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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA TCE COM ÊNFASE EM TREINO DE ATIVIDADE ORIENTADA A TAREFA

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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA TCE COM ÊNFASE EM TREINO DE ATIVIDADE ORIENTADA A TAREFA
O processo de cuidado e reabilitação após o TCE é geralmente longo e caracterizado por três fases, como já apresentado anteriormente.
• reabilitação aguda no hospital no qual foi atendido logo após o trauma, com o objetivo de garantir a sobrevida da pessoa e evitar maiores complicações; 
• reabilitação subaguda, ainda durante a internação, com o objetivo de reduzir os prejuízos do TCE, aumentar a independência física, cognitiva e psicossocial, compensar a deficiência e minimizar o sofrimento; 
• reabilitação ambulatorial, na fase crônica, que além de dar continuidade aos objetivos estabelecidos na fase subaguda no contexto fora do hospital, tem como foco reintegrar a pessoa na comunidade e manter a qualidade de vida.
O acesso à reabilitação deve ocorrer já no ambiente hospitalar, assim que o indivíduo apresentar estabilidade clínica. Estudos na literatura indicam que a reabilitação precoce proporciona a otimização dos resultados, com maior recuperação funcional e redução do tempo de internação e de duração do processo de reabilitação, inclusive em indivíduos com TCE grave. Os objetivos da reabilitação precoce na fase aguda são: minimizar lesões secundárias e deficiências, prevenindo complicações decorrentes do imobilismo (como: úlceras de pressão, limitações articulares, contraturas, espasticidade, infecções pulmonares, trombose venosa profunda e distúrbios neurovegetativos); facilitar a interação com o meio; promover o desmame progressivo dos suportes de cuidado intensivo e prover informação adequada às famílias.
A intervenção respiratória na pessoa com TCE objetiva manter a permeabilidade da via aérea, com melhora da ventilação pulmonar e da oferta de oxigênio aos tecidos, e consequente favorecimento do padrão respiratório. São adotadas condutas que se fundamentam em: adequação nos posicionamentos e nas mudanças de decúbito com a finalidade de favorecer perfusão e ventilação de todas as áreas, realização de manobras para higiene brônquica e reestabelecimento do equilíbrio tóraco-pulmonar. 
Sendo assim, se faz presente a necessidade da fisioterapia respiratória com uso de técnicas desobstrutivas ou terapia de higiene brônquica, sendo que essas visam auxiliar a mobilização e a eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas. As técnicas não são utilizadas de maneira isolada, mas sim, associadas entre si, e também a outras modalidades dentro da fisioterapia respiratória. Exemplo: Técnica expiratória forçada ou Huffing, drenagem autógena, aceleração do fluxo expiratório (AFE), aspiração de vias aéreas nasotraqueal e/ou endotraqueal, drenagem postural, entre outras.
Além disso, a reabilitação física deve ser iniciada o mais breve possível para minimizar os efeitos deletérios da imobilidade, que além de levar a limitações articulares, associam-se a complicações clínicas (respiratórias, circulatórias, lesões de pele) e interferem negativamente no prognóstico. Outro aspecto importante será promover o reaprendizado das funções sensório-motoras perdidas, por meio do mecanismo de readaptação neural.
Algumas medidas funcionais que devem ser realizadas com a instrução do fisioterapeuta são: 
· Exercícios passivos e/ou ativos-assistidos para MMSS e Membros Inferiores (MMII); 
· Alongamento muscular de MMSS e MMII; 
· Aplicação de técnicas específicas para atendimento de pacientes neurológicos como os métodos: facilitação neuromuscular proprioceptiva, Bobath, Rood, entre outras abordagens clássicas do tratamento neurofuncional; 
· Exercícios para coordenação motora (controle de velocidade, tempo, força, precisão.); 
· Exercícios de técnicas facilitatórias e inibitórias (proprioceptivas: aproximação articular, estiramento rápido, percussão, alongamento mantido; visuais; auditivas; vestibulares)
· Treino de equilíbrio de tronco com o paciente sentado, quando possível; 
· Treino de equilíbrio em pé, quando possível; 
· Treino de marcha (utilizando dispositivos para auxílio na deambulação, como andadores, muletas e bengalas quando necessário); 
· Utilização de órteses em MMSS e/ou MMII quando necessário; 
· Realização de treinamentos e orientações complementares ao tratamento para pacientes, familiares e cuidadores, quando esses estão presentes, para que estímulos adequados sejam dados ao longo do dia e não somente durante as sessões de fisioterapia.
As alterações de decúbito em indivíduos restritos ao leito ou com mobilidade reduzida também são muito importantes para o adequado funcionamento do aparelho respiratório; a drenagem das secreções é favorecida, com uma melhor ventilação.
REFERÊNCIAS:
DE ALMEIDA GENTILE, João Kleber et al. Condutas no paciente com trauma crânioencefálico. Rev Bras Clin Med. São Paulo, v. 9, n. 1, p. 74-82, 2011.
Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
POP: Pressão intracraniana-PIC. Monitorização Neurológica Invasiva. Disponível em:<http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/395574/see_hipertensao_intracraniana_HIC.pdf> 
POP: Reabilitação Fisioterapêutica nos Pacientes com diagnóstico de traumatismo craniencefálico - Unidade de Reabilitação, Uberaba, 2018 – Versão 2.0. 20p

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