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PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS ASPECTOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS Caro aluno, esta é a etapa inicial dos estudos do curso de Primeiros Socorros nas Escolas. O objetivo desta etapa é que você compreenda o trabalho do profissional socorrista, para tanto, serão abordados os fundamentos dos primeiros socorros, discorrendo sobre os aspectos legais do socorro, os serviços de utilidade pública disponíveis para a prestação de serviços à sociedade nos casos de urgência e emergência, e as peculiaridades sobre o transporte dos acidentados. Para isso, disponibilizamos uma apostila sobre o conteúdo em formato PDF, materiais complementares e interativos, exercícios para você testar o seu conhecimento e um tema no fórum de discussão, a fim de manifestar a sua opinião. No caso de dúvidas, acesse o link Tire suas Dúvidas e relate-as para nós. APRESENTAÇÃO Organização Carla Eunice Gomes Correa Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano Torres Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI Autora Talita Cristiane Sutter CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS ASPECTOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS .01 1 INTRODUÇÃO Todos nós estamos propensos a precisar de atendimento imediato de socorro, seja por um acidente ou até algum tipo de doença, e a importância de um profissional qualificado para os primeiros socorros pode ser crucial diante do acontecimento. Assim, se torna imprescindível que as pessoas tenham acesso às informações sobre como agir nessas situações. Como salienta Gonçalves e Gonçalves (2019, p. 5), “o conhecimento sobre os procedimentos de primeiros socorros deveria ser de domínio público, pois os acidentes acontecem a todo instante e em todos os lugares”. ATENDIMENTO (1) FONTE: <https://reinaldoinstrutor.blogspot.com/2016/05/simulados-de- primeiros-socorros-sem.html>. Acesso em: 23 jan. 2019. Historicamente, os métodos que são utilizados durante os primeiros socorros, iniciaram em 1859, com Jean Henry Dunant, que teve apoio de Napoleão III. O projeto tinha como finalidade a educação das comunidades locais, tendo como alvo principal aquelas em que estavam em guerra. As causas de mortes dos muitos soldados em meio às batalhas, que não recebiam atendimento, eram ferimentos simples, pequenas fraturas e CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS lesões por armas. Devido ao sofrimento de milhares de soldados que morriam abandonados nos campos de batalha por complicações destas lesões, Dunant organizou um grupo de voluntários com os habitantes da região com o objetivo de ministrar os primeiros socorros para aqueles soldados feridos. Após a criação deste grupo de voluntários, Dunant escreveu um livro em que propõe a criação de grupos de primeiros socorros, para atendimento dos feridos. Mais tarde, em 17 de fevereiro de 1863, recebeu o apoio da Sociedade Pública de Genebra fundando um Comitê Internacional de Socorro aos Feridos. Este comitê era formado por cidadãos suíços, que organizaram uma Conferência Internacional em Genebra, com a representação de 16 países, que deram origem à Cruz Vermelha. As resoluções previam: • a criação, em cada país, de um Comitê de Socorro, que ajudaria em tempos de guerra, os serviços de saúde dos exércitos; • a formação de enfermeiras voluntárias em tempos de paz; • a neutralidade das ambulâncias, dos hospitais militares e do pessoal de saúde; • a adoção de um símbolo definitivo uniforme: uma braçadeira branca com uma cruz vermelha em fundo branco (CRUZ VERMELHA, 2019, s.p.). Esses procedimentos, até hoje, são de grande valor para a vida humana, visto que muitos casos de acidentes podem levar o indivíduo a óbito antes de obter o atendimento presencial em uma unidade de saúde, por exemplo. Neste caso, faz-se necessário um atendimento adequado de primeiros socorros, que pode ser feito por pessoas instruídas de antemão para que o sujeito acidentado tenha mais chances de obter êxito no seu tratamento (SOARES, 2013). No Brasil, em setembro de 2017, em Campinas/SP, o estudante Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, morreu ao se engasgar com um sanduíche durante um passeio escolar. Para enfrentar situações como