Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 1 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR INTRODUÇÃO: • Ele nos permite caminhar, correr e pular; • Suporta o peso do nosso corpo através da conexão com nossas pernas – é a junção do nosso tronco com as nossas pernas; • É também uma das articulações mais flexíveis e permite amplitude de movimento; VISÃO GERAL: • O homem evoluiu da postura quadrúpede (90°) a bípede sem que houvesse uma adequação total da articulação do quadril; • Osso pode ser notada pela observação da relação óssea que o acetábulo tem com a cabeça do fêmur, a cabeça do fêmur sustentada pelo colo do fêmur forma um ângulo de 125°; • A articulação do quadril é composta: 1. Cabeça do fêmur; 2. Acetábulo pélvico; • O fêmur proximal faz articulação com o acetábulo e o fêmur distal faz articulação com a tíbia; ACETÁBULO: • É formado por três ossos: 1. Ílio; 2. Ísquio; 3. Púbis; • Transmite cargas muito grandes (elásticas e compressivas); • Cargas de até 8 vezes o peso durante corrida, podendo ser muito maior com outras práticas esportivas; • Fornece estabilidade; • Permite mobilidade; • O desequilíbrio das estabilidade X mobilidade leva a lesões no tecido mole e síndrome de impacto; • A borda do acetábulo existe um anel fibro cartilaginoso que aumenta sua profundidade para: Coaptação articular; Redução do atrito entre as superfícies ósseas; Maior estabilidade articular; • Lábio acetabular: Aprofunda o acetábulo e aumenta a congruência articular; LIGAMENTOS: Os principais ligamentos da pelve e quadril são reconhecidamente os ligamentos mais fortes do corpo e estão adaptados a forças transferidas entre a coluna e os membros inferiores; Ligamento iliofemural; Ligamento pubofemural; Ligamento redondo; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 2 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR MÚSCULOS: • Músculos acessórios: A musculatura abdominal e os músculos eretores da coluna fornecem ainda mais estabilização à região do quadril e devem ser considerados em condições que afetam a inclinação pélvica e a articulação do quadril; AS PESSOAS AGACHAM DIFERENTE... • O corpo é algo variável, cada unidade biológica é diferente onde as variações anatômicas fazem parte desse processo, como: Cabeça do fêmur (tamanho ou angulação); Profundidade do acetábulo; • Essas variações podem gerar diferentes padrões de agachamento; • Quando agachamos o quadril faz um movimento combinado de flexão máxima, abdução máxima e rotação externa máxima; • Nos temos o agachamento como ausência de limitação funcional do quadril, porque para você agachar tem que ter todos os movimentos de funcionalidade máxima do quadril; • Na imagem temos uma anatomia diferente do primeiro ao último, então também terá uma articulação diferenciada, um ângulo de movimento, que chamamos de arco de movimento ou zona de segurança diferenciada de um para o outro; • O 1º atleta tem o quadril B, possui maior mobilidade; • Em A, temos o acetábulo mais profundo, por isso não tem tanta mobilidade quanto o quadril em B, tendo uma maior probabilidade de ter um choque ósseo quando houver o agachamento; • A angulação de Anteversão excessiva vai ser mais favorável para o agachamento do que uma pessoa com retroversão; • Uma pessoa com retroversão provavelmente tem uma retificação da coluna lombar, por isso não consegue fazer o agachamento, é limitado; • A estabilidade do quadril depende de fatores anatômicos: ligamentares, musculares e ósseos; • Quando falamos em maior profundidade do acetábulo, significa dizer que a estrutura óssea favorece sua estabilidade maior; • Quando falamos em uma limitação de fazer o movimento, significa que existe um desequilíbrio de forças e nesse desequilíbrio ocorre uma limitação funcional; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 3 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR • No caso do fisiculturista, maior do que a barreira óssea, vai ser a barreira muscular que ele tem, pois tem músculos muito concentrados, encurtados, que não permitem um grau de movimento muito grande; • A predisposição genética pode levar ao desgaste, a limitação e a patologia, se tiver os fatores de risco para tal; • A rotação interna fisiológica é de 15° graus; • Tem pessoas que possuem uma Anteversão excessiva e outras uma retroversão, essas alteração refletem na posição que o pé se encontra; • Quando tem uma Anteversão excessiva a alteração pega no joelho, no pé e da alteração na marcha, assim como na retroversão; • A diferença entre o esqueleto da pelve