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Tecno_Soldadura_Cap1

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Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À SOLDADURA 
1 	
O 
Introdução aos processos 
de ligação 
A soldadura 
o 
Classificação dos processos 
de soldadura 
Nomenclatura usada 
na soldadura 
T
E
C
N
O
LO
G
IA
 D
A
 S O
L
D
A
D
U
R
A
 
111111ffiffil•C 
FR
A
N
C
IS
C
O
 J.
 G
. S
IL
V
A
 
1.1. Introdução aos Processos de Ligação 
As indústrias de construção metálica e metalomecânica necessitam correntemente de produzir peças com formas 
relativamente complexas. Para tal, a indústria tem atualmente ao dispor três grandes grupos de tecnologias: a tecnologia 
subtrativa, a tecnologia neutra e a tecnologia aditiva. 
Na tecnologia subtrativa poderá ser incluída a maquinagem, por exemplo, que parte de um bloco de material 
anteriormente obtido por fundição (lingote, bilete ou outro), o qual é posteriormente conformado plasticamente por 
forjagem ou laminagem, e só depois sujeito ao processo de maquinagem por arranque de apara. Neste processo, 
sucessivas passagens da mesma ou de diferentes ferramentas vão subtraindo o material necessário até que seja obtida 
a forma final desejada. Este processo subtrativo é utilizado com frequência na produção de peças que exigem elevado 
rigor dimensional, entre as quais se pode destacar os moldes para a injeção de plásticos, os moldes para injeção de 
ligas leves, os cunhos e cortantes para prensas, entre muitos outros tipos de peças que, mesmo possuindo menores 
dimensões, obrigam a cuidados especiais na sua produção, devido às exigentes tolerâncias requeridas. O corte é outro 
processo subtrativo muito utilizado, sendo realizado de forma extremamente frequente em chapas, tubos e perfis com 
recurso aos mais diversos processos, tais como o corte em prensa, o corte laser, o corte por jato de água, entre outros. 
Quando são utilizadas tecnologias neutras, é esperado que haja um fluxo de material de uma forma inicial para outra 
intermédia ou final, sem que haja perda significativa de material. Poderão ser considerados como neutros processos 
tais como a laminagem, o forjamento, a ennbutidura, a estampagem ou a quinagem, entre muitos outros processos de 
transformação de metais. Deve aqui ser referido que os processos realizados a quente poderão acarretar alguma perda de 
material, enquanto os processos realizados a frio apresentam perdas de material nulas ou pouco significativas. Poderá ser 
citado como exemplo um tacho, que parte de um simples disco de metal obtido por corte e, por conformação plástica, 
adquire a forma que é pretendida. 
As tecnologias sumativas têm como ponto de partida formas normalizadas, bastante simples, sendo a forma complexa 
requerida pelo produto final construída através da junção de diversas formas simples. Neste caso, são utilizados muitas 
vezes semiprodutos, tais como chapas, barras, cantoneiras ou tubos, os quais, unidos através de processos de ligação 
adequados, poderão originar produtos finais complexos, tais como a estrutura de uma motocicleta, um silo, uma cisterna, 
um poste de distribuição de energia ou mesmo uma ponte. 
Quando necessitamos de ligar peças e/ou subprodutos, teremos que ponderar qual o processo mais indicado para o 
e
c
:
e
ei
o
to
ri
,
g
te
em
nd
t
o
ér
e
m
m
ic
a
a
te
, 
 atenção fatores tão importantes quanto o(s) material(ais) a ligar, as solicitações a que o conjunto vai estar 
P:dbietas<eg 
sujeito e a resistência requerida, a quantidade a ligar, o nível de manutenção desejado e a facilidade ou não com que esta 
da forma tom° 
Como exemplos de I. 	- 
e
r
m
rea
(e
li
s
z
t
a
a
d
n
a
e
, problemas relacionados com concentração de tensões, problemas com deformações devidas a tensões 
pod
p
e
ro
ser
emas de acesso, entre muitos outros. 
ina
A
m
t
ov
en
ív
d
e
en
l
d
po
o
r
a:i
e
s fatores atrás referidos, poderemos optar por uma ligação amovível ou inamovível. 
Já a soldadura é uma 
InterveNentes 
. que poderá 
ser considerada uma 	- • 
l
i
g
ig
ac
ar
o_es amovíveis poderemos considerar o aparafusamento, montagem rápida (molas) ou a 
na 
uniaoa de trabalho suplementar para a desmontagem). A colagem, dependendo do adesivo utilizado e 
removido (forma mecânica ou forma química), poderá ser considerada uma ligação amovível ou 
pode também ser utilizada a conformação plástica, bastante utilizada em latas para conservas e não só 
ligação inamovível, pois a desmontagem leva à degradação parcial do material ligado. 
çao perfeitamente inamovível, pois envolve normalmente a participação íntima dos materiais 
a) 
A soldadura por fusão é um dos processos mais seguros (quando devidamente realizado) e mais comummente 
utilizado. No entanto, devido aos fenómenos metalúrgicos que se desenvolvem num curto espaço de tempo, o processo 
torna-se complexo, sendo necessário um apertado controlo de todas as variáveis envolvidas na sua realização. 
Figura 2 - Bicicleta cujo quadro é fabricado em construção soldada. 
Figura 1 - 
Diversos tipos de união: (a) aparafusamento, (b) rebitagem, (c) montagem rápida, (d) conformação plástica e (e) soldadura 
1.2. A Soldadura 
Na presença de um leque variado de processos de união, poderá colocar-se uma questão: Porquê usar a soldad 
como método de ligação? 
Esta questão tem algumas respostas evidentes: 
•É um dos processos de junção de peças metálicas com uma melhor relação custo — benefício; 
Permite a ligação de uma grande gama de espessuras: desde algumas décimas de milímetro, até algumas dezeria) 
• 
de centímetros; 
É extremamente versátil, podendo ser aplicada a uma variada gama de materiais, formas e dimensões. 
As juntas produzidas por soldadura: 
São inamovíveis e permanentes; 
Normalmente ultrapassam a resistência patenteada pelos materiais de base ligados; 
Asseguram a continuidade metálica; 
São reprodutíveis; 
Podem ser inspecionadas por técnicas não — destrutivas;
pe 
Podem ser realizadas em oficina ou em estaleiro, unindo materiais sob a forma de chapas, tubos, plac
as' 
a 
Pelas razões atrás referidas, e ainda por razões económicas e de processo, a soldadura é fortemente utiliza 
 
