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AULA 7 - SO III LOCOMOTOR - JOELHO E DEFORMIDADES DO JOELHO - GUSTAVO E LUANNE

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MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
1 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
 
ANATOMIA: 
• O joelho é composto pelos ossos: 
 Patela; 
 Tíbia; 
 Fêmur; 
OBS.: a fíbula não faz parte do joelho, visto que não está 
diretamente ligada aos outros ossos; 
• Articulações do joelho: 
 Patelofemoral – é a grande vilã da 
condromalácia, condropatias; 
 Femorotibial; 
ANATOMIA DA PATELA: 
 
• A base da patela fica no alto dela, o ápice é a base e a 
base é o ápice; 
• A imagem posterior desliza sobre os côndilos e não a 
patela que faz o movimento; 
 
• Por muito tempo achava-se que a patela deslizava 
para os lados, “a patela é lateralizada”, por isso está 
com o choque epicondilar; 
• Mas não é a patela que se medializa ou lateraliza e sim, 
uma rotação interna de fêmur, que gera essa 
instabilidade patelar; 
 
• Quando a patela faz esse movimento em vermelho, já 
é o que gera a lesão condral, que sente as crepitações; 
• Quando já existe uma lesão, deve-se fazer uma 
analgesia para aliviar as dores, a correção do 
movimento, reabilitação e fortalecimento; 
• Joelho é uma articulação que é muito ligada a 
reabilitações; 
 
LIGAMENTOS: 
 
• Os ligamentos do joelho são os ligamentos mais 
famosos do aparelho locomotor, o ligamento cruzado 
anterior é o mais falado no meio, por ser um ligamento 
de fácil lesão e de fácil reparo; 
• 4 principais ligamentos: 
 Ligamento cruzado anterior: monitora a 
translação anterior da tíbia; 
 Ligamento colateral medial: estresse em valgo; 
 Ligamento colateral lateral: estresse em varo; 
 Ligamento cruzado posterior: monitora a 
translação posterior da tíbia; 
OBS.: Quando anterioriza a tíbia, gera um estresse no 
ligamento cruzado anterior; 
Em um agachamento, quem desliza sobre a tíbia é o 
fêmur, portanto não gera estresse no ligamento cruzado 
anterior; 
Já na cadeira extensora, a tíbia está se anteriorizando 
sobre o fêmur, gerando um estresse no ligamento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
2 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
MENISCOS: 
• Menisco medial e posterior; 
• Menisco lateral; 
OBS.: quando faz uma hiperextensão do joelho, abre o 
espaço articular posterior do joelho e fechando o espaço 
articular anterior, fazendo uma compressão no menisco 
posterior; 
 
• Subluxação: é uma separação parcial dos ossos que 
formam uma articulação, perda parcial do contato 
articular; 
• Luxação: é uma separação completa dos ossos que 
formam uma articulação, perda completa do contato 
articular; 
• A entorse de joelho é uma lesão ligamentar, que a 
depender do grau pode ser considerada uma 
subluxação; 
 
JOELHO VALGO X JOELHO VARO: 
 
• Valgo: é quando temos uma rotação interna do fêmur, 
que gera uma aproximação entre as coxas; 
• Valgo dinâmico: mecanismo de lesão típico em 
corredores, que é uma desativação muscular, faz a 
movimento de rotação interna do fêmur, só é vista no 
golpe do calcanhar, rodando o joelho internamente; 
• Varo: é quando temos uma rotação externa do 
fêmur, que gera um distanciamento entre as coxas; 
 
O JOELHO: 
• Articulação intermediária do MMII; 
• Só um grau de liberdade flexão-extensão; 
• Trabalha essencialmente em 
compressão 
• Dois imperativos contraditórios: 
grande estabilidade, grande 
mobilidade; 
• Possuem superfícies com encaixe 
frouxo, sujeito a entorses e 
luxações; 
 
 
 
Alteração genu varo 
unilateral; 
Redução do espaço 
articular medial; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alteração genu valgo 
Redução do espaço articular lateral; 
 
 
 
 
 
 
 
MOVIMENTOS DE FLEXÃO – EXTENSÃO: 
• Flexão – extensão é o principal movimento do joelho; 
Extensão ADM Flexão ADM 
5 graus ativamente 120 ativa 
10 graus passivamente 140 passiva 
 160 passiva 
 