de uma mulher para o homem é: Na mulher, a pelve é mais larga para acomodar a criança; No homem, tem os ossos mais achatados para favorecer a carga; • A força que influencia mais no nosso eixo de carga dos nossos quadris é o TORQUE; DESVIOS DO QUADRIL: CRIANÇAS: • Nas crianças de 1 ano de idade com esse varismo da figura acima, que deve ter em torno de 20°, pode ser fisiológico; • Varo até 2 anos de idade pode ser fisiológico; • Esse varo tem que ser bilateral, caso seja unilateral é patológico em qualquer idade; • Criança de 2 anos tem o alinhamento em 0°; • Criança de 4 anos de idade com 18° de valgo, é fisiológico; • 4 anos é a idade do valgo máximo para todas as pessoas, existem valgos grandes, contanto que eles sejam simétricos e bilaterais, podem ser considerados normais, se não houver sinais de risco; • Recém-nascido nasce com VARO FISIOLÓGICO, e coxa valgo de 150°; • 2 anos de idade fica com o alinhamento em 0°; • 4 anos de idade tem VALGO MÁXIMO; ADULTO: • Coxa vara: inclinação da articulação do quadril de 105° - consideramos cirúrgico de 90° a 110°; O ângulo cervico do colo do fêmur diafisário tem 90°, entende-se que essa pessoa tem uma limitação extrema de movimento de abdução e adução; • Coxa valgo: inclinação da articulação do quadril de 140°; Existe coxa valga de 180°, em que o trocânter e o fêmur não tem nem articulação, sem o contorno normal do osso, também é cirúrgico; O ângulo normal do ângulo cervico diafisário é de 135°, acima disso é uma coxa valga; PATOLOGIAS: SÍNDROME DO TRATO ÍLIO-TIBIAL: • É uma lesão inflamatória aguda; • Não necessita de tratamento cirúrgico, sendo então um tratamento conservador – inicialmente com uma correção da biomecânica; • Extremamente desconfortante e afasta os atletas de suas atividades; • Efeito “para-brisa” do tendão sobre o osso; • Inflamação da banda ílio-tibial pode causar dores/ardência na região lateral do joelho ou do quadril; • É muito comum em corredores; • Excesso de pronação; • Fraqueza muscular (principalmente glúteo médio); • Corrida em terrenos muito rígidos como o asfalto; • Corrida em locais de muito declive, como as margens da rua, muita subida ou descida – tênis inadequado ou muito gasto nas laterais (um tênis normalmente deve ser usado para 500km) • Over training (excesso de atividade e cadência elevada); 20° 18° MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 4 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR Uma pessoa que faz uma corrida de 20km, ela tem uma fraqueza de rotadores externos, de glúteos, então toda vez que essa pessoa da uma passada ela tem uma queda pelvica; É uma lesão mecânica, gerada pelo estresse mecânico; • Hipersensibilidade na região lateral do fêmur (próxima ao joelho); • Dor e queimação quando essa região é palpada; • Tratamento: Medicação para alívio das dores; Faz-se um estudo para entender em que momento, qual a musculatura que está sendo afetada durante essa prática esportiva; FMS ou triagem funcional do movimento é uma triagem qualitativa do movimento humano baseado em um sistema de ranking e pontuação, que inclui 7 testes de avaliação dos padrões de movimento básico, onde limitação e/ou assimetrias musculares,caso existam, serão identificadas; TENDINOPATIA DE ISQUIOTIBIAIS: • Os músculos isquiotibiais são essenciais para flexionar o joelho e auxiliar na extensão do quadril; • Esses músculos têm uma facilidade para ficarem contraídos; • Essa tendinopatia, na maioria das vezes, se dá por má postura; • Pode ser confundida com ciatalgia (nervo ciático); • O alongamento funciona como prevenção; • Caso esteja avançado é necessário fazer uma contração excêntrica, que funciona da seguinte forma: faz uma contração máxima no alinhamento das fibras; IMPACTO FÊMOROACETABULAR: • Não se sabe ao certo quantas pessoas apresentam o IFA, contudo, a estimativa internacional é que cerca de 15% da população apresenta algum tipo de alteração do quadril que caracteriza o IFA; • Quadril do tipo CAM: observa-se um calo ósseo no colo femoral, isso se dá devido ao impacto sobre o acetábulo – tem relação com epifisiólise: escorregamento da cabeça femoral - a alteração está na gibosidade do colo femoral ou na posição da cabeça femoral; • Quadril do tipo PINCER: o calo ósseo fica no acetábulo – tem maior influência no impacto acetabular; • Quadril do tipo MIXED: tem-se essa calosidade óssea tanto no acetábulo quanto no colo femoral; • Alguns correções para essa patologia são cirúrgicas; • Os impactos do tipo CAM, PINCER e MIXER favorecem a osteoartrose do quadril