essa, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 9.468/18. A proposta foi sancionada no dia 04/10/2018 pela Presidência da República e transformada na Lei Lucas 13.722/18. A proposta obriga as escolas, públicas e privadas, de educação infantil e básica a fazerem curso de capacitação de professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros (BRASIL, 2018a). Para Taddei et.al. (2006), mais importante do que saber o que fazer na hora do acidente é saber preveni-lo. Tratando-se de espaços que circulam crianças, estes devem ser planejados adequadamente, promovendo um ambiente seguro para poderem se desenvolver saudavelmente, sem limitar a sua capacidade de descobertas e curiosidades. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS 2 FUNDAMENTOS DOS PRIMEIROS SOCORROS Como elucida a citação a seguir, o primeiro socorro é um tratamento inicial, pois tem caráter imediato a fim de preservar a vida. Também pode-se dizer que visa diminuir o sofrimento da pessoa, e pode ser oferecido tanto para acidentados como também vítimas de tipos de doenças súbitas. Segundo Brasil, (2003, p. 8), Podemos definir primeiros socorros como sendo os cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada. O tipo de atendimento, em situações emergenciais vai depender da situação em que esta foi gerada, pode vir a ser, “proteção de feridas, imobilização das fraturas, controle de hemorragias externas, desobstrução das vias respiratórias e realização de manobras de Suporte Básico de Vida (SBV)” (REIS, 2010, p. 5). Suporte Básico de Vida é uma sequência de ações válida para o socorrista que atua sozinho. Para saber mais sobre SBV acesse: file:///C:/Users/89120345968/ Downloads/Suporte%20b%C3%A1sico%20de%20vida.pdf. De acordo com Soares, (2013, p. 2): A expressão, primeiros socorros, é usada para caracterizar uma série de procedimentos adotados com o fim de preservar vidas sob risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência. Esses procedimentos são realizados geralmente por pessoas comuns, com conhecimentos teóricos e práticos acerca das técnicas utilizadas. Para prestar os primeiros socorros, a pessoa treinada deve realizar o ato com calma, sendo confiante e compreensivo. É importante manter o autocontrole assim como o das outras pessoas envolvidas no acontecimento. Por exemplo, informar o indivíduo que sofreu o acidente sobre sua situação atual, deve ser analisado pelo profissional com cautela, a fim de não causar sentimentos desnecessários no momento, como ansiedade e medo. Até mesmo o tom de voz que este utilizará com a vítima é importante, devendo ser calmo e confortante para gerar confiança mútua (BRASIL, 2003). CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Segundo Bergeron, et al. (2007, p. 6): Os socorristas são treinados para aproximar-se do paciente, detectar problemas, oferecer assistência à emergência e, quando necessário, locomovê-lo, sem causar outras lesões. Os Socorristas são, em geral, as primeiras pessoas, com conhecimentos em primeiros socorros, a chegar no local. Os socorristas podem ser policiais, bombeiros, trabalhadores ou qualquer cidadão. Neste caso é importante salientar que o profissional que prestará socorro, necessita estar atento inclusive a sua segurança pessoal, para ajudar o outro sem que, para isso, também acabe como vítima por tomaratitudes imprudentes (SOARES, 2013). Outro ponto importante é que a pessoa habilitada deve alertar e ajudar a vítima evitando um possível agravamento do acidente, porém esse atendimento não pode substituir ou atrasar os outros serviços que estão disponíveis como emergências médicas (REIS, 2010). OBJETIVOS DOS PRIMEIROS SOCORROS FONTE: Adaptado de Reis (2010) 2.1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Em nosso dia a dia é muito comum escutarmos as pessoas se referirem as situações de urgência e emergência como sinônimas, porém, sabemos que as situações são diferentes. Observe a figura a seguir, nela podemos verificar as diferenças entre situações de urgência e emergência. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS DIFERENÇA ENTRE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-G95JILlZB9I/VGJeXD6hWbI/AAAAAAAAABs/6ljSPJag-qc/s1600/ 601560_501330656544418_1422815089_n%2B(1).jpg>. Acesso em: 23 jan. 2019. Por mais que as situações de emergência requerem atenção imediata por acarretar riscos à vida do sujeito, uma ocorrência de urgência também necessita de uma solução em curto prazo. Observe o quadro a seguir, nele apresentamos exemplos de nosso cotidiano que caracterizam as situações de urgência e emergência. Urgência Emergência • Fraturas não expostas. • Traumatismo Craniano. • Cólicas Renais. • Fraturas Expostas. • Pressão Arterial Elevada. • Parada Cardiorrespiratória. • Crise Asmática. • Hemorragias Graves. EXEMPLOS DE SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA FONTE: Adaptado de Schmitz (2019) Quando nos encontramos diante de uma situação de emergência, é exigindo de nós uma ação rápida e, neste momento, de acordo com Bartman (1996), muitos tipos de reações podem surgir, como por exemplo: • Não nos manifestarmos, pois não sabemos o que fazer. • Independente de termos o conhecimento ou não sobre as técnicas que devem ser utilizadas podemos permanecer em “congelamento” pelo medo. • Reagimos imediatamente mesmo sem conhecimento prévio, muitas vezes piorando a situação. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Todas essas manifestações são naturais ao ser humano, porém, em uma hora de emergência, é de suma importância que a pessoa saiba controlar esses instintos para agir corretamente. Neste caso, é tão importante confiar no que se sabe sobre primeiros socorros, quanto reconhecer os limites que cada caso pode nos infligir. De qualquer forma, a avaliação do socorrista é primordial e deve basear-se na averiguação das necessidades indicando as prioridades de cada caso (BRUNO; BARTMAN, 1996). Alguns passos podem ser seguidos na hora de prestar o atendimento de emergência, analisando os fatores com rapidez e cautela. Avalie Formule um plano de ação Aja • Existe algum perigo no local que apresente risco para mim ou para a vítima? • É possível me aproximar da vítima com segurança? • O que causou a condição atual da vítima? • É possível manter a segurança enquanto presto assistência? • Que tipo de assistência de emergência pode ser necessária? • Como o serviço médico de emergência local pode ser acionado? • Acione o serviço médico de emergência ligando primeiro (vítima sem ventilação) ou cuidando primeiro (vítima sem ventilação devido afogamento). • Siga as diretrizes treinadas para prestar assistência de emergência. • Continue a levar em consideração a sua segurança. AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA FONTE: Adaptado de TOLDO (2016) 3 ASPECTOS LEGAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS A saúde é um princípio básico e de direito do ser humano, e está prevista na Constituição Federal, descrita no seguinte parágrafo: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL,1988, s.p.). Todas as pessoas possuem o direito à proteção da vida e à saúde, com este intuito a lei do Código Penal foi estabelecida e ampliada para garantir tais direitos fundamentais. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS A omissão de socorro foi conceituada como “a atitude de deixar de socorrer pessoas em situação de vulnerabilidade, como crianças abandonadas ou perdidas, pessoas inválidas, com ferimentos, ou em situação de risco ou perigo” (BRASIL,1940, s.p.). “O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro” (SOARES, 2013, p. 3). OMISSÃO DE SOCORRO FONTE: <https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/imagens- 2016/21omissaodesocorro.jpg/@@images/0259c760-787f-4c98-a3cd-e092c3e5f613.jpeg>. Acesso em: 23 jan. 2019. No Código Penal, a omissão de socorro foi prevista há muito tempo, até mesmo anterior à Constituição, prevalecendo suas principais implicações e diretrizes sobre esta situação até o dia de hoje. Na descrição do artigo a seguir é possível avaliar inclusive a gravidade da omissão, caso ocorra óbito oriundo da ausência de prestação do socorro. O Art. 135 da CF estabelece que: Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. [...] Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte (BRASIL,1940, s.p.). No ano de 1984, o Código Penal foi ampliado e foi incluído em sua redação a responsabilidade da prestação do atendimento pelos profissionais de saúde ou pessoas habilitadas (ex.: socorristas). Neste caso, o conhecimento CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS técnico, responsabiliza a pessoa quanto ao dever de prestar o atendimento com segurança. A seguir, consta tais descrições: § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado (BRASIL,1984, s.p.). 