Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO À SOLDADURA 1 O Introdução aos processos de ligação A soldadura o Classificação dos processos de soldadura Nomenclatura usada na soldadura T E C N O LO G IA D A S O L D A D U R A 111111ffiffil•C FR A N C IS C O J. G . S IL V A 1.1. Introdução aos Processos de Ligação As indústrias de construção metálica e metalomecânica necessitam correntemente de produzir peças com formas relativamente complexas. Para tal, a indústria tem atualmente ao dispor três grandes grupos de tecnologias: a tecnologia subtrativa, a tecnologia neutra e a tecnologia aditiva. Na tecnologia subtrativa poderá ser incluída a maquinagem, por exemplo, que parte de um bloco de material anteriormente obtido por fundição (lingote, bilete ou outro), o qual é posteriormente conformado plasticamente por forjagem ou laminagem, e só depois sujeito ao processo de maquinagem por arranque de apara. Neste processo, sucessivas passagens da mesma ou de diferentes ferramentas vão subtraindo o material necessário até que seja obtida a forma final desejada. Este processo subtrativo é utilizado com frequência na produção de peças que exigem elevado rigor dimensional, entre as quais se pode destacar os moldes para a injeção de plásticos, os moldes para injeção de ligas leves, os cunhos e cortantes para prensas, entre muitos outros tipos de peças que, mesmo possuindo menores dimensões, obrigam a cuidados especiais na sua produção, devido às exigentes tolerâncias requeridas. O corte é outro processo subtrativo muito utilizado, sendo realizado de forma extremamente frequente em chapas, tubos e perfis com recurso aos mais diversos processos, tais como o corte em prensa, o corte laser, o corte por jato de água, entre outros. Quando são utilizadas tecnologias neutras, é esperado que haja um fluxo de material de uma forma inicial para outra intermédia ou final, sem que haja perda significativa de material. Poderão ser considerados como neutros processos tais como a laminagem, o forjamento, a ennbutidura, a estampagem ou a quinagem, entre muitos outros processos de transformação de metais. Deve aqui ser referido que os processos realizados a quente poderão acarretar alguma perda de material, enquanto os processos realizados a frio apresentam perdas de material nulas ou pouco significativas. Poderá ser citado como exemplo um tacho, que parte de um simples disco de metal obtido por corte e, por conformação plástica, adquire a forma que é pretendida. As tecnologias sumativas têm como ponto de partida formas normalizadas, bastante simples, sendo a forma complexa requerida pelo produto final construída através da junção de diversas formas simples. Neste caso, são utilizados muitas vezes semiprodutos, tais como chapas, barras, cantoneiras ou tubos, os quais, unidos através de processos de ligação adequados, poderão originar produtos finais complexos, tais como a estrutura de uma motocicleta, um silo, uma cisterna, um poste de distribuição de energia ou mesmo uma ponte. Quando necessitamos de ligar peças e/ou subprodutos, teremos que ponderar qual o processo mais indicado para o e c : e ei o to ri , g te em nd t o ér e m m ic a a te , atenção fatores tão importantes quanto o(s) material(ais) a ligar, as solicitações a que o conjunto vai estar P:dbietas<eg sujeito e a resistência requerida, a quantidade a ligar, o nível de manutenção desejado e a facilidade ou não com que esta da forma tom° Como exemplos de I. - e r m rea (e li s z t a a d n a e , problemas relacionados com concentração de tensões, problemas com deformações devidas a tensões pod p e ro ser emas de acesso, entre muitos outros. ina A m t ov en ív d e en l d po o r a:i e s fatores atrás referidos, poderemos optar por uma ligação amovível ou inamovível. Já a soldadura é uma InterveNentes . que poderá ser considerada uma - • l i g ig ac ar o_es amovíveis poderemos