precocemente; • Impacto do tipo CAM é um sinal de artrose inicial, mas pode não apresentar sintomas, sendo fisiológico, mas é um fator de risco; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 5 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR ARTROSE DO QUADRIL: • A artrose no quadril é um desgaste da articulação que provoca sintomas como dor localizada no quadril, que surge principalmente durante o dia ao andar ou permanecer sentado por muito tempo; • Radiografia do quadril em AP, de um esqueleto maduro, adulto; • Apresenta alteração na densidade óssea; • Rosa = uma linha branda em volta do acetábulo esquerdo – apresenta um espaço articular, com uma diminuição do espaço acetabular e uma fusão; • Verde = encurtamento do colo e aumento proporcional do grande trocânter, que aumenta a limitação do movimento; • Azul = esclerose acetabular - osteopenia; • Na seta – quadril do tipo pincer, está tão comprometido que houve uma fusão; • É uma artrose típica do reumatismo, um quadro avançado de osteoartrose, associada a uma limitação extrema de movimento e a intensa dor; • Também tem perda do formato da cabeça do fêmur; DISFUNÇÃO SACROILÍACA: • A dor causada pela disfunção sacroilíaca é facilmente confundida com dor lombar; • É uma dor bem localizada e direcionada na articulação sacroilíaca; • Pacientes com doença falciforme apresenta muito sacroileíte - crise álgica se localiza bastante nessa região, precisando tomar morfina para alívio das dores; • A disfunção da articulação sacroilíaca é provocada principalmente por um desequilíbrio muscular, por fraqueza ou excesso de músculo na região posterior e diminuição na região anterior – um desequilíbrio de forças e de cargas; • Não é muito comum, mas quando vamos investigar lombalgia, também é necessário fazer o teste para a sacroilíaca; • Exame físico: O paciente em decúbito dorsal, forcar o ilíaco para fora, fazendo a abdução máxima das coxas, forcando o joelho para baixo; Em crianças com paralisia cerebral faz-se os testes em decúbito ventral; NECROSE AVASCULAR DA CABEÇA FEMORAL: • Esses pequenos vasos podem ser rompidos (por exemplo nos casos de trauma e fratura do colo do fêmur) ou ocluídos por coágulos ou êmbolos de gordura; • O resultado final dessas duas situações é o infarto da cabeça femoral e a morte das células ósseas; • A principal irrigação da cabeça femoral no adulto é artéria circunflexa femoral medial; • A principal irrigação da cabeça femoral na criança é o ligamento redondo; • Quando ocorre necrose avascular o tratamento cirúrgico é a prótese, pois a cabeça do fêmur murcha e não fica encaixada no acetábulo corretamente; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 6 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR DISPLASIAS E LUXAÇÃO CONGÊNITA: • Má formação no período embrionário onde o acetábulo apresenta formação inadequada causando ruptura do lábio, lesões da cartilagem e fadiga/tendinopatia dos músculos glúteos; • É mais comum em meninas e primigestas, assim como na oligodramnia, crianças grandes para a idade gestacional; • Sinal da seta: diminuição do espaço acetabular; • Sinal do círculo: era onde deveria estar a cabeça do fêmur, o quadril estar articulando com ílio; • Ortopelvis = falsa articulação; • A luxação ocorreu a tanto tempo que a sequela, que a cabeça do fêmur ficou articulada na asa do ilíaco; • Existe um encurtamento dos membros inferiores aparente, ele só está posicionado no lugar errado, mas quando anda a diferença vai ser gritante; • Displasia, luxação e Subluxação, são outros termos; • Displasia: pode ser uma alteração do fisiológico, uma alteração óssea radiográfica, mas nem sempre vai existir um sintoma associado; • Luxação: é a separação completa dos ossos que formam uma articulação; • Subluxação: é uma separação parcial/incompleta dos osso que formam uma articulação; PUBALGIA: • Pubalgia significa dor na região do púbis, ou seja, na união dos ossos da pelve à frente, entre as coxas, na sínfise púbica, região de onde partem os músculos adutores (musculatura da parte interna da coxa; • A Pubalgia não acontece em crianças, porque a fise ainda não fechou, isso permite um grau de elasticidade/movimento grande e não provoca dor periosteal; • A causa maior da Pubalgia é no chute vigoroso, na distensão ou as vezes até na ruptura parcial; • Quais são os músculos envolvido na Pubalgia: Músculo reto abdominal; Músculo adutor longo; • Existem pessoas que possuem a sínfise púbica apagada fisiologicamente, favorecendo a Pubalgia; • Pode ser confundida com ínguas;
Compartilhar