metalomecânica, na construção naval e ferroviária e na construção civil. Em Portugal, a construção soldada 
355. 0 
particular relevância em muitos edifícios públicos, grandes superfícies comerciais e também em naves i0du5tria6. 
Figura 3 - 
Estrutura metálica, contendo construção soldada, nas 
estruturas do Aeroporto Francisco de Sá Carneiro (Porto). 	
Figura 4 -"Chopper"onde os americanos tentam ir à perfeição, 
em termos de soldaduras e design. 
No essencial, a soldadura poderá recorrer a dois processos de base relativamente simples para poder ser realizada: 
a fusâo, através de energia fomecida por via elétrica ou pela queima de um gás ou mistura gasosa, dando origem à 
união pela mistura dos materiais fundidos (material de base e material de adição); 
 MI5. de energia 
mecànica, por vezes auxiliada também pelo calor, provocando, neste caso, um caldeamento do 
ificação dos Processos de Soldadura 
Neste 
caso, recorre-se normalmente ao atrito ou ao impacto para atingir os objetivos pretendidos. 
rme variedade de processos de soldadura, torna-se necessário proceder a uma organização dos 'o-os. Sucede porém 
que os processos de soldadura poderão ser divididos em classes tendo em 
oidae
i dseegaudiidoaou, 
mresp et
quadravarnqeunet evisaproceder
durantea lg
a
a
u
çã
m
o
a
: 
 classificação, segundo o critério de estado do 
Por vezes, a aplicabilidade de alguns processos está restrita a alguns materiais, não podendo ser aplicado de forma 
universal. Para além disso, a própria espessura do material base também condiciona a aplicação de alguns processos. 
Ambas as restrições acima descritas têm como principais problemas dois fatores: a capacidade de cada processo passar 
o 
 calor para a junta e as propriedades físicas do material de base: temperatura de fusão e condutividade térmica. Na 
tabela seguinte poderão ser observadas algumasrestrições existentes. 
Tabela 1 - Classificação dos processos de soldadura segundo o estado dos materiais de base e de adição. 
Líquido/Líquido 	. 
Fusão 
Sólido/Lí uido 
Brasagem / Soldobrasagem 
Sólido/Sndo 
Pressão 
Elétrodo Revestido Brasagem Fraca 
Explosão 
MIG - MAG Brasagem Forte 
Difusão 
Fios Fluxados 
Fricção 
Ultrassons 
TIG 
Pressão a Frio 
Plasma 
Rolamento 
Arco Submerso 
Indentação 
Resistência 
Pressão com Chama 
Oxiacetilénica 
Forja gem 
Eletroescória 
Estampagem 
Eletrogás 
Laser 
Feixe de Eletrões 
Tabela 4 - Adequabilidade dos processos de soldadura a cada uma das ligas metálicas mais usuais 
(Adaptado de AVV.5 - Welding Processes, Vol. 2). 
PROCESSOS DE SOL DAD 
O 
O 
MATERIAIS 
LU 
—J 
EL
É
T
R
O
 