considerar o aparafusamento, montagem rápida (molas) ou a na uniaoa de trabalho suplementar para a desmontagem). A colagem, dependendo do adesivo utilizado e removido (forma mecânica ou forma química), poderá ser considerada uma ligação amovível ou pode também ser utilizada a conformação plástica, bastante utilizada em latas para conservas e não só ligação inamovível, pois a desmontagem leva à degradação parcial do material ligado. çao perfeitamente inamovível, pois envolve normalmente a participação íntima dos materiais a) A soldadura por fusão é um dos processos mais seguros (quando devidamente realizado) e mais comummente utilizado. No entanto, devido aos fenómenos metalúrgicos que se desenvolvem num curto espaço de tempo, o processo torna-se complexo, sendo necessário um apertado controlo de todas as variáveis envolvidas na sua realização. Figura 2 - Bicicleta cujo quadro é fabricado em construção soldada. Figura 1 - Diversos tipos de união: (a) aparafusamento, (b) rebitagem, (c) montagem rápida, (d) conformação plástica e (e) soldadura 1.2. A Soldadura Na presença de um leque variado de processos de união, poderá colocar-se uma questão: Porquê usar a soldad como método de ligação? Esta questão tem algumas respostas evidentes: •É um dos processos de junção de peças metálicas com uma melhor relação custo — benefício; Permite a ligação de uma grande gama de espessuras: desde algumas décimas de milímetro, até algumas dezeria) • de centímetros; É extremamente versátil, podendo ser aplicada a uma variada gama de materiais, formas e dimensões. As juntas produzidas por soldadura: São inamovíveis e permanentes; Normalmente ultrapassam a resistência patenteada pelos materiais de base ligados; Asseguram a continuidade metálica; São reprodutíveis; Podem ser inspecionadas por técnicas não — destrutivas; pe Podem ser realizadas em oficina ou em estaleiro, unindo materiais sob a forma de chapas, tubos, plac as' a Pelas razões atrás referidas, e ainda por razões económicas e de processo, a soldadura é fortemente utiliza metalomecânica, na construção naval e ferroviária e na construção civil. Em Portugal, a construção soldada 355. 0 particular relevância em muitos edifícios públicos, grandes superfícies comerciais e também em naves i0du5tria6. Figura 3 - Estrutura metálica, contendo construção soldada, nas estruturas do Aeroporto Francisco de Sá Carneiro (Porto). Figura 4 -"Chopper"onde os americanos tentam ir à perfeição, em termos de soldaduras e design. No essencial, a soldadura poderá recorrer a dois processos de base relativamente simples para poder ser realizada: a fusâo, através de energia fomecida por via elétrica ou pela queima de um gás ou mistura gasosa, dando origem à união pela mistura dos materiais fundidos (material de base e material de adição); MI5. de energia mecànica, por vezes auxiliada também pelo calor, provocando, neste caso, um caldeamento do ificação dos Processos de Soldadura Neste caso, recorre-se normalmente ao atrito ou ao impacto para atingir os objetivos pretendidos. rme variedade de processos de soldadura, torna-se necessário proceder a uma organização dos 'o-os. Sucede porém que os processos de soldadura poderão ser divididos em classes tendo em oidae i dseegaudiidoaou, mresp et quadravarnqeunet evisaproceder durantea lg a a u çã m o a : classificação, segundo o critério de estado do Por vezes, a aplicabilidade de alguns processos está restrita a alguns materiais, não podendo ser aplicado de forma universal. Para além disso, a própria espessura do material base também condiciona a aplicação de alguns processos. Ambas as restrições acima descritas têm como principais problemas dois fatores: a capacidade de cada processo passar o calor para a junta e as propriedades físicas do material de base: temperatura de fusão e condutividade térmica. Na tabela seguinte poderão ser observadas