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MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 1 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR ANATOMIA: • O joelho é composto pelos ossos: Patela; Tíbia; Fêmur; OBS.: a fíbula não faz parte do joelho, visto que não está diretamente ligada aos outros ossos; • Articulações do joelho: Patelofemoral – é a grande vilã da condromalácia, condropatias; Femorotibial; ANATOMIA DA PATELA: • A base da patela fica no alto dela, o ápice é a base e a base é o ápice; • A imagem posterior desliza sobre os côndilos e não a patela que faz o movimento; • Por muito tempo achava-se que a patela deslizava para os lados, “a patela é lateralizada”, por isso está com o choque epicondilar; • Mas não é a patela que se medializa ou lateraliza e sim, uma rotação interna de fêmur, que gera essa instabilidade patelar; • Quando a patela faz esse movimento em vermelho, já é o que gera a lesão condral, que sente as crepitações; • Quando já existe uma lesão, deve-se fazer uma analgesia para aliviar as dores, a correção do movimento, reabilitação e fortalecimento; • Joelho é uma articulação que é muito ligada a reabilitações; LIGAMENTOS: • Os ligamentos do joelho são os ligamentos mais famosos do aparelho locomotor, o ligamento cruzado anterior é o mais falado no meio, por ser um ligamento de fácil lesão e de fácil reparo; • 4 principais ligamentos: Ligamento cruzado anterior: monitora a translação anterior da tíbia; Ligamento colateral medial: estresse em valgo; Ligamento colateral lateral: estresse em varo; Ligamento cruzado posterior: monitora a translação posterior da tíbia; OBS.: Quando anterioriza a tíbia, gera um estresse no ligamento cruzado anterior; Em um agachamento, quem desliza sobre a tíbia é o fêmur, portanto não gera estresse no ligamento cruzado anterior; Já na cadeira extensora, a tíbia está se anteriorizando sobre o fêmur, gerando um estresse no ligamento; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 2 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR MENISCOS: • Menisco medial e posterior; • Menisco lateral; OBS.: quando faz uma hiperextensão do joelho, abre o espaço articular posterior do joelho e fechando o espaço articular anterior, fazendo uma compressão no menisco posterior; • Subluxação: é uma separação parcial dos ossos que formam uma articulação, perda parcial do contato articular; • Luxação: é uma separação completa dos ossos que formam uma articulação, perda completa do contato articular; • A entorse de joelho é uma lesão ligamentar, que a depender do grau pode ser considerada uma subluxação; JOELHO VALGO X JOELHO VARO: • Valgo: é quando temos uma rotação interna do fêmur, que gera uma aproximação entre as coxas; • Valgo dinâmico: mecanismo de lesão típico em corredores, que é uma desativação muscular, faz a movimento de rotação interna do fêmur, só é vista no golpe do calcanhar, rodando o joelho internamente; • Varo: é quando temos uma rotação externa do fêmur, que gera um distanciamento entre as coxas; O JOELHO: • Articulação intermediária do MMII; • Só um grau de liberdade flexão-extensão; • Trabalha essencialmente em compressão • Dois imperativos contraditórios: grande estabilidade, grande mobilidade; • Possuem superfícies com encaixe frouxo, sujeito a entorses e luxações; Alteração genu varo unilateral; Redução do espaço articular medial; Alteração genu valgo Redução do espaço articular lateral; MOVIMENTOS DE FLEXÃO – EXTENSÃO: • Flexão – extensão é o principal movimento do joelho; Extensão ADM Flexão ADM 5 graus ativamente 120 ativa 10 graus passivamente 140 passiva 160 passiva Ativo – é quando faz o movimento sem auxílio; Passivo – é quando o auxílio é necessário para a realização do movimento; ROTAÇÃO AXIAL DO JOELHO: • Rotação ao redor do seu eixo longitudinal: este movimento só pode ser realizado com o joelho flexionado; Rotação externa ADM Rotação interna ADM 40 graus ativo 30 ativo 45-50 graus passivo 30-35 passivo MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 3 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR MECANISMO DE LESÃO: MÚSCULOS EXTENSORES DO JOELHO: • Constituído por quatro corpos musculares, que se insere por um aparelho