 
Ativo – é quando faz o 
movimento sem auxílio; 
Passivo – é quando o auxílio é 
necessário para a realização 
do movimento; 
 
 
 
 
 
ROTAÇÃO AXIAL DO JOELHO: 
• Rotação ao redor do seu eixo longitudinal: este 
movimento só pode ser realizado com o joelho 
flexionado; 
Rotação externa ADM Rotação interna ADM 
40 graus ativo 30 ativo 
45-50 graus passivo 30-35 passivo 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
3 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
MECANISMO DE LESÃO: 
 
 
MÚSCULOS EXTENSORES DO JOELHO: 
• Constituído por quatro corpos 
musculares, que se insere por 
um aparelho extensor na 
tuberosidade tibial anterior: 
1. Reto femoral; 
2. Vasto lateral; 
3. Vasto medial; 
4. Vasto intermediário; 
 
 
 
MECANISMO EXTENSOR DO JOELHO: 
 
• Se possui alguma patologia no joelho, o 
fortalecimento do quadríceps é fundamental para o 
tratamento; 
 
MÚSCULOS FLEXORES DO JOELHO: 
• Constitui a parte posterior da 
coxa, são os isquiotibiais: 
1. Semitendinoso; 
2. Semimembranoso; 
3. Bíceps femoral; 
• Gastroquenemios (gêmeos): 
 Garante estabilidade ao 
joelho, durante a marcha; 
 Atua como antagonista – 
sinergistas; 
 Agonista / 
antagonista / 
sinergista; 
É um músculo biarticulado, 
funciona tanto como 
articulação do tornozelo, 
quanto do joelho, auxiliando 
a flexão; 
Faz a antiflexão e auxilia na 
flexão do joelho; 
 
MÚSCULOS ADUTORES DO QUADRIL: 
 
 
PATA DE GANSO OU PATA ANSERINA: 
• Músculos: sartório, grácil e Semitendinoso, a cerca de 
5cm distalmente da porção medial da articulação do 
joelho; 
• Função primária flexora do joelho; 
• Protege contra o estre em valgo; 
 
 
ESTRESE EM VALGO: 
• Valgo dinâmico do joelho: caracterizado como 
medialização do joelho em relação ao quadril e ao 
tornozelo em atividades de CCF (cadeia cinética 
fechada) e é associado ao desenvolvimento de DPF; 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
4 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
TESTES FUNCIONAIS: 
• SINGLE LEG SQUAT: 
 
• DROPVERTICAL JUMP TEST: é colocado sensores no 
paciente e pede para que ele salte algumas vezes, e os 
sensores vão dar as medidas exatas que será preciso 
melhorar; 
 
 
• STEP DOWN TESTE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
5 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
INTRODUÇÃO: 
• Deformidades da tíbia e fíbula são as anormalidades 
mais comuns que afetam os membros inferiores das 
crianças; 
• A maioria das deformidades da perna é fisiológica e 
autolimitada; 
• Podem ser congênitas – devem ser diagnosticadas no 
pré-natal, deformidades congênitas ocorrem no 
período de desenvolvimento fetal - ou adquiridas – 
são deformidades que não têm contexto genético, 
mas de ocorrência osteometabólica e só se 
manifestam com o desenvolvimento 
neuropsicomotor; 
 
GENU VARUM / VARO: 
• Deformidade extremamente comum; 
• É o afastamento do esqueleto dos membros inferiores; 
• No exame físico é medida a distância intercondilar, do 
côndilo femoral de um lado e do outro; 
• Genu varum fisiológico: 
 Deformidade com um ângulo fêmoro-tibial 
maior do que 10°; 
 Fise radiologicamente normal – não pode ter 
nenhuma displasia ou cicatriz de trauma; 
 Arqueamento lateral da tíbia proximal; 
 
 Ângulo fêmoro-tibial: 
 
 
 
 
 