algumasrestrições existentes. Tabela 1 - Classificação dos processos de soldadura segundo o estado dos materiais de base e de adição. Líquido/Líquido . Fusão Sólido/Lí uido Brasagem / Soldobrasagem Sólido/Sndo Pressão Elétrodo Revestido Brasagem Fraca Explosão MIG - MAG Brasagem Forte Difusão Fios Fluxados Fricção Ultrassons TIG Pressão a Frio Plasma Rolamento Arco Submerso Indentação Resistência Pressão com Chama Oxiacetilénica Forja gem Eletroescória Estampagem Eletrogás Laser Feixe de Eletrões Tabela 4 - Adequabilidade dos processos de soldadura a cada uma das ligas metálicas mais usuais (Adaptado de AVV.5 - Welding Processes, Vol. 2). PROCESSOS DE SOL DAD O O MATERIAIS LU —J EL É T R O -É5 F O X I FE IX E A R S Aço ao Carbono s s S S S No entanto, os processos de soldadura também se podem classificar segundo o modo de proteção da soldadura durante a sua realização. Isso mesmo pode ser observado na tabela seguinte: 6-19 S S >19 S S II <3 S S Tabela 2 - Classificação dos processos de soldadura segundo o modo de proteção da soldadura. 3-6 S S Aço de Baixa Liga S S S 6-19 S S S S 114reçãOIM Sem Proteção >19 S S ão Qaso.$ 5 S <3 S S Gás + Escória Escória S S Gás ou Mistura Gasosa illAço Inoxidável 3-6 S S Resistência Fricção Fio Fluxado S Elétrodo Revestido S S S MIG - MAG 6-19 S S S >19 S S Arco Submerso TIC F R A N C IS C O J . G . Laser <3 3-6 S Plasma Feixe de Eletrões Ferro Fundido 6-19 s S s V A A soldadura poderá também ser classificada segundo a fonte de energia necessária para a fusão do material adição e do material de base (quando aplicável). Essa classificação está patente na tabela seguinte. >19 S s <3 e suas ligas 3-6 6-19 5 S 5 Tabela 3 - Classificação dos processos de soldadura segundo a fonte de calor utilizada. >19 5 <3 3-6 S 6-19 S >19 s Oxi - Acetilénica S S Elétrodo Revestido Brasagem Forte S S MIG MAG <3 S S Fio Fluxado 3-6 S S TIG 6-19 s >19 s S S S S Arco Submerso Plasma Resistência 619 Laser S S S >1 9 Feixe de Eletrões S S S Brasagem Fraca T E C N O LO G IA D A S O L D A D U R A FR A N C IS C O J . G . S IL V A a 1.4. Nomenclatura usada na soldadura Para uma correta abordagem à soldadura, é necessário, primeiramente, dominar o vocabulário mais correntemente utilizado quando se trata desta matéria. Com o objetivo de dar a conhecer a terminologia mais comum relativa às juntas soldadas, são mostradas seguidamente algumas figuras, onde estão indicadas a nomenclatura habitualmente utilizada e as abreviaturas normalmente usadas, assim como a zona a que correspondem numa junta. Material de base Figura 5- Conceito de material de base e material de adição. Um dos conceitos básicos em soldadura é saber a que se refere o material de base e o material de adição. Basicamente , o MATERIAL DE BASE são os componentes que queremos soldar, enquanto o MATERIAL DE ADIÇÃO é a porção de elétrodo ou fio fundido depositado na junta, responsável por promover a ligação. Relativamente à junta propriamente dita, deveremos considerar a figura seguinte para atendermos à terminologi a normalmente utilizada. Le enda chanfro emY Daqui para diante, esta nomenclatura será correntemente utilizada, pelo que lhe deverá ser dada a atenção devida. Na Fig ura 6 poderá ser vista, em representação esquemática, uma junta correspondente a duas chapas ou barras que se pretendem unir. Neste caso, devido à sua espessura (indicada pela letra "e"), foi efetuada uma preparação prévia, através da realização de chanfros correspondentes a parte da sua espessura e em ambos os componentes a ligar. A conjugação da abertura de cada um dos lados do chanfro dá origem a uma dada abertura, a que se designa por ÂNGULO ou ABERTURA DO CHANFRO e é expressa em graus. Se considerássemos apenas o ângulo correspondente a um dos lados (o ângulo de abertura poderá diferir de um lado para o outro), designaríamos por ÂNGULO DE BISEL (13). Nas juntas onde a soldadura