3.1 DIREITOS DA VÍTIMA O prestador do socorro deve estar ciente que a vítima possui o direito de se recusar em receber a assistência. No caso de pessoas adultas, esse direito é válido quando eles estiverem conscientes e lúcidos. O motivo da recusa pode ocorrer por alguns fatores: crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, “a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar- se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança através do diálogo” (SILVEIRA; MOULIN, 2003, p. 1). Caso a vítima esteja impedida de falar, em decorrência do acidente e com sinais que se compreende de que ela não deseja o atendimento, tome as seguintes providências: Não discuta com a vítima. Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas. Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário. Esclareça às testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima. No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorroespecializado, o prestador de socorro deverá, se possível, conseguir testemunhas que comprovem o fato. PROVIDÊNCIAS PARA O PRESTADOR DE PRIMEIROS SOCORROS EM CASOS DE RECUSA DA ASSISTÊNCIA PELA VÍTIMA ADULTA CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima de que possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros. O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes no local. FONTE: Adaptado de Silveira; Moulin (2003) 4 SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA A população conta com serviços especializados para o atendimento de urgência e emergência. Os principais são: SAMU — Serviço de Atendimento Móvel de Urgência — e o Corpo de Bombeiros. O SAMU foi desenvolvido pela Secretária de Estado da Saúde de Santa Catarina, em parceria com o Ministério da Saúde e Secretarias Municipais, cuja missão é regular atendimentos de urgência e emergência em todo o Estado. Também é responsável pelas transferências de pacientes graves, operando tanto em ambulâncias USAs (Unidades de Suporte Avançado) e USBs (Unidades de Suporte Básico), que são Unidades de Suporte Básico e Avançadas, como também no transporte aéreo, com sua aeronave, o Arcanjo. Nas Unidades de Suporte Básico, a equipe é composta por um condutor-socorrista e um técnico em enfermagem, enquanto, nas Unidades de Suporte Avançada, a organização da ambulância é combinada por um médico, um enfermeiro e um condutor-socorrista. Ao todo, em Santa Catarina, são 23 USAs e 97 USBs. O SAMU conta no momento com 114 Serviços de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil, estando em atividade em 926 municípios no Brasil e atingindo 92,7 milhões de pessoas (SANTA CATARINA, 2019a, s.p.). LOGO SAMU FONTE: <https://samu.saude.sc.gov.br/images/logo/logo.png>. Acesso em: 6 fev. 2019. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Conforme visto na Figura 5, o número para ligações ao SAMU é 192, quando um cidadão liga, ele é atendido por um Técnico auxiliar de Regulação Médico, esse técnico é que vai encaminhar o caso para um médico regulador, este vai avaliar a urgência do caso e entrará em contato com um rádio operador que por fim chamará a ambulância mais próxima ao local para a realização do atendimento. Como visto, no SAMU existem USB’s e USA’s, que são selecionadas conforme a gravidade da situação relatada. Quando há o risco de vida eminente é acionado o “código vermelho” e o objetivo do serviço é atingir cerca de 1 minuto e 30 segundos do atendimento do rádio operador até a ambulância (SANTA CATARINA, 2019a). Missão Visão Valores Prestar o atendimento pré-hospitalar de urgência com excelência a população de Santa Catarina, além de realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou a distância, de todos os atendimentos. Atender o paciente de forma ágil e eficiente, com profissionais capacitados e recursos tecnológicos adequados, cumprindo 100% das solicitações no menor tempo- resposta possível, com a finalidade de ser referência neste tipo de procedimento. Garantir o acesso do paciente à Unidade de Saúde mais adequada e proporcionar o melhor atendimento pré- hospitalar de urgência, tanto em casos de traumas quanto em situações