extensor na tuberosidade tibial anterior: 1. Reto femoral; 2. Vasto lateral; 3. Vasto medial; 4. Vasto intermediário; MECANISMO EXTENSOR DO JOELHO: • Se possui alguma patologia no joelho, o fortalecimento do quadríceps é fundamental para o tratamento; MÚSCULOS FLEXORES DO JOELHO: • Constitui a parte posterior da coxa, são os isquiotibiais: 1. Semitendinoso; 2. Semimembranoso; 3. Bíceps femoral; • Gastroquenemios (gêmeos): Garante estabilidade ao joelho, durante a marcha; Atua como antagonista – sinergistas; Agonista / antagonista / sinergista; É um músculo biarticulado, funciona tanto como articulação do tornozelo, quanto do joelho, auxiliando a flexão; Faz a antiflexão e auxilia na flexão do joelho; MÚSCULOS ADUTORES DO QUADRIL: PATA DE GANSO OU PATA ANSERINA: • Músculos: sartório, grácil e Semitendinoso, a cerca de 5cm distalmente da porção medial da articulação do joelho; • Função primária flexora do joelho; • Protege contra o estre em valgo; ESTRESE EM VALGO: • Valgo dinâmico do joelho: caracterizado como medialização do joelho em relação ao quadril e ao tornozelo em atividades de CCF (cadeia cinética fechada) e é associado ao desenvolvimento de DPF; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 4 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR TESTES FUNCIONAIS: • SINGLE LEG SQUAT: • DROPVERTICAL JUMP TEST: é colocado sensores no paciente e pede para que ele salte algumas vezes, e os sensores vão dar as medidas exatas que será preciso melhorar; • STEP DOWN TESTE: MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 5 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR INTRODUÇÃO: • Deformidades da tíbia e fíbula são as anormalidades mais comuns que afetam os membros inferiores das crianças; • A maioria das deformidades da perna é fisiológica e autolimitada; • Podem ser congênitas – devem ser diagnosticadas no pré-natal, deformidades congênitas ocorrem no período de desenvolvimento fetal - ou adquiridas – são deformidades que não têm contexto genético, mas de ocorrência osteometabólica e só se manifestam com o desenvolvimento neuropsicomotor; GENU VARUM / VARO: • Deformidade extremamente comum; • É o afastamento do esqueleto dos membros inferiores; • No exame físico é medida a distância intercondilar, do côndilo femoral de um lado e do outro; • Genu varum fisiológico: Deformidade com um ângulo fêmoro-tibial maior do que 10°; Fise radiologicamente normal – não pode ter nenhuma displasia ou cicatriz de trauma; Arqueamento lateral da tíbia proximal; Ângulo fêmoro-tibial: Ângulo metáfise-diáfise (Levine-Drennan): DESENVOLVIMENTO DO ÂNGULO FÊMORO-TIBIAL AO LONGO DO CRESCIMENTO: • 6-12 meses: varo máximo; • 18-24 meses: alinhamento neuro; • 4 anos: valgo máximo; • 7 anos: atenuação do valgo; • 11 anos: padrão adulto; QUADRANTES DO JOELHO: De acordo com a carga do eixo mecânico • No joelho, os quadrantes são distribuídos aos pontos mais distais em relação a carga do joelho; • Distribui-se o eixo 0, como a metade, e faz a metade da metade, tudo que tem sobrecarga medialmente é negativo, tudo que tem sobrecarga lateralmente é positivo; • O eixo mecânico é o que passa a carga principal do corpo; • É medido do nosso quadril em relação ao nosso pé; • Espinha ilíaca ântero-superior e vai até o pé; • Ângulo Q é o ângulo que no nossoexame físico vai da espinha ilíaca ântero-superior até o joelho; • Quanto maior o ângulo Q, maior o VALGO; GRÁFICO DE VANKKA E SALENIUS: MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 6 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR GENU VARUM FISIOLÓGICO • Resolução espontânea: 3 e 5 anos; TÍBIA VARA: • Retardo de crescimento do aspecto medial da epífise proximal da tíbia; • Duas formas conhecidas: Tíbia vara infantil (doença de Blount): ➢ Instalação até 3 anos; ➢ De 2 a 3 anos, não fecha diagnóstico porque pode ser confundido com geno varum fisiológico; Tíbia vara do adolescente: ➢ Instalação após os 10 anos; DOENÇA DE BLOUNT: • Definição: • Blount, 1937: Angulação abrupta logo abaixo da fise proximal; Linha fisária irregular; Epífise em forma de cunha, com bico na metáfise medial; Subluxação aparente da tíbia proximal; • Fisiologia: Perda do arranjo colunar e da ossificação