vai ser realizada na horizontal, é comum o ângulo de bisel da peça inferior ser menor do que o da peça superior, para suportar melhor o metal fundido sem que haja lugar a escorrimentos. Um exemplo disso mesmo poderá ser observado na representação esquemática da Figura 7, onde poderemos observar diferentes ângulos de bisel numa mesma junta, para soldadura na horizontal. A figura deverá ainda ser aproveitada para observar o efeito de uma Cobre- -junta numa soldadura. Esta Cobre-junta vai permitir a passagem da corrente de igual forma pelos dois componentes a soldar, auxiliar na dissipação do calor gerado naquela zona e impedir a passagem do material de adição fundido para o lado contrário àquele por onde está a ser efetuada a soldadura, melhorando significativamente a realização da junta e incrementando a qualidade da mesma. 35. 8 mm 100 Cobre-junta ti CS e Espessura da peça/ material de base zta Zona termicamente ai zl Zona de ligação zf Zona de fusão cs Cordão de soldadur a r Raiz f Folga t Talão a Angulo do chanfro (3 Angulo de bisel Figura 6- Representação esquemática de uma junta soldada e respetiva nomenclatura. Cobre-junta 4 mm Folga estreita com passe simples de raiz Folga larga com passe triplo de raiz Figura 7 - Representação esquemática de uma junta soldada com ângulos de bisel diferentes (Soldadura MIG-MAG em chapas de Aço com 16 mm de espessura e fio de material de adição de 1.6 mm de diâmetro). de :laotriveatmriaenreteguàlapor.eparação, e porque o chanfro é apenas Parcial (em „y„), verifica-se a existência de uma zona neutra no d fu es n i d g o na d j e unta, na qual, aparentemente, não foi realizado trabalho de preparação. Esta zona designa-se normatmente por TALÀO (t) e é expressa em milímetros. O TALÃO corresponde à parte da espessura do material que nãofoi afetada pelo chanfro. A altura do TALÃO somada à altura do chanfro, deverá ser igual à espessura do material (em Stner esPecificada uma di st i d n e g t u e i r r n - 1 i n a d a distância entre os componentes a soldar no momento da pingagem e soldadura, componentes a soldar (normalmente, na zona designada por RAIZ DA SOLDADURA). Se está consignado Os co txr:po posniceintes serão soldados apenas de um dós lados (normalmente espessuras comedidas), o lado por FOLGA (f), sendo expressa em milímetros e considerada entre os dois pontos mais Pel(f)olguaael nsteree onamento dos componentes aquando da pingagem. Atendendo ao cordão de soldadura de fe n tl e o n, :o c r i -ic u lão é designado por RAIZ DA SOLDADURA (r). Em alguns casos, poderá duas zonas: o CORDÃO DE SOLDADURA (cs) propriamente dito, que corresponde ao da junta e entretanto ocupado pelo material de adição, e a ZONA FUNDIDA (zf) com ponentes a soldar, sendo especificada com rigor noutros, o que implicará um you Pela Prepaorasçcãoom e se envolveu na realização da junta de soldadura, ou seja, o material de Junta em"T" Junta de canto Sobreposição Junta de canto Sobreposição dupla Junta em ângulo Junta de topo com rebordo Junta de contacto linear A largura do cordão (I) traduz a maior largura que é atingida pelo cordão, mesmo que se verifique de forma pontual. As juntas anteriormente referidas poderão assumir diferentes configurações, dependendo da forma como o projetista idealizou a junta, dos cálculos que efetuou e da função da própria junta, ou seja, do tipo de solicitações a que vai estar sujeita. Na Figura 9 poderão ser observados alguns dos muitos tipos de junta que poderão ser considerados ern soldadura. adição e parte do material de base que se fundiu e se misturou com o material de adição. A ZONA DE LIGAÇÃO (z1) corresponde a uma fronteiravirtual de separação entre o material de base e o material de adição, ou seja, à linha definida pelo contorno do material de base, depois da preparação e antes da realização da junta. Dependendo do comportamento do material de base e dos parâmetros