-É5 F 
O
X
I 
FE
IX
E 
A
R
 
S Aço ao Carbono s 	s S 	S 	S 
No entanto, os processos de soldadura também se podem classificar segundo o modo de proteção da soldadura 
durante a sua realização. Isso mesmo pode ser observado na tabela seguinte: 
6-19 S 	S 
>19 S S 
II <3 	S 	S 
Tabela 2 - Classificação dos processos de soldadura segundo o modo de proteção da soldadura. 3-6 	S 	S Aço de Baixa Liga S 	S 	S 
6-19 S S S 
S 
114reçãOIM 	 Sem Proteção >19 S S ão Qaso.$ 5 	S 
<3 	S 	S Gás + Escória Escória S 	S Gás ou Mistura Gasosa 
illAço Inoxidável 3-6 	S 	S Resistência 
Fricção 
Fio Fluxado S Elétrodo Revestido S 	S 	S MIG - MAG 
6-19 S S S 
	 >19 
S 	S 
Arco Submerso TIC 
F
R
A
N
C
IS
C
O
 J
. G
. 
Laser 
<3 
3-6 	S 
Plasma 
Feixe de Eletrões 
Ferro Fundido 
6-19 	s S 	s 
V
A
 
A soldadura poderá também ser classificada segundo a fonte de energia necessária para a fusão do material 
adição e do material de base (quando aplicável). Essa classificação está patente na tabela seguinte. 
>19 S s 
<3 
e suas ligas 	3-6 
6-19 5 S 	5 Tabela 3 - Classificação dos processos de soldadura segundo a fonte de calor utilizada. 
>19 	5 
<3 
3-6 	S 
6-19 	S 
>19 	s 
Oxi - Acetilénica S 	S Elétrodo Revestido 
Brasagem Forte S 	S MIG MAG 
<3 S 	S Fio Fluxado 
3-6 S 	S TIG 
6-19 	s 
>19 	s 
S 	S 
S 	S 
Arco Submerso 
Plasma 
Resistência 
619 Laser 
S 	S 	S >1 9 Feixe de Eletrões 
S 	S 	S 
Brasagem Fraca 
T
E
C
N
O
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G
IA
 D
A
 S
O
L
D
A
D
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R
A
 