endocondral, tanto no aspecto medial da metáfise, quanto na área correspondente da fise; É frequente o desenvolvimento de frouxidão do complexo ligamentar lateral do joelho – THRUST – é um varo dinâmico patológico que acontece a subluxação quando a pessoa pisa e coloca carga nesse joelho; • Diagnostico diferencial: Genu varum fisiológico – 90%; Displasias esqueléticas – tem baixa estatura; Doenças osteo-metabólicas (percentil <20); Deformidade pós-traumática; Sequela pós-infecciosa; Displasia fibrocartilaginosa focal proximal (epífise normal) – tumor benigno, acometimento na metáfise, abaixo da articulação; • Ângulo metáfise-diáfise da tíbia proximal (Levine e Drennan, 1982): > 11°: 29 em 30 pacientes desenvolvem doença de Blount; <11°: 3 em 58 pacientes foram afetados; OBS.: não é diagnóstico de Blount, ajuda a diferenciar tipo 1 de Blount do Varo fisiológico; • Classificação: Langenskiold, 1952: Estágio I (protrusão) – pode se confundir com alteração fisiológica, não pode confirmar diagnóstico de Blount, fazendo a orientação, só começa o tratamento se houver assimetria; Estágio II (depressão): Estágio III (degrau): Estágio IV (barra):barra óssea é a que da mais deformidade, porque uma parte continua crescendo, enquanto a outra para; Estágio V (duplicação): desceu tanto que se separou; Estágio VI (fusão): é o mais grave de todos, acontece a fusão de toda a fise com a epífise, tornando uma sequela; • Tratamento: Órteses: ➢ Idade < 3 anos; ➢ Langenskiold até II; ➢ Ausência de instabilidade ligamentar; ➢ Ausência de obesidade (> percentil 90); Resultados do tratamento não cirúrgico variam na literatura: 50 a 90% de bom resultado: Langenskiold > II: ➢ Tratamento deve ser cirúrgico; ➢ Já não há indicação de tratamento ortótico isolado no estágio III; Langenskiold VI: ➢ Menos de 2 anos de crescimento restante e congruência articular: osteotomia corretiva + fechamento fisário total (epifisiodese); ➢ Mais de 2 anos de crescimento restante: → Epifisiodese lateral; → Correção angular + alongamento; → Correção + fixação externa; fudido >10° MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 7 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR TÍBIA VARA DO ADOLESCENTE: • Aspectos clínicos: Paciente típico é adolescente masculino, negro e obeso; Teoria da sobrecarga – Lei de Hueter-Volkmann – é a sobrecarga em uma região de ponto ósseo, com desgaste pontual naquela região; • Achados radiográficos: O formato da fise tibial proximal é relativamente normal, mas há sinais de dano microscópico; Ocorre alargamento do aspecto lateral da fise femoral distal, pela mudança do eixo mecânico; Varo femoral secundário; • Tratamento: Osteotomia; Realinhamento por fixação externa; Epifisiodese lateral; Grampo hemiepifisário; Ilizarov – os ferros na perna; GENU VALGUM: DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: • Genu valgum idiopático: > 8 anos; Aumento ângulo Q • Secundário a fratura tibial proximal prévia; • Secundário a outras causas: Raquitismo; Displasias metafisárias; Lesões pseudotumorais; Exostose múltipla hereditária – não afeta a articulação, mas apresenta deformidades que aparentam ser na articulação; Hemiofisiodese – colocação dos preguinhos, ultima imagem abaixo; DEFORMIDADES ROTACIONAIS: • Chama a atenção dos pais pela posição dos pés durante a marcha, seja qual for a origem da deformidade – quadril joelho, perna ou pé; • Avaliação consiste em avaliar o ângulo do passo, ângulo coxa-pé, rotação dos quadris e o próprio pé; • Ângulo do passo é o grau de rotação medial ou lateral do pé durante a marcha; • Os pés deslocam-se em rotação externa de aproximadamente em 10° em relação ao eixo da marcha, pode chegar até 80° e não incomodar; • A rotação medial dos quadris tende a ser maior após os 18 meses de vida, diminuindo gradativamente após isso; • A partir da primeira infância a rotação lateral e medial do quadril tendem a ser simétricas, em decúbito ventral; • Ângulo coxa-pé é formado pelo eixo da coxa em relação ao eixo do pé com o paciente em decúbito ventral e joelho fletido a 90°, no RN está desviado medialmente em função da torção tibial interna fisiológica, com o crescimento o desvio muda gradativamente para o lado lateral