que o odor exerce sobre um 
indivíduo, ela nos dá o entendimento de como o 
ser humano reage aos odores e, assim, classifica 
as substâncias aromáticas e busca reproduzir sua 
ação em outros indivíduos (AMARAL, 2016; CO-
RAZZA, 2010).
O Olfato é um dos nossos cinco sentidos bá-
sicos e refere-se à capacidade de captar odores 
com o sistema olfativo, e odores, por sua vez, são 
emanações invisíveis que se desprendem de um 
corpo (eflúvios) e afetam o olfato.
Ainda que invisíveis, os odores são formados 
de moléculas – no caso, moléculas odoríferas – 
que evocam memórias e provocam sensações, as 
quais se convertem em reações físicas e compor-
tamentais (AMARAL, 2016; CORAZZA, 2010).
Osmologia
57UNIDADE 2
É sabido que o olfato é o mais evocativo dos sentidos, fazendo a 
conexão entre memórias, instintos e prazer, e estudá-lo de manei-
ra mais completa significa entender os segredos que envolvem a 
escolha de um perfume ou as memórias que um odor pode trazer.
Cada pessoa possui uma assinatura aromática, ou seja, os pro-
dutos odorizantes de sua preferência, construídos ao longo de sua 
vida, com base em experiências vivenciadas de forma positiva ou 
negativa e em sua personalidade (Figura 3).
Figura 3 - O olfato e as memórias afetivas 
Se os cheiros não se conectassem aos eventos que vivenciamos e ao 
modo peculiar de cada um lidar com tais eventos, nós poderíamos 
usar a mesma fragrância, pois ela agradaria a todos. Contudo, essa 
conexão existe e responde pela nossa individualidade na maneira 
como nos perfumamos; afinal, cada um de nós é um ser único, e 
a expressão, o estilo, o modo de se vestir, de se expressar e de se 
perfumar constituem a nossa personalidade.
A quantidade de odores conhecidos é imensa, tanto que muitos 
deles ainda não foram experimentados. De acordo com a osmo-
logia, suas propriedades devem ser bem conhecidas para que, ao 
utilizá-los em diversos produtos, as pessoas possam obter benefícios 
extras para a sua saúde e bem-estar.
Agora que destacamos a importância do odor na vida dos seres 
humanos, vamos conhecer os mecanismos responsáveis por pro-
porcionar essas sensações.
58 Aromaterapia
Os estudos científicos sobre o odor e sua aplica-
ção em aromaterapia, aromacologia e osmologia 
unem-se em torno de um único sentido: o olfato.
Veremos, então, como funciona esse importan-
te sentido a partir das duas estruturas orgânicas 
que lhe são necessárias: o nariz e o sistema lím-
bico; a primeira cumprindo uma função pratica-
mente mecânica, e a segunda, uma função mais 
complexa, que é a de interpretação dos cheiros 
(AMARAL, 2016).
O Olfato
59UNIDADE 2
O Nariz
O nariz é o segmento superior da via respiratória. Ele apresenta dois 
orifícios externos que são as narinas, e dois orifícios internos que 
se comunicam com a rinofaringe, chamados de coanas (AMARAL, 
2016; CORAZZA, 2010).
Devido à sua localização, este órgão, normalmente, é a primeira 
estrutura que observamos quando conversamos “face a face” com 
uma pessoa, pois ele fica no meio do nosso

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