clínicas, prestando sempre os cuidados médicos apropriados ao estado de saúde do cidadão. MISSÃO, VISÃO E VALORES DO SAMU FONTE: Adaptado de Santa Catarina (2019a) Outro serviço que pode ser solicitado em caso de emergência é o do corpo de bombeiros. Eles surgem com a missão de atuar em atividades de defesa civil, prevenção e combate de incêndios e também em situações de salvamentos, cada qual em suas respectivas unidades federativas. Em Santa Catarina contamos com o Corpo de Bombeiros Militar, cujo número é 193. De acordo com a Constituição do Estado de Santa Catarina: CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA (1989) “Art. 108. O Corpo de Bombeiros Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizado com base na hierarquia e discipl ina, subordinado ao Governador do Estado, cabe, nos limites de sua competência, além de outras atribuições estabelecidas em Lei: I – realizar os serviços de prevenção de sinistros ou catástrofes, de combate a incêndio e de busca e salvamento de pessoas e bens e o atendimento pré- hospitalar; II – estabelecer normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra incêndio, catástrofe ou produtos perigosos; CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS III – analisar, previamente, os projetos de segurança contra incêndio em edificações, contra sinistros em áreas de risco e de armazenagem, manipulação e transporte de produtos perigosos, acompanhar e fiscalizar sua execução, e impor sanções administrativas estabelecidas em Lei; IV – realizar perícias de incêndio e de áreas sinistradas no limite de sua competência; V – colaborar com os órgãos da defesa civil; VI – exercer a polícia judiciária militar, nos termos de lei federal; VII – estabelecer a prevenção balneária por salva-vidas; e VIII – prevenir acidentes e incêndios na orla marítima e fluvial (SANTA CATARINA, 2019b). LOGO CORPO DE BOMBEIROS SC FONTE: <https://dat.cbm.sc.gov.br/images/logo_marcas/Logo_sem_fundo. png>. Acesso em: 7 fev. 2019. Agora, caracterizados os dois serviços, é importante esclarecer para qual deles ligar dependendo da situação de emergência. A imagem a seguir demonstra alguns exemplos de fatos em que devemos chamar o SAMU e o Corpo de Bombeiros: CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS SAMU E CORPO DE BOMBEIROS FONTE: <http://www.guiacaldasnovas.com.br/userfi les/image/samu.jpg>. Acesso em: 7 fev. 2019. Após ligar para o número indicado àquela situação, a comunicação deve ser eficaz afim de facilitar a compreensão dos profissionais sobre o tipo de equipamento e pessoal necessário para o atendimento, então, forneça sempre: Tipo de acidente Número de vítimas Localização exata Incêndio, acidentes com veículos, quantos e quais os tipos de veículos envolvidos, atropelamento, vazamento de gás ou produtos químicos, inundação, desmoronamento, brigas etc. O número, tipo e gravidade das lesões sofridas, se foram removidas do local, se precisam ser resgatadas de local perigoso. Informe a idade aproximada das vítimas, se há crianças, pessoas idosas ou mulheres grávidas. Se for na cidade, forneça a localização exata da rua, o número e o ponto de referência mais fácil. Em rodovias, forneça o nome ou número, o quilômetro, se for possível, ou a indicação de entroncamentos ou pontos de referência. PASSOS PARA COMUNICAÇÃO COM A EMERGÊNCIA FONTE: Adaptado de Júnior (2014) CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS No quadro a seguir estão listados outros telefones úteis dependendo de cada ocorrência: 181 DISQUE-DENÚNCIA: é um serviço gratuito oferecido à comunidade para o repasse de informações sobre crimes. O denunciante não precisa se identificar. Desde sua criação, em 2003, não houve nenhum caso de divulgação da identidade das pessoas que ligaram no 181. 190POLÍCIA MILITAR: é o telefone de emergência da Polícia Militar por meio do qual podem ser repassadas/relatadas situações de furto, roubo, homicídio, violência doméstica, agressão, depredação do patrimônio público, invasão de domicílio, entre outros delitos que imponham o cidadão ao risco iminente de um ilícito penal ou no momento em que estas situações estejam ocorrendo. 191 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: utilizado pela Polícia Rodoviária Federal, a população poderá ligar para informar sobre ocorrências nas rodovias federais como, por exemplo, crimes, acidentes ou irregularidades. 