até atingir o valor de 10°; • Na prática existem dois tipos de marcha, clinicamente manifestas: em rotação interna e em rotação externa (fisiológica); MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 8 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR MARCHA EM ROTAÇÃO INTERNA (TOEING IN): • Rotação interna é marcadamente maior que a externa; • Sempre fazer perguntas relacionadas a paralisia cerebral; • MacSweeeny (1971), mostrou que em 80% dos casos há resolução espontânea ate os 8 anos de idade, e a maioria até 5 anos de idade, se for simétrico; • Há relatos na literatura que a Anteversão femoral pode se corrigir até os 16 anos de idade espontaneamente; • Em alguns casos há correção por torção tibial externa secundaria, configurando a síndrome do mau alinhamento – é quando o fêmur roda interno e a tíbia externa, apresenta muita dor, com ângulo Q aumentado; • Não existe comprovação prática de que qualquer medida de tratamento conservador tenha algum efeito na correção da AV; • Raramente se considera a possibilidade de tratamento cirúrgico após os 8 anos , considera-se nos casos que além do problema estético há também um problema funcional, isso ocorre nos raros casos onde a AV é maior que 50°, a RI em extensão está acima de 80° e a RE é praticamente nula, a correção é feita por meio de osteotomia derrotativa do fêmur proximal (não pode existir torção tibial externa compensatória); • Fêmur corrige valgo e tíbia corrige varo; Paciente em decubito ventral; A rotação interna em extensão é maior do que a rotação externa; TORÇÃO TIBIAL INTERNA: • É comum em crianças até a idade de 18 meses; • Todo RN é portador de torção tibial interna fisiológica, em média de 15°, como resultado da posição intra uterina; • Staheli e Angel (1972), observaram que a tíbia vai aumentando a torção tibial lateral progressivamente passando de 5° com 1 ano de idade a 14° aos 13 anos; • Aproximadamente 80% das crianças que andam com rotação interna dos MMII antes dos 18 meses de idade são portadoras de TTI, e cerca de 1/3 dos casos é associada a metatarso aducto – a parte do retropé é toda perfeitinha, não tem o equino, o dedão empurra o pé todo para dentro; • No exame clínico é mais bem quantificada pelo ângulo coxa-pé, a magnitude normal da criança é de 10°; TRATAMENTO: • O tratamento conservador não é efetivo quando comparado a crianças não tratadas, corrigindo-se espontaneamente e mais rapidamente nos primeiros 2 anos de vida, orienta-se apenas aos pais que evitem que a criança durma em decúbito ventral com os MMII rodados internamentebem como sentarem-se com os MMII assim posicionados; • Tratamento cirúrgico está raramente indicado, nos raros casos, o ângulo coxa-pé excedia -10°, e a cirurgia não deve ser realizada antes dos 10 anos de idade; • Osteotomia é feita próxima ao tornozelo na tíbia distal, quando há indicação cirúrgica, é a mais indicada; • As complicações estão associadas a compressão da artéria tibial posterior no nível da osteotomia femoral proximal, bem como estiramento do nervo fibular superficial; MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 9 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR MARCHA EM ROTAÇÃO EXTERNA (TOEING OUT) : • Contratura em rotação externa do quadril: na cavidade uterina os quadris são mantidos em flexão e RE, essa postura em rotação externa persiste após o parto e se mantem durante o primeiro ano de vida, sendo causada, pela contratura em rotação externa do quadril, como consequência da posição fetal; • As crianças têm o hábito de dormir em decúbito ventral mantendo os MMII em RE; • Durante os primeiros meses após o início da marcha, essas crianças andam mantendo as coxas em rotação externa, o que se manifesta por RE acentuada dos MMII na fase de apoio (toeing out); • RE dos quadris em extensão está aumentada e a RI quase ausente; • Tem bom prognóstico e por volta dos 2 anos de idade já se resolveram; DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE ALTERAÇÕES ROTACIONAIS: • Torção tibial; • Deformidade residual de pé: Hálux varo; Metatarso aduto; Pé torto; Pé serpentiforme; • Doenças do quadril: Epifisiólise; Coxa vara; • Doenças neuromusculares: Hemiplegia, diplegia ou tetraplegia