FR
A
N
C
IS
C
O
 J
. G
. S
IL
V
A
 
a 
1.4. Nomenclatura usada na soldadura 
Para uma correta abordagem à soldadura, é necessário, primeiramente, dominar o vocabulário mais correntemente 
utilizado quando se trata desta matéria. Com 
 o objetivo de dar a conhecer a terminologia mais comum relativa às juntas 
soldadas, são mostradas seguidamente algumas figuras, onde estão indicadas a nomenclatura habitualmente utilizada 
e as abreviaturas normalmente usadas, assim como a zona a que correspondem numa junta. 
Material de base 
Figura 5- 
 Conceito de material de base e material de adição. 
Um dos conceitos básicos em soldadura é saber a que se refere o material de base e o material de adição. Basicamente
, 
o 
MATERIAL DE BASE são os componentes que queremos soldar, enquanto o MATERIAL DE ADIÇÃO é a porção 
de 
elétrodo ou fio fundido depositado na junta, responsável por promover a ligação. 
Relativamente à junta propriamente dita, deveremos considerar a figura seguinte para atendermos à terminologi
a 
normalmente utilizada. 
Le enda chanfro emY 
Daqui para diante, esta nomenclatura será correntemente utilizada, pelo que lhe deverá ser dada a atenção devida. 
Na Fig ura 6 poderá ser vista, em representação esquemática, uma junta correspondente a duas chapas ou barras que se 
pretendem unir. Neste caso, devido à sua espessura (indicada pela letra "e"), foi efetuada uma preparação prévia, através 
da realização de chanfros correspondentes a parte da sua espessura e em ambos os componentes a ligar. A conjugação 
da abertura de cada um dos lados do chanfro dá origem a uma dada abertura, a que se designa por ÂNGULO ou 
ABERTURA DO CHANFRO e é expressa em graus. Se considerássemos apenas o ângulo correspondente a um dos lados 
(o ângulo de abertura poderá diferir de um lado para o outro), designaríamos por ÂNGULO DE BISEL (13). Nas juntas onde 
a 
soldadura vai ser realizada na horizontal, é comum o ângulo de bisel da peça inferior ser menor do que o da peça 
superior, para suportar melhor o metal fundido sem que haja lugar a escorrimentos. Um exemplo disso mesmo poderá 
ser observado na representação esquemática da Figura 7, onde poderemos observar diferentes ângulos de bisel numa 
mesma junta, para soldadura na horizontal. A figura deverá ainda ser aproveitada para observar o efeito de uma Cobre-
-junta numa soldadura. Esta Cobre-junta vai permitir a passagem da corrente de igual forma pelos dois componentes 
a soldar, auxiliar na dissipação do calor gerado naquela zona e impedir a passagem do material de adição fundido para 
o lado contrário àquele por onde está a ser efetuada a soldadura, melhorando significativamente a realização da junta 
e incrementando a qualidade da mesma. 
35. 
8 mm 
100 
Cobre-junta 
ti 
CS 
e 	Espessura da peça/ 
material de base 
zta Zona termicamente ai 
zl Zona de ligação 
zf 	Zona de fusão 
cs Cordão de soldadur
a 
r 	Raiz 
f 	Folga 
t Talão 
a 	
Angulo do chanfro 
(3 	
Angulo de bisel 
Figura 6- 
 Representação esquemática de uma junta soldada e respetiva nomenclatura. 
 