197 POLÍCIA CIVIL: o telefone utilizado pela Polícia Civil para quem tiver informações que colaborem com as investigações da instituição possa entrar em contato. A ligação é gratuita e não há necessidade de identificação. 198 BPRv: o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), unidade especializada da Polícia Militar para atuação na fiscalização, policiamento em rodovias estaduais, está à disposição dos usuários por meio do 198. Por este canal, o cidadão tem acesso a informações como prevenção de acidentes, educação no trânsito, condições de veículos e documentação; fluidez do trânsito; e atendimento de acidente de trânsito no local. 199 DEFESA CIVIL: o número poderá ser discado quando ocorrer inundações, desabamentos, incêndios ou desastres naturais que tenham vítimas e desabrigados. NÚMEROS ÚTEIS E SUAS FUNÇÕES FONTE: Adaptado de Brasil (2016) 5 PERFIL DO SOCORRISTA Para exercer os primeiros socorros, é necessário que o socorrista tenha atenção nas considerações a seguir, buscando avaliar constantemente se está realizando a sua função com eficácia e mantendo o controle emocional. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Manter a Calma Manter o autocontrole para enfrentar situações de emergência que muitas vezes envolvem pânico e sofrimento. Liderança Assumir o controle da situação e passar confi ança na assistência realizada. Fazer tudo o que for possível Deve tentar realizar todas as medidas que forem de seu conhecimento e que estiver ao seu alcance sem agravar a situação da vítima. Não temer críticas O socorrista que tem conhecimento e sabe o que está fazendo não precisa temer em prejudicar a vítima. Se for possível, sempre estabeleça uma comunicação clara com os familiares explicando o que pretende fazer. Não correr riscos Antes de socorrer alguém sempre avaliar se a sua segurança não está em risco. Colaboração Quando o atendimento especializado chegar, relate todo o procedimento realizado, a avaliação da vítima e a evolução que ela apresentou desde o início do atendimento e se ofereça para auxiliar no que mais for necessário até a fi nalização da assistência. Não se sentir frustrado Se você fez o máximo possível e percebeu que a sua ajuda não foi sufi ciente, não se sinta culpado nem permita que isso interfi ra em seus atendimentos futuros. PERFIL DO SOCORRISTA FONTE: Adaptado de Júnior (2014) FONTE: Gonçalves; Gonçalves (2009, p. 11) ATENDIMENTO (2) 6 CENÁRIO DO SOCORRO Ao se deparar com alguma situação de emergência, o socorrista precisa avaliar rapidamente todo o cenário que envolvendo tais implicações: CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Avaliação das condições de segurança Analisar se o local está seguro para realizar de imediato o atendimento. Não se colocar em risco podendo ser uma segunda vítima. Verificar a segurança da via púbica, caso for acidente de trânsito, analisar se poderá envolver outras vítimas através do cenário estabelecido pós-trauma, considerar possíveis deslizes de terra em encostas em caso de chuvas, e demais situações que podem ser imprevisíveis quando se trata de emergências. Avaliação inicial das vítimas Identificar a prioridade de atendimento entre as vítimas, tipos de equipamento que será utilizado para o socorro, caso a vítima tiver consciente converse com ela durante a assistência buscando acalmá-la. Mantenha o controle da situação, pois cabe ao socorrista ter a liderança da situação até a vinda da equipe especializada. Locais públicos Quando os acidentes ocorrem em locais públicos que concentram muitas pessoas (exemplo: teatros, supermercados, estádios, casas de shows), muitas vezes acometem maior número de v í t imas , o que ex ig i rá d iscernimento do socorrista. Depois de isolar o local, providenciar a chamada para o serviço especializado, retirar as vítimas que estejam em local instável, determinar prioridades de atendimento, prestar assistência para os casos mais graves e transportar de forma adequada os feridos avaliando sempre a segurança da remoção para a vítima. AVALIAÇÃO DO CENÁRIO FONTE: Adaptado de Júnior (2014) e Bruno; Bartman (1996) ACIDENTE FONTE: Gonçalves; Gonçalves (2009, p. 17) CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS 7 TRANSPORTE DE ACIDENTADOS