 Ângulo metáfise-diáfise 
(Levine-Drennan): 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO ÂNGULO FÊMORO-TIBIAL 
AO LONGO DO CRESCIMENTO: 
• 6-12 meses: varo 
máximo; 
• 18-24 meses: 
alinhamento neuro; 
• 4 anos: valgo máximo; 
• 7 anos: atenuação do 
valgo; 
• 11 anos: padrão 
adulto; 
 
 
 
 
QUADRANTES DO JOELHO: 
De acordo com a carga do eixo mecânico 
 
• No joelho, os quadrantes são distribuídos aos pontos 
mais distais em relação a carga do joelho; 
• Distribui-se o eixo 0, como a metade, e faz a metade 
da metade, tudo que tem sobrecarga medialmente é 
negativo, tudo que tem sobrecarga lateralmente é 
positivo; 
• O eixo mecânico é o que passa a carga principal do 
corpo; 
• É medido do nosso quadril em relação ao nosso pé; 
• Espinha ilíaca ântero-superior e vai até o pé; 
• Ângulo Q é o ângulo que no nossoexame físico vai da 
espinha ilíaca ântero-superior até o joelho; 
• Quanto maior o ângulo Q, maior o VALGO; 
 
GRÁFICO DE VANKKA E SALENIUS: 
 
 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
6 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
GENU VARUM FISIOLÓGICO 
• Resolução espontânea: 3 e 5 anos; 
 
 
TÍBIA VARA: 
• Retardo de crescimento do aspecto medial da epífise 
proximal da tíbia; 
• Duas formas conhecidas: 
 Tíbia vara infantil (doença de Blount): 
➢ Instalação até 3 anos; 
➢ De 2 a 3 anos, não fecha diagnóstico porque 
pode ser confundido com geno varum 
fisiológico; 
 Tíbia vara do adolescente: 
➢ Instalação após os 10 anos; 
 
DOENÇA DE BLOUNT: 
• Definição: 
• Blount, 1937: 
 Angulação abrupta logo abaixo da fise proximal; 
 Linha fisária irregular; 
 Epífise em forma de cunha, com bico na metáfise 
medial; 
 Subluxação aparente da tíbia proximal; 
• Fisiologia: 
 Perda do arranjo colunar e da ossificação 
endocondral, tanto no aspecto medial da 
metáfise, quanto na área correspondente da fise; 
 É frequente o desenvolvimento de frouxidão do 
complexo ligamentar lateral do joelho – THRUST 
– é um varo dinâmico patológico que acontece a 
subluxação quando a pessoa pisa e coloca carga 
nesse joelho; 
• Diagnostico diferencial: 
 Genu varum fisiológico – 90%; 
 Displasias esqueléticas – tem baixa estatura; 
 Doenças osteo-metabólicas (percentil <20); 
 Deformidade pós-traumática; 
 Sequela pós-infecciosa; 
 Displasia fibrocartilaginosa focal proximal (epífise 
normal) – tumor benigno, acometimento na 
metáfise, abaixo da articulação; 
 
• Ângulo metáfise-diáfise da tíbia proximal (Levine e 
Drennan, 1982): 
 > 11°: 29 em 30 pacientes desenvolvem doença 
de Blount; 
 <11°: 3 em 58 pacientes foram afetados; 
OBS.: não é diagnóstico de Blount, ajuda a diferenciar 
tipo 1 de Blount do Varo fisiológico; 
 
 
 
 
• Classificação: 
 Langenskiold, 1952: 
 
 
 Estágio I (protrusão) – pode se confundir com 
alteração fisiológica, não pode confirmar 
diagnóstico de Blount, fazendo a orientação, só 
começa o tratamento se houver assimetria; 
 Estágio II (depressão): 
 Estágio III (degrau): 
 Estágio IV (barra):barra óssea é a que da mais 
deformidade, porque uma parte continua 
crescendo, enquanto a outra para; 
 Estágio V (duplicação): desceu tanto que se 
separou; 
 Estágio VI (fusão): é o mais grave de todos, 
acontece a fusão de toda a fise com a epífise, 
tornando uma sequela; 
 