Cobre-junta 
 
4 mm 
Folga 
estreita 
com passe 
simples de 
raiz 
Folga larga 
com passe 
triplo de 
raiz 
Figura 7 - Representação esquemática de uma junta soldada com ângulos de bisel diferentes 
(Soldadura MIG-MAG em chapas de Aço com 16 mm de espessura e fio de material de adição de 1.6 mm de diâmetro). 
de :laotriveatmriaenreteguàlapor.eparação, e porque o chanfro é apenas Parcial (em „y„), verifica-se a existência de uma 
zona neutra no 
d
fu
es
n
i
d
g
o
na
d j
e
unta, na qual, aparentemente, não foi realizado trabalho de preparação. Esta zona designa-se normatmente por 
TALÀO (t) e é expressa em milímetros. O TALÃO corresponde à parte da espessura do material que nãofoi 
afetada pelo chanfro. A 
altura do TALÃO somada à altura do chanfro, deverá ser igual à espessura do material (em 
Stner esPecificada uma
di st i
d
n
e
g
t 
u
e 
i 
 r
r 
 n - 1 i n a d a distância entre os componentes a soldar no momento da pingagem e soldadura, 
componentes a 
soldar (normalmente, na zona designada por RAIZ DA SOLDADURA). Se está consignado Os co
txr:po
posniceintes serão soldados apenas de um dós lados (normalmente espessuras comedidas), o lado 
por FOLGA (f), sendo expressa em milímetros e considerada entre os dois pontos mais 
Pel(f)olguaael nsteree 
onamento 
dos componentes aquando da pingagem. Atendendo ao cordão de soldadura 
de 
fe
n
tl
e
o
n,
:o
c
r
i
-ic
u
lão é designado por RAIZ DA SOLDADURA (r). Em alguns casos, poderá 
duas 
zonas: o CORDÃO DE SOLDADURA (cs) propriamente dito, que corresponde ao 
da junta e entretanto ocupado pelo material de adição, e a ZONA FUNDIDA (zf) 
com
ponentes a soldar, sendo especificada com rigor noutros, o que implicará um 
you
Pela Prepaorasçcãoom 
e se envolveu na realização da junta de soldadura, ou seja, o material de 
Junta em"T" Junta de canto Sobreposição 
Junta de canto Sobreposição dupla Junta em ângulo Junta de topo 
com rebordo 
Junta de 
contacto linear 
A largura do cordão (I) traduz a maior largura que é atingida pelo cordão, mesmo que se verifique de forma pontual. 
As juntas anteriormente referidas poderão assumir diferentes configurações, dependendo da forma como o 
projetista idealizou a junta, dos cálculos que efetuou e da função da própria junta, ou seja, do tipo de solicitações a que 
vai estar sujeita. Na Figura 9 poderão ser observados alguns dos muitos tipos de junta que poderão ser considerados 
ern soldadura. 
adição e parte do material de base que se fundiu e se misturou com o material de adição. A ZONA DE LIGAÇÃO (z1) 
corresponde a uma fronteiravirtual de separação entre o material de base e o material de adição, ou seja, à linha definida 
pelo contorno do material de base, depois da preparação e antes da realização da junta. 
Dependendo do comportamento do material de base e dos parâmetros de soldadura usados, existe, em grande 
parte dos casos, uma zona afetada pelo calor desenvolvido no processo, que é normalmente designada por ZONA 
TERMICAMENTE AFETADA (HA). Esta zona, mais ou menos extensa, dependendo do comportamento acima referido, 
corresponde a uma parte do material de base onde, devido ao ciclo térmico imposto na soldadura (aquecimento seguido 
de arrefecimento), 
 a estrutura mudou de propriedades, apresentando normalmente alguma degradação de propriedades 
mecânicas. É normalmente por esta zona, quando existe de facto, que grande parte das roturas tem lugar. As análises 
metalográficas (destrutivas) deixam normalmente bem patente qual a extensão desta zona (mais grave junto do cordão de 
soldadura), enquanto uma análise do perfil de dureza ao longo da secção do cordão e zonas adjacentes, permite averiguar 
a extensão dos danos provocados pelo ciclo térmico. Nos aços mais comuns, verifica-se normalmente uma dureza no 
cordão compatível com a dureza normal do material de base (não afetado), enquanto na ZONATERMICAMENTE AFETADA 
se nota uma subida notória da dureza, com a correspondente perda de ductilidade e tenacidade. 
No entanto, este fenómeno não se pode considerar como transversal a todos os aços, pois novas categorias de aços 
de alta resistência e determinados aços inoxidáveis apresentam geralmente zonas termicamente afetadas com sinais 
de amaciamento, apresentando valores de dureza inferiores nestas zonas relativamente à dureza do material de base 
Precisamos ainda de definir geometricamente o cordão. Para tal, devemos observar a figura seguinte e perceber que foi ligado. 
as diferentes variáveis aí presentes, as quais são de vital importância na caracterização do cordão, assim como na 
interpretação da simbologia referida pelo projetista para as juntas soldadas. 
Figura 8 - 
 Nomenclatura usada na definição geométrica dos cordões de soldadura. 
ep k) C0 
A penetração (p) é um fator extremamente importante na soldadura e define a profundidade atingida 
na junta, tendo como referência a superfície do material de base. Quando referimos a necessidade de penetr 
 