de soldadura usados, existe, em grande parte dos casos, uma zona afetada pelo calor desenvolvido no processo, que é normalmente designada por ZONA TERMICAMENTE AFETADA (HA). Esta zona, mais ou menos extensa, dependendo do comportamento acima referido, corresponde a uma parte do material de base onde, devido ao ciclo térmico imposto na soldadura (aquecimento seguido de arrefecimento), a estrutura mudou de propriedades, apresentando normalmente alguma degradação de propriedades mecânicas. É normalmente por esta zona, quando existe de facto, que grande parte das roturas tem lugar. As análises metalográficas (destrutivas) deixam normalmente bem patente qual a extensão desta zona (mais grave junto do cordão de soldadura), enquanto uma análise do perfil de dureza ao longo da secção do cordão e zonas adjacentes, permite averiguar a extensão dos danos provocados pelo ciclo térmico. Nos aços mais comuns, verifica-se normalmente uma dureza no cordão compatível com a dureza normal do material de base (não afetado), enquanto na ZONATERMICAMENTE AFETADA se nota uma subida notória da dureza, com a correspondente perda de ductilidade e tenacidade. No entanto, este fenómeno não se pode considerar como transversal a todos os aços, pois novas categorias de aços de alta resistência e determinados aços inoxidáveis apresentam geralmente zonas termicamente afetadas com sinais de amaciamento, apresentando valores de dureza inferiores nestas zonas relativamente à dureza do material de base Precisamos ainda de definir geometricamente o cordão. Para tal, devemos observar a figura seguinte e perceber que foi ligado. as diferentes variáveis aí presentes, as quais são de vital importância na caracterização do cordão, assim como na interpretação da simbologia referida pelo projetista para as juntas soldadas. Figura 8 - Nomenclatura usada na definição geométrica dos cordões de soldadura. ep k) C0 A penetração (p) é um fator extremamente importante na soldadura e define a profundidade atingida na junta, tendo como referência a superfície do material de base. Quando referimos a necessidade de penetr total, queremos dizer que o cordão deverá atravessar toda a secção reta do material de base, no local da iol lta. te fator é referido de forma frequente na simbologia de soldadura, pois, entre outros, caracteriza a secção resister' junta soldada. É também um fator crítico na operação, pois não raramente se verificam defeitos designa dos P c) Liri, ( de penetração", os quais se referem ao facto do cordão não ter atravessado convenientemente toda a esPe55 material, ou não ter atingido a profundidade devida, quando a penetração é parcial, situação que é comum Oa soldadas chapas espessas e a soldadura é efetuada de ambos os lados. Juntas com fraca acessibilidade ou inabilidade do operador, entre vários outros fatores, poderão i9ualn problemas de penetração. A altura do cordão (r) é medida como a altura que excede a superfície do material de base, e c °rrl° na-o total do cordão. No fundo, traduz apenas o excesso de material que está presente na junta, Para iá da material de base. iPos de Junta, conforme o indicado na Figura 10. Figura 9 - Representação esquemática e nomenclatura referente a alguns dos tipos mais comuns de junta de soldadura. preparação que pode ser realizada, e que será tratada mais Atendendo à 4111MP• adiante, poderemos ainda ter diferentes Junta em canto Corn rebordo Junta em "T" com rebordo Soldadura topo-a-topo EDIC3 11= E i1C1 Chanfro em "V" Junta em costura com engate plano Junta em Sobreposição Chanfro em "X" Junta em fundo com rebordo Junta em canto com rebordo 0 Chanfro em "U" Sobreposição com reforço Junta em fundo com rebordo Duplo"U" Soldadura em "T" SI Preparação Bisel Simples Duplo Bisel "J" Simples Duplo "i" Soldadura de sobreposição Ao teto: PE/4G Ao baixo: PA/16 Horizontal: PC/2G Vertical ascendente: PF/3G Vertical descendente: PG/313 Soldaduras em fillet de chapas ou barras Vertical descendente: PG/3F $ Soldadura topo-a-topo de tubos FR A N C IS C O J . G . 