• Tratamento: 
 Órteses: 
➢ Idade < 3 anos; 
➢ Langenskiold até II; 
➢ Ausência de instabilidade ligamentar; 
➢ Ausência de obesidade (> percentil 90); 
 Resultados do tratamento não cirúrgico variam 
na literatura: 50 a 90% de bom resultado: 
 Langenskiold > II: 
➢ Tratamento deve ser cirúrgico; 
➢ Já não há indicação de tratamento ortótico 
isolado no estágio III; 
 Langenskiold VI: 
➢ Menos de 2 anos de crescimento restante e 
congruência articular: osteotomia corretiva 
+ fechamento fisário total (epifisiodese); 
➢ Mais de 2 anos de crescimento restante: 
→ Epifisiodese lateral; 
→ Correção angular + alongamento; 
→ Correção + fixação externa; 
fudido 
>10° 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
7 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
 
 
 
TÍBIA VARA DO ADOLESCENTE: 
• Aspectos clínicos: 
 Paciente típico é adolescente masculino, negro e 
obeso; 
 Teoria da sobrecarga – Lei de Hueter-Volkmann – 
é a sobrecarga em uma região de ponto ósseo, 
com desgaste pontual naquela região; 
 
 
 
• Achados radiográficos: 
 O formato da fise tibial proximal é 
relativamente normal, mas há sinais de dano 
microscópico; 
 Ocorre alargamento do aspecto lateral da fise 
femoral distal, pela mudança do eixo 
mecânico; 
 Varo femoral secundário; 
• Tratamento: 
 Osteotomia; 
 Realinhamento por fixação externa; 
 Epifisiodese lateral; 
 Grampo hemiepifisário; 
 Ilizarov – os ferros na perna; 
 
 
GENU VALGUM: 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
• Genu valgum idiopático: 
 > 8 anos; 
 Aumento ângulo Q 
• Secundário a fratura tibial proximal prévia; 
• Secundário a outras causas: 
 Raquitismo; 
 Displasias metafisárias; 
 Lesões pseudotumorais; 
 Exostose múltipla hereditária – não afeta a 
articulação, mas apresenta deformidades 
que aparentam ser na articulação; 
 Hemiofisiodese – colocação dos preguinhos, 
ultima imagem abaixo; 
 
 
 
DEFORMIDADES ROTACIONAIS: 
• Chama a atenção dos pais pela posição dos pés 
durante a marcha, seja qual for a origem da 
deformidade – quadril joelho, perna ou pé; 
• Avaliação consiste em avaliar o ângulo do passo, 
ângulo coxa-pé, rotação dos quadris e o próprio pé; 
• Ângulo do passo é o grau de rotação medial ou lateral 
do pé durante a marcha; 
• Os pés deslocam-se em rotação externa de 
aproximadamente em 10° em relação ao eixo da 
marcha, pode chegar até 80° e não incomodar; 
• A rotação medial dos quadris tende a ser maior após 
os 18 meses de vida, diminuindo gradativamente após 
isso; 
• A partir da primeira infância a rotação lateral e medial 
do quadril tendem a ser simétricas, em decúbito 
ventral; 
• Ângulo coxa-pé é formado pelo eixo da coxa em 
relação ao eixo do pé com o paciente em decúbito 
ventral e joelho fletido a 90°, no RN está desviado 
medialmente em função da torção tibial interna 
fisiológica, com o crescimento o desvio muda 
gradativamente para o lado lateral até atingir o valor 
de 10°; 
• Na prática existem dois tipos de marcha, clinicamente 
manifestas: em rotação interna e em rotação 
externa (fisiológica); 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
8 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
MARCHA EM ROTAÇÃO INTERNA (TOEING IN): 
• Rotação interna é marcadamente maior que a externa; 
• Sempre fazer perguntas relacionadas a paralisia 
cerebral; 
• MacSweeeny (1971), mostrou que em 80% dos casos 
há resolução espontânea ate os 8 anos de idade, e a 
maioria até 5 anos de idade, se for simétrico; 
• Há relatos na literatura que a Anteversão femoral 
pode se corrigir até os 16 anos de idade 
espontaneamente; 
• Em alguns casos há correção por torção tibial externa 
secundaria, configurando a síndrome do mau 
alinhamento – é quando o fêmur roda interno e a tíbia 
externa, apresenta muita dor, com ângulo Q 
aumentado; 
• Não existe comprovação prática de que qualquer 
medida de tratamento conservador tenha algum 
efeito na correção da AV; 
• Raramente se considera a possibilidade de tratamento 
cirúrgico após os 8 anos , considera-se nos casos que 
além do problema estético há também um problema 
funcional, isso ocorre nos raros casos onde a AV é 
maior que 50°, a RI em extensão está acima de 80° e a 
RE é praticamente nula, a correção é feita por meio de 
osteotomia derrotativa do fêmur proximal (não pode 
existir torção tibial externa compensatória); 
• Fêmur corrige valgo e tíbia corrige varo; 
 