espástica; Paralisia cerebral; TIBIA VARA DE BLOUNT: • Geno varo é diagnostico mais comum entre crianças de 14 a 36 meses de idade; • Crianças nascem sem deformidade, com crescimento normal dos MMII, geralmente são levadas ao médico com 14 a 36meses de idade para avaliação de joelhos tortos; • História tipicamente se inicia com a deambulação, tal doença é mais comum em crianças negras, sexo feminino, obesas e que iniciaram a deambular precocemente; OBS.: crianças negras iniciam a deambular antes que crianças brancas; • Mudanças histopatológicas são causadas pelo aumento da compressão e reduzido crescimento, tais mudanças incluem: ilhas densamente povoadas de condrócitos, hipertrofiados, ilhas com fibrocartilagem quase acelular e grupos anormais de vasos capilares; • Torção tibial interna persistente também pode ocorrer, especula-se que seja devido a um sobrecrescimento da fíbula que bloqueia o desenvolvimento de torção externa; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: MEDICINA – 4º SEMESTRE – THAYS LOPES 10 SISTEMAS ORGÂNICOS III - LOCOMOTOR DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: • Doença osteo-metabólica: deficiência de vitamina D, raquitismo refratário à vitamina D, hipofosfatasia; • Para ou retardamento assimétrico do crescimento: tíbia vara de Blount, trauma, infecção, tumores; • Displasia óssea: displasia metafisárias, nanismo acondroplásico, encondromatose; • Intoxicação por metal: fluorose; • Congênita: deficiência longitudinal tibial, tíbia vara congênita; OBS.: Geno varo fisiológico se resolve até aos 3 anos; OBS.: Levine e Drennan descreveram o ângulo metáfise diafisário, normal de 11° ou menos, Blount se desenvolve a partir de 12° ou mais, contudo, alguns ortopedistas esperam angulações de 14 a 16 graus para dar o diagnostico de Blount e indicar o tratamento; GENO VALGO: • Após 18 meses de idade o joelho das crianças normais passa a assumir o formato em valgo, que atinge o valor máximo aos 3 anos de idade, quando então passa a diminuir gradativamente até os 6-7 anos; • Nos casos de geno valgo se apresenta de forma mais acentuado, assimétrico, se houver história familiar ou se a criança for de baixa estatura para a idade deve-se pensar em formas patológicas: displasia metafisária, raquitismo e fratura da metáfise proximal da tíbia, devendo ser tratado conforme a patologia de base; • Na pré-adolescência, se houver persistência, idade esquelética de 11 anos nas meninas e de 12 anos nos meninos, a possibilidade de correção espontânea é remota; • Howorth (1971), relata que geno valgo se não estiver corrigido aos 10 anos de idade a distância IM for superior a 7,5 cm (7,5 a 10 cm) indica correção cirúrgica; • Sharrard (1976) observou que no geno valgo com distância IM acima de 10 cm, em idade de 10-11 anos, é improvável que a correção ocorra espontaneamente; • Hemiepifiodese e grampeamento fisário são as duas técnicas mais utilizadas de correção de geno varo e geno valgo no adolescente; • O critério clínico para a indicação de hemiepifiodese é a presença de intervalo intermaleolar (IM) maior que 8 cm na posição ortostática, e para determinar a idade adequada para realizá-la, utiliza-se o gráfico de Bowen, que relaciona deformidade versus crescimento; • Geralmente o grampeamento é realizado no fêmur, e a idade recomendada é em torno de 11 anos para os dois sexos; • Quando a distância IM for maior que 12,5 cm ou quando o paciente tiver mais que 13 anos o grampeamento deve ser feito no fêmur e na tíbia. • O joelho valgo (geno valgum) é uma condições clínica onde há um desvio angular da articulação do joelho, no plano frontal, em direção à linha média do corpo, causando alterações no eixo anatômico e mecânico do membro inferior; • Denomina-se genu varum a condição inversa, onde há desvio da articulação do joelho para longe da linha média do corpo humano na posição anatômica, no plano frontal; • O tratamento dos joelhos valgo e varo está indicado quando há alteração do eixo mecânico do membro inferior; • A intervenção está indicada quando o eixo mecânico do membro inferior se encontra fora dos dois quadrantes centrais da articulação proximal da tíbia;
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