total, queremos dizer que o cordão deverá atravessar toda a secção reta do material de base, no local da iol
lta.
te 
 
fator é referido de forma frequente na simbologia de soldadura, pois, entre outros, caracteriza a secção 
 resister' 
junta soldada. É também um fator crítico na operação, pois não raramente se verificam defeitos designa dos P
c)
Liri,
( 
de penetração", os quais se referem ao facto do cordão não ter atravessado convenientemente toda 
a esPe55 
material, 
ou não ter atingido a profundidade devida, quando a penetração é parcial, situação que é comum 
 Oa 
soldadas chapas espessas e a soldadura é efetuada de ambos os lados. 
Juntas com fraca acessibilidade ou inabilidade do operador, entre vários outros fatores, poderão i9ualn 
problemas de penetração. 
A altura do cordão (r) é medida como a altura que excede a superfície do material de base, e 
	c °rrl° na-o 
total do cordão. No fundo, traduz apenas o excesso de material que está presente na junta, Para 
 iá da 
material de base. 
iPos de Junta, conforme o 
indicado na Figura 10. 
Figura 9 - 
 Representação esquemática 
e nomenclatura referente a alguns dos tipos mais comuns de junta de soldadura. 
preparação que pode ser realizada, e que será tratada mais 
Atendendo à 
4111MP• 	
adiante, poderemos ainda ter diferentes 
Junta em canto 
Corn rebordo 
Junta em "T" 
com rebordo 
Soldadura topo-a-topo 
EDIC3 11= E i1C1 Chanfro em "V" 
Junta em costura 
com engate plano 
Junta em 
Sobreposição 
Chanfro em "X" 
Junta em fundo 
com rebordo 
Junta em canto 
com rebordo 
0 
Chanfro em "U" 
Sobreposição 
com reforço 
Junta em fundo 
com rebordo 
Duplo"U" 
Soldadura em "T" 
SI Preparação Bisel Simples 
Duplo Bisel "J" Simples 
 Duplo "i" 
Soldadura de sobreposição 
Ao teto: PE/4G Ao baixo: PA/16 Horizontal: PC/2G Vertical ascendente: PF/3G 	Vertical descendente: PG/313 
Soldaduras em fillet de chapas ou barras 
Vertical descendente: PG/3F 
$ 
Soldadura topo-a-topo de tubos 
FR
A
N
C
IS
C
O
 J
. G
. 
44 
Ao batxo PA/1F 
rnr". 
Horizontal: PB/2F Ao teto: PD/4F Vertical ascendente: PF/3F 
TE
C
N
O
LO
G
IA
 D
A
 S
O
LD
A
D
U
R
A
 
Tuboermc.„,„,, 
pv2r 
 U elo0 
Tubo fixo como seu eixo na vertical, 
Soldando ao reto: PD/4F 
Tubo fixo como seu eixo na horizontal, Tubo fixo como seu eixo na horizontal. 
Soldando para clma:PI-V5F 	 Soldando para baixoP1/5F 
Tubo No com o seu eixo na vertical, Tubo fixo com o seu eixo 
na horizontal Tubo fixo como seu eixo na horizontal 	Tubo fixo com o seu eixo a 45° Soldando na horizontal. PC/2G 	Soldando para cima: PH/5G 	 Soldando para baixo: PJ/SG 	 com o plano horizontal, 
Soldando para cima: H-L045/6G 
14°.,"1,1.91.,do um ebto hot t romr1 
S0Idadur e T__1ii fillet de tubos a chapas 
Soldadura topo-a-topo em chapas 
Ta 12 - Representação esquemática das principais posições de soldadura. 
a soldadura se torne bastante mais complicada para o soldador, não só pela posição pouco ergonómica, mas também 
pelo facto do material fundido ceder à gravidade, e ter tendência a sair da junta, nestas condições. 
Assim, soldar ao baixo é a posição mais cómoda e mais fácil para o soldador, pois a ação da gravidade não interfere 
de forma significativa na soldadura, sendo menos um item a controlar no processo. Já quando se solda na horizontal, 
pode até ser cómodo para o soldador, mas o material tem tendência a escorrer para fora da junta, por ação da gravidade, 
obrigando a aumentar a viscosidade do banho de fusão, para que o mesmo fique sob controlo na junta. A posição 
vertical poderá ser entendida de duas formas: ascendente ou descendente. Dependendo de muitos fatores, tais como 
o material de base, material de adição, processo e parâmetros usados, é normalmente mais fácil soldar no sentido 
ascendente do que descendente. Tal como na posição horizontal, o material tem igualmente tendência a escorrer, 
principal fator que contribui para a dificuldade imposta pelo processo nestas posições. 
19
0
10
N
D
31
 
Soldadura de canto 
Soldadura de 
canto com rebordo 
Figura 10 - 
Nomenclatura usada nas juntas mais correntes (Adaptado de vvww.substech.com
). 
A nomenclatura presente nas Figura 9 e Figura 10 pode ainda ser complementada pela apresentada na Figula 
onde é possível observar a aplicação das mesmas em termos mais práticos. 
Figura 11 - 
Representação esquemática e respetiva nomenclatura de algumas juntas em soldadu
ra 
A execução das juntas de soldadura também está subordinada a uma nomenclatura própri
a: A Ilecessis 
efetuar cordões de soldadura em peças por vezes grandes, onde não é a peça que se move para ficar nurra 
r 
ergonómica ao soldador, mas sim o soldador que tem que se moldar às necessidades da peÇa, faz 
c°r° clu 
,r 
.1411111W-A, • 
Raiz do cordão 
de soldadura 
A Figura 12 está complementada com a Figura 422 presente no Apêndice D. 
A posição ao teto 
é, sem dúvida, aquela que apresenta maiores dificuldades de execução, exatamente pelos mesmos 
motivos que foram referidos anteriormente. A dificuldade é tão acentuada que existe uma certificação própria para 
soldadores capazes de efetuar soldaduras nesta posição, a qual é complementar a outra certificação válida para todas 
Convém aqui referir que esta posição, não sendo extremamente comum, poderá ter que ser utilizada em inúmeras 
situações, tais como: construção de navios, estruturas de edifícios, estruturas metálicas de grande porte para movimentação 
as outras posições. 
de cargas em portos de mar, gruas de grandes dimensões, entre muitas outras. Na Figura 13 émostrado um exemplo 
do trabalho nesta posição. 
A penetração é um fator extremamente importante em soldadura e define qual a profundidade do cordão de 
soldadura na junta, fator que caracteriza a secção resistente da mesma. Normalmente, pretende-se que a soldadura 
apresente penetração total, sendo exigidos, inclusivamente, testes não destrutivos para que essa penetração seja verificada. 
No entanto, poderão existir casos em que essa exigência não seja efetuada. Assim, poderemos ter casos de penetração total 
ou parcial, consoante as exigências do projeto. Diz-se que a penetração é total quando toda a secção do material de base a 
ser ligado é abrangida pelo cordão ou cordões de soldadura (no caso de ser soldado em ambas as faces). 
Penetração total 
Penetração parcial 
Figura 1 5 - Nomenclatura respeitante à penetração do cordão de soldadura no material de base (Fonte: Modenesi). 
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E
C
N
O
LO
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A
D
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FR
A
N
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C
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 J.
 G
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IL
V
A
 