 
 
Paciente em decubito ventral; 
A rotação interna em extensão é maior do que a rotação 
externa; 
 
 
TORÇÃO TIBIAL INTERNA: 
• É comum em crianças até a 
idade de 18 meses; 
• Todo RN é portador de 
torção tibial interna 
fisiológica, em média de 15°, 
como resultado da posição 
intra uterina; 
• Staheli e Angel (1972), 
observaram que a tíbia vai 
aumentando a torção tibial 
lateral progressivamente 
passando de 5° com 1 ano de idade a 14° aos 13 anos; 
• Aproximadamente 80% das crianças que andam com 
rotação interna dos MMII antes dos 18 meses de idade 
são portadoras de TTI, e cerca de 1/3 dos casos é 
associada a metatarso aducto – a parte do retropé é 
toda perfeitinha, não tem o equino, o dedão empurra 
o pé todo para dentro; 
• No exame clínico é mais bem quantificada pelo ângulo 
coxa-pé, a magnitude normal da criança é de 10°; 
 
TRATAMENTO: 
• O tratamento conservador não é efetivo quando 
comparado a crianças não tratadas, corrigindo-se 
espontaneamente e mais 
rapidamente nos primeiros 2 
anos de vida, orienta-se 
apenas aos pais que evitem 
que a criança durma em 
decúbito ventral com os MMII 
rodados internamentebem 
como sentarem-se com os 
MMII assim posicionados; 
• Tratamento cirúrgico está 
raramente indicado, nos raros 
casos, o ângulo coxa-pé 
excedia -10°, e a cirurgia não deve ser realizada antes 
dos 10 anos de idade; 
• Osteotomia é feita próxima ao tornozelo na tíbia 
distal, quando há indicação cirúrgica, é a mais 
indicada; 
• As complicações estão associadas a compressão da 
artéria tibial posterior no nível da osteotomia femoral 
proximal, bem como estiramento do nervo fibular 
superficial; 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
9 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
 
MARCHA EM ROTAÇÃO EXTERNA (TOEING OUT) : 
• Contratura em rotação externa do quadril: na 
cavidade uterina os quadris são mantidos em flexão e 
RE, essa postura em rotação externa persiste após o 
parto e se mantem durante o primeiro ano de vida, 
sendo causada, pela contratura em rotação externa do 
quadril, como consequência da posição fetal; 
• As crianças têm o hábito de dormir em decúbito 
ventral mantendo os MMII em RE; 
• Durante os primeiros meses após o início da marcha, 
essas crianças andam mantendo as coxas em rotação 
externa, o que se manifesta por RE acentuada dos 
MMII na fase de apoio (toeing out); 
• RE dos quadris em extensão está aumentada e a RI 
quase ausente; 
• Tem bom prognóstico e por volta dos 2 anos de idade 
já se resolveram; 
 
 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE ALTERAÇÕES 
ROTACIONAIS: 
• Torção tibial; 
• Deformidade residual de pé: 
 Hálux varo; 
 Metatarso aduto; 
 Pé torto; 
 Pé serpentiforme; 
• Doenças do quadril: 
 Epifisiólise; 
 Coxa vara; 
• Doenças neuromusculares: 
 Hemiplegia, diplegia ou 
tetraplegia espástica; 
 Paralisia cerebral; 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIBIA VARA DE BLOUNT: 
• Geno varo é diagnostico mais comum entre crianças 
de 14 a 36 meses de idade; 
• Crianças nascem sem deformidade, com crescimento 
normal dos MMII, geralmente são levadas ao médico 
com 14 a 36meses de idade para avaliação de joelhos 
tortos; 
• História tipicamente se inicia com a deambulação, tal 
doença é mais comum em crianças negras, sexo 
feminino, obesas e que iniciaram a deambular 
precocemente; 
OBS.: crianças negras iniciam a deambular antes que 
crianças brancas; 
• Mudanças histopatológicas são causadas pelo 
aumento da compressão e reduzido crescimento, tais 
mudanças incluem: ilhas densamente povoadas de 
condrócitos, hipertrofiados, ilhas com fibrocartilagem 
quase acelular e grupos anormais de vasos capilares; 
• Torção tibial interna persistente também pode 
ocorrer, especula-se que seja devido a um 
sobrecrescimento da fíbula que bloqueia o 
desenvolvimento de torção externa; 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 
 