44 Ao batxo PA/1F rnr". Horizontal: PB/2F Ao teto: PD/4F Vertical ascendente: PF/3F TE C N O LO G IA D A S O LD A D U R A Tuboermc.„,„,, pv2r U elo0 Tubo fixo como seu eixo na vertical, Soldando ao reto: PD/4F Tubo fixo como seu eixo na horizontal, Tubo fixo como seu eixo na horizontal. Soldando para clma:PI-V5F Soldando para baixoP1/5F Tubo No com o seu eixo na vertical, Tubo fixo com o seu eixo na horizontal Tubo fixo como seu eixo na horizontal Tubo fixo com o seu eixo a 45° Soldando na horizontal. PC/2G Soldando para cima: PH/5G Soldando para baixo: PJ/SG com o plano horizontal, Soldando para cima: H-L045/6G 14°.,"1,1.91.,do um ebto hot t romr1 S0Idadur e T__1ii fillet de tubos a chapas Soldadura topo-a-topo em chapas Ta 12 - Representação esquemática das principais posições de soldadura. a soldadura se torne bastante mais complicada para o soldador, não só pela posição pouco ergonómica, mas também pelo facto do material fundido ceder à gravidade, e ter tendência a sair da junta, nestas condições. Assim, soldar ao baixo é a posição mais cómoda e mais fácil para o soldador, pois a ação da gravidade não interfere de forma significativa na soldadura, sendo menos um item a controlar no processo. Já quando se solda na horizontal, pode até ser cómodo para o soldador, mas o material tem tendência a escorrer para fora da junta, por ação da gravidade, obrigando a aumentar a viscosidade do banho de fusão, para que o mesmo fique sob controlo na junta. A posição vertical poderá ser entendida de duas formas: ascendente ou descendente. Dependendo de muitos fatores, tais como o material de base, material de adição, processo e parâmetros usados, é normalmente mais fácil soldar no sentido ascendente do que descendente. Tal como na posição horizontal, o material tem igualmente tendência a escorrer, principal fator que contribui para a dificuldade imposta pelo processo nestas posições. 19 0 10 N D 31 Soldadura de canto Soldadura de canto com rebordo Figura 10 - Nomenclatura usada nas juntas mais correntes (Adaptado de vvww.substech.com ). A nomenclatura presente nas Figura 9 e Figura 10 pode ainda ser complementada pela apresentada na Figula onde é possível observar a aplicação das mesmas em termos mais práticos. Figura 11 - Representação esquemática e respetiva nomenclatura de algumas juntas em soldadu ra A execução das juntas de soldadura também está subordinada a uma nomenclatura própri a: A Ilecessis efetuar cordões de soldadura em peças por vezes grandes, onde não é a peça que se move para ficar nurra r ergonómica ao soldador, mas sim o soldador que tem que se moldar às necessidades da peÇa, faz c°r° clu ,r .1411111W-A, • Raiz do cordão de soldadura A Figura 12 está complementada com a Figura 422 presente no Apêndice D. A posição ao teto é, sem dúvida, aquela que apresenta maiores dificuldades de execução, exatamente pelos mesmos motivos que foram referidos anteriormente. A dificuldade é tão acentuada que existe uma certificação própria para soldadores capazes de efetuar soldaduras nesta posição, a qual é complementar a outra certificação válida para todas Convém aqui referir que esta posição, não sendo extremamente comum, poderá ter que ser utilizada em inúmeras situações, tais como: construção de navios, estruturas de edifícios, estruturas metálicas de grande porte para movimentação as outras posições. de cargas em portos de mar, gruas de grandes dimensões, entre muitas outras. Na Figura 13 émostrado um exemplo do trabalho nesta posição. A penetração é um fator extremamente importante em soldadura e define qual a profundidade do cordão de soldadura na junta, fator que caracteriza a secção resistente da mesma. Normalmente, pretende-se que a soldadura apresente penetração