O conhecimento das técnicas corretas de resgate torna-se imprescindível para evitar risco para o socorrista e principalmente impedir um segundo trauma para a vítima. A seguir, vamos citar alguns meios de retirada da vítima em casos de risco eminente no local, ou seja, em incêndios, desabamentos, tiroteios etc. 7.1 TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA a) Resgate por arrastamento: arrastar a vítima no sentido da cabeça, utilizando camisa ou casaco como ponto de apoio. Também podemos utilizar um cobertor na execução desta técnica, contudo, a vítima deve ser rolada para cima do cobertor. A técnica de arrastamento permite que um socorrista transporte vítimas pesadas, acima de sua capacidade de carga (JUNIOR, et al. 2007). RESGATE POR ARRASTAMENTO FONTE: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tranpac7.gif>. Acesso em: 7 fev. 2019. b) Transporte tipo bombeiro: indicado para vítimas inconscientes e em situações nas quais o socorrista possui força física para suportar o peso da vítima. Nunca utilize esta técnica com a vítima apresentando um possível trauma. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS TRANSPORTE TIPO BOMBEIRO FONTE: Júnior et al. (2007, p. 112) c) Apoio lateral simples: técnica utilizada para apoio em vítimas que são capazes de andar. APOIO LATERAL SIMPLES FONTE: Júnior et al. (2007, p. 112) d) Transporte nos braços: ter o cuidado para passar o braço da vítima sobre os seus ombros atrás do pescoço e envolver com o seu outro braço a cintura da vítima CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS TRANSPORTE NOS BRAÇOS FONTE: Júnior et al. (2007, p. 112) e) Transporte em cadeira: pode ser utilizada com ou sem cadeira, neste caso, levantando as pernas da vítima, simulando a posição de sentado. TRANSPORTE EM CADEIRA COM A CADEIRA FONTE: Júnior et al. (2007, p. 113) TRANSPORTE EM CADEIRA SEM A CADEIRA FONTE: Júnior et al. (2007, p. 113) CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS O transporte da vítima politraumatizada deverá ser realizada por um mobilizador que seja capaz de manter a estabilidade de toda a coluna vertebral. A melhor posição para esta estabilização é o decúbito dorsal, que também contribui para uma melhor visualização para o início das medidas do suporte de vida (JÚNIOR et al. 2007). Nenhuma técnica acima é indicada ou considerada segura para o transporte de vítimas com suspeita de traumatismos. Sempre que houver situações que acarretem maior risco para a vítima, o serviço de resgate especializado deverá ser acionado. A Lei 13.722 de 4 de outubro de 2018, mais conhecida como Lei Lucas, foi aprovada por unanimidade pelo Senado, que torna obrigatória a capacitação em Noções Básicas de Primeiros Socorros, de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino público e privado de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. O nome da nova legislação, Lei Lucas, prestahomenagem ao menino Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, que morreu engasgado com um sanduíche durante um passeio escolar, sem que ninguém pudesse socorrê-lo. Por isso, quanto maior o número de pessoas treinadas e prontas para o primeiro atendimento em primeiros socorros, melhor é o prognóstico das vítimas. LEI LUCAS A Lei 13.722 de 4 de outubro de 2018 é apresentada da seguinte maneira: Art. 1º Os estabelecimentos de ensino de educação básica da rede pública, por meio dos respectivos sistemas de ensino, e os estabelecimentos de ensino de educação básica e de recreação infantil da rede privada deverão capacitar professores e funcionários em noções de primeiros socorros. § 1º O curso deverá ser ofertado anualmente e dest inar-se-á à capacitação e/ou à reciclagem de parte dos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino e recreação a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo de suas atividades ordinárias. § 2º A quantidade de profissionais capacitados em cada estabelecimento de ensino ou de recreação será definida em regulamento, guardada a proporção com o tamanho do corpo de professores e funcionários ou com o fluxo de atendimento de crianças e adolescentes no estabelecimento. § 3º A responsabilidade pela capacitação dos professores e funcionários dos estabelecimentos públicos caberá aos respectivos sistemas ou redes de ensino. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Art. 2º Os cursos de primeiros socorros serão ministrados por entidades municipais ou estaduais especializadas em práticas de auxílio imediato e emergencial à população, no caso dos estabelecimentos públicos, e por profissionais habilitados, no caso dos estabelecimentos privados, e têm por objetivo capacitar os professores e funcionários para identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência médicas, até que o suporte médico especializado, local ou remoto, se torne possível. § 1º O conteúdo dos cursos de primeiros socorros básicos ministrados deverá ser condizente com a natureza e a faixa etária do público atendido nos estabelecimentos de ensino ou de recreação. § 2º Os estabelecimentos de ensino ou de recreação das redes pública e particular deverão dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação das entidades especializadas em atendimento emergencial à população. Art. 3º São os estabelecimentos de ensino obrigados a afixar em local visível a certificação que comprove a realização da capacitação de que trata esta Lei e o nome dos profissionais capacitados. Art. 4º O não cumprimento das disposições desta Lei implicará a imposição das seguintes penalidades pela autoridade administrativa, no âmbito de sua competência: I - notificação de descumprimento da Lei; II - multa, aplicada em dobro em caso de reincidência; ou III - em caso de nova reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da autorização concedida pelo órgão de educação, quando se tratar de creche ou estabelecimento particular de ensino ou de recreação, ou a responsabilização patrimonial do agente público, quando se tratar de creche ou estabelecimento público. Art. 5º Os estabelecimentos de ensino de que trata esta Lei deverão estar integrados à rede de atenção de urgência e emergência de sua região e estabelecer fluxo de encaminhamento para uma unidade de saúde de referência. Art. 6º O Poder Executivo definirá em regulamento os critérios para a implementação dos cursos de primeiros socorros previstos nesta Lei. Art. 7º As despesas para a execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, incluídas pelo Poder Executivo nas propostas orçamentárias anuais e em seu plano plurianual. Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial. FONTE: BRASIL. Lei n. 13.722, de 4 de outubro de 2018. Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Brasília: Senado Federal, 2018a. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13722.htm. Acesso em: 18. abr. 2019. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS Portanto, o curso de Primeiros Socorros nas Escolas, deverá ser ofertado anualmente para a capacitação e/ou reciclagem de parte dos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino e recreação. Os estabelecimentos de ensino de educação básica e de recreação infantil terão até abril de 2019 para se adequarem às normas da Lei 13.722/2018. O não cumprimento pode acarretar em notificação, multa e até cassação do alvará de funcionamento ou da autorização concedida pelo órgão de educação, quando se tratar de creche ou estabelecimento particular de ensino ou de recreação, ou a responsabilização patrimonial do agente público, quando se tratar de creche ou estabelecimento público. CURSO LIVRE - PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS REFERÊNCIAS BERGERON, D. et al. Primeiros socorros. São Paulo: Ed. Atheneu, 2007. BRASIL. Lei n. 13.722, de 4 de outubro de 2018. Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Brasília: Senado Federal, 2018a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13722.htm. Acesso em: 18. abr. 2019. BRASIL, Projeto de Lei 9468/2018. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018b. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/ fichadetramitacao?idProposicao=2167629. Acesso em: 18. abr. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de primeiros socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003. Disponível em: http://www.fiocruz. br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros. pdf. Acesso em: 23 jan. 2019. BRASIL. Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 5 de outubro 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. 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