 
MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 
10 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR 
 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
• Doença osteo-metabólica: deficiência de vitamina D, 
raquitismo refratário à vitamina D, hipofosfatasia; 
• Para ou retardamento assimétrico do crescimento: 
tíbia vara de Blount, trauma, infecção, tumores; 
• Displasia óssea: displasia metafisárias, nanismo 
acondroplásico, encondromatose; 
• Intoxicação por metal: fluorose; 
• Congênita: deficiência longitudinal tibial, tíbia vara 
congênita; 
 
OBS.: Geno varo fisiológico se resolve até aos 3 anos; 
OBS.: Levine e Drennan descreveram o ângulo metáfise 
diafisário, normal de 11° ou menos, Blount se desenvolve 
a partir de 12° ou mais, contudo, alguns ortopedistas 
esperam angulações de 14 a 16 graus para dar o 
diagnostico de Blount e indicar o tratamento; 
 
 
GENO VALGO: 
• Após 18 meses de idade o joelho das crianças normais 
passa a assumir o formato em valgo, que atinge o valor 
máximo aos 3 anos de idade, quando então passa a 
diminuir gradativamente até os 6-7 anos; 
• Nos casos de geno valgo se apresenta de forma mais 
acentuado, assimétrico, se houver história familiar ou 
se a criança for de baixa estatura para a idade deve-se 
pensar em formas patológicas: displasia metafisária, 
raquitismo e fratura da metáfise proximal da tíbia, 
devendo ser tratado conforme a patologia de base; 
• Na pré-adolescência, se houver persistência, idade 
esquelética de 11 anos nas meninas e de 12 anos nos 
meninos, a possibilidade de correção espontânea é 
remota; 
 
 
• Howorth (1971), relata que geno valgo se não estiver 
corrigido aos 10 anos de idade a distância IM for 
superior a 7,5 cm (7,5 a 10 cm) indica correção 
cirúrgica; 
• Sharrard (1976) observou que no geno valgo com 
distância IM acima de 10 cm, em idade de 10-11 anos, 
é improvável que a correção ocorra 
espontaneamente; 
• Hemiepifiodese e grampeamento fisário são as duas 
técnicas mais utilizadas de correção de geno varo e 
geno valgo no adolescente; 
• O critério clínico para a indicação de hemiepifiodese é 
a presença de intervalo intermaleolar (IM) maior que 
8 cm na posição ortostática, e para determinar a idade 
adequada para realizá-la, utiliza-se o gráfico de 
Bowen, que relaciona deformidade versus 
crescimento; 
• Geralmente o grampeamento é realizado no fêmur, e 
a idade recomendada é em torno de 11 anos para os 
dois sexos; 
• Quando a distância IM for maior que 12,5 cm ou 
quando o paciente tiver mais que 13 anos o 
grampeamento deve ser feito no fêmur e na tíbia. 
 
• O joelho valgo (geno valgum) é uma condições clínica 
onde há um desvio angular da articulação do joelho, 
no plano frontal, em direção à linha média do corpo, 
causando alterações no eixo anatômico e mecânico do 
membro inferior; 
• Denomina-se genu varum a condição inversa, onde há 
desvio da articulação do joelho para longe da linha 
média do corpo humano na posição anatômica, no 
plano frontal; 
• O tratamento dos joelhos valgo e varo está indicado 
quando há alteração do eixo mecânico do membro 
inferior; 
• A intervenção está indicada quando o eixo mecânico 
do membro inferior se encontra fora dos dois 
quadrantes centrais da articulação proximal da tíbia;

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