total, sendo exigidos, inclusivamente, testes não destrutivos para que essa penetração seja verificada. No entanto, poderão existir casos em que essa exigência não seja efetuada. Assim, poderemos ter casos de penetração total ou parcial, consoante as exigências do projeto. Diz-se que a penetração é total quando toda a secção do material de base a ser ligado é abrangida pelo cordão ou cordões de soldadura (no caso de ser soldado em ambas as faces). Penetração total Penetração parcial Figura 1 5 - Nomenclatura respeitante à penetração do cordão de soldadura no material de base (Fonte: Modenesi). T E C N O LO G I A D A S O L D A D U R A FR A N C IS C O J. G . S IL V A Figura 13 - Exemplo das condições de operação na realização de uma junta na posição ao teto. Existem ainda outros conceitos que deverão ficar desde já explicados, com vista a uma melhor relação com o tema Ainda relativamente ao próprio cordão, e no que se refere à sua geometria após execução, tanto ern juntas topo-a-topo partida. como ern juntas de canto, existe terminologia própria para nos referirmos a cada zona do cordão. Este, logo à poderá ser liso, côncavo ou convexo (o mais comum). Depois, deverá ainda ser caracterizado ern termos de alt largura e penetração. Neste sentido, deverá ser observada a Figura 14 onde poderá ser observada a relação existent entre a geometria do cordão e os termos normalmente utilizados para a d efinição de cada um dos seus param geométricos. et0 Convexidade Garganta Largura Face Face do cordão de soldadura Margem do cordão de soldadura Reforço a_ Al Penetração na Raiz Penetração da junta Raiz do cordão de soldadura (Fonte Modene Figura 14- Nomenclatura relacionada com a geometria dos cordões de soldadura : V tIf IC IV M O S V O V 10 0 1 0 N 3 3 1 II CO V A M S . 9 T O D S O N V dd PREPARAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE JUNTAS SOLDADAS Preparação de juntas soldadas Simbologia de soldadura Sistemas de apoio à soldadura 1. Em termos de propriedades mecânicas, o que é expectável obter de uma junta soldada? 2. Que tipos de energia podem ser utilizados na soldadura para obter a fusão dos materiais? 3. Que tipos de soldadura podem ser levados a cabo sem proteção sólida ou gasosa? 4. Quais os processos de soldadura que recorrem a energia mecânica para permitirem soldar duas peças? 5. 0 que entende por"raiz da soldadura"? 6. Existe sempre simetria no ângulo de bisel de um chanfro? 7. 0 que entende por"Cobre-junta"? 8. Quais as vantagens da utilização de uma "Cobre-junta"? 9. 0 que entende por"Zona Termicamente Afetada"? 10. Qual o fator mais importante que condiciona a geometria do chanfro? 11. Em que posição de soldadura se torna mais vantajosa a utilização de um ângulo de bisel menor numa das faces da junta, e maior no outro? 12. Como é definida a "altura do cordão"? 13. Qual a posição de soldadura mais difícil de executar e que leva a que haja uma certificação própria? 14. Que variantes existem na soldadura em posição vertical? 15. 0 que entende por"penetração"em soldadura? 16. De que materiais poderá ser constituída uma "Cobre-junta"? 17. Que tipo de modificações sofre a "Zona Termicamente Afetada"? 18. Como variam as propriedades mecânicas na "Zona Termicamente Afetada"? Variam sempre da mesma forma, independente do material de base? 19. Que fenómenos poderão surgir na "Zona Termicamente Afetada" que possam fazer perigar. ligação? 20. Qual é a composição provável da "Zona Fundida 21. Que dificuldades se colocam ao soldador na de soldadura "ao teto"? 22. Que formas poderá assumir a superfície suPe cordão de soldadura? 23. 0 que entende por"PenetraçãoTotarem 24. Que tipos de limpeza podem ser usados na, preparação das juntas para soldadura? 25. Que produtos químicos poderão ser utif" a remoção de gordura da superfície que ligar? Page 1 Page 2 Page 3 Page 4 Page 5 Page 6 Page 7 Page 8 Page 9
Compartilhar