Figura 13 - 
Exemplo das condições de operação na realização de uma junta na posição ao teto. 
Existem ainda outros conceitos que deverão ficar desde já explicados, com vista a uma melhor relação com o tema 
Ainda relativamente ao próprio cordão, e no que se refere à sua geometria após execução, tanto 
 ern juntas topo-a-topo 
partida. 
como ern 
 juntas de canto, existe terminologia própria para nos referirmos a cada zona do cordão. Este, logo à 
poderá ser liso, côncavo ou convexo (o mais comum). Depois, deverá ainda ser caracterizado 
 ern termos 
de alt 
largura e penetração. Neste sentido, deverá ser observada a Figura 14 onde poderá ser observada a relação 
 existent 
entre a geometria do cordão e os termos normalmente utilizados para a d
efinição de cada um dos seus param 
geométricos.
et0 
Convexidade 
Garganta 
Largura 
Face 
Face do cordão de soldadura 
Margem do cordão de soldadura 	
Reforço 
a_ Al Penetração 
na Raiz 
Penetração 
da junta 
Raiz do cordão de soldadura 
(Fonte Modene 
Figura 14- 
Nomenclatura relacionada com a geometria dos cordões de soldadura 
	
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PREPARAÇÃO E CODIFICAÇÃO 
DE JUNTAS SOLDADAS 
Preparação de juntas soldadas 
Simbologia de soldadura 
Sistemas de apoio à soldadura 
1. Em termos de propriedades mecânicas, 
o que é expectável obter de uma junta soldada? 
2. Que tipos de energia podem ser utilizados 
na soldadura para obter a fusão dos materiais? 
3. Que tipos de soldadura podem ser levados a cabo 
sem proteção sólida ou gasosa? 
4. Quais os processos de soldadura que recorrem a 
energia mecânica para permitirem soldar duas peças? 
5. 0 que entende por"raiz da soldadura"? 
6. Existe sempre simetria no ângulo de bisel 
de um chanfro? 
7. 0 que entende por"Cobre-junta"? 
8. Quais as vantagens da utilização de uma 
"Cobre-junta"? 
9. 0 que entende por"Zona Termicamente Afetada"? 
10. Qual o fator mais importante que condiciona 
a geometria do chanfro? 
11. Em que posição de soldadura se torna mais vantajosa 
a utilização de um ângulo de bisel menor numa das 
faces da junta, e maior no outro? 
12. Como é definida a "altura do cordão"? 
13. Qual a posição de soldadura mais difícil de executar 
e que leva a que haja uma certificação própria? 
14. Que variantes existem na soldadura em posição 
vertical? 
15. 0 que entende por"penetração"em soldadura? 
16. De que materiais poderá ser constituída 
uma "Cobre-junta"? 
17. Que tipo de modificações sofre a "Zona 
Termicamente Afetada"? 
18. Como variam as propriedades mecânicas na "Zona 
Termicamente Afetada"? Variam sempre da mesma 
forma, independente do material de base? 
19. Que fenómenos poderão surgir na "Zona 
Termicamente Afetada" que possam fazer perigar. 
ligação? 
20. Qual é a composição provável da "Zona Fundida 
21. Que dificuldades se colocam ao soldador na 
de soldadura "ao teto"? 
22. Que formas poderá assumir a superfície suPe 
cordão de soldadura? 
23. 0 que entende por"PenetraçãoTotarem 
24. Que tipos de limpeza podem ser usados na, 
preparação das juntas para soldadura? 
25. Que produtos químicos poderão ser utif" 
a remoção